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Engenharia QuímicaTransferência de calor e massa II Transferência de calor por Ebulição Prof. Elmo Sena TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM EBULIÇÃO • Quando a temperatura do líquido é elevada até a sua temperatura de saturação ocorre a ebulição; • Quando a temperatura do vapor é reduzida até sua temperatura de saturação o ocorre a condensação. Como calcular a tranferência de calor nessas condições (ebulição ou condensação?) TRANSFERÊCIA DE CALOR EM EBULIÇÃO • EVAPORAÇÃO: Ocorre na interface líquido-vapor, quando a pressão de vapor é menor do que a pressão de saturação do líquido a uma determinada temperatura. • EBULIÇÃO: Ocorre na interface sólido-líquido, quando o líquido é colocado em contato com uma superfície mantida a uma temperatura suficiente acima da temperatura de saturação do líquido. O fluxo de calor na ebulição, de uma superfície sólida para um fluido Temperatura de excesso - Representa o excesso de temperatura da super f í c ie ac ima da temperatura de saturação do fluido. • É chamada ebulição em piscina na ausência de escoamento de massa de fluido. • Ebulição em escoamento quando da presença de movimento forçado for forças externas (bombas, por exemplo). CLASSIFICAÇÃO DA EBULIÇÃO DE ACORDO COM O MOVIMENTO DO FLUIDO Ebulição em piscina Ebulição em escoamento Ebulição subresfriada: Quando a temperatura do líquido é inferior à temperatura saturada. Ebul i ção Saturada: Quando a temperatura do líquido saturado é igual a temperatura de saturação. As ebulições em piscina e em escoamento também são classificadas em função da temperatura da massa do fluido. EBULIÇÃO EM PISCINA • Na ebulição em piscina, o fluido não forçado a escoar por meio da ação de uma bomba. • Qual movimento do fluido é devido as correntes de convecção natural e ao movimento das bolhas. Ebulição em regime e curva de ebulição • Ocorre com frequência mais ainda não é compreendida totalmente; • Dependedo da temperatura de excesso 4 modos podem ser observados. Ebulição por convecção Natural (até o ponto A na curva de ebulição) • O líquido é ligeiramente aquecido neste caso (estado metaestável); • O m o v i m e n t o d o f l u i d o n e s t a modalidade é ebulição é governado pelas correntes de convecção natural. • Não há nenhuma formação de bolha sobre a superfície de aquecimento até o líquido ser aquecido alguns graus acima da temperatura de ebulição de saturação (cerca de 2 a 6°C para água); Ebulição Nucleada (entre os pontos A e C) • As bolhas se formam a uma taxa crescente em número crescente de pontos de nucleação a medida que caminhamos ao longo da curva de ebulição em direção ao ponto C. • Na região A-B, bolhas isoladas se formam em diversos pontos • Na região B-C, numerosas colunas contínuas de vapor no líquido Ponto A: Aparecimento da ebulição nucleada • Entre as regiões A-B: A agitação provocada pelo deslocamento do líquido para a superfície de aquecimento é essencialmente responsável pelo aumento do coeficiente de transferência de calor e do fluxo de calor na região da ebulição nucleada. • Regiões A-B: Os grandes fluxos de calor obtidos nessa região são causados pelo efeito combinado do deslocamento de líquidos e da evaporação. • Depois do ponto B: O fluxo de calor aumenta em uma menor taxa com o aumento da temperatura de excesso e chega ao máximo no ponto C. • O fluxo de calor no ponto C é chamado de fluxo de calor crítico e é de grande importância para a engenharia. Ebulição de transição (entre os pontos C e D) • Neste caso, tanto a ebulição nucleada como a de película ocorrem parcial mente. • Esta situação é evitada na prática. • Quando a temperatura de excesso aumenta além do ponto C o fluxo de calor diminui. • Isto acontece porque grande parte da superfície do aquecedor é coberta por uma película de vapor que atua com um isolante térmico. Ebulição de película (além do ponto D) • A presença da película de vapor entre a superfície do aquecimento e do líquido é r e s p o n s á v e l p e l a s b a i x a s t a x a s d e transferência de calor nesta região. • A taxa de transferência de calor aumenta com o aumento do excesso de temperatura devido a radiação para o líquido. • Além do ponto D o aquecedor é totalmente coberto por uma película de vapor contínua e estável. • No ponto D, o fluxo de calor chega ao mínimo e é conhecido como ponto de Leidenfrost. Correlações de transferência de calor em regime de ebulição em piscina • Os modos de ebulição diferem consideravelmente em suas caractertísticas. • Os cálculos de transferência de calor para cada modo de ebulição são diferentes. • Na relação de convecção natural a tranferência de calor pode ser determinada pelas correlações de convecção natural. Ebulição nucleada • A taxa de transferência depende fortemente da natureza da nucleação • São utilizadas correlações experimentais Curva de ebulição VÍDEO 1 Indique o tipo de ebulição em piscina ebulição nucleada - parte BC da curva Indique o tipo de ebulição em piscina ebulição nucleada - parte BC da curva Indique o tipo de ebulição em piscina Ebulição transição entre bolha e película CD Problema prático 2 • Uma empresa estoca combustível diesel em tanques enormes. • Este líquido não pode permancer estagnado. Este deve está em movimento constante. No entano a implantação agitadores é inviável. • Qual seria uma boa solução?Detalhe o procedimento. Para a condição de ebulição nucleada, proposta por Rohsenow é expressa por: 1 - fluxo de calor da ebulição nucleada (W/m2) 2 - Viscosidade do líquido kg/m s 3 - entalpia de vaporização J/kg 4 - aceleração da gravidade m/s2 5 - densidade do líquido kg/m3 6 - densidade do vapor kg/m3 7 - tensão superficial na interface líquido-vapor N/m 8 - calor específico do líquido J/kg °C 9 - Temperatura da superfície do aquecedor J/kg °C 13 - Temperatura de saturação do fluido °C 10 - Constante experimental (n) 12 - Número de Prandtl 11 - constante experimental VAMOS INDENTIFICAR AS VARIÁVEIS? Fluxo de calor máximo • O fluxo de calor máximo na ebulição nucleada em piscina: • O fluxo de calor máximo é independente da superfície que aquece o fluido, da viscosidade, da condutividade térmica e do calor específico do líquido. • O fluxo de calor máximo da superfície é proporcional a hfg, então um fluxo de calor maior é obtido com uma grande entalpia de vaporização. Fluxo de calor mínimo • O fluxo de calor mínimo, que ocorre no ponto de Leidenfrost, representa o limite mais baixo para o fluxo de calor no modo de ebulição de película. • O erro estimado para esta fórmula acima pode ser de 50% ou mais. Ebulição de Película O fluxo de calor para a ebulição em película no cilindro horizontal ou esfera de diâmetro (D) é dado por: • Para elevadas temperaturas (acima de 300°C), transferência de calor por radiação através do filme de vapor torna-se mais s i g n i f i c a n t e e d e v e s e r considerado. Aumento de transferência de calor em ebulição em piscina • A taxa de transferência de calor em ebulição no regime de ebulição nucleada depende fortemente do número de pontos ativos de nucleação na superfície e da taxa de formação de bolhas em cada local. • Portanto, qualquer alteração que reforce a nucleação na superfície de aquecimento também reforçará a transferência de calor em ebulição nucleada. • Irregularidades na superfície de aquecimento servem como pontos adicionais de nucleação durante a ebulição. Fig 10-13 ao lado. Exemplo 10-1: Ebulição nucleada de água na panela 1) Água deve ser fervida à pressão atmosférica em uma panela de aço inoxidável polido mecanicamente colocada em cima de uma unidade de aquecimento, como mostrado na abaixo. A superfície interna da parte inferior da panela é mantida a 108°C. Considerando que odiâmetro da parte inferior da panela é 30cm, determine (a) a taxa de transferência de calor para a água e (b) a taxa de evaporação da água. Exemplo 10-2 Transferência de calor máxima em ebulição nucleada 1) A água no tanque deve ser fervida no nível do mar por um elemento de aquecimento de aço folheado com níquel de 1 cm de diâmetro equipado com fios de resistência elétrica dentro dele, como mostrado na Figura. Determine o fluxo de calor máximo que pode ser alcançadono regime de ebulição nucleada e a temperatura da superfície do aquecedor. Exemplo 10-3 Ebulição em película de água sobre elemento de aquecimento 1) Água ferve à pressão atmosférica em um elemento de aquecimento horizontal de cobre polido em diâmetro D = 5mm e emissividade de 0,05, imerso em água como mostrado na Figura. Considerando que a temperatura da superfície do fio de aquecimentoé de 350°C, determine a taxa de transferência de calor do fio para a água por unidade de comprimento.
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