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1 4. SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO A necessidade dos Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) ou Sistemas de Suporte à Decisão (SSD) surgiu em decorrência de diversos fatores, como, por exemplo: Competição cada vez maior entre as organizações; Necessidade de informações rápidas para auxiliar no processo de tomada de decisão; Disponibilidade de tecnologias de hardware e software para armazenar e buscar rapidamente as informações; Possibilidade de armazenar o conhecimento e as experiências de especialistas em bases de conhecimentos; Necessidade de a informática apoiar o processo de planejamento estratégico empresarial. 4.1. Definições Conceitualmente podemos definir SAD ou SSD como aplicações responsáveis pela captura e elaboração das informações dentro de uma base de dados, que sejam pertinentes no processo de tomada de decisões. Através de um bom sistema de banco de dados, é possível transformar uma grande base de dados em vantagem competitiva elaborando um sistema que atue no sentido de agrupar informações que demonstrem alterações de padrões. Os SAD são SI computadorizados que fornecem aos gerentes apoio interativo de informações durante o processo de tomada de decisão. São projetados para serem sistemas de resposta rápida que são iniciados e controlados por usuários finais gerenciais. Os SAD são capazes de apoiar diretamente os tipos específicos de decisões e os estilos e necessidades pessoais de tomada de decisão de cada gerente. Os SAD utilizam: Modelos analíticos Bancos de dados especializados Os próprios insights e apreciações do tomador da decisão Processos interativos de modelagem baseados em computador para apoiar a tomada de decisões semi-estruturadas e não estruturadas por parte de cada gerente. 4.2. Informação, Decisões e Administração O tipo de informações requeridas pelos gerentes está diretamente relacionado com o seu nível gerencial e o grau de estrutura de decisão que eles enfrentam. Dessa forma, os níveis de tomada de decisão gerencial que devem ser apoiados pela tecnologia da informação em uma organização bem-sucedida são: 2 a) Nível Estratégico: Normalmente, um conselho de diretores e um comitê executivo do presidente e principais executivos desenvolvem as metas globais, estratégias, políticas e objetivos da organização como parte de um processo de planejamento estratégico. Eles monitoram o desempenho estratégico da organização e sua direção geral no ambiente político, econômico e competitivo dos negócios. Decisões estratégicas são aquelas que determinam os objetivos da organização como um todo, seus propósitos e direção. As decisões tomadas nesse âmbito determinarão como a empresa se relacionará com o ambiente. Tarefa exclusiva da alta gerência. Ex.: Fabricar certo produto Decisões Não Estruturadas - Envolvem situações de decisão onde não é possível especificar de antemão a maioria dos procedimentos de decisão a serem seguidos. Tomadores de Decisão Estratégica - Exigem relatórios mais resumidos, especiais e não programados, previsões e inteligência externa para apoiar suas responsabilidades de planejamento não estruturado e de tomada de políticas. b) Nível Tático: Cada vez mais os gerentes intermediários, desenvolvem planos de curto e médio prazo, programações e orçamentos e especificam as políticas, procedimentos e objetivos para as sub- unidades da organização. Eles também distribuem recursos e monitoram o desempenho de suas sub- unidades organizacionais, como departamentos, divisões, equipes de processo e outros grupos de trabalho. São as decisões tomadas em um nível abaixo do estratégico. Tomadas pela gerência intermediária, como gerentes de divisão ou departamento. Mais específicas e concretas do que as decisões estratégicas e mais voltadas para a ação. Ex.: os tipos específicos do produto que serão fabricados. Decisões Semi-estruturadas - Alguns procedimentos de decisões podem ser pré-especificados, mas não o suficiente para levar a uma decisão definitiva recomendada. Tomadores de Decisão Tática – Exigem informações tanto em nível operacional como em nível estratégico para apoiar suas responsabilidades de tomada de decisões semi-estruturadas. c) Nível Operacional: Os membros das equipes autogerenciadas ou supervisores desenvolvem planos de curto prazo como os programas de produção semanal. Eles dirigem o uso dos recursos e o desempenho das tarefas de acordo com procedimentos e dentro dos orçamentos e programações que eles definem para as equipes e outros grupos de trabalho da organização. São tomadas no nível mais baixo da empresa e se referem ao curso de operações diárias. Podem estabelecer cronograma de produção e determinar nível de matéria-prima ideal.Ex.: meta de produzir 500 unidades do produto por hora. Decisões Estruturadas – Envolvem situações em que os procedimentos a serem seguidos quando é necessária uma decisão podem ser especificados de antemão. 3 Tomadores de Decisão Operacional – Exigem relatórios internos mais pré-especificados enfatizando comparações detalhadas de dados históricos e atuais que apóiem suas responsabilidades mais estruturadas em operações diárias. 4.3. Modelagem analítica O uso de um SAD envolve um processo interativo de modelagem analítica. Um gerente utiliza um pacote de software SAD em sua estação de trabalho para fazer consultas, dar respostas e emitir comandos. Isto é diferente das respostas por demanda de sistemas de relatórios de informações, já que os gerentes não estão solicitando informações pré-especificadas. Pelo contrário, eles estão explorando alternativas possíveis. Eles não precisam especificar antecipadamente suas necessidades de informações. Em vez disso, utilizam o SAD para encontrar as informações que precisam para ajudá-los a tomar uma decisão. Análise do tipo What If (E Se?): O usuário final introduz mudanças nas variáveis ou relações entre variáveis e observa as mudanças resultantes nos valores de outras variáveis. Exemplo 1: E se reduzíssemos a propaganda em 10%? O que aconteceria com as vendas? Exemplo 2: E se houver uma redução de 10% no volume de resíduos dispostos no aterro sanitário? O que acontecerá com a vida útil do aterro? Análise de Sensibilidade: É um caso especial de análise supositiva. Normalmente, o valor de uma única variável é alterado repetidas vezes e as mudanças resultantes sobre as outras variáveis são observadas. Por isso, a análise de sensibilidade é, na verdade, um caso de análise supositiva envolvendo mudanças repetidas em apenas uma variável de cada vez. Normalmente, a análise de sensibilidade é utilizada quando os tomadores de decisão estão em dúvida quanto às premissas assumidas na estimativa do valor de certas variáveis-chaves. Exemplo 1: Vamos reduzir a propaganda em 1.000 reais repetidamente de forma que possamos entender sua relação com as vendas. Exemplo 2: Supor um aumento de 10% ao mês no volume de plásticos repetidos vezes para analisar a demanda para um mercado futuro. Análise de Busca de Metas: Inverte a direção da análise realizada na análise de sensibilidade. Em lugar de observar como as mudanças em uma variável afetam outras variáveis, a análise de busca de metas fixa um valor-alvo para uma variável e, em seguida, altera repetidas vezes as outras variáveis até que o valor-alvo seja alcançado. Exemplo 1: Experimentemos aumentos na propaganda até que as vendas atinjam 1 milhão de reais. Exemplo 2: Qual deve ser a taxa de desvio que a coleta seletiva deve proporcionar para que a vida útil do aterro sanitário seja incrementada mais 5 anos? Análise de Otimização: É uma extensão mais complexa da análise de busca de metas. Em lugar de fixar para uma variável um valor específico, a meta é encontrar o valor ótimo para umaou mais variáveis-alvo, dadas certas limitações. Em seguida, muda-se uma ou várias outras variáveis repetidas vezes, sujeitas às limitações especificadas, até que sejam descobertos os melhores valores para as variáveis-alvo. Exemplo 1: Qual o melhor montante de propaganda, considerando nosso orçamento e escolha de mídia? Exemplo 2: Descobrir qual a quantidade de resíduos sólidos recicláveis que a coleta seletiva deve conseguir para garantir uma remuneração média de R$ 400,00 aos cooperados, considerando os preços de vendas atuais dos resíduos. 4 4.4. Etapas no processo de tomada de decisão Uma análise das funções do administrador revela que todo gerente toma decisões durante a realização de seus trabalhos. Assim a tomada de decisões é função comum ao administrador. O processo de tomada de decisão é a seqüência de eventos abordados pela administração para solucionar problemas em seus negócios, um processo sistemático que segue uma seqüência: Análise situacional Estabelecimento de padrões de desempenho Geração de alternativas Avaliação das conseqüências Teste piloto e implementação Avaliação e feedback. Fatores de solução de problemas Objetivos de decisão, Alternativas aumentadas, Competição, Criatividade, Ações sociais e políticas, Aspectos internacionais, Tecnologia, Pressão de tempo. 4.5. Características de um SAD Lidar com grandes quantidades de dados de diferentes fontes Prover flexibilidade de relatório e de apresentação Oferecer orientação gráfica e de texto Suportar análise de drill down Executar análises complexas e sofisticadas Realizar comparações usando pacotes de softwares adequados Executar análise de sensibilidade, simulações e “atingir meta” 4.6. Comparação SIG e SAD Características SIG – Sistema de Informações Gerenciais SAD – Sistema de Apoio à Decisão Formato das Informações Formato pré- especificado e fixo Formato Ad hoc, flexível e adaptável Forma e Freqüência das Informações Periódicas, por demanda Consultas e respostas Interativas Metodologia de Processamento das informações Extração e manipulação de dados do negócio Modelagem analítica de variáveis internas e externas Apoio à Decisão Fornecido Desempenho da Organização Informações para analise de problemas e oportunidades 5 4.7 Processamento Analítico On-line (OLAP) É a capacidade dos sistemas de informação gerencial e de apoio à decisão que permite aos gerentes e analistas examinarem e manipularem interativamente enormes quantidades de dados detalhados e consolidados, a partir de múltiplas perspectivas. O OLAP envolve: Consolidação: Envolve a agregação de dados. Isto pode envolver simples anexações ou agrupamentos complexos envolvendo dados inter-relacionados. Drill-Down: O OLAP pode seguir na direção inversa e automaticamente exibir os dados detalhados que compõem os dados consolidados. Relatórios que podem ser detalhados em níveis. Ex: relatório geral de vendas nacional pode ser detalhado por região ou por estado, etc. Slicing and Dicing (“fatiar em cubos”): Possibilidade de considerar os bancos de dados a partir de diferentes pontos de vista. Geralmente é executado ao longo de um eixo de tempo a fim de analisar tendências e descobrir padrões. Aplicações do OLAP: Acessam quantidades muito grandes de dados. Analisam as técnicas entre muitos tipos de elementos dos negócios. Comparam dados agregados por períodos de tempo hierárquicos. Apresentam dados em diferentes perspectivas. Envolvem cálculos complexos entre elementos de dados. São capazes de responder rapidamente aos pedidos do usuário para que os gerentes possam adotar um processo de tomada de decisão sem que sejam impedidos pelo sistema. Fim
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