Aula 3 CO enquanto disciplina cientifica

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CO: gênese e consolidação científica 
Aula 3
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Objetivos instrucionais
Ao término desta aula espera-se que o aluno seja capaz de:
Definir o CO como uma campo científico de saber;
Descrever a contribuição de cada campo de saber ao desenvolvimento do CO enquanto ciência; e
Definir o CO como campo científico, em termos das suas premissas e pressupostos.
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Contextualizando o CO...
Teorias aplicadas às organizações visam compreender suas estruturas organizacionais e processos estabelecidos, bem como os contextos sociais, históricos e variáveis de natureza individual, relacionadas à tarefa, a grupos e equipes e ao contexto;
A compreensão dos componentes, níveis de influência e aspectos formais e informais vigentes em toda e qualquer estrutura organizacional é facilitadora do trabalho do gestor, uma vez que suas ações deverão estar baseadas no diagnóstico empírico, portanto, real, da realidade que lhe é dada.
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 Evidências teóricas e empíricas sugerem que os fatores humanos aumentam a produtividade e proporcionam vantagem competitiva às organizações. 
 Grande parte do CO trata de práticas advindas da administração e gerenciamento orientadas para/pelo individuo. 
 Um desafio no estudo do comportamento organizacional é que o tema carece de fronteiras bem definidas acerca de temas e assuntos. Autores consideram o comportamento organizacional como prática da administração. Outros, como uma teoria organizacional. Alguns outros enfocam o comportamento organizacional muito mais no elemento humano e sua interação com a organização total. 
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 A base do CO é o estudo do comportamento individual. 
 O comportamento organizacional tem suas origens no final dos anos 1940, quando pesquisadores das áreas de psicologia, sociologia, ciência política, economia e outras ciências sociais procuravam desenvolver uma estrutura unificada das pesquisas organizacionais. 
Interessava investigar os fenômenos organizacionais sob a ótica integradora transdisciplinar das premissas teóricas destes distintos campos de saber.
 Apesar das intenções de seus fundadores, o campo do comportamento organizacional tem resistido à unificação. 
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Breve histórico do comportamento organizacional
A história do comportamento organizacional encontra-se enraizada na abordagem comportamental, ou à crença de que maior satisfação gera maior produtividade. 
Fatores chave na compreensão de como os indivíduos desempenham suas atribuições incluem diferenças individuais, capacidade mental, tracos de personalidade, aprendizagem, percepção, crenças, atitudes, valores e ética. 
É também importante compreender como se dão processos de tomada de decisão individual, conceitos básicos de motivação, conflitos, estresse, prazer e sofrimento e bem-estar nas organizações. 
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Conceitos, Dimensões, Características e Aspectos Fundamentais
Temas tradicionais:
Cultura Organizacional; Desempenho; Motivação; Satisfação; Liderança; Relações interpessoais e comportamentos de grupo; Contratos Psicológicos, e outros.
Temas contemporâneos:
Competências; Comportamentos de fuga e esquiva no trabalho; Aprendizagem informal no trabalho; Desvios de comportamento no trabalho, Comportamentos contraproducentes, Absenteísmo e Rotatividade, e outros.
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Breve histórico do comportamento organizacional
 
O comportamento organizacional é também fortemente influenciado pela sociologia, em seu estudo do comportamento de grupos, estrutura organizacional, diversidade e cultura. 
Percepções de antropólogos culturais também contribuíram para uma compreensão do que é cultura organizacional, em termos de valores e costumes. 
O comportamento organizacional também recebe percepções de ciência política, a fim de compreender a distribuição de poder e as influências nas organizações.
 Ao contrário da ênfase largamente técnica da administração cientifica, um tema comum à abordagem comportamental refere-se à necessidade de enfocar as pessoas. 
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Breve histórico do comportamento organizacional
As teorias e as práticas gerenciais que levaram ao CO começaram a surgir a partir da revolução industrial, nos séculos XVIII e XIX. 
Invenções criaram novas formas de produção em massa, as quais tornaram obsoletos os métodos gerenciais em vigor. 
Além disso, a especialização, agora, era necessária, para operar os equipamentos, mas os gerentes dispunham de pouco tempo para desenvolvê-la. 
A engenharia industrial começou a voltar-se para a seleção, instrução e coordenação dos trabalhadores industriais. Gerentes e engenheiros passaram a concentrar-se no desenvolvimento de teorias gerais de administração 
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De 1890 a 1940: a Abordagem da Administração Científica (Taylor);
De 1900 a 1950: a Abordagem dos Princípios da Administração (Fayol e Weber);
De 1930 a 1970: a Abordagem das Relações Humanas (Hawthone, McGregor, Maslow e Herzberg);
De 1960 até o presente: abordagem dos sistemas abertos.
Em conjunto, as teorias da administração e as ciências sociais e humanas formam a base do comportamento organizacional. 
 
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 CO é o estudo do comportamento humano no local de trabalho, a interação entre pessoas e a organização em si. As principais metas do comportamento organizacional são EXPLICAR, PREVER E CONTROLAR o comportamento (Dubrin, 2006);
 Refere-se ao estudo dos princípios, conceitos e técnicas que afetam o comportamento das organizações. Abrange, normalmente, estilos de liderança, teorias motivacionais e estruturação organizacional, sistemas e praticas em geral, perfil das funções, e cultura organizacional. 
Ênfase nos aspectos humanos no trabalho e influências mutuas entre a estrutura organizacional, os sistemas da organização e o fator humano. 
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 CO, hoje, tem status científico (teorias associadas, modelos empíricos e métodos próprios de pesquisa); 
 O Comportamento organizacional enfoca comportamentos observáveis e ações internas, estuda o comportamento das pessoas tanto quanto indivíduos quanto como membros de unidades sociais maiores e mais amplas, e também analisa o “comportamento” destas unidades sociais maiores (grupos e organizações) por si, posto que certos eventos não podem ser explicados somente como resultado de comportamentos individuais. Estes eventos devem ser descritos em termos de processos grupais ou organizacionais (Wagner II e Hollenbeck, 2002). 
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 CO se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como esse comportamento afeta o desempenho destas organizações. 
 É um campo multidisciplinar, que examina o comportamento de indivíduos dentro de ambientes organizacionais, como também a estrutura e o comportamento das próprias organizações. 
 Ao incluir em seus campos de interesses temas complexos e portadores de divergências conceituais e metodológicas em suas disciplinas de origem, o CO tornou-se uma área de teorização e pesquisa repleta de questões a serem analisadas e resolvidas. 
 
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Conceitos, Dimensões, Características e Aspectos Fundamentais
A procura por instrumentos de diagnóstico e de gestão do CO é crescente;
A prática em EO e GP incorpora o diagnóstico de crenças, afetos, sentimentos e comportamentos considerados relevantes à sobrevivência das organizações;
Intervenção na realidade de trabalho
O campo de estudos em CO é amplo, heterogêneo e envolve diferentes estilos, orientações e crenças;
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 Embora o estudo do comportamento humano no trabalho seja sistemático e rigoroso, é preciso ressaltar que as indivíduos e grupos sociais são diferentes e a abordagem de CO leva em conta uma estrutura contingencial, considerando variáveis situacionais para entender as relações de causa e efeito; 
 Uma meta importante do comportamento organizacional é melhorar a eficácia da organização, isto é, a extensão pela qual uma organização é produtiva e satisfaz as exigências de suas partes integrantesinteressadas; 
 O CO está se estabelecendo firmemente como um campo próprio de estudo por meio de suas teorias e técnicas de pesquisa.
 Ênfase: Indivíduos, Grupos ou Equipes e Contexto de Trabalho. 
 
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Em síntese:
 Além das suas origens nas ciências sociais, o campo do comportamento organizacional também baseia-se em pesquisas e práticas modeladas por quatro abordagens da administração. 
 A abordagem da administração científica concentrou-se no aumento da eficiência do comportamento no trabalho e de processos de produção. 
 A abordagem dos princípios da administração enfocou, por sua vez, o aumento da eficiência dos procedimentos gerenciais utilizados para administrar organizações e funcionários 
 A abordagem das relações humanas enfatizou o estímulo ao crescimento e à satisfação dos membros das organizações 
 Finalmente, a abordagem dos sistemas abertos destacou a importância de lidar com o ambiente circundante à organização 
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 Em síntese... 
O CO, então, tem suas origens no final dos anos 1940, quando pesquisadores das áreas de psicologia, sociologia, ciência politica, economia e outras ciências sociais procuravam desenvolver uma estrutura homogênea de pesquisas organizacionais. 
 Atualmente, o CO encontra-se dividido em três áreas distintas, cada uma com suas próprias bases nas ciências sociais: o microcomportamento organizacional (que deriva da psicologia e da ciência comportamental), o mesocomportamento mesoorganizacional (originário da psicologia social e da sociologia interacionista) e o macrocomportamento organizacional (derivado da economia, da sociologia estrutural, da antropologia cultural e da ciência politica)
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