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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC CENTRO DE TECNOLOGIA – CT CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO DE VISITA À ESTAÇÃO METEOROLÓGICA ALUNO: Lucas Breder – 356178 CURSO: Engenharia Civil PROF: Ticiana Marinho DISCIPLINA: Hidrologia Abril – 2018 Introdução Com o objetivo da turma de Engenharia Civil da UFC da disciplina de Hidrologia ter um maior contato com os equipamentos e procedimentos de assuntos técnicos estudados em sala de aula, foi organizada uma visita à estação meteorológica localizada no campus do Pici, no dia 05 de Abril de 2018. Sob a orientação do monitor da disciplina, Lucas, a turma foi divida em dois grupos e a visita foi, portanto, realizada em dois momentos separados, dirigidos independentemente pelos servidores Crisóstomo e Keirra, ambos agrônomos. Dessa forma, um grupo ficou inicialmente com o Crisóstomo, o qual apresentou a parte interna da estação, e o outro com a Keirra, a qual apresentou a parte externa. Por fim, a troca dos grupos foi feita, para que todos pudessem ver as duas partes. Desenvolvimento Parte 1 – Crisóstomo Responsável por apresentar os aparelhos da parte interna da estação, Crisóstomo levou a primeira metade da turma ao primeiro ambiente relevante da visita, a sala do barógrafo, aparelho registrador o qual apresenta função de medir as variações da pressão atmosférica. este instrumento tem o seu registro em caráter continuo utilizando cápsulas justapostas conhecidas como Cápsulas de Vidi como elemento sensível. São realizadas leituras nos horários de 9 horas, 15 horas e 21 horas, diferentemente de Greenwich devido o Brasil estar localizado no fuso -3. Uma última leitura ainda deveria ser feita as 3 horas, no entanto, não é capaz de se ter uma mão de obra que consiga fazer essa leitura todos os dias. Essas leituras são realizadas ininterruptamente todos os 365 dias do ano. O barógrafo (figura 1) é um aparelho bem resistente, funcionando na estação há mais de 40 anos. Figura 1: Barógrafo Ainda na mesma sala, outro instrumento de medição de pressão atmosférica foi apresentado, o Barômetro de Curva Fixa. Este instrumento tem o mercúrio como elemento sensível e é necessário a correção de suas medidas por um fator adimensional -5 para se adaptar as condições de temperatura (fator de correção de -3.6) e latitude (fator de correção de -1.96) encontradas em Fortaleza. Com a ação conjunta do Barômetro de Curva Fixa e o Barógrafo, foi possível concluir que os horários de pressão atmosférica máxima são 9h e 21h, e de pressão mínima são 15h e 3h da manhã. Figura 2: Barômetro de Curva Fixa Em seguida, o Anemômetro Elétrico (figura 3) foi apresentado, sendo um instrumento com a função de medir a velocidade e direção dos ventos. A velocidade é medida em nós (aproximadamente o dobro de m/s) e a direção é a medida de onde o vento se origina. Através dele, foi possível notar que os ventos em Fortaleza são predominantemente de origem Leste e Sudeste. Figura 3: Anenômetro Elétrico Figura 4: Catavento do Anenômetro Elétrico Finalizada a primeira sala, a turma foi levada ao andar de cima, no terraço, onde se encontravam os instrumentos conhecidos como Heliógrafo (figura 5) e o Actinógrafo (figura 6). O Heliógrafo é um instrumento que registra diariamente o número de horas de insolação de uma localidade. A medição é realizada a partir de uma fita de papel (fita heliográfica) reta, curva ou longa que deverá ser queimada pelo o sol, utilizando o comprimento queimado como parâmetro quantitativo de horas de irradiação. A escolha da fita de papel utilizada é dependente da inclinação da terra devido o movimento da terra de 23 graus Norte e Sul, sendo dividida em diferentes datas, como mostrado na tabela 1, abaixo. Tabela 1: Determinação da fita de papel O Actinógrafo, por sua vez, é utilizado para medição da radiação solar, tanto direta como difusa, em Cal/cm2 ˑ min. Assim, notando que o Heliógrafo mede brilho solar e o Actinógrafo mede energia, foi possível concluir que os dois instrumentos se completam no âmbito de medição da atividade solar em um determinado espaço de tempo. Figura 5 - Heliógrafo Figura 6 – Actinógrafo Parte 2 – Keirra Com a conclusão da apresentação do Actinógrafo, iniciou-se a segunda parte da vissita, com a Keirra, na parte externa. Dessa forma, apresentou-se, então, o Tanque de Evaporação Classe A (figura 7), que consiste em um tanque que possui seu diâmetro maior que sua altura no qual permite o cálculo da ação da evaporação pelo o sol. Diariamente é anotado a quantidade de água evaporada, em milímetros, durante uma hora exata determinada. Figura 7 - Tanque de Evaporação Classe A O pluviómetro é um instrumento com a função de captação da precipitação, medidos em milímetro lineares, durante um determinado tempo. Possui leituras realizadas no dia de ocorrência da precipitação às 9h, 15h e 21h, sendo necessário a alocação do instrumento à 1,5 m do chão em área aberta, sem interferência de obstáculos na sua captação. Possui superfície registradora entre 200 e 500 cm2. O pluviógrafo, alocado também à 1,5m do chão em área aberta com semelhante superfície registradora, é um equipamento utilizado para o registro continuo graficamente da intensidade das precipitações. Através da curva traçada, é possível medir a evolução da chuva com o tempo. A Bateria de Termômetro de Solo é um instrumento com a função de medição da temperatura do solo na profundidade de 2cm, 5 cm, 10 cm, 20 cm e 30 cm. Possui leituras diárias nos horários de 3h da manhã, 9h, 15h e 21h, sendo necessário que o solo esteja nu, sem vegetação, para obtenção correta da medição. O últimos instrumentos apresentados na visita foram o Psicrômetro, termohigrógrafo e o Evaporímetro de Piche. O psicrômetro possui função de avaliação do vapor d’água contido na atmosfera, sendo composto por um conjunto de quatro termômetros: termômetro seco, termômetro úmido, termômetro de máximo e termômetro de mínimo. Os termômetros possuem o mercúrio como elemento sensível, com exceção do termômetro de mínimo que utiliza o álcool. O Termohigrógrafo, por sua vez, mede a temperatura e umidade relativa do ar e possui o cabelo como elemento sensível. Por fim, o Evaporímetro de Piche mede a evaporação da água em milímetros. Todos os instrumentos mencionados sofrem leituras diárias às 9h, 15h e 21h. Conclusão Após as considerações iniciais, a turma foi dividida em dois grupos de forma à proporcionar um melhor entendimento e visualização dos instrumentos utilizados na estação meteorológica. Foi possível a apresentação desses instrumentos de forma bem explicativa e atenciosa. Os orientadores foram bem cuidadosos e pacientes, respondendo todas as dúvidas questionadas pelos alunos. Dessa forma, foi possível concluir que os objetivos estipulados antes da realização dessa visita foram atingidos, e a visita se revelou proveitosa para uma maior facilitação no estudo hidrológico.
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