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Neuroanatomia - Mesencéfalo

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Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 1 
 
Neuroanatomia 
Estrutura do Mesencéfalo – CAP 18 
 O mesencéfalo é constituído por uma porção dorsal, o tecto do mesencéfalo, e outra 
ventral muito maior, os pedúnculos cerebrais, separados pelo aqueduto cerebral. Este percorre 
longitudinalmente o mesencéfalo e é circundado por uma espessa camada de substância 
cinzenta, a substância cinzenta central. Em cada pedúnculo cerebral distingue-se uma parte 
ventral, a base do pedúnculo (formada por fibras longitudinais) e uma parte dorsal, o tegmento 
do mesencéfalo, cuja a estrutura se assemelha ao tegmento da ponte. 
1. Tecto do mesencéfalo 
É constituído de quatro eminências, os colículos superiores, relacionados com os órgãos da 
visão, e os colículos inferiores, relacionados com a audição, além da área pré-tectal. 
 Colículo Superior: Formado por uma série de camadas superpostas constituídas 
alternadamente por substância banca e cinzenta. (Visão) 
 Conexões: 
a. Fibras oriundas da retina que atingem o colículo pelo tracto óptico e 
braço do colículo superior 
b. Fibrs oriundas do córtex occipital chegam ao colículo pela radiação 
óptica e pelo braço do colículo superior 
c. Fibras que formam o tracto tecto-espinhal e terminam fazendo sinapse 
com neurônios motores da medula cervical. 
Lesões nos colículos superiores podem causar a perda da capacidade de mover os olhos no 
sentido vertical, voluntaria ou reflexamente uma vez que este é importante para certos reflexos 
que regulam o movimento dos olhos no sentido vertical. 
 Colículo Inferior: Constituído de uma massa bem delimitada de substância cinzenta, o 
núcleo do colículo inferior. Este recebe fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral 
e manda fibras ao corpo geniculado medial através do braço do colículo inferior. 
Algumas fibras cruzam de um colículo para o outro, formando a comissura do colículo 
inferior. (Audição) 
 Área pré-tectal: Também chamada de núcleo pré-tectal, é uma área de limites pouco 
definidos e relaciona-se com o controle de reflexo das pupilas. 
 
2. Base do pedúnculo cerebral 
Formada pelas fibras descendentes dos tractos córtico-espinhal, córtico-nuclear e córtico-
pontino que juntos, formam um conjunto compacto. Lesões ai localizadas causam paralisias 
que se manifestam do lado oposto ao da lesão. 
3. Tegmento do mesencéfalo 
É uma continuação do tegmento da ponte e como este, apresenta além de formação reticular, 
substância cinzenta e substância branca. 
 Substância Cinzenta: É dividida em substância cinzenta homóloga e 
substância cinzenta própria do mesencéfalo. 
 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 2 
 
a. Substância cinzenta homóloga: Formada pelos núcleos dos nervos cranianos. Estão 
presentes os pares III, IV e V (apenas o núcleo do tracto mesencefálico, que continua 
da ponte). 
 Núcleo do nervo Troclear: Situa-se a nível do colículo inferior. Suas fibras 
saem de sua face dorsal (único nervo que emerge dorsalmente no tronco 
encefálico) contornam a substância cinzenta central, cruzam com as do lado 
oposto e emergem ventralmente. Além disso, ele apresenta outra 
peculiaridade; suas fibras decussam antes de emergirem do SNC. Inerva o 
músculo oblíquo superior. 
 Núcleo do nervo Oculomotor: Localiza-se a nível do colículo superior e está 
intimamente relacionado com o fascículo longitudinal medial. É dividido em 
uma parte somática (inervação dos músculos reto superior, reto inferior, reto 
medial e levantador da pálpebra) e outra visceral também chamada de núcleo 
de Edinger-Westphal (inerva os músculos ciliar e esfíncter da pupila). 
 
b. Substância Cinzenta própria do mesencéfalo: Nessa categoria situam-se dois núcleos 
relacionados com a atividade motora somática, o núcleo rubro e a substância negra. 
c. 
 Núcleo Rubro: Tem uma tonalidade ligeiramente rósea e aparece nos cortes 
transversais como uma seção circular. Distingue-se neste núcleo uma parte 
parvicelular (contém neurônios pequenos) e outra magnocelular (contém 
neurônios grandes). O núcleo rúbro participa do controle da motricidade 
somática. Recebe fibras do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral e 
dá origem ao tracto rúbro-espinhal, através do qual influencia os neurônios 
motores da medula responsáveis pela inervação da musculatura distal dos 
membros. 
Liga-se ao complexo olivar inferior através das fibras rubro-olivares, que 
integram o circuito rubro-olivo-cerebelar. 
 
 Substância Negra: Formado por neurônios com inclusões de melanina que 
utilizam a dopamina como neurotransmissor, ou seja, são neurônios 
dopaminérgicos. As conexões mais importantes são as com o corpo estiado, 
que se dão nos dois sentidos através das fibras nigro-estriatais e estriato-
nigrais. Degenerações dos neurônios dopaminérgicos da substância negra 
causam uma redução na dopamina do corpo estriado provocando graves 
perturbações motoras que caracterizam a síndrome de Parkinson. 
 
 Substância Branca: A maioria dos feixes de fibras descendentes não passam pelo 
tegmento, mas pela base do pedúnculo cerebral. Já as fibras ascendentes percorrem o 
tegmento e representam a continuação do segmentos que sobem da ponte: os quatro 
lemniscos e o pedúnculo cerebelar superior. 
 
 
 
 
 
 
A nível do colículo inferior, os quatro 
lemniscos aparecem agrupados em uma só 
faixa, na parte lateral do tegmento onde de 
medial para lateral temos os lemniscos 
medial, espinhal, trigemial e lateral (termina 
no colículo inferior). 
Fascículo longitudinal medial: 
constitui o feixe de associação do 
tronco encefálico. Está presente 
em toda a extensão do tegmento 
mesencefálico. 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 3 
 
 Formação reticular: Duas estruturas merecem destaque 
 
 
 
 
 
 
 Lesões do Mesencéfalo: 
 
 Lesões da base do pedúnculo cerebral (Síndrome de weber) 
Uma lesão da base do pedúnculo cerebral geralmente compromete o tracto córtico-espinhal e 
as fibras do nervo oculomotor. A lesão do tracto córtico-espinhal, como já foi visto, determina 
hemiparesia do lado oposto. Da lesão do oculomotor resultam os seguintes sintomas no lado 
da lesão: diplopia, estrabismo divergente, ptose palpebral, dilatação da pupila, impossibilidade 
de mover o olho nos sentidos medial, pra cima ou pra baixo. 
 Lesões do tegmento: 
Compromete o nervo oculomotor, o núcleo rubro e os lemniscos medial, espinhal e trigeminal 
resultando além dos sintomas causados pela lesão do oculomotor, já descritos: 
 Tremores e movimentos anormais do lado oposto ao da lesão: Lesão do núcleo Rubro 
 Anestesia da metade oposta do corpo, inclusive cabeça: Lesão dos lemniscos medial, 
espinhal e trigeminal. 
 
Área Tegmentar Ventral: possui neurônios ricos em dopamina 
Núcleos da Rafe: possui neurônios ricos em serotonina

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