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Vida e obra de Paulo Freire Filosofia da educação

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Sumário
1.      Introdução.........................................................................    03
2.      Biografia.............................................................................   03
3.      Principais Obras................................................................   04
4.     O Método............................................................................ 05
5. Importância de Freire para a Educação........................... 06
6. Conclusão........................................................................... 07
7. Bibliografia..........................................................................  07
7
1. Introdução
Para situarmos o pensamento de Paulo Freire, devemos entender em que corrente de pensamento, ou no que se trata de pedagogia, em que linha de pensamento pedagógica ele se encontra. Tendências Progressistas – Libertadora.
Partindo da visão dialética da relação ser humano/mundo, ambos inacabados, Paulo freire desenvolveu sua compreensão acerca de uma Educação como Prática de Liberdade, sobre a qual, nós, seres humanos, na constante busca de sermos mais, transformamos a realidade objetiva e os efeitos desta transformação refletem-se na transformação de nós mesmos. Por isso é que Paulo Freire diz que será pelo aprofundamento de uma consciência crítica que nos conscientizaremos da realidade, sendo capazes de transformá-la, pois a conseqüência da conscientização é o compromisso dos seres humanos com o mundo, já que criticamente conscientes de nossa realidade de opressão, seremos capazes de realizar uma ação que vise sua superação.
2. Biografia
Paulo Freire nasceu o Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro de 1921. Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas.Formou-se em Direito na Faculdade de Direito do Recife. Tinha preocupação com o grande número de adultos analfabetos. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, criou um método baseado no vocabulário de cada região. Tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.
Suas primeiras experiências aconteceram no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart, mas sua carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e em seguida partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: "Pedagogia do Oprimido" (1968).
Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.
No final de 1971 fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: "Pedagogia da Esperança" (1992) e "À Sombra desta Mangueira" (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) Em 1991, foi criado o Instituto Paulo Freire, com objetivo de estudar e discutir sua pedagogia, com núcleos em vários pontos, promove a divulgação das obra do educador, o estudo de suas teorias e a execução de projetos educacionais. Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992). 
Em 1997, aos 75 anos, morre vitima de infarto, um mês depois de lançar sua principal obra PEDAGOGIA da AUTONOMIA: Saberes necessários à Prática Educativa.
 
3. Principais obras
- A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
- Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
- Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
- Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
- Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
- A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
- A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
- Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
- Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
- Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
- À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
- Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
- Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
- Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
- Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
4. O Método
Não é possível se falar da compreensão de educação de Paulo Freire sem nos referirmos e nos determos numa parte intrínseca dela: o seu “Método de Alfabetização”. Esse vai além da simples alfabetização. Propõe e estimula a inserção do adulto iletrado no seu contexto social e político, na sua realidade, promovendo o despertar para a cidadania plena e transformação social. É a leitura da palavra, proporcionando a leitura do mundo. Suas idéias nasceram no contexto do Nordeste brasileiro a partir da década de 1950, onde metade dos seus 30 milhões de habitantes eram analfabetos, com predomínio do colonialismo e todas as vivências impostas por uma realidade de opressão, imposição, limitações e muitas necessidades. 
O “MÉTODO PAULO FREIRE” ESTÁ ESTRUTURADO EM TRÊS ETAPAS:
1) Etapa de Investigação: aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. 
2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. 
3) Etapa de Problematização: aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.
Em seu livro Educação como Prática da Liberdade, Freire propõe a execução prática do Método em cinco fases:
1ª fase: Levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará. Essa fase se constitui num importante momento de pesquisa e conhecimento do grupo, aproximando educador e educando numa relação mais informal e portanto mais carregada de sentimentos e emoções. É igualmente importante a anotação das palavras da linguagem dos componentes do grupo, dos seus falares típicos.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado. Esta escolha deverá ser feita sob os critérios: a) da sua riqueza fonética; b) das dificuldades fonéticas, numa seqüência gradativa das menores para as maiores dificuldades; c) do teor pragmático da palavra, ou seja, na pluralidade de engajamento da palavra numa dada realidade social, cultural, política etc.
3ª fase: Criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar. São situações desafiadoras, codificadas e carregadas dos elementos que serão decodificados pelo grupo com a mediação do educador. São situações locais que, discutidas, abrem perspectivas para a análise de problemas locais,regionais e nacionais.
4ª fase: Elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem uma prescrição rígida a seguir.
5ª fase: Elaboração de fichas para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes aos vocábulos geradores. Esse material poderá ser confeccionado na forma de slides, stripp-filmes (fotograma) ou cartazes.
5. A importância de Freire para a Educação
Paulo Freire, um grande educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacional. Traz uma nova concepção de ensino, a escola deve promover a criticidade e consciência dos alunos para que ele possa “ler o mundo” e transformá-lo. Ele condenava o ensino em que o aluno é entendido como depósito de conhecimento, que ele qualificou de educação bancária.
Freire criticava a idéia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo - portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. "Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. "Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo.
No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a idéia de que tudo está em permanente transformação e interação. Por isso, não há futuro a priori, como ele gostava de repetir no fim da vida, como crítica aos intelectuais de esquerda que consideravam a emancipação das classes desfavorecidas como uma inevitabilidade histórica. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como "histórico e inacabado" e conseqüentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase famosa, que "o mundo não é, o mundo está sendo".
6. Conclusão
O educador e filósofo pernambucano Paulo Freire (1921-1997) passa a ser reconhecido como patrono da educação brasileira. É o que estabelece a Lei nº 12.612, do dia 13 de abril de 2012. Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população pobre.
Uma homenagem para simbolizar sua importância, na pratica podemos nos perguntar, nossas escolas utilizam o método de Freire?
	O que observamos é a velha educação bancária, nossos alunos são depósito de conteúdos sugeridos pelos livros didáticos. O professor é contratado para transmitir o conhecimento, já direcionado, conteudista. Mal remunerado tendo que se desdobrar, dando aulas em várias instituições ou dois horários para sobreviver, não tendo tempo ou ânimo para amenizar as conseqüências desse método educativo vigente. Uma educação que não leva em consideração a região e o contexto sócio-cultural do aluno. Um exemplo claro desse pensamento é a prova do ENEM, um exame nacional, partindo do princípio que todos aprenderam o mesmo conteúdo.
	O pensamento de Paulo Freire se tornou importante para a educação brasileira, apenas como o orgulho nacional, pelo reconhecimento que recebeu de outros países. Se pensarmos a educação a partir da tomada de consciência, perceberemos que nossa política vai contra ela. Quando teremos uma pedagogia da autonomia e a educação como prática da liberdade?
7. Bibliografia
SITES
 http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=17681:paulo-freire-e-declarado-o-patrono-da-educacao-brasileira
http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_freire/biografia/
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=3
https://www.youtube.com/watch?v=tVp0UtZBy7A
http://www.suapesquisa.com/paulofreire/
http://pedagogiaaopedaletra.com/pedagogia-do-oprimido/
https://www.youtube.com/watch?v=vb0paMG_Aq0
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=all
LIVROS
  -   Gadotti, M.  Paulo Freire – Uma Bibliografia Ed. Cortez
   -  Brandão, C. R.  O que é Método Paulo Freire Ed. Brasiliense
 - Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
 - Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.

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