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Resumo Diencéfalo

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Luís Henrique T. Zorzetto 
Página 1 
MED 104 
 
Resumo Diencéfalo 
Capítulo 7 – Anatomia Macroscópica do Diencéfalo 
 Diencéfalo e telencéfalo formam o cérebro que corresponde ao prosencéfalo. Embora 
nitidamente unidos, diencéfalo e telencéfalo apresentam características próprias 
(diencéfalo permanece em situação impar e mediana). 
 Compreende tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, além da relação com o III 
ventrículo. 
 III VENTRÍCULO 
 Cavidade do diencéfalo (estreita fenda) denominada III ventrículo que se 
comunica com IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com ventrículos laterais 
pelos forames interventriculares (de Monro) 
 Há o sulco hipotalâmico (depressão), que se estende do aqueduto cerebral até 
o forame interventricular. As porções da parede acima desse sulco pertencem 
ao tálamo e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Unindo os talamos e 
atravessando em ponte a cavidade ventricular, temos a aderência 
intertalâmica. 
 No assoalho do III ventrículo (frente para trás) temos: quiasma óptico, 
infundíbulo, tuber cinéreo e corpos mamilares (hipotálamo). 
 Parede posterior (frente para trás): pequena, formada pelo epitálamo (fica 
acima do sulco hipotalâmico). De cada lado do epitálamo e percorrento partes 
altas das paredes laterais do ventrículo, há as estrias medulares do tálamo, 
onde se insere a tela corioide que forma o tecto do III ventrículo. A partir da 
tela, invaginando na luz ventricular temos os plexos corioides que se dispõem 
em 2 linhas paralelas e são contínuos pelos forames interventriculares com os 
plexos dos ventrículos laterais. 
 Parede anterior: formada pela lâmina terminal (tec nervoso que une dois 
hemisférios e dispõe entre quiasma óptico e comissura anterior). Comissura, 
lâmina e partes adjacentes das paredes pertencem ao telencéfalo. A luz do 
ventrículo se evagina para formar 4 recessos: recesso do infundíbulo (região 
do mesmo), recesso óptico (acima do quiasma), recesso pineal (na haste da 
glândula) e recesso suprapineal (acima do corpo pineal). 
 TÁLAMO 
 2 volumosas massas de substancia cinzenta, de forma ovóide, uma de cada 
lado na porção latero-dorsal do diencéfalo. A extremidade anterior apresenta 
uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo (delimita forame 
interventricular). Extremidade posterior é maior, e apresenta eminência, o 
pulvinar, se projetando sobre os corpos geniculados (também chamados de 
metatálamos) medial (via auditiva) e lateral (via óptica). A porção lateral da 
face superior (revestida por epitélio ependimario) faz parte do assoalho do 
ventrículo lateral. A porção medial + tecto do III ventrículo constitui o assoalho 
da fissura transversa do cérebro (tecto: fornix e corpo caloso, formações do 
telencefalo). 
 A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-saco da pia-mater, cujo 
folheto inferior recobre parte medial da face superior do tálamo e entra na 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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constituição da tela corioide (se insere nas estrias medulares que delimitam as 
faces superior e medial do tálamo), forma o tecto do IV ventrículo. 
 Face lateral do tálamo: separada do telencéfalo pela cápsula interna 
(compacto feixe de fibras que ligam córtex cerebral a centros nervosos 
subcorticais). A face inferior do tálamo continua com hipotálamo e subtálamo. 
 HIPOTÁLAMO 
 Área pequena, situada abaixo do tálamo, com funções relacionadas a atividade 
visceral. 
 Compreende estruturas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco 
hipotalâmico, além das seguintes formações no assoalho do ventrículo: 
a) Corpos mamilares: 2 eminencias arredondadas de subst cinzenta 
evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular 
b) Quiasma óptico: parte anterior do assoalho ventricular, recebendo 
fibras mielínicas dos n. ópticos (par II) que cruzam e continuam no 
tracto óptico, se dirigindo aos corpos geniculados laterais, depois de 
contornar os pedúnculos cerebrais. 
c) Tuber Cinereo: Área cinzenta, mediana, atrás quiasmas e tratos 
ópticos. Prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. 
d) Infundibulo (rompido na retirada do encéfalo, permanece na cela 
túrcica junto com a hipófise): forma de funil que se prende ao tuber 
contendo pequeno prolongamento da cavidade ventricular (recesso 
infundíbulo). Extremidade superior dilata pra constituir eminência 
mediana do tuber cinéreo, enquanto a inferior continua com o 
processo infundibular (lobo nervoso da neuro-hipofise). 
 EPITÁLAMO 
 Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, na 
transição com mesencéfalo. O elemento evidente é glândula pineal (epífise), 
glândula piriforme, impar e mediana que repousa sobre o tecto mesencefalico. 
Base do corpo desta prende-se anteriormente a 2 feixes transversais de fibras 
que cruzam plano mediano, a comissura posterior (no ponto em que 
aqueduto cerebral liga-se ao III ventrículo, sendo limite entre mesencéfalo e 
diencéfalo) e das habênulas (interpõe-se se entre trigonos da habenula, entre 
glândula e tálamo e continua anteriormente com estrias medulares) entre as 
quais penetra na glândula um prolongamento da cav ventricular, o recesso 
pineal. 
 A tela corioide insere-se lateralmente nas estrias medulares e posteriormente 
na comissura das habenulas, fechando teto ventricular. 
 SUBTÁLAMO 
 Zona de transição entre diencéfalo e tegmento do mesencéfalo, não se 
relaciona com o ventrículo. Localizado abaixo do tálamo, limitado lateralmente 
pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. 
 Elemento mais evidente: núcleo subtalamico. 
 
 
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Capítulo 23 – Estruturas e Funções do Hipotálamo 
 Parte do diencéfalo que se dispõe nas paredes do III Ventrículo, abaixo do sulco 
hipotalâmico, separando-o do tálamo. Apresenta formações visíveis na face inferior 
cerebral: quiasma óptico, tuber cinéreo, infundíbulo e corpos mamilares. 
 DIVISÕES E NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO 
 Constituído de substancia cinzenta que se agrupa em núcleos. 
 Há sistemas variados de fibras, alguns muito conspícuos (fórnix). Este percorre 
de cima a baixo cada metade do hipotálamo, terminando no corpo mamilar. 
Fórnix permite dividir hipotálamo em área medial e lateral. 
 A área medial, situada entre fornix e paredes do ventrículo, é rica em subst 
cinzenta e possui os núcleos. Área lateral é percorrida pelo feixe 
prosencefálico medial, complexo de fibras que estabele comunicações com 
sistema límbico e formação reticular do mesencéfalo. 
 Pode ser dividido por 3 planos frontais em hipotálamo: 
a) O supra-optico corresponde ao quiasma óptico e toda área acima 
deles nas paredes do ventrículo ate sulco hipotalâmico. Compreende 
núcleos supraquiasmático, supra-óptico e paraventricular 
b) O tuberal corresponde ao tuber cinéreo e áreas acima dele, nas 
paredes do ventrículo ate o sulco hipotalâmico. Compreende núcleos 
ventromedial, dorsomedial e arqueado (infundibular). 
c) O mamilar compreende corpos mamilares com núcleos e áreas da 
parede do ventrículo até o sulco hipotalâmico. Compreende núcleos 
mamilares e posterior. 
 A área pré-óptica, na parte mais anterior do ventrículo, ligando- se ao 
hipotálamo supra-óptico. Embriologicamente deriva da porção central da 
vesícula telencefálica e não pertence ao diencéfalo. 
 CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO 
 Conexões com o sistema límbico: compreende varias estruturas ligadas a 
regulação do comportamento emocional. Destacam-se as com relação com o 
hipocampo, corpo amigdalóide e área septal 
a) Hipocampo: liga-se pelo fornix aos núcleos mamilares, de onde 
impulsos seguem para núcleo anterior do tálamo pelo fascículomamilo-talâmico, fazendo parte do circuito de Papez. Dos n. 
mamilares, chegam impulsos a formação reticular do mesencéfalo 
pelo fascículo mamilo-tegmentar 
b) Corpo amigdalóide: fibras dos núcleos amigdalóides chegam ao 
hipotálamo pela estria terminal 
c) Área Septal: liga-se ao hipotálamo por fibras que percorrem o feixe 
prosencefálico medial 
 Conexões com Área Pré Frontal: Mesma função das anteriores 
(comportamento emocional). Mantém conexões diretas com hipotálamo ou 
pelo núcleo dorsomedial do tálamo. 
 Conexões Viscerais: Controlador funções viscerais mantém conexões aferentes 
e eferentes com neurônios da medula e tronco encefálico. 
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a) Aferentes: informações diretas sobre atividade visceral através 
conexões com tracto solitário (fibras solitário-hipotalamicas). Recebe 
sensibilidade visceral (geral e especial/gustação) entra no SN pelos n. 
facial, glossofaríngeo e vago. 
b) Eferentes: controla SNA agindo direta/indiretamente sobre neurônios 
pré-ganglionares do sistema simpático e parassimpático. Conexões se 
fazem por fibras que terminam nos núcleos da coluna eferente visceral 
geral do tronco encefálico (coluna lateral da medula). As conexões 
indiretas se fazem pela formação reticular. 
 Conexões com Hipófise: Apenas conexões eferentes através dos tratos: 
a) Hipotálamo-hipofisário: fibras originam dos neurônios grandes 
(magnocelulares) dos núcleos supra-optico e paraventricular 
terminando na neuro-hipófise. Contem fibras ricas em secreção. 
b) Túbero-infundibular (túbero-hipofisário): fibras neurossecretoras, 
originam em neurônios pequenos (parvicelulares) do núcleo arqueado 
e áreas vizinhas do hipotálamo tuberal. Terminam na eminência 
mediana e na haste infundibular. 
 Conexões Sensoriais: Além das info sensoriais viscerais, temos outras que 
acessam o hipotálamo por vias indiretas. Recebe info sensorial de áreas 
eretogenicas (mamilo e genitais) além de conexões do córtex olfatório e retina 
(trato retino-hipotalamico terminando no núcleo supraquiasmatico) 
 Conexões Monoaminérgicas: Neurônios adrenérgicos da formação reticular do 
tronco encefálico projetam para hipotálamo, assim como serotoninérgicos dos 
núcleos da rafe. 
 FUNÇÕES DO HIPOTALAMO 
 Numerosas e importantes, quase todas relacionadas a homeostase. Tem papel 
regular sobre SNA e sistema endócrino, alem de comportamentos 
motivacionais, como fome, sede, sexo e etc. 
a) Controle SNA: hipotálamo é centro supra-segmentar mais importante 
do SNA, exercendo essa função juntamente com sistema límbico. 
Quando há estimulação, temos alterações no peristaltismo, contração 
bexiga, diminuição ritmo cardíaco e pressão sanguínea, assim como 
constrição da pupila. Hipotálamo anterior controla o parassimpático e 
o posterior, o simpático. 
b) Regulação Temperatura Corporal: Hipotálamo é informado por 
termorreceptores periféricos, funcionando como um termostato e 
ativando sistemas de perda ou conservação da temperatura. 
Anteriormente é o centro de perda de calor (vasodilatação periférica e 
sudorese), e posteriormente é centro da conservação de calor 
(vasoconstrição periférica, tremores, tremores musculares e 
liberações de hormônio tireoidiano). Lesões (comum em cirurgias de 
hipófise, próximo ao quiasma óptico) do centro da perda do calor no 
hipotálamo anterior, gera aumentos incontroláveis, gerando febre 
central (quase sempre fatal). 
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c) Regulação Comportamento Emocional: Hipotálamo, junto com sistema 
límbico e área pré-frontal que é importante na regulação como raiva, 
medo, prazer, etc. 
d) Regulação Sono Vigília: Lesões posteriores causam sono (encefalite 
letárgica). Relaciona-se com vigília, reforçando a ação do SARA 
(sistema ativador reticular ascendente) cuja importância é maior. 
e) Ingestão Alimentos: Lesão do hipotálamo lateral – CENTRO DA FOME 
(alimentação voraz) e estimulação do núcleo ventromedial – NUCLEO 
VENTROMEDIAL(saciedade). Lesão área lateral do hipotálamo, 
ausência completa do desejo alimentar, e núcleo ventromedial, torna 
paciente obeso. 
f) Ingestão de água: área hipotálamo lateral denominado centro da sede, 
e lesão gera morte por desidratação. 
g) Diurese: Regulação quantidade de água no organismo, os núcleos 
supra-optico e paraventricular do hipotálamo, sintetizam ADH 
(vasopressina), aumentando absorção água e diminuindo eliminação 
pela urina. 
h) Regulação Sistema Endócrino: Regula secreção dos hormônios da 
adeno-hipofise e ação controladora sistema endócrino. 
i) Geração e Regulação dos Ritmos Circadianos: Parâmetros metabólicos, 
fisiológicos e comportamentais se repetem no período de 24 horas 
(temperatura corporal, atividade motora, sono, vigília). Principal 
marca-passo circadiano situa-se no núcleo supraquiasmático. 
 RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIAS 
 Relações Hipotálamo com Neuro-Hipófise: Diabetes insípido, caracterizada 
pela diminuição do hormônio antidiurético, ocorrendo em lesões da neuro-
hipófise, mas também em lesões hipotalâmicas. O hormônio é sintetizado 
pelos neurônios do núcleo supra-optico e paraventricular do hipotálamo, 
transportado pelas fibras do trato hipotalamo-hipofisario ate a neuro-hipofise 
onde é liberado. 
 Relações Hipotálamo com Adeno-Hipófise: Hipotalamo regula a secreção de 
hormônios da adeno-hipofise por conexão nervosa e vascular. Pela primeira, 
os neurônios do nucleo arqueado e áreas do hipotálamo tuberal secretam 
subst ativas via tracto túbero-infundibular. A segunda se dá pelo sistema porta 
hipofisario, que recebem as subst e são reguladas pelos fatores de liberação e 
inibição. 
Capítulo 24 – Estrutura e Função do Subtálamo e Epitálamo 
 Subtálamo 
 Pequena área na parte posterior do diencéfalo na transição com o 
mesencéfalo, limitando-se superiormente com o tálamo, lateralmente com a 
cápsula interna, e medialmente com hipotálamo. Não se relaciona com 
superfície externa ou paredes do ventrículo. 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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 Algumas estruturas mesencefálicas se estendem até subtálamo, como núcleo 
rubro, subst negra e formação reticular, constituindo a zona incerta do 
subtálamo. 
 Possui formações cinzentas e brancas importantes, sendo a mais o núcleo 
subtalâmico. Este tem conexões com globo pálido pelo circuito pálido-
subtalamo-palidal, importante na regulação da motricidade somática. Lesões 
nele podem provocar hemibalismo (movimentos anormais das extremidades, 
sendo muito violentos e não desaparecem nem com o sono, levando o 
paciente muitas vezes a exaustão). 
 É atravessado por vários feixes, sendo as fibras principais as que do globo 
pálido se dirigem ao tálamo ou ao núcleo subtalâmico. 
 Epitálamo 
 Na parte superior e posterior do diencéfalo com formações endócrinas e não 
endócrinas. A mais importante é a glândula pineal. As não endócrinas são os 
núcleos da habênula (no trigono das habenulas), comissura das habenulas, 
estrias medulares e comissura posterior. 
 Com exceção da comissura posterior, as formações não endócrinas pertencem 
ao sistema límbico, estando relacionadas com comportamento emocional. 
 As estrias medulares têm principalmente fibras na área septal e que terminam 
nos núcleos da habenula do mesmo lado ou oposto, cruzando-se na comissura 
das habenulas. 
 Nucleos das habenulas ligam-se ao nucleo interpeduncular do mesencéfalo 
através do fascículo retroflexo, constituindo circuito de ligação entre sistema 
límbico em mesencéfalo. 
 A comissura posterior marca o limite entre mesencéfalo e diencéfalo, sendo 
constituída por fibras de origem variada.Destacam-se fibras da área pré tectal 
de um lado que cruzam para o nucleo de Edinger-Westphal, do lado oposto, 
intervindo no reflexo consensual. Certos tumores na pineal, comprimem a 
comissura podendo lesar estas fibras, abolindo esse reflexo porem o reflexo 
fotomotor pode permanecer intacto. 
 Glândula Pineal 
 Filogênese, embriologia e estrutura: Origina-se de um divertículo ependimario 
no tecto do III ventrículo, entre as comissuras posterior e habenular. Assim é 
formado um saco revestido de epêndima em comunicação com a cavidade. 
Nos mamíferos, diferente de aves, anfíbios e peixes que mantém sua pineal 
como órgão sensorial, as células parenquimatosas do corpo pineal ou 
pinealocitos, invadem a luz do divertículo tornando-o num órgão 
parenquimatoso secretor. Durante desenvolvimento, glândula é invadida por 
tecido conjuntivo derivado da pia-mater formando a cápsula do órgão e o 
penetrando formando septos. A pineal apresenta também concreções 
calcareas, que aumentam com a idade e são importantes radiologicamente 
(opacas, permitindo localizar posição e patologias ali relacionadas). Não 
apresenta barreira hemoencefalica, e é altamente vascularizada. Inervação 
ocorrer por fibras simpáticas pré-ganglionares. 
 Aspectos Funcionais: Responsável pela melatonina. 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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a) Secreção de Melatonina. Ação da Luz sobre a pineal: É uma indolamina 
sintetizada pelos pinealocitos a partir da serotonina. Síntese é ativada 
pela noradrenalina das fibras simpáticas. Durante o dia tem baixa 
atividade e níveis, no entanto, durante a noite é ativada e o nível 
circulante aumenta em 10 vezes. Portanto a síntese não é continua e 
obedece ciclos do ciclo circadiano. Esse ritmo é derivado do núcleo 
supraquiasmático. A luz age sobre ela através de circuitos que ligam a 
retina ao nucleo supraquiasmatico e deste com a pineal. 
b) Ação antigonadotropica pineal: Julga-se que ela esteja ligada ao 
desenvolvimento de gônadas, por exemplo, em um tumor na pineal 
observamos uma puberdade preoce, pois esta exerce uma frenação 
em relação as gônadas. 
c) Regulação dos Ritmos Circadianos: Através da liberação cíclica de 
melatonina, age sincronizando os ritmos circadianos com ciclo externo 
dia/noite. Efeito se deve sobre a ação da mesma no núcleo 
supraquiasmatico, rico em receptores da melatonina. 
Capítulo 25 – Estrutura e Funções do Tálamo 
 Situado acima do sulco hipotalâmico, constituído de 2 massas ovóides, com 
extremidade anterior pontuda (tubérculo anterior do tálamo) e outra posterior 
(pulvinar do tálamo). As massas são unidas pela aderência intertalâmica e relaciona-se 
medialmente com III ventrículo, lateralmente com a cápsula interna e superiormente 
com a fissura cerebral transversa e com ventrículos laterais e inferiormente com 
hipotálamo e subtálamo. 
 Os dois corpos geniculados também são considerados parte do tálamo como parte 
indiferente do diencéfalo denominada metatálamo. 
 Constitui-se basicamente de substancia cinzenta, com vários núcleos. Na superfície 
dorsal temos revestimento por lâmina de substância branca (extrato zonal do tálamo) 
se estendendo ate a face lateral e recebendo o nome de lâmina medular externa. 
Entre ela e a cápsula interna, temos o núcleo reticular do tálamo. Extrato zonal 
penetra no tálamo, formando longitudinalmente a lamina medular interna. Na sua 
extremidade ant, a lâmina bifurca em Y e delimita uma área dos núcleos talâmicos 
anteriores. No interior da lâmina medular interna há massas de substância cinzenta 
constituindo os núcleos intralaminares do tálamo. 
 NÚCLEOS DO TÁLAMO: são numerosos, divididos em 5 grupos. Vale ressaltas que a 
divisão é realizada com base no vértex do crânio, dorsal ou superior é a que se volta 
para ele, enquanto ventral ou inferior é a que se opõe. A parte anterior é a que se 
volta para o pólo frontal do cérebro, enquanto posterior se volta para pólo occipital. 
 Grupo Anterior: Núcleos no tubérculo anterior do tálamo, limitados 
posteriormente pela bifurcação em Y da lâmina medular interna. Recebe fibras 
dos núcleos mamilares pelo fascículo mamilo-talâmico e projetam fibras para 
o córtex do giro do cíngulo (integrando circuito de Papez), parte do sistema 
límbico. Relacionam-se com comportamento emocional. 
 Grupo Posterior: compreende o pulvinar e corpos geniculados medial e lateral. 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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a) Pulvinar: conexões com área de associação temporo-parietal do córtex 
cerebral, nos giros angular e supramarginal. É o maior núcleo do 
tálamo, porém sem função clara (suspeita-se que lesões nele causem 
problemas na linguagem sem déficit sensorial) 
b) Corpo geniculado medial: recebe pelo braço do coliculo inferior fibras 
do próprio colículo ou do lemnisco lateral. Projeta fibras pra área 
auditiva, sendo um relé da via auditiva. 
c) Corpo geniculado lateral: formado de camadas concêntricas de 
substância branca e cinzenta. Recebe fibras da retina pelo trato óptico 
e projeta fibras pelo tracto geniculo-calcarino para a área visual do 
córtex nas bordas do sulco calcarino. 
 Grupo Lateral: mais importante e complexo, compreende nucleos situados 
lateralmente a lâmina medular interna podendo ser divididos em subgrupos 
dorsal e ventral. 
a) Núcleo ventral anterior (VA): maioria das fibras que o globo pálido 
dirige ao tálamo. Projeta para áreas motoras, com função somática. 
b) Núcleo ventral lateral (VL): ou núcleo ventral intermédio, recebe fibras 
do cerebelo e projeta para áreas motoras. Integra via cerebelo-talamo-
cortical. Recebe parte das fibras do globo pálido que vão para tálamo. 
c) Núcleo ventral póstero-lateral: núcleo relé das vias sensitivas, 
recebendo fibras dos lemniscos medial (tato epicritico e propriocepção 
consciente) e espinhal (união tratos espino-talamicos anterior e 
lateral, ligado a impulsos de dor, pressão e tato protopático). Projeta 
fibras para o giro pós-central (área somestésica). 
d) Nucleo ventral póstero-medial: relé das vias sensitivas, recendo fibras 
do lemnisco trigeminal, gerando sensibilidade somática para cabeça e 
fibras gustativas do tracto solitário. Projeta fibras para giro pós-central 
Também integra o grupo lateral, o núcleo reticular do tálamo (fina calota 
cinzenta disposta entre massa que compõe os ovóides e cápsula interna) 
Atravessado por quase todas as fibras talamo-corticas e vice versa que passam 
pela cápsula interna. Exerce ação moduladora sobre neurônios. 
 Grupo Mediano: núcleos próximos ao plano sagital mediano, aderência 
intertalamica ou subst cinzenta periventricular. Conexões com o hipotálamo e 
possível função visceral. 
 Grupo Medial: núcleos dentro da lâmina medular interna (intralaminares) e 
dorsomedial (entre lâmina e núcleos do grupo mediano). Destaca-se o centro-
mediano que recebe muitas fibras da formação reticular e atua como ativador 
do córtex cerebral. O dorsomedial recebe fibras do corpo amigdalóide e 
hipotálamo, conectando com lobo frontal (área de associação pré-frontal) 
 RELAÇÕES TÁLAMO-CORTICAIS 
 São numerosas e geralmente recíprocas, constituindo as radiações talâmicas 
(grande parte da cápsula interna). Maioria destinada a áreas sensitivas. 
 Luís Henrique T. Zorzetto 
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 Núcleos talâmicos específicos: tomam potenciais evocados para areas 
especificas do córtex ligadas a funções especificas. Ex: núcleo ventral postero-
lateral, corpo geniculado medial (área somestesica e auditiva do córtex ) 
 Núcleos talâmicos inespecíficos: estimulação modifica potencial de areas 
grandes do córtex (núcleos intralaminares). Recebe muitas fibras da formação 
reticular,compondo o sistema talâmico de projeção difusa. 
 CONSIDERAÇÕES FUNCIONAIS E CLINICAS SOBRE O TÁLAMO 
 Sensibilidade: todos os impulsos sensitivos antes de chegar ao córtex passam 
em um núcleo talâmico (exceção: impulso olfatório). O tálamo distribui as 
áreas especificas do córtex pelos lemniscos, retransmitindo os impulsos e os 
integrando e modificando. Alguns impulsos sensitivos como dor, pressão e 
temperatura já são interpretados em nível talâmico. Porém ela não é 
discriminativa e não permite, por ex a estereognosia (reconhecimento de 
forma e tamanho do objeto pelo tato). 
 Motricidade: núcleos ventral anterior e lateral, interpostos nos circuitos 
pálido-corticais e cerebelo-corticais respectivamente. 
 Comportamento Emocional: núcleos do grupo anterior, integram sistema 
límbico e núcleo dorsomedial com conexões com área pré-frontal. 
 Ativação do Córtex: núcleos talâmicos inespecíficos e conexões com sistema 
ativador reticular ascendente 
Afecções causadas por lesão de vasos resultam na síndrome talâmica, gerando 
alterações na sensibilidade. Uma delas é a dor central (espontânea e pouco 
localizada que irradia toda metade do corpo do lado oposto ao talamo). Gera-
se situações desagradáveis mediante estímulos táteis, térmicos e até auditivo.

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