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UNIDADE – I
 
1.1– EXAME ÓSSEO E ARTICULAR
Neste exame geral inclui-se a avaliação das articulações e a avaliação das deformidades.
Nas articulações pode se observar se a função à inspeção:
Cicatrizes, escoriações, edema; deformidades.
Na palpação, se a função está mantida, isto é:
Flexibilidade qualitativa; grau de ADM; presença de crepitações; ( as crepitações são consequências das degenerações, principalmente as artroses ), e podem ser audíveis ou somente sentida à palpação.
Quanto as deformidades devemos considera-las na avaliações geral se são localizadas, segmentares ou generalizadas. Essas deformidades recebem o nome genérico de OSTEODISTROFIAS. 
1.2 – EXAME MUSCULAR
Na avaliação geral muscular dá-se atenção aos seguintes ítens:
análise do tônus muscular;
análise do trofismo muscular.
a)Tônus muscular é o estado de contração fisiológica constante da célula muscular ( sarcoplasma ), isto é, um estado de prontidão para realizar a contração muscular mecânica ( movimento ).
Normotonia ( quando apresenta tonicidade normal.
Hipotonia ( quando o tônus está diminuído, normalmente ocorre nas lesões neurológicas. A característica da musculatura é de flacidez total, observa-se comparando ao segmento do corpo normal.
Hipertonia ( corresponde ao aumento do tônus muscular, também ocorre nas lesões neurológicas. A musculatura se apresenta endurecida, espástica.
Atonia ( perda total da capacidade de contração muscular, ocorre na perda da condução de estímulo nervoso. Ex: Miopatias graves.
b)O trofismo corresponde a massa muscular. Pode ser avaliado como:
Normotrofia ( quando a musculatura apresenta trofismo normal a palpação.
Hipotrofia ( diminuição da massa muscular, normalmente tende a recuperação.
Hipertrofia ( aumento da massa muscular que pode ser patológico ou não.
Atrofia ou amiotrofia ( ausência de fibras musculares na massa, é irreversível. Este termo também é usado para indicar deformidades de um órgão ou tecido que geram uma diminuição do seu volume.
UNIDADE – II : CINEANTROPOMETRIA
 
Conceito ( É a área do conhecimento que estuda os aspectos do ser humano relacionados ao seu tamanho, forma, proporção, composição e maturação.
2.1 – TIPOS DE MEDIDAS:
As medidas podem ser:
Lineares:
Longitudinais, alturas ou comprimentos;
Transversais ou diâmetros.
Circunferênciais ou perímetros;
Massa ou peso.
Instrumentos ( São os aparelhos que nos fornecem os valores das medidas antropométricas, quanto maior a precisão ou sensibilidade deste instrumento mais precisa e fidedigna a informação. Os mais comuns são:
Estadiômetro ou altímetro;
Fita métrica ou trena;
Paquímetro;
Balança;
Compasso de dobras cutâneas ou plicômetro.
Estadiômetro ou altímetro ( Trata-se de um instrumento que normalmente já vem inserido na balança clínica, sua régua contém uma escala milimétrica. Cuidados para garantir uma medida mais precisa:
O paciente deve estar descalço;
Manter os calcanhares unidos e os braços ao longo do corpo;
Posicionar-se o mais ereto possível;
A cabeça deve estar em linha reta;
Ao mensurar, solicitar ao paciente uma inspiração profunda e ficar em apnéia por alguns segundos. Esta atitude visa corrigir os achatamentos desidratantes dos discos intervertebrais;
Aferir sempre no mesmo horário, preferencialmente pela manhã. 
Fita métrica ou trena ( Por ser um material flexível alguns cuidados devem ser tomados para evitar erros na aferição:
Ao medir faze-lo em corpo desnudo;
Evitar posicionar o dedo entre a fita e apele do paciente;
Marcar o ponto a ser medido com lápis dermográfico;
A fita deve estar bem alinhada ao segmento a ser medido;
Na medida do tórax, acompanhar o movimento respiratório.
Paquímetro ( Trata-se de instrumento destinado a medir diâmetros, é apresenta-do sob duas formas: braço reto e braço curvo. O uso do paquímetro é mais espe-cífico, pois a técnica a ser empregada em cada ponto é diferenciada. 
Balança ( Instrumento de precisão que visa medir o peso corporal. A balança clínica possui uma marcação gramas e outra em quilos. Existem tipos diferentes para cada propósito, ex: balança comercial, balança clínica. Para bom uso do equipamento alguns cuidados devem ser tomados:
Verificar o local de instalação que deve ser bem nivelado;
Calibrar a balança, normalmente possui um peso móvel no braço para esta finalidade. Deve-se girar este peso até que nivele a agulha do braço móvel com a agulha do braço fixo;
Posicionar o paciente no centro da prancha de base de costas para a régua aferidora;
O paciente deve estar o mais desnudo possível;
Deve-se aferir sempre no mesmo horário, de preferência pela manhã, quando ainda não ocorreu ingesta alimentar.
2.2 – MEDIDA DE ALTURA ( medidas lineares):
A altura corresponde a aferição de um ponto antropométrico até o solo, portanto está agrupada no tipo linear longitudinal. As principais medidas de altura que fazemos são:
Estatura ( É a medida da distância entre o vértex a região plantar ou linha de apoio do pé. Esta medida é tomada estando o paciente em posição ortogonal ou deitado.
Altura total ( É a distância que parte do ponto Dactylion até o ponto de apoio do pé com o solo, mantendo o membro superior direito com o cotovelo estendi-do e glenoumeral a 180° de flexão.
Altura sentado ( É a medida tomada com o paciente em posição sentada em um banco com regulagem da altura do assento, é importante as articulações coxo-femoral, joelhos e tornozelo se mantenham em 90°. A medida é realizada do vértex ao a região pubiana.
Altura puboplantar ( Equivale a medida entre a sínfise púbica e a planta dos pés.
Envergadura ( É a distância compreendida entre as extremidades dos dactylion, estando o paciente com os braços abertos à 90°. Equivale normal-mente a estatura.
2.3 – ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO ESTATURAL
Nanismo ( baixa estatura ) – abaixo de 1,50m no indivíduo adulto. 
a) Causa genética ( Eumorfo: nanismo constitucional (anão de circo)
 ( Dismorfo: acondroplasia
b) Causa carencial ( Desnutrição (podem apresentar ou não dismorfia, osteo-dristrofia)
 ( Avitaminose “d” (raquitismo)
Causa endócrina ( Insuficiência pituitária
 ( Insuficiência tireodiana
Na hipofunção da hipófise, o anão tem a cabeça e o tonco normalmente proporcionados, mas pequenos. A falta de crescimento é geral, mas os membros são desproporcionalmente longos em relação ao corpo, ou seja, a envergadura é maior que a altura. Os órgãos genitais são hipodesenvolvidos. Estes indivíduos adquirem precocemente aspecto senil a que se denomina progeria.
Na hipofunção congênita da glândula tireóide, ocorre falta do desenvolvi-mento em todas as partes do corpo (cabeça, tronco e membros). Conservam-se as proporções da criança, na qual a cabeça é relativamente grande. Salienta-se o ventre volumoso, os lábios e as pálpebras são grossos, o nariz é chato, e a pele grossa e seca. Os cretinos são sempre se baixo nível mental e chegam com frequência, à idiotia.
Gigantismo (alta estatura) – no Brasil acima de 1,80m na mulher e 1,90m no homem.
Constitucional ( na ausência de doença. Ex: alguns jogadores de basquete-bol que chegam a ter mais de 2m de altura.
b)Patológico ( Hiperfunção pituitária. Hiperfunção do lóbulo anterior da hipófise que liberam os hormônios somatróficos. Além das estaturas elevadas, a cabeça é maior, as arcadas supra-obitárias, ao malares e os mentos são proeminentes. Nariz aumentado de tamanho, pele grossa, mãos e pés grandes. 
2.4 – MEDIDA DE COMPRIMENTO
É a medida entre dois pontos antropométricos visando-se o conhecimento dos segmentos. Os comprimentos mais usados são:
Comprimento de membros superiores ( é a distância entre os pontos acromiale e dactylion.
Comprimento de braço (é a distância entre os pontos acromiale e radiale.
Comprimento de antebraço ( é a distância entre os pontos radiale e stylion.
Comprimento de membro inferior ( esta medida deve ser tomada de duas formas diferentes: 
da cicatriz umbilical ao ponto mais proeminente do maléolo medial;
da espinha ilíaca antero superior ao ponto mais proeminente do maléolo medial;
medida de pelve (da cicatriz umbilical á crista ilíaca antero superior.
2.5 – MEDIDAS TRANVERSAIS (diâmetros)
O instrumento usado nesta mensuração é o paquímetro. Apresenta-se sob duas formas: com braço reto e com braço curvo. Em geral, esta medida corres-ponde aos diâmetros ósseos e os mais aferidos são: 
Diâmetro torácico – transverso ( o paquímetro é colocado na região axilar com as extremidades alocadas entre a segunda e terceira costelas. A mensu-ração deverá ser feita no final de uma expiração estando o paciente na posi-ção ortoestática com as mãos apoiada no quadril.
Diâmetro torácico antero – posterior ( o paquímetro é colocado na horizontal ao nível do processo xifóide do esterno a mensuração deve ser feita no final da expiração com o paciente na posição ortoestática.
Diâmetro biilíaco ( as extremidades do paquímetro deverão ser posicionadas junto a crista ilíaca (posição ortoestática).
Diâmetro bitrocantérico ( as extremidades do paquímetro deverão tocar os grandes trocânteres bilateral.
Diâmetro biestilóide ( executar esta mensuração com o ombro e cotovelo fletidos à 90°, tocar com as extremidades do paquímetro os processos estilói-des do rádio e una.
Diâmetro biepicondiliano do úmero ( com o ombro e cotovelo fletidos à 90/, tocar com as extremidade do paquímetro os epicôndilos umerais.
Diâmetro bicondiliano do fêmur ( posicionar o paciente sentado com a articu-lação coxo-femoral o mais próximo possível de 90°, posicionar as extremida-des dos braços dos braços do paquímetro ao nível dos côndilos femorais.
Diâmetro bimaleolar ( paciente sentado com o tornozelo a 90° em relação a perna, mensurar com as extremidades do paquímetro tocando no maléolos tibial e fibular.
2.6 – MEDIDA DE CIRCUNFERÊNCIA (perimetria) 
A medida de circunferência também chamada de perimetria na avaliação humana, pode ser efetuada em diversas partes do corpo. A técnica usada na Educação Física compreende o registro no ponto de maior proeminência ou perímetro dos segmentos, entretanto, as mais usadas em Fisioterapia são: 
Perímetro de tórax ( Usada para medir a expansão torácica. São consideradas três medidas em função do padrão respiratório adotado pelo indivíduo:
Axilar
Apêndice xifóide
Diafragma
A técnica consiste em colocar a fita métrica ao redor do ponto anatômico, com o paciente na posição ortoestática, solicitando-o que mantenha a respiração normal, fazendo de pronto uma eupnéia. Registra-se em seguida a perimetria. Em continuação solicita-se que faça uma inspiração forçada (o máximo possível) e registra-se a perimetria. Em seguida, uma expiração forçada e registra-se também a perimetria. Sucessivamente nos três pontos anatômicos.
A expansão torácica corresponde a diferença entre a IF – EF . 
OBS: Os homens tendem um padrão respiratório basal, nas mulheres normal-mente o padrão é misto.
Perimetria de membros superiores ( O paciente poderá estar na posição deitado ou sentado, braços ao longo do corpo bem relaxados, marca-se com o lápis dermográfico a partir da linha articular do cotovelo de 5 em 5 cm proximal e distal dessa linha, com a fita métrica. A seguir mensurar bilateralmente.
Perimetria de membros inferiores ( O paciente na posição deitado, marcar com o lápis dermográfico de 5 em 5 cm a partir da borda superior da patela e da borda inferior, ou seja, distal e proximal. Mensurar nos ponto marcados e registrar.
Perimetria abdominal ( Na posição ortoestática, toma-se como ponto de referência a cicatriz umbilical. 
OBS: Diferenças de até 1cm são consideradas normais.
Modelo de ficha de registro para perimetria
	P. ANATÔMICO
	EUPNÉIA
	IF
	EF
	DIFERENÇA
	AXILAR
	
	
	
	
	XIFÓIDE
	
	
	
	
	DIAFRAGMA
	
	
	
	
 
M.S
	NÍVEL DE MEDIDA
	MS - DIREITO
	MS - ESQUERDO
	DIFERENÇA
	+15CM
	
	
	
	+10CM
	
	
	
	+5CM
	
	
	
	LINHA ARTICULAR
	
	
	
	-5CM
	
	
	
	-10CM
	
	
	
	-15CM
	
	
	
 
 
M.I
	NÍVEL DE MEDIDA
	M.I - DIREITO
	M.I - ESQUERDO
	DIFERENÇA
	+20CM
	
	
	
	+15CM
	
	
	
	+10CM
	
	
	
	+5XM
	
	
	
	BORDA SUPERIOR
	
	
	
	BORDA INFERIOR
	
	
	
	-5CM
	
	
	
	-10CM
	
	
	
	-15CM
	
	
	
	-20CM
	
	
	
 
2.7 – MEDIDA DE PESO
A relevância de tomada desta medida é referente a relação clínica com determinadas enfermidades, obesidade ou magreza podem estar associadas à estas, ou ainda causarem disfunções sistêmicas. Explos: A magreza excessiva pode ser um sinal de desidratação ou desnutrição; a obesidade pode ser causada por distúrbios hormonais e/ou contribuir para diabete, problemas cardíacos e outros.
Pode-se dividir em:
Peso total ( É o peso do indivíduo adquirido através da balança clínica en-contrada nas farmácias e/ou consultórios. Para se efetuar uma mensuração fidedigna, deve-se seguir a seguinte técnica:
observar o nivelamento da balança;
verificar se está aferida em zero;
travar a balança;
solicitar que o paciente suba no centro da balança, de costa para a coluna (deve estar o mais desnudo possível);
deslocar o peso maior próximo ao peso do paciente;
destravar a balança;
deslocar o peso menor até que as agulhas se nivelem;
efetuar a pesagem sempre no mesmo horário do dia.
Peso ideal ( segundo a regra de BROCA, o peso ideal se aproxima do núme-ro de centímetros que excede de um metro de altura. Assim um homem de 1,70m terá peso ideal ao redor de 70 kg. Para o sexo feminino, subtrai-se 5% ao valor encontrado. Ex: uma mulher de 1,60m terá peso ideal em torno de 57Kg, isto é, 60-5% = 57Kg.
Peso máximo normal ( soma-se 10% ao peso ideal. Se o resultado do cálculo encontrado para uma mulher de 1,60m o seu peso ideal é de 57Kg então, seu peso máximo normal seria de 62,700Kg.
Peso mínimo normal ( subtrai-se 10% ao peso ideal. A mesma mulher do exemplo acima teria como peso mínimo normal 51,300Kg.
Peso de massa corporal ( relação peso/estatura) ( A necessidade de um indicador adequado para avaliação ao nível coletivo levou ao desenvolvimento de métodos indiretos, que expressam a proporção de gordura na sua composi-ção corporal. Estes indicadores baseiam-se na relação peso/altura. A relação P/E2, foi proposta pelo pesquisador francês QUETELET no final do século passado. Assim, estabeleceu-se o IMC (índice de massa corpórea), que é definido como a razão entre peso e altura ao quadrado (P/E2).
Este método é muito aplicado para indicar o estado nutricional de um indivíduo.
Segundo o IMC os indivíduos são classificados:
 BAIXO PESO ( IMC < 20
 NORMAL ( IMC DE 20 À 24,99
 SOBREPESO ( IMC DE 25 À 29,99
 OBESIDADE ( IMC > 30 
Peso ideal segundo a composição corporal ( o método de FALKNER está baseado na tomada de quatro dobras cutâneas para homens e mulheres, com o plicômetro ou compasso de dobras cutâneas. Os pontos são:
( Dobra triciptal;
( Dobra subescapular;
( Dobra suprailíaca;
( Dobra abdominal. 
TABELA DE PERCENTUAIS ACEITÁVEIS DE GORDURA 
 HOMENS MULHERES
	IDADE
	ACEITÁVEL
	IDEAL
	ACEITÁVAL
	IDEAL
	ATÉ 30
	13.0
	9.0
	18.0
	16.0
	30 – 39
	16.5
	12.5
	20.0
	18.0
	40 – 49
	19.0
	15.0
	23.5
	18.0
	50 – 59
	20.5
	16.5
	26.5
	21.5
	+ 60
	20.5
	16.5
	27.5
	22.5
 Fonte: Cooper1987
Segundo Falkner, recomenda: 11% para homens e 14,5% para mulheres.
UNIDADE – III : AVALIAÇÃO POSTURAL 
3.1 – ALINHAMENTOS E EQUILÍBRIO POSTURAL
A postura é composta das posições do corpo em um dado momento e o alinhamento postural estático é mais bem descrito em termos de posições das várias articulações e segmentos do corpo, ou seja, para avaliar e tratar os problemas posturais é necessário uma compreenção de princípios básicos relacionados ao alinhamento, articulações / músculos.
Considerações:
Um alinhamento defeituoso resulta em sobrecarga e tensão indevida sobre ossos, articulações e músculos;
Uma avaliação das posições articulares indica quais músculos estão em posição alongada e quais estão em posição encurtada;
Existe uma correlação entre alinhamento e achado de testes musculares se a postura for habitual;
A fraqueza muscular permite separação das partes onde o músculo está inserido;
O encurtamento muscular mantém bem as partes onde o músculo está inserido próximas;
A fraqueza de alongamento pode ocorrer em músculos uniarticulares que permanecem em condição alongada;
Pode desenvolver-se encurtamento adaptativo em músculos que permaneçam em condição encurtada.
3.2 – POSTURA IDEAL
Como em todos os testes, é preciso haver uma padronização ao avaliar o alinhamento postural. O alinhamento esquelético ideal usado como padrão é consistente com princípios científicos válidos, assim, pode-se definir a postura ideal como: “aquela que envolve uma quantidade mínima de esforço e sobrecar-ga, e conduz à eficiência máxima do corpo”. É essencial que o padrão vá ao encontro desses requisitos para que todo o sistema de treinamento postural que se constrói em torno dele seja válido.
Na postura padrão a coluna apresenta as curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores ficam em alinhamento ideal para sustentação de peso. 
O centro de gravidade do corpo está um pouco atrás e abaixo do umbigo. Portanto, a tendência do corpo é cair para frente, forçando o trabalho dos múscu-los posteriores, chamados antigravitários. Os músculos anteriores, especialmente os abdominais, agem em favor da gravidade, daí sua menor função e consequen-temente maior flacidez, com facilidade de adquirir protrusão abdominal. 
Os músculos que aumentam a lordose lombar e, em consequência, as outras curvas são: o psoas ilíaco e os flexores do quadril. Os músculos que redu-zem a lordose lombar são abdominais, os glúteos e o erector spinale.
3.3 – CAUSAS DA MÁ POSTURA
São muitas as causas que podem levar um indivíduo adquirir uma determi-nada postura, veremos algumas mais freqüentes.
Uma postura inadequada pode ser de causa genética e/ou adquirida. As afecções congênitas dividem-se em: gerais e localizadas, que deixam seqüelas chamadas de OSTEODISTROFIAS. O conhecimento destas anomalias requer um aprofundado estudo em Ortopedia que certamente fugiria o objetivo desta disciplina, porém, faz-se necessário citar algumas anomalias localizadas em Msls que comprometem visivelmente toda estrutura do corpo. As mais comuns são:
Pé plano ( arco plantar diminuído ou ausente. Esta anomalia possui duas variantes, pé plano verdadeiro, quando o arco plantar é inexistente, e pé plano falso, quando o arco plantar desaparece sobre a ação do peso do corpo;
Pé eqüino ( incapacidade de apoiar a planta dos pés no solo, atresia da musculatura da panturrilha;
Pé cavo ( arco plantar aumentado (ângulo de pegada de Clarke);
Metatarsus primus várus/ Hálux valgo ( o 1º metatarsus desvia e encurta em relação aos outros;
Metatarsus varus ( os cinco dedos tendem a varizar e supinar, ocorrendo uma freqüente torção tibial interna associada;
Pé Bot ( é o inverso do pé eqüino, é uma exagerada doso flexão plantar;
Pé torto congênito ( é o conjunto, o pé eqüina, o calcanhar variza, o ante pé supina e todo o conjunto roda medialmente.
3.4 – MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO POSTURAL
Com a utilização do fio de prumo e da película milimetrada como instrumen-tos indispensáveis para uma boa avaliação postural, deve-se tomar as seguintes precauções:
Observar sempre da base para a cabeça;
O paciente deve ficar de três a quatro metros distante do examinador;
O paciente deve estar mais desnudo possível;
O ambiente deve conter luminosidade adequada;
Posição ortoestática porém relaxado, com olhar em ponto fixo.
VISTA ANTERIOR
Pés ( abduto / aduto – pé plano – pé cavo – álux valgo;
Joelhos ( geno varo – geno valgo – normalmente estão associadas a rotação da tíbia (tíbia vara, coxa vara);
Quadril ( inclinação lateral (quadrado lombar) – acumulo de tecido adiposo suprailíaca (pneus);
Ângulo de Talles ( é o ângulo entre o braço e antebraço;
Linha mamaria ( assimétrica – simétrica;
Linha axiliar ( assimétrica – simétrica;
Tórax ( tórax de barril – escoliótico – cifótico – peito de pombo – tórax em funil;
Ombros ( elevado – em depressão;
Cabeça ( lateralizada.
VISTA DE PERFIL
Pés ( artelhos em gatilho – pé eqüino – ante pé supinado – ante pé pronado;
Joelhos ( geno flexo – geno recurvado;
Quadril ( antero-versão – retro-versão;
Coluna lombar ( hiperlordose – dorso plano;
Coluna torácica ( hipercifose;
Coluna cervical ( hiperlordose;
Cabeça ( proeminente.
VISTA POSTERIOR
Pés ( pé plano – pé cavo – inversão – eversão do calcanhar;
Joelhos ( varo – valgo, associados a torção tibial ou femoral;
Quadril ( acumulo de tecido adiposo infrailíaca e glúteos (culote);
Coluna vertebral ( escoliose torácica – escoliose lombar – gibosidade;
Escápulas ( abduzidas – aduzidas – elevadas – aladas;
Ombros ( deprimidos – elevados;
Cabeça ( lateralizada.
3.5 – ESTUDO DAS ESCOLIOSES
A escoliose é uma curvatura lateral da coluna. A coluna possui curvaturas normais no sentido antero-posterior, mas uma curvatura em sentido lateral é considerada anormal.
Existem muitas causas conhecidas de escoliose. Ela pode ser congênita ou adquirida; pode resultar de doenças ou lesões. Vamos comentar neste trabalho apenas as idiopáticas, ou seja, de causas desconhecidas.
Apresentam as seguintes características:
escoliose simples ou em “C” ( quando existe uma curvatura lateral que pode ser ao nível do tórax, lombar ou toracolombar também chamada de escoliose completa;
escoliose dupla ou em “S” ( quando existe duas curvaturas laterais e podem ser torácica sinistro convexa e lombar destro côncava ou vice versa.
OBS: Escoliose funcional ( sem rotação de vértebra;
 Escoliose estrutural ( com rotação de vértebra.
Nas próximas páginas, veremos alguns exemplos de posturas inadequadas, bem como a musculatura principal envolvida.
A observação é a principal técnica usada neste tipo de avaliação subjetiva, mas deve-se levar em conta os aspectos sociais que norteiam a vida do avaliado, como: atividade profissional, prática esportiva, hábitos em geral que possam ser relacionados ao tipo de postura apresentada, até mesmo o nível de ansiedade do indivíduo pode leva-lo à uma postura compensatória.
 
 
3.6 – TESTES PARA AVALIAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL
Coluna cervical
Teste de comprenssão e descompressão: corresponde em comprimir e descomprimir a cabeça contra a coluna cervical, aumentando ou diminuindo a dor com irradiação para o braço SINAL DE SPURLING;
Teste de Valsalva: é o aumento de pressão intratecal que, se houver uma hérnia ou tumor no local, provocará o aparecimento de dor que se irradiará para o dermátomo correspondente;
Teste de Addison: é para verificar o estado de compressão da artéria subclávia por uma costela cervical ou compressão do músculo escaleno médio. Paciente vira a cabeça para o lado que está testando e se o pulso desaparecer ou diminuir é porque há compressão. SINDROME DO DES-FILADEIRO TORÁCICO;
Sinal de Lhermitte: a flexão brusca do pescoço provoca a dor em “des-carga elétrica”, ao longo da coluna,que se prolonga às extremidades inferiores. Esses sinal pode estar presente na hérnia de disco ou processos tumorais, bem como na esclerose múltipla;
Coluna dorsal
Em função desta área ser de menor movimento, os testes manipulativos ficam restritos a região cervical e lombar, entretanto, o uso das técnicas de ins-peção e palpação podem oferecer dados importantes para a avaliação como: presença de nódulos, algias, deformidades, isto inclui a manipulação que é usada tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento.
Coluna lombar 
Sinal de Lasègue: a manobra pode ser realizada com o paciente na posição DD com as pernas extendidas, o examinador flete o quadril erguendo a perna do paciente que produzirá dor ciática. Em 25% à 30% existe o sinal de La-sègue contralateral, surgindo a dor no outro lado, sugerindo provável hérnia de disco;
Sinal de Neri: paciente na posição sentado, o joelho é estendido até o ponto de resistência. Nesse momento o examinador flete a cabeça do paciente, o que aumenta a tensão das raízes e eleva a dor;
Teste de Patrick: força-se o quadril em flexão, rotação externa e adução, com o joelho fletido. Haverá dor se a articulação sacroilíaca estiver comprometida;
Sinal de Djerine e/ou Valsalva: o ato de tossir, espirrar ou esforço de vomitar, podem precipitar a ciatalgia, por aumento da pressão liquórica.
Região sacroilíaca
Como a inspeção e a palpação das sacroilíacas raramente fornecem algum dado importante e a mobilidade é pratcamente nula, utiliza-se algumas manobras que visam tracionar as socroilíacas, desencadeando a dor:
Manobra de Volkman: apoia-se as mãos sobre ambas as espinhas ilíacas anteriores forçando-as a um movimento de abertura da pélvis;
Manobra Lewin: Decúbito lateral sobre o lado são. O fisioterapeuta exerce pressão com as mãos apoiadas sobre a crista ilíaca aplicando uma força equivalente a resistência do paciente;
Manobra de Mennel: é a que melhor se presta para avaliar as sacroilíacas. Paciente em DD com o joelho homolateral fletido e trazido junto ao tronco pelas mãos do próprio. O examinador apoia uma das mãos na nádega do paciente e com a outra traciona para trás a coxa apoiando no terço infero-anterior da perna fletida. Na presença de lesão na sacroilíaca ocorre dor na nádega.
 As manobras de exame segmentar permitem solicitar cada segmento vertebral individualmente.
O exame segmentar compreende quatro manobras:
Pressão axial sobre o processo espinhoso;
Pressão lateral sobre o processo espinhoso;
Pressão sobre o ligamento interespinhoso;
Pressão sobre a articulação interapofisária.
Todas estas manobras executadas levemente são indolores sobre um segmento normal. Todas, ou algumas, serão dolorosas sobre um segmento patológico.
Convém ressaltar que estas manobras são para avaliar o local exato do segmento doloroso. Existem várias manobras usadas para tratamento de afecções dolorosas agudas menores, porém, contra indicadas nas afecções tumorais, infecciosas e inflamatórias, mal formações e outros. 
A intercessão dos planos médios sagital e coronal do corpo formam uma linha que é análoga à linha da gravidade. Ao redor dessa linha, o corpo fica hipotéticamente em uma posição de equilíbrio. Tal posição implica em uma dis-tribuição equilibrada de peso e em uma posição estável de cada articulação. Desta forma o fio de prumo é o melhor instrumento que pode representar o equilíbrio e/ou desequilíbrio do corpo em relação ao centro da gravidade do mesmo. 
Entra as folhas 17 até 24
UNIDADE – IV : PROVA DE FUNÇÃO MUSCULAR
4.1 – TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
A força muscular é uma qualidade física que, entre outras, é fundamental para dinâmica do movimento humano. Tubino (1984), divide força em dinâmica, estática e explosiva:
Dinâmica ( é o tipo de força que envolve os músculos dos membros em movimento (isotônica).
Estática ( é o tipo de força que produz calor sem haver produção de trabalho em forma de movimento (isométrica).
Explosiva ( é o tipo de força que pode ser explicada pela capacidade de exercer o máximo de energia num ato explosivo (P=F X V).
A força muscular, ou mais precisamente a força máxima ou tensão gerada por um músculo, em geral é medida por um dos quatro métodos:
Tensiometria
Dinamometria
Uma repetição máxima – 1 RM
Determinação da produção de força e trabalho computadorizada 
Tem por objetivo avaliar comparativamente a força de um determinado grupo muscular ou músculo isolado, dependendo do ângulo especificamente para aquele movimento.
Entretanto, estes métodos são mais bem empregados na área de Educação Física visto que um paciente acamado não poderá se submeter a tais testes.
Prova de função muscular prisma a avaliação da força muscular para suas funções comuns dos movimentos articulares.
Utiliza-se o quadro de escores abaixo na avaliação muscular dos membros inferiores.
QUADRO DE GRADUAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR
	GRAU
	NOMINAL
	%
	CARACTERÍSTICAS
	5
	NORMAL
	100
	AMC + VG + VgR
	4
	BOA
	75
	AMC + VG + VpR
	3
	REGULAR
	50
	AMC + VG
	2
	FRACA
	25
	AMC
	1
	VESTÍGIO
	10
	VESTÍGIO CONTRAÇÃO
	0
	NULO
	0
	NULO
Grau 5 ( as características correspondem a: executa arco de movimento completo (AMC); vence a força da gravidade (VG) e vence grande resistência (VgR).
Grau 4 ( executa arco de movimento completo (AMC); vence gravidade e (VG) e vence pequena resistência (VpR).
Grau 3 ( executa arco de movimento completo; vence a força da gravidade e não vence a resistência.
Grau 2 ( executa arco de movimento completo; não vence a força da gravidade e não vence nenhuma resistência.
Grau 1 ( encontra-se no paciente vestígios de contração, sem contudo exercer movimentos.
Grau 0 ( musculatura atrofiada
OBS: Para avaliar o grau 2 é necessário que se anule a ação da gravidade. Para tal, segue-se abaixo os quadros de posições para avaliação muscular.
QUADRO DE POSICIONAMENTO PARA AVALIAÇÃO
4.2 – AVALIAÇÃO GLEUMERAL
	GRAU
	FLEXÃO
	EXTENSÃO
	5
	Sentado
	DV e Sentado
	4
	Sentado
	DV e sentado
	3
	Sentado
	DV e Sentado
	2
	DL
	DL
	GRAU
	ABDUÇÃO
	ADUÇÃO
	5
	Sentado
	DD
	4
	Sentado
	DD
	3
	Sentado
	DD
	2
	DD ou DV
	Sentado
	GRAU
	ADUÇÃO HORIZONTAL
	ABDUÇÃO HORIZONTAL
	5
	DD
	DV
	4
	DD
	DV
	3
	DD
	DV
	2
	Sentado
	Sentado
	GRAU
	ROTAÇÃO LATERAL
	ROTAÇÃO MEDIAL
	5
	DV
	DV
	4
	DV
	DV
	3
	DV
	DV
	2
	Sentado
	Sentado
ARTICULAÇÃO ESCAPULAR
	GRAU
	ABD. ROTAÇÃO CIMA
	ELEVAÇÃO
	5
	Sentado
	Sentado
	4
	Sentado
	Sentado
	3
	Sentado
	DV
	2
	Sentado
	DV
	1
	Sentado
	DV
	GRAU
	ADUÇÃO
	DEPRESSÃO E ADUÇÃO
	ADUÇÃO E ROTAÇÃO PARA BAIXO
	5
	DV
	DV
	DV
	4
	DV
	DV
	DV
	3
	DV
	DV
	DV
	2
	DV
	DV
	Sentado
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
	GRAU
	FLEXÃO
	EXTENSÃO
	5
	DD
	DD
	4
	DD
	DD
	3
	DD
	DD
	2
	DL
	DL
ARTICULAÇÃO DE ANTEBRAÇO
	GRAU
	PRONO-SUPINAÇÃO
	5
	Sentado
	4
	Sentado
	3
	Sentado
	2
	DD
ARTICULAÇÃO DO PUNHO
	GRAU
	FLEXÃO DORSAL
	FLEXÃO PALMAR
	5
	Sentado
	Sentado
	4
	Sentado
	Sentado
	3
	Sentado
	Sentado
	2
	Prono-supinação
	Prono-supinação
	GRAU
	DESVIO RADIAL
	DESVIO ULNAR
	5
	Prono-supinação
	Sentado
	4
	Prono-supinação
	Sentado
	3
	Prono-supinação
	Sentado
	2
	Posição anatômica
	Posição anatômica
OBS: As articulações metacarpo falagianas na extensão utiliza-se o antebraço em pronação fazendo-se resistência os dedos. Na flexão antebraço em supina-ção. Para eliminar a gravidade a posição ideal é Prono-supinação.
4.3 – ARTICULAÇÃOCOXO-FEMORAL
	GRAU
	FLEXÃO
	EXTENSÃO
	5
	DD
	DV
	4
	DD
	DV
	3
	DD
	DV
	2
	DL
	DL
	GRAU
	ABDUÇÃO
	ADUÇÃO
	5
	DL
	DD
	4
	DL
	DD
	3
	DL
	DD
	2
	DD
	DL
	GRAU
	ROTAÇÃO LATERAL
	ROTAÇÃO MEDIAL
	5
	Sentado
	Sentado
	4
	Sentado
	Sentado
	3
	Sentado
	Sentado
	2
	DD
	DD
ARTICULAÇÃO DO JOELHO
	GRAU
	FLEXÃO
	EXTENSÃO
	5
	PO ou DV
	Sentado, recostado 45°
	4
	PO ou DV
	Sentado, recostado 45° 
	3
	PO ou DV
	Sentado, recostado 45°
	2
	DL
	DL
ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO
	GRAU
	DORSIFLEXÃO
	FLEXÃO PLANTAR
	5
	Sentado
	DV
	4
	Sentado
	DV
	3
	Sentado
	DV
	2
	DL
	DI
	GRAU
	EVERSÃO
	INVERSÃO
	5
	DL
	DL
	4
	DL
	DL
	3
	DL
	DL
	2
	DD
	DD
4.4 – AVALIAÇÃO DA MUSCULATURA DE TRONCO ANTERIOR (abdominal)
A musculatura abdominal pelo seu posicionamento axial do corpo apresenta uma técnica específica. Primeiramente posiciona-se o paciente em DD, procuran-do relaxa-lo. Cada grau de força tem uma posição específica para os membros superiores e inferiores, assim temos:
GRAU 5 ( Paciente em DD, membros superiores fletidos com as mãos entrelaçadas na nuca e membros inferiores estendidos. Nesta postura realizar a flexão de tronco até que as escápulas separem-se completamente da mesa, sem permitir que os cotovelos mudem de posição.
GRAU 4 ( Decúbito dorsal com os braços cruzados ser o tórax, realizar a flexão de tronco, o avaliador faz o apoio no quadril do paciente.
GRAU 3 ( DD com os membros superiores estendidos acima do plano do corpo, realizar a flexão do tronco até que as omoplatas se separem da mesa, membros inferiores estendidos.
GRAU 2 ( Com membros superiores estendidos acima do plano do corpo, o paciente realiza a flexão do tronco sem conseguir separar as escápulas da mesa.
GRAU 1 ( Com membros superiores estendidos e o paciente realiza somente a flexão cervical.
AVALIAÇÃO COM ROTAÇÃO DO TRONCO
Segue as mesmas posturas e graduações acima, porém, com a rotação do tronco para os dois lados.
4.5 – AVALIAÇÃO DA MUSCULATURA DE TRONCO POSTERIOR
A avaliação da musculatura de tronco posterior corresponde a avaliação do grupo muscular eretores da espinha, são assistidos pelo grande dorsal, quadrado lombar e trapézio. O teste consta de posicionar o paciente em DV, com os braços fletidos com as mãos entrelaçadas na nuca. Assim sendo, solicita-se que o paciente faça uma extensão da coluna vertebral até que todo o tórax tenha sido elevado da mesa (vê-se o umbigo).
GRAU 5 ( O paciente realiza o movimento completo (AMC) e vence a resistência dos braços (RB), a gravidade (VG).
GRAU 4 ( O paciente realiza o movimento completo, vence a resistência e a gravidade mas não consegue erguer todo o tórax.
GRAU 3 ( DV, com os braços estendidos ao longo do corpo, o paciente completa parcialmente o movimento. 
GRAU 2 ( DV, braços estendidos ao longo do corpo, o paciente consegue apenas erguer os ombros e a cabeça da mesa.
GRAU 1 ( O paciente esboça contração da musculatura dorsal. O exami-nador deve palpar para se certificar.
UNIDADE – V : ARTROMETRIA
É a ciência que estuda os movimentos articulares e as medidas destes movimentos.
5.1 – Nesta parte do nosso estudo estaremos avaliando as articulações quanto a sua funcionalidade, isto é, sua amplitude do movimento, qualidade denominada “FLEXIBILIDADE”. As articulações estão subordinadas as influências anatomofi-siológicas as quais por sua vez influenciam a flexibilidade. Recordamos que: 
Acidentes ósseos ( limitam a amplitude mecanicamente;
Músculos ( são os agentes do movimento, conforme sua estrutura poderá exer-cer efeito mecânico do tipo bloqueio, como por exemplo, a hipertrofia do bíceps que reduz a angulação na flexão do cotovelo; 
Ligamentos ( tem ação estabilizante das articulações, fazendo com que as partes móveis se articulem o mais aderido possível, paralelamente existem ligamentos que atuam como limitantes da amplitude;
Cápsulas articulares ( pela sua função envolvedora que além de garantir função articular, torna-se um elemento limitador de amplitude; 
Derme ( a qualidade elástica da pele passa a ter uma influência na amplitude articular.
Existem diversos fatores que poderão facilitar ou mesmo dificultar o desempenho articular, tais como:
Idade ( a medida que envelhecemos a flexibilidade diminui;
Temperatura ( quando ocorre aumento de temperatura corporal os líquidos internos diminuem sua viscosidade, favorecendo assim a flexibilidade;
Composição corporal ( indivíduos obesos normalmente apresentam uma menor flexibilidade;
Sexo ( as mulheres apresentam uma constituição fisiológica mais flexível em algumas articulações, Ex: articulação do quadril.
A flexibilidade pode ser estudada de três formas diferentes:
Avaliação por medida angular;
Avaliação por medida linear e, 
Avaliação por medida admencional.
5.2 – MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
5.3 – FLEXIBILIDADE LINEAR
A avaliação da flexibilidade por medida linear é realizada pelo Teste de Wells. Este teste consiste de posicionar o paciente sentado a frente do instrumen-to específico para tal aferição. Regula-se a mesa de marcação com os pés tocan-do na sua parede perpendicular em seguida solicita-se que o paciente alcance a plataforma de cima da mesa com a ponta do dedo empurrando a régua ajustada para tal. O grau de flexibilidade é dado pela graduação que o paciente alcance além da região plantar.
Outras adaptações poderão ser feitas a partir da mensuração de distâncias, como por exemplo, verificar a evolução da flexibilidade do tronco na posição PO basta solicitar ao paciente uma flexão de tronco e mensurar a distância do solo até a extremidade do dedo médio (Dactylion).
5.4 – AVALIAÇÃO POR MEDIDA ADMENCIONAL
Consiste em submeter o paciente a uma bateria de movimentos com graduações crescentes até o ACM. A avaliação é realizada com movimentos passivos, e o grau é dado no estágio do movimento onde há um bloqueio quer seja álgico ou puramente mecânico. O resultado será dado pelo somatório de cada escore correspondente ao movimento. Normalmente este tipo de avaliação é realizado a Educação física, ou na Fisioterapia esportiva. Pode-se de forma isolada destacar um determinado movimento para uma articulação e estabelecer graduação em cada estágio.
Em nosso estudo adotaremos a forma simplificada de Wallace, cujo flexites-te adota oito movimentos, conforme abaixo:
Após realizado os testes, faz-se o somatório e verifica-se na tabela.
	< 8
	Muito pequena
	
	17 à 20
	Média 
	9 à 12
	Pequena
	
	21 à 24
	Grande
	13 à 16
	Média 
	
	> 25
	Muito grande 
Avaliação por medida angular – GONIOMETRIA
GONIA = ângulo METRON = medida, de origem grega. A goniometria tem por finalidade avaliar a flexibilidade de uma articulação através do ângulo de seu arco específico de movimento (ADM). Este ângulo é medido com o instrumento chamado GONIÔMETRO. Existem alguns modelos no mercado desde os mais simples até os mais complexos micro processados, utilizados em laboratórios de pesquisa. A grande vantagem do goniômetro universal é o baixo custo do equipamento associado a uma boa precisão, quando devidamente usado pelo profissional.
A constituição do goniômetro universal de haste é:
Braço fixo ( que será adaptado a parte imóvel da articulação;
Braço móvel ( que será adaptado a parte móvel;
Corpo ( é posicionado na linha articular a ser medida, pode ser em meio circulo ou em circulo total.
As escalas do Goniômetro são de 1° à 10° e vão de 0° à 180° ou 0° á 360°.
Algumas considerações deverão ser mencionadas visando a maior precisão possível do método a ser usado pelo fisioterapeuta.
Procure efetuar a mensuração com a parte a ser mensuradadesnuda de preferência ou se não for possível, com roupa que não interfira no movimento (lycra, cotton, etc);
A Goniometria pode ser realizada em movimento ativo e passivo para um estudo comparativo, entretanto, usualmente inicia-se com movimento ativo e termina com o passivo;
Deve-se orientar o paciente antes da mensuração e se possível treina-lo;
Posicionar o paciente na postura anatômica adequada, pois desvios poderão alterar resultados e trazer falsas interpretações;
Aferir sempre bilateralmente, principalmente quando há um lado sadio, caso os dois lados estejam comprometidos buscar as referências consideradas normais, bem como informações com o paciente;
Registrar os dados juntamente com outras informações tais como: nome do avaliador, data da avaliação, condições de movimento adotado, etc;
Reavaliações deverão ser realizadas pelo mesmo profissional para evitar margem de erro;
Evitar estressar o paciente com constantes mudanças de decúbito, isto é, sempre que medir numa posição esgotar todas as mensurações para depois solicitar mudança de decúbito.
OBJETIVOS: 
Determinar a presença ou ausência de disfunções
Estabelecer um diagnóstico
Desenvolver objetivos de tratamento
Avaliar o progresso ou não dos objetivos da recuperação funcional
Modificar o tratamento
Motivar o sujeito
Fabricação de órteses e equipamentos adaptativos.
SENSAÇÃO FINAL:
A quantidade de ADM passiva é determinada pelo tipo de estrutura da articulação que está sendo testada. Algumas articulações são estruturadas de tal forma que as cápsulas articulares limitam ao final da ADM em determinado senti-do, enquanto outras articulações são estruturadas de tal forma que o ligamentos limitam o final de apenas uma ADM. Outras limitações são geradas pela tensão passiva dos músculos, a proximidade dos tecidos moles e o contato das superfícies articulares.
Tabela descrita por CYRIAX (1982) e KALTENBORN (1980)
GONIOMETRIA PARA MEMBRO SUPERIOR
Articulação glenoumeral
Movimento ( FLEXÃO
Angulação ( 0° à 180°
Posição ( Sentado, PO, DD
Braço fixo ( linha média axilar
Braço móvel ( Superfície lateral do úmero
Eixo ( Eixo da articulação (próximo ao acrômio)
Movimento ( EXTENSÃO
Angulação ( 0° à 45°
Posição ( Sentado, PO, DV
Braço fixo ( Linha axilar média
Braço móvel ( Face lateral do úmero
Eixo da articulação (próx. ao acrômio)
Movimento ( ABDUÇÃO
Angulação ( 0° à 180º
Posição ( Sentado, PO, DD
Braço fixo ( Linha axilar posterior/ant. 
Braço móvel ( Superfície posterior/ant. do braço 
Eixo ( Eixo articular (próximo ao acrômio)
Movimento ( ADUÇÃO
Angulação ( 0° à 40°
Posição ( Sentado, PO, DD
Braço fixo ( Paralelo a linha mediana anterior
Braço móvel ( Sobre a superfície lateral do úmero
Eixo ( Sobre o acrômio
Movimento ( ROTAÇÃO MEDIAL
Angulação ( 0° à 90°
Posição ( DD
Braço fixo ( paralelo ao solo
Braço móvel ( posterior ao antebraço
Eixo ( Olécrano
Movimento ( ROTAÇÃO LATERAL
Angulação 0° à 90°
Braço fixo ( Paralelo ao solo
Braço móvel ( Posterior ao antebraço
Eixo ( Olécrano
Articulação do cotovelo
Movimento ( FLEXÃO e EXTENSÃO
Angulação ( 0° à 145°
Posição ( Sentado, PO, DD
Braço fixo ( Ao longo da superfície lateral do úmero
Braço móvel ( face lateral do rádio
Eixo ( Epicôndilo lateral do úmero
Articulação rádio-ulnar
Movimento ( PRONAÇÃO e SUPINAÇÃO
Angulação ( 0° à 90°
Posição ( Sentado, cotovelo 90°
Braço fixo ( Superfície dorsal dos dedos, paralelo ao eixo longitudinal do úmero
Braço móvel ( Paralelo ao eixo do polegar o qual deverá acompanhar o movimento.
Eixo ( Dedo médio
Articulação do punho
Movimento ( FLEXÃO e EXTENSÃO
Angulação ( 0° à 90° e 0° à 70°
Posição ( Sentado com o cotovelo a 90° apoiado
Braço fixo ( Face medial da ulna
Braço móvel ( Superfície medial do 5° metacarpiano
Eixo ( Superfície medial do punho (piramidal)
Movimento ( DESVIO ULNAR e DESVIO RADIAL
Angulação ( 0° à 20° e 0° à 45°
Posição ( Sentado com o cotovelo a 90° apoiado
Braço fixo ( Região posterior do antebraço
Braço móvel ( Superfície dorsal do III metacarpo
Eixo ( Articulação radiocárpica
MEDIDA ANGULAR DE MEMBROS INFERIORES
Articulação do quadril
Movimento ( FLEXÃO
Angulação ( 0/ à 125°
Posição ( DD
Braço fixo ( Linha média axilar do tronco
Braço móvel ( Superfície lateral da coxa
Eixo ( Trocante maior
Movimento ( EXTENSÃO
Angulação ( 0° à 10°
Posição ( DV
Braço fixo ( Linha axilar média do tronco
Braço móvel ( Superfície lateral média da coxa
Eixo ( Nível do trocante maior
Movimento ( ADUÇÃO
Angulação ( 0° à 15°
Posição ( DD
Braço fixo ( Nível das EIAS
Braço móvel ( Região anterior da coxa
Eixo ( Trocante maior
Movimento ( ROTAÇÃO MEDIAL
Angulação ( 0° à 45°
Posição ( Sentado com joelho e quadril 90°
Braço fixo ( Sobre a linha média anterior da tíbia
Braço móvel ( Ao longo da crista da tíbia
Eixo ( Na face anterior da patela
Movimento ( ROTAÇÃO LATERAL
Angulação ( 0° à 45°
Posição ( Sentado com joelho e quadril 90°
Braço fixo ( Perpendicular a linha média anterior da tíbia, 
paralelo ao solo
Braço móvel ( Na face anterior da patela
Articulação do joelho
Movimento ( FLEXÃO
Angulação ( 0° à 140°
Posição ( DV, mantendo o pé em flexão plantar,
Visando a perna tocar o leito no início do movimento
Braço fixo ( Linha lateral da coxa
Braço móvel ( Linha lateral da fíbula
Eixo ( linha articular do joelho
Articulação do tornozelo
Movimento ( FLEXÃO DORSAL
Angulação ( 0° à 20°
Posição ( Sentado DD
Braço fixo ( Paralelo a face lateral da fíbula
Braço móvel ( paralelo a borda lateral da fíbula
Eixo ( Maléolo lateral
Movimento ( FLEXÃO PLANTAR ou EXTENSÃO
Angulação ( 0° à 45°
Posição ( Sentado, DD com joelho em semiflexão
Braço fixo ( Paralelo a face lateral da fíbula
Braço móvel ( Paralelo a borda lateral do pé
Eixo ( Maléolo lateral
UNIDADE – VI : TESTES DINÂMICOS ARTICULARES
A estabilidade funcional de muitas articulações no corpo é devida em parte, ao intricado sistema ligamentar e músculo-tendioso associados com cada articu-lação. Assim, antes de abordar os testes dinâmicos articulares faz-se necessário um entendimento dado a classificação de algumas lesões que comprometem esta tríade.
Os tendões são estruturas de tecido conjuntivo que ligam os músculos aos ossos;
Os ligamentos são estruturas similares de tecido conjuntivo mas que se originam destes e se inserem no osso.
Apesar da similiaridade estas duas estruturas se diferem em suas funções. Os ligamentos estabilizam as articulações e servem para conectar dois ossos, mas carecem de um componente motor para movimentar a articulação. Por outro lado, os tendões são uma parte integrante da unidade músculo-tendinosa, esta se divide em:
Junção do músculo originado no osso;
Junção músculo-tendão;
Junção tendão-osso.
As lesões nas unidades músculo-tendinosas são denominadas de disten-sões, ao passo que lesões nos ligamentos são denominadas de entorses.
Estiramento ( Uma lesão descrita como distensão indica que houve algum grau de ruptura nas fibras musculares, na junção músculo-tendão, no tendão ou na inserção óssea de uma unidade músculo-tendinosa. Essa ruptura pode ser causada por:
Trauma direto (contusão)
Alongamento excessivo (distensão aguda)
Repetitiva ação de cargas (distensão crônica)
Laceração (ruptura)
As distensões são graduadas em:
Leve (primeiro grau) ( Não ocorre a ruptura total na unidade musculotendinosa. Háum edema localizado e dolorimento sem perda de resistência na unidade lesada ou perda da movimentação nas articulações adjacentes. De qualquer forma, os estiramentos e contrações contra a resistência vão causar dor no sítio da lesão.
Moderada (segundo grau) ( Existe algum grau de ruptura macroscópica na unidade musculotendinosa, resultando na perda de resistência muscular e limi-tação na movimentação ativa (limitação funcional) nas articulações adjacentes. Todavia, testes clínicos revelam que a unidade musculotendinosa não foi com-pletamente rompida.
Severa (terceiro grau) ( Um ou mais dos componentes da unidade músculo-tendinosa está completamente rompido e a movimentação nas articulações adjacentes é gravemente restrita. Ex: Teste de Thompson, ruptura do tendão de Aquiles.
Entorse ( O termo descreve a lesão de ligamentos. As entorses são causadas por forças que alongam algumas ou todas as fibras do ligamento além de seu limite elástico, produzindo algum grau de ruptura de fibras e/ou de suas inserções ósseas.
A classificação e graduação de lesões ligamentares estão baseadas em dois fatores:
Número de fibras rompidas
Instabilidade subsequente
Graduação:
Leve (primeiro grau) ( Dor localizada e edema sobre o sítio lesado. Algumas fibras ligamentares ficam laceradas mas não há perda aparente, clínica ou funcional da integridade do ligamento.
Moderada (segundo grau) ( Muitas das fibras ligamentares são laceradas e há evidência clínica de instabilidade articular. Todavia, testes de estresses não demonstram perda funcional completa da integridade do ligamento.
Grave (terceiro grau) ( Dilacera completamente o ligamento. Essa dilacera-ção ocorre na inserção óssea ou na estrutura do ligamento.
A instabilidade articular resultante da lesão ligamentar é graduada numa escala de 0 à 3. O grau de instabilidade pode ser determinado, de forma compa-rativa, entre os tecidos lesados e os não lesados.
Grau 0 ( Não há diferença entre o movimento permitido pelo ligamento lesado e não lesado;
Grau 1 ( A abertura da linha articular é menor do que 0,5 mm;
Grau 2 ( A abertura da linha articular é de 0,5 à 1 mm;
Grau 3 ( A abertura da linha articular é maior do que 1 mm.
Classificação segundo Hughston:
Puras (não rotatórias); b) Rotatórias (simples); c) Rotatórias (combinadas)
Anterior Antero-medial (AM) AM + AL são mais comuns 
Posterior Antero-lateral (AL)
Medial Póstero-lateral (PL)
Lateral
UNIDADE – VII : AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA SENSOLRIAL E MOTORA
O objetivo deste estudo é capacitar o acadêmico de Fisioterapia em realizar uma avaliação completa do que se refere as áreas sensorial e motora. Através de uma bateria de testes, fornecemos elementos que possibilitam chegar ao diagnóstico neurológico da patologia que acometeu o paciente bem como suas seqüelas.
7.1 – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA SENSORIAL
Sensação profunda ( sensibilidade originado nos músculos, ossos, tendões e articulações. São as seguintes:
Palestesia ou vibração ( Coloca-se o diapasão devidamente estimulado sobre a protuberância óssea de uma determinada região. Solicita-se o paciente uma resposta verbal sobre sua sensação (adotar sempre o método comparativo).
Sensibilidade tátil profunda ( este teste localiza a capacidade de identifi-car pressões diferentes sobre a pele. Para tal, com a polpa digital toca-se diferentes áreas da pele. Usa-se a polpa digital para tocar diferentes áreas da pele.
Sensibilidade artrocinética ( Sentido de posição segmentar- realizar di-ferentes posições nos segmentos do corpo com paradas súbitas. Pedir ao paciente que identifique a posição do segmento.
Sensações combinadas ( Estas envolvem as mencionadas acima e apresentam-se nas características profundas e superficiais.
7.2 – AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS TENDINOSOS: MIOTÁTICOS E SUPERFICIAIS
Miotáticos ou profundos: 
Reflexo biciptal (C5,C6) ( O examinador percute o próprio polegar colo-cado sobre o tendão do bíceps do paciente, estando o antebraço em semiflexão. O sinal positivo provoca flexão do antebraço sobre o braço;
Reflexo triciptal (C&,C*) ( A percussão do tendão do tríceps acima do olecrânio, estando o braço em semiflexão, provoca extensão do antebra-ço;
Reflexo patelar (L2 a L4) ( A percussão do tendão da rótula provoca extensão da perna, estando o paciente sentado com a perna pendular ou cruzada.
Reflexo aquileu (L4 a L5) ( A percussão do tendão de Aquiles provoca flexão plantar do pé.
2) Superficiais:
Resposta plantar ( O estímulo desta região por intermédio de um estile-te, e realizado do calcanhar para cima e pela borda externa do pé, pro-voca a flexão do grande artelho: é reflexo plantar normal.
Quando a manobra descrita provoca extensão do 1º pododáctilo e abertura em leque dos outros, estamos diante de reflexo plantar anormal ou Sinal de Ba-binsk. 
Na ausência deste sinal e com suspeita de lesão piramidal, pode-se avaliar seus sucedâneos:
Opennheim ( Deslizar com o indicador e o polegar na borda medial e lateral da tíbia no sentido proximal para distal;
Gordon ( Pinçamento do tendão de Aquiles.
 
	HIPERREFLEXIA
	HIPORREFLEXIA - ARREFLEXIA
	Lesões do sistema piramidal (mais comum)
	Polineurites
	Esclerose em placas
Síndrome cerebelar
	Tabes Dorsais
Polineurite anterior
	Esclerose lateral amiotrófica
Doença de Parkinsom
Paralisia geral progressiva (sífilis)
Intoxicações
	Esclerose combinadas
Miopatias (fase final) 
Secções medulares completas (1ª fase)
Período inicial dos octus cerebrais
7.3 – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA MOTORA
7.3.1 – AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO
Definição ( É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base contra a Lei da Gravidade.
Divisão:
Equilíbrio estático ( Habilidade física que capacita o indivíduo a permanecer em uma posição estacionária;
Equilíbrio dinâmico ( É a habilidade de manter o equilíbrio durante um movimento.
Mecanismo do equilíbrio:
A habilidade de equilibrar-se depende da:
Função vestíbulo-cocclear (8º par craniano);
Sensação cinestésica dos musculos;
Percepção visual do corpo;
Habilidade de coordenar os 3 fatores acima.
7.3.2 – AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO
A coordenação é uma qualidade física que pode ser dividida em:
Grossa ( Habilidade em realizar gestos de grande amplitude de movimentos envolvendo um ou vários seguimentos, porém, com rítmico e destreza.
Fina ( Habilidade em realizar gestos de pequena amplitude de movimentos envolvendo normalmente os dedos das mãos, com ritmo e destreza.
A coordenação é avaliada pelos seguintes testes:
Teste do index-nariz: Consiste em solicitar ao paciente que faça uma abdução horizontal com o braço, em seguida colocar o dedo indicador na ponta do nariz. Deve-se repetir 3 vezes.
Teste index-index: Solicitar ao paciente que toque com seu dedo indicador o indicador do terapeuta ou com os braços abduzidos horizontalmente, tocar os seus próprio indicadores.
7.3.3 – AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE REAÇÃO
É a habilidade em responder com um movimento rápido um estímulo externo.
Um dos testes consiste em soltar uma régua de 60cm, na vertical e com o início da marcação para baixo, para o paciente pegar o mais rápido possível após o estímulo dado. O mesmo deve estar sentado com o cotovelo flexionado à 90° e apoiado sobre uma mesa. O tempo de sua reação será marcado através da leitura realizada entre o dedo mínimo e a régua.
7.4 – AVALIAÇÃO DA VISÃO
Nervo ( Óptico 2º para craniano
A avaliação pode ser realizada através da acuidade visual, campimetria, perimetria e fundoscopia (exame de fundo de olho). Estas análises devem estar à cargo do especialista. De forma grosseira pode-se avaliar a visão do paciente, para tal, entregue-o algo paraler (caso analfabeto apresente-o objetos ou dese-nhos de fácil interpretação). Faça o mesmo para imagens a distância, perguntan-do sobre as cores (existe um catálogo colorido para este teste).
Outras formas de avaliação mais específicas são :
Avaliação do Campo Visual
Para se avaliar o campo visual o paciente deverá estar sentado a frente do terapeuta a uma distância de 90cm à 1m, olhando em ponto fixo da testa do tera-peuta com um dos olhos. O avaliador deve inicialmente estar com as mãos para trás, em seguida, lentamente, faz uma abdução horizontal dos braços com o dedo indicador estendido, ora mexendo o indicador direito, ora mexendo o esquerdo ou ambos. O paciente deve relaxar quando estiver vendo sem girar o globo ocular.
Os distúrbios visuais mais comuns são:
Hemianopsia ( Cegueira em uma metade do olho, decorre de lesão do quiasma (bitemporal ou binasal).
Amaurose ( Cegueira total.
Ambliopia ( Acuidade visual subnormal sem alteração anatômica aparente, que não melhora com a correção óptica.
Diplopia ( Visão dupla, muito comum como seqüela de AVC.
CAUSAS DAS ALTERAÇÕES VISUAIS
	NEUROLÓGICAS
	OFTALMOLÓGICAS
	(NEURITES ÓPTICAS
	(GLAUCOMA
	(ATROFIA DO NERVO ÓPTICO
	(CATARATA
	(TUMORES DA HIPÓFISE
	(CORIORRETINITE
	(OUTROS TUMORES ENCEFÁLICOS
	(TUMORES DO GLOBO OCULAR
	
	(HIPERMETROPIA
	
	(ESTIGMATISMO
	
	(MIOPIA,ETC
Além da avaliação do campo visual, é necessário que o Fisioterapeuta faça um exame dos olhos mais completo. Para isso, deve conhecer algumas altera-ções que acometem este órgão.
ALTERÇÕES PUPILARES
	ATERAÇÕES
	DEFINIÇÃO
	CAUSAS
	Anisocoria
	Desigualdade pupilar
	Oftalmoplegia unilaterais
Aumento do diâmetro pupilar
Por excitação do simpático(rara);
Por paralisia do motor ocular comum (trauma-tismos, tumores, me-ningites,etc)
Miose
Diminuição do diâmetro pupilar
Por lesão do simpático (compressão por tumo-res, aneurismas,etc);
Por lesão do tronco ce-rebral (meningites, aci-dentes vasculares,etc)
OFTALMOPLEGIA
NERVO
SINAIS E SINTOMAS
CAUSAS COMUNS
Motor ocular comum
Ptose palpebral;
Desvio do olho para fo-ra –estrabismo diver-gente, por ação do mo-tor ocular externo;
Impossibilidade de mo-ver o olho para cima, para baixo e para den-tro;
Midríase. Ausência do reflexo fotomotor, com-sensual e de acomoda-ção.
Traumatismo craniano;
Diabetes melito;
Encefalites;
Abcessos cerebrais;
Sífilis nervosa.
Troclear
Desvio do olho para ci-ma e para dentro;
Impossibilidade de mo-ver o olho para baixo e para dentro
Neurites diversas;
Tumores cerebrais
Abducente
Desvio do olho para dentro – estrabismo convergente;
Dipoplia (visão de ima-gens duplas.
Acidentes vasculares cerebrais
7.5 – AVALIAÇÃO DA GUSTAÇÃO
O teste mais comum é a pesquisa da sensibilidade gustativa. Esta sensibili-dade poderá estar alterada no 1/3 posterior da língua. O teste se realiza para os quatro gostos fundamentais que são:
DOCE – SALGADO – ÁCIDO – AMARGO
As alterações dos gostos são denominadas:
Ageusia ( perda total do gosto;
Hipogeusia ( diminuição do gosto;
Parageusia ( perversão do gosto.
7.6 – AVALIAÇÃO DA OLFAÇÃO
Nervo ( Olfativo 1º par craniano
A avaliação da olfação se dá pelo reconhecimento de diversos aromas dos mais agradáveis aos irritativos, de odores conhecidos (álcool, café, fumo, canela, etc). Muitas alterações neurológicas promovem olfação mencionado.
Causas ( psíquicas, tumores do lobo frontal, paralisia geral sifilítica, escle-rose múltipla, hanseníase, causas locais, etc.
UNIDADE – VIII : AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
8.1 – A ANAMNESE
Para que se possa colher dados importantes sobre o doente, a anamnese deve ser direcionada ao problema específico como já mencionado anteriormente. Não fugindo esta regra, o valor e a acuidade da avaliação respiratória baseia-se na habilidade, na perícia do Fisioterapeuta e nos métodos clínicos.
Os elementos a serem incluídos em uma entrevista com o paciente (incluin-do a verificação e o esclarecimento dos registros médicos do paciente) são os seguintes:
História geral da saúde do paciente, com ênfase nas pneumopatias.
Processos patológicos, como por exemplo pneumonia, asma, resfriados freqüentes ou alergias.
Hábitos de saúde, como atividade física ou tabagismo.
Fatores ambientais:
História profissional.
b) Exposição a poluentes (incluindo outros fatores dentro de casa ou em lugares freqüentados).
História da doença atual ( O comportamento dos sinais e sintomas específi-cos deve ser registrado, incluindo a hora que eles se agravaram e o que os alivia. Os detalhes seguintes são particularmente importantes:
As características da tosse ( seca ou produtiva, sua qualidade e eficiência, a hora do dia ou da noite que desencadeia com mais freqüen-cia;
Dispnéia ( em repouso, na atividade física, ao deitar em posição reta (ortopnéia) e sensações associadas a ela;
Produção de secreção ( cor, volume, cheiro, consistência;
Dor no peito ( pleurítica, cardíaca, gástrica ou musculoesquelética;
Fatores precipitantes e grau de debilidade.
8.2 – A AVALIAÇÃO FÍSICA
A avaliação física está dividida em geral em quatro categorias principais, in-cluindo inspeção, palpação, percussão e ausculta. Uma Quinta categoria, a capa-cidade funcional, também será discutida.
Avaliação geral (inspeção e palpação):
Estrutura muscular ( Na pneumopatia crônica leva uma perda de massa muscular;
Arcabouso torácico ( É vital o conhecimento da relação entre as estruturas anatômicas ósseas e o pulmão que limitam, protege e auxiliam a respiração;
Cor da pele ( Palidez devido a hipóxia leva ao braqueteamento dos dedos;
Configuração óssea ( A configuração normal do tórax está descrita em ter-mos de diâmetros, com o diâmetro antero-posterior em uma razão de 1:2 em relação ao diâmetro lateral. Isto é, a distância ou diâmetro da parte anterior para a posterior do tórax deve ser a metade da sua distância ou diâmetro late-ral. As normalidades na configuração óssea são fortemente relacionadas a mudanças na função pulmonar, e incluem:
Tórax de barril ( Com as várias pneumopatias crônicas onde ocorre a hiprin-flação dos pulmões, a razão 1:2 muda drasticamente para 1:1, isto resulta nesta configuração de “barril”.
Tórax em quilha (Pectus canatum) ( Resulta na Protração do esterno sobre as costelas adjacentes, semelhante a uma ave. 
c) Tórax de sapateiro (Pectus excavatum) ( Resulta de um esterno deslocado posteriormente a sua situação normal em relação as costelas.
d) Tórax chato ( Congênito ou conseqüente a doença caquetizante.
e) Tórax cifófico ou cifoescoliótico ( É uma deformidade estrutural na qual a caixa torácica e a coluna vertebral assumem uma formação assimétrica, com diminuição ou restrição subsequente da função pulmonar.
f) Tórax em sino ( Acompanha as grandes ascites ou hepatesplenomegalias.
Padrão respiratório ( O padrão respiratório normal consiste em uma contra-ção coordena e sincronizada dos músculos respiratórios, e na movimentação subsequente do tórax. É importante também avaliar o RITMO e a FR, já men-cionados antermente. A razão inspiração/expiração deve ser de aproximada-mente 1:2, ou seja, o tempo de inspiração deve ser a metade do de expiração.
Estruturas de tecido mole (Palpação)

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