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Atividade Texto Taylorismo Fordismo veronica

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Ao longo da história humana, a sobrevivência do homem sempre dependeu do trabalho. O homem precisou transformar a natureza para adaptá-la às suas necessidades, por isso o trabalho se fez presente de diversas formas em todos os momentos. Essa condição primária universalizou o trabalho tornando-o uma atividade indispensável à natureza humana e presente em todas as sociedades. A vida e as práticas do cotidiano das pessoas nas diversas sociedades ocasionaram tanto o surgimento da diferenciação social quanto o desenvolvimento de um trabalho manual e artesanal que eram confeccionados em suas próprias casas. Assim, a divisão do trabalho em especialidades produtivas tornou-se uma característica de todas as sociedades, mas foi o capitalismo que “subdividiu sistematicamente o trabalho de cada especialidade produtiva em operações limitadas” (BRAVERMAN, 1987, p. 70). 
Se antes o trabalhador artesanal concebia intelectualmente e executava todas as etapas da produção estabelecendo uma relação intrínseca e intima com o trabalho, agora com o advento do capitalismo o trabalhador não mais participa de todo o processo de produção, circunscrevendo-se apenas a uma pequena especialidade do processo de produção (MORAES, 2015, p. 15). Para que isso ocorresse, foi necessário levar o trabalhador para dentro das oficinas. Com o trabalho sendo realizado dentro das oficinas, a divisão do trabalho pôde ser imposta pelo planejamento e controle que se dava pela figura de um gerente. Inicialmente a função de gerência era exercida pelo capitalista que era o proprietário do capital. Todas essas mudanças levaram ao surgimento de novas relações sociais de produção, que começaram a transformar o modo de produção, suscitando dilemas de administração que eram diferentes em relação às características dos processos de produção anterior ao surgimento do capitalismo (BRAVERMAN, 1987, p. 67). A partir desta percepção, o capitalista passou a empenhar-se, através da gerência em controlar. E o controle é de fato o conceito fundamental de todos os sistemas gerenciais (BRAVERMAN, 1987, p. 68), porque permitiram, inicialmente, realizar a análise do processo de trabalho, que foi a premissa da forma de parcelamento do trabalho. 
A obrigação ou imposição de se ter um significativo contingente de trabalhadores em um único lugar, empregado por um único capitalista, fez surgir o capitalismo industrial. Com o aparecimento de novas indústrias surgiram diferentes tipos de trabalho que exigiam cada vez mais, por parte do capitalista, o controle do processo de produção com o objetivo, dentre outros interesses, de reduzir os custos da força de trabalho que se convertera numa mercadoria.
Nesse contexto, os princípios os de Henry Ford, sobre o consumo em massa, alinhados aos também princípios de Frederick Taylor, sobre os mecanismos de produção, “se tornariam os fundamentos básicos da organização do trabalho do moderno sistema de produção capitalista” (MORAES, 2015, p. 14). 
Taylor ocupou-se do estudo do trabalho com o objetivo de administra-lo. Especificamente, Taylor entreteve-se nos fundamentos da organização dos processos de trabalho e no controle sobre o trabalho. Na verdade, Taylor buscava uma solução para a complexa problemática de como controlar melhor a força de trabalho comprada e vendida. Para tanto, ele deu dimensões sem precedentes ao conceito de controle. De acordo com Braverman (1987, p. 86),
Taylor elevou o conceito de controle a um plano inteiramente novo quando asseverou como uma necessidade absoluta para a gerência adequada a imposição ao trabalhador da maneira rigorosa pela qual o trabalho deve ser executado. 	
Taylor não estava preocupado com o trabalhador e não buscava uma melhor forma de trabalhar, interessava-lhe o controle do trabalho em qualquer nível do processo de produção. Para ele, o trabalhador deve ser alijado de qualquer decisão sobre o trabalho, somente assim a gerência pode efetuar harmoniosamente o controle do modo concreto de execução de toda atividade que se dá durante o processo de trabalho. A partir desse sistema Taylor dominou o mundo da produção.
Henry Ford ocupou-se do estudo da produção em massa e do controle dos tempos e movimentos. Sua genialidade reside no fato de alinhar seus princípios aos pressupostos da produção em série tayloristas alargando-os aos mecanismos de produção e consumo em massa. O modelo taylorismo-fordismo de produção dominou o cenário das indústrias e do processo de trabalho por todo o século XX e consolidou-se, segundo Moraes (2015, p. 15), “como modo de produção capitalista, que produziu significativas e profundas mudanças na composição do trabalho no final do século XIX e início do século XX”. 
Vimos que o modelo taylorismo-fordismo de produção representou e representa um paradigma fundamental na orientação das formas de administrar e executar o trabalho, modificando por completo a disposição do modo de produção capitalista do século XX e impactando fortemente a sociedade. São transformações que, ao longo do último século, recompôs os processos de formação do homem e da sociedade. Transformações estas, que foram significativamente vividas (experienciar) e sentidas (percebidas) por todas s sociedades. O sistema de produção capitalista taylorismo-fordismo não se tornou obsoleto, muito pelo contrário, e foi absorvido por outros modos de produção. O exemplo disso, apenas fazendo uma simples comparação, é que no modo de produção comunista mantêm-se os níveis de alta produtividade, como no capitalismo; e no modo de produção do sistema Toyotismo, a produção em larga escala, uma referência ao principio conceituado produção em massa proposto por Ford.
Referências
Braverman, Harry. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século XX. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
MORAES, José de Assis. Desenvolvimento humano e social. Laureate. 2015. International Universities.

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