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ED POLITICAS PUBLICAS 2018 -simulado geral

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ED - POLÍTICAS PÚBLICAS
Simulado Geral
[...]
Há tempos a comunicação tornou-se um tema essencialmente cultural e o Estado passou a se preocupar com os conteúdos veiculados, pois são determinantes para a construção simbólica de marcadores de gênero. Um ex
emplo foi a suspensão de propaganda com a modelo Gisele Bündchen para uma marca de lingerie, solicitada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
No comercial, Gisele aparecia vestida para contar ao marido que bateu o carro e teve atitude classificada como errada. Em seguida, ela repete a notícia usando apenas lingerie e é classificada como “correta”. “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas", afirma a secretaria em nota.
Em 2005, foi lançada a Política Nacional de Cultura, que destacou, entre suas diretrizes, a importância da presença do poder público nas diferentes dimensões da cultura brasileira para desfazer relações assimétricas e estimular a diversidade.
Um dos pontos é o incentivo à produção de pesquisas com a percepção de mulheres e homens sobre a representação feminina nos meios de comunicação. Nos últimos anos, são maiores as críticas de brasileiros e brasileiras quanto ao excesso de violência nas formas de representação estereotipadas das mulheres.
Entre os papéis a serem desempenhados pelo Estado está a produção, a difusão e a distribuição de conteúdos audiovisuais; a formulação de políticas públicas; a inclusão e o estímulo ao acesso e à produção de conteúdo nos meios digitais.
O plano também atenta para a criação de mecanismos de fiscalização e punição das concessionárias de meios de comunicação em relação a abordagens preconceituosas.
 
Mulheres e cultura. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cultura/2012/04/mulheres-e-cultura>. Acesso em: 17 jul. 2017.
 
Considerando o texto, um dos elementos que tem contribuído para diminuir nos veículos de comunicação a objetificação da mulher é:
Escolha uma:
a. As ações em redes sociais e em grandes meios de comunicação.
b. As ações do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação no provimento de vagas específicas para mulheres e para criação de vagas em creches.
c. As ações da Secretaria de Políticas para Mulheres em conjunto com o Ministério da Economia.
d. As determinações do Ministério Público em conjunto com o Ministério da Justiça.
e. As ações da Secretaria de Políticas para Mulheres e a Política Nacional de Cultura. 
Leia o texto:
 
 
Apenas para cumprir cota de mulheres, partidos preferem candidatas sem chance de se eleger
 
8 de agosto de 2016
 
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão, o convite dos partidos é feito com um ou dois meses de antecedência das campanhas políticas, mostrando o baixo interesse dos partidos em formar candidatas com chance real de vitória
 
Por Fernanda Cruz, na Agência Brasil 
 
 
Pesquisa feita pelo Instituto Patrícia Galvão, organização social sem fins lucrativos voltada à comunicação e aos direitos das mulheres, revela que os partidos políticos brasileiros convidam mulheres para concorrer em eleições apenas para preencher a cota mínima exigida por lei.
O tema foi debatido hoje (8) na capital paulista, no seminário Desafios para a Igualdade de Gênero nas Eleições Municipais de 2016. O estudo foi realizado em 2014 com base em entrevistas com 14 mulheres que concorreram como vereadoras na eleição de 2012. Metade delas conseguiu se eleger.
Segundo a pesquisa, o convite dos partidos é feito com um ou dois meses de antecedência das campanhas políticas, mostrando o baixo interesse dos partidos em formar candidatas com chance real de vitória.
“É preciso se preparar pelo menos um ano antes, tem que preparar estratégia, mostrar a militância. Sou contra decidir ser candidata uma semana antes da convenção, nós temos que desencorajar isso”, disse Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão.
Entre as razões que levam essas mulheres a aceitar os convites estão a preocupação em ajudar o partido ao qual já são filiadas, além do gosto pelo desafio. As candidatas alegaram ainda o apoio de amigos e familiares, que se comprometem a ajudar na campanha.
De acordo com o levantamento, as candidatas em potencial são engenheiras, advogadas, professoras, policiais, profissionais da saúde ou líderes de movimentos sociais. “As mulheres, em geral, não se veem como candidatas. Antes de se candidatar a cargos eletivos já construíram trajetórias de longa experiência de atuação política, mas não necessariamente partidária”, diz o estudo.
 
Figurante
 
A pesquisa mostra que somente no decorrer da campanha as mulheres percebem que entraram em um “jogo em que não deveriam ter entrado”. “Ela passa a ser vista como uma candidata de segunda categoria, de menor importância”, explica Jacira. O estudo mostra ainda que as candidatas mulheres não são vistas pelos partidos como participantes ativas, mas figurantes.
Para reverter esse quadro, conclui o estudo, a mulher precisa se integrar à estrutura do partido e atuar como protagonista. “É essencial frequentar o partido nos espaços de disputa e fazer parte da dinâmica do poder. A disponibilidade para o tempo partidário tem a ver com o tempo masculino na vida pública e privada”, diz a pesquisa.
 
Disponível em: <http://www.revistaforum.com.br/2016/08/08/apenas-para-cumprir-cota-de-mulheres-partidos-preferem-candidatas-sem-chance-de-se-eleger/>. Acesso em: 21 maio 2017.
 
Com base no texto lido sobre a cota mínima para mulheres nos partidos políticos, assinale a alternativa correta: 
Escolha uma:
a. A determinação da cota mínima para mulheres nos partidos políticos está em discussão para ser ampliada devido à intensa procura pela ocupação das vagas.
b. Apesar da existência dessa cota, o ambiente ainda é monopolizado pelos homens, que muitas vezes se valem de diferentes artifícios para colocar a mulher em um lugar secundário na política. 
c. As mulheres não gostam de política, pois se trata de um ambiente mais apropriado para homens.
d. A cota mínima de mulheres nos partidos políticos tem sido uma medida efetiva na ampliação da participação feminina na vida política do país.
e. Todos os políticos homens se empenham muito na busca por mulheres que possam se engajar efetivamente na luta política.
Para responder a essa questão leia o texto seguinte:
 
Maria da Penha, uma mulher que sobreviveu na luta
A farmacêutica sofreu duas tentativas de homicídio e lutou durante 19 anos e 6 meses para colocar seu agressor na prisão
Por Heloisa Aun 08/03/2017 18:11 (Atualizado: 13/03/2017 9:47)
Na madrugada de 29 de maio de 1983, Maria da Penha foi acordada com um estouro no quarto. Assustada, tentou se mexer, mas não conseguia. Ela havia levado um tiro. Seu primeiro pensamento naquele momento foi: "O Marco [seu então marido] me matou".
O homem foi encontrado pelos vizinhos sentado no chão da cozinha da residência, com o pijama rasgado e uma corda no pescoço. Ele criou uma versão falsa da história: afirmou que quatro assaltantes entraram na residência e tentaram enforcá-lo.
A vítima, à época com 38 anos, acreditou por algum tempo no suposto assalto, até o dia em que as incoerências de Marco Antonio Heredia Viveros, economista e professor universitário colombiano, vieram à tona nas investigações. Antes disso, Penha permaneceu quatro meses entre a vida e a morte.
Neste período, a mulher passou por cirurgias em hospitais de Fortaleza, onde nasceu, e, depois, de Brasília. "Pensei que fosse morrer", relata. Ela só pedia a Deus, todos os dias, para que não deixasse suas filhas – então com 6 anos, 5 anos e 1 ano e 8 meses – órfãs de mãe. As crianças ficaram todo esse tempo com o pai, a babá e a governanta da residência.
A cearense levou quase 20 anos para conseguir justiça e punir seu agressor
Foram meses de resistência para sobreviver à tentativa de assassinato. Após vários exames, ela recebeu uma notíciaque mudaria sua vida: não conseguiria mais andar.
Logo que retornou para casa, de cadeira de rodas, Maria da Penha viveu outra violência. Marco tentou eletrocutá-la no chuveiro elétrico, mas a vítima conseguiu se salvar a tempo. Mesmo assim, ainda não tinha noção de que vivia ao lado de um assassino.
Com o interrogatório da Secretaria de Segurança, várias contradições foram encontradas, e as autoridades concluíram que o economista era o autor da tentativa de homicídio. Ele não confessou o crime.
No total, foram 19 anos e 6 meses para colocar Marco na cadeia. Um processo longo e de muita luta, que serviu de exemplo e força a outras mulheres a partir da promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, que pune a violência doméstica no Brasil.
Infância e relacionamentos
Maria da Penha Maia Fernandes, de 72 anos, passou a infância em Fortaleza, no Ceará. Sua família, de classe média, lhe deu uma educação rígida. Ela estudou em colégio de freira, apenas com meninas na sala de aula, como era comum no período.
Por incentivo de sua avó, que era parteira, Penha decidiu cursar Farmacêutica na Universidade Federal do Ceará.
No segundo ano da faculdade, se apaixonou por um rapaz em uma festa. Algum tempo depois se casou, aos 19 anos, sob a condição de que terminaria os estudos. No entanto, o homem era muito ciumento, e o relacionamento acabou não dando certo.
Após a separação, Penha iniciou uma pós-graduação em São Paulo. Foi na capital paulista que, por meio de amigos em comum, ela conheceu seu futuro marido, Marco Antonio. "Ele era uma pessoa cabeça no lugar, solícito e prestativo, e eu achei que estava acertando na loteria. A gente começou como amigos, namoramos e casamos um ano depois", conta.
Violência psicológica e agressões
O casamento de Maria da Penha e Marco Antonio, que se naturalizou brasileiro, seguiu bem até o nascimento das três filhas. Desde então, ele passou a ter um comportamento agressivo com ela e as crianças.
"Eu não entendia quem era a pessoa com quem estava vivendo, mas tive que continuar porque não existia nem delegacia da mulher no país", diz a cearense, que atuava no laboratório de um Instituto de Previdência do estado do Ceará.
E a situação só piorou. Para a farmacêutica, era um sofrimento muito grande conviver com um homem que agredia fisicamente suas filhas e a fazia sofrer uma extrema violência psicológica. A ela, só restava se esquivar na tentativa de proteger as meninas.
"Percebi que a única saída era uma separação, mas que partisse dele. Eu não podia interferir pelos exemplos que via na mídia: as mulheres que tentavam interromper o relacionamento eram assassinadas pelos companheiros", relata.
Disponível em: <https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/maria-da-penha-uma-mulher-que-sobreviveu-na-luta/>. Acesso em: 22 maio 10.
 
 
No que diz respeito ao estabelecimento de políticas públicas para mulheres, por que a história de Maria da Penha é importante? 
Escolha uma:
a. Porque diminuiu o número de denúncias contra delegacias especializadas da mulher que não atendem devidamente as vítimas que lá chegam.
b. Porque dez mil agressores desistiram de matar suas companheiras depois de conhecer a história de Maria da Penha.
c. A luta particular de Maria da Penha contra a violência sofrida pelo marido em conjunto com as reivindicações dos movimentos feministas resultou em uma das leis mais modernas do mundo no combate à violência contra a mulher. 
d. Porque mostra os baixos índices de mulheres brasileiras que sofrem violência doméstica.
e. Porque ela, Maria da Penha, pôde publicar o livro com a sua história.
O Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher: bases de ação programática” (PAISM) foi elaborado pelo Ministério da Saúde e apresentado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da explosão demográfica em 1983, a discussão se pautava predominantemente sobre o controle da natalidade. O Ministério da Saúde teve um papel fundamental, pois influenciou no âmbito do Governo Federal e este por sua vez, se posicionou e defendeu o livre arbítrio das pessoas e das famílias brasileiras em relação a quando, quantos e qual o espaçamento entre os/as filhos/as.
Trata-se de um documento histórico que incorporou o ideário feminista para a atenção à saúde integral, inclusive responsabilizando o estado brasileiro com os aspectos da saúde reprodutiva. Desta forma, as ações prioritárias foram definidas a partir das necessidades da população feminina, o que significou uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então desenvolvido.
O PAISM, enquanto diretriz filosófica e política, incorporou também, princípios norteadores da reforma sanitária, a ideia de descentralização, hierarquização, regionalização, equidade na atenção, bem como de participação social. Além disso, propôs formas mais simétricas de relacionamento entre os profissionais de saúde e as mulheres, apontando para a apropriação, autonomia e maior controle sobre a saúde, o corpo e a vida. Assistência, em todas as fases da vida, clínicoginecológica, no campo da reprodução (planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério) como nos casos de doenças crônicas ou agudas. O conceito de assistência reconhece o cuidado médico e de toda a equipe de saúde com alto valor às práticas educativas, entendidas como estratégia para a capacidade crítica e a autonomia das mulheres.
 
BRASIL, PORTAL DA SAÚDE, 2013. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/acoes-e-programas/saude-da-mulher/leia-mais-saude-da-mulher>. Acesso em: 21 maio 2017.
 
O texto acima exposto trata de ações dirigidas às mulheres no campo das:
Escolha uma:
a. Políticas públicas de idosos.
b. Políticas públicas de educação.
c. Políticas públicas de empregabilidade.
d. Políticas públicas de segurança.
e. Políticas públicas de saúde. 
No século XIX e no romper das primeiras décadas do século XX, as mulheres já tinham dado seus gritos reivindicatórios e libertários tanto por meio dos movimentos sufragistas como nas fábricas e sindicatos nos quais operárias tecelãs, costureiras e de algumas outras categorias protestavam contra as longas jornadas de trabalho, contra os baixos salários e pelo direito à licença maternidade.
 
(TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993, p. 1).
 
O texto acima trata da luta das mulheres por diferentes direitos, dentre eles está descrito o: 
Escolha uma:
a. Direito a frequentar a universidade.
b. Direito a condições de trabalho mais dignas. 
c. Direito a se candidatar a cargos de chefias em empresas privadas.
d. Direito ao divórcio.
e. Direito a usar saias.
O século XX foi muito importante para a afirmação dos direitos humanos no plano internacional, destacando-se, como um marco fundamental, a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948. Desde então, através de diversas convenções e tratados internacionais, os direitos humanos vêm se ampliando e influenciando as esferas nacionais, pois convenções e tratados internacionais assinados pelo país passam a ter força de lei uma vez ratificados pelo Congresso Nacional [...]. Na perspectiva internacional, o principal instrumento internacional de direitos humanos que dispõem as mulheres é a Convenção contra Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW), de 1979. No que se refere aos direitos humanos das mulheres no Brasil, a Constituição de 1988 constitui uma referência primordial, pois resultou em uma verdadeira mudança de paradigma do direito brasileiro no que se refere à igualdade de gênero. É inegável a participação do movimento de mulheres que, em articulação com o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) desenvolveram uma histórica e bem-sucedida campanha intitulada "Constituinte pra Valer Tem que ter Direitos da Mulher" e atuaram diretamente junto ao Congresso Constituinte em um movimento conhecido como Lobby do Batom.
 PINTANGUY, J. Os direitos humanos das mulheres. Texto disponível em: <http://www.fundodireitoshumanos.org.br/downloads/artigo_mulheres_jacpit.pdf>.Acesso em: 21 jan. 10.
 
Diante do exposto, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. A Constituição de 1988 apesar de apresentar muitos avanços em diversos assuntos, como no que se refere à violência contra a mulher, não foi relevante para o tema da igualdade de gênero.
b. Os desafios da efetivação dos direitos humanos das mulheres no Brasil só podem ser compreendidos quando analisado o caminho internacional trilhado por Maria da Penha para defender e garantir os direitos das mulheres.
c. Questões que sempre fizeram parte da agenda de organismos voltados para a defesa da mulher, como a violência doméstica, os direitos sexuais e reprodutivos e a violação de sua integridade física têm sido, desde os anos 1990, deixadas de lado por esses movimentos nas pautas de discussões das Nações Unidas e no âmbito nacional.
d. A Constituição Federal Brasileira de 1988 foi significativa no que se refere ao avanço da questão da igualdade de gêneros devido, em especial, pela forte campanha e luta realizadas pelo movimento de mulheres. 
e. No mercado de trabalho, todas as mulheres que apresentam maior escolaridade recebem uma remuneração maior em relação aos homens com escolaridade inferior.
Em fins dos anos 70 apareceram pelo menos dois grandes movimentos sociais liderados por mulheres: o movimento contra a alta do custo de vida e o de luta por creches. A participação nestes movimentos levou muitas mulheres a reunirem condições de questionar as relações de gênero, suas relações não igualitárias com seus maridos, famílias e comunidades.
 [...]
Assim, as mulheres pobres, a partir da ação política para melhorar suas vidas e a de seus familiares, se redefiniam para si mesmas como legítimas atrizes públicas e modificavam as normas tradicionais que limitam a mulher ao âmbito privado do lar. Entretanto, mesmo que organizadas em suas ações de sobrevivência, mesmo tendo saído de seu encerramento doméstico, identificado interlocutores, aumentado seu sentimento de autoestima, estas mulheres podem não modificar no essencial a profunda segregação sexual na sociedade, nem alterar a direção dos projetos sociais. Mas elas se constituíram e ainda se constituem nas interlocutoras privilegiadas das feministas.
SOARES, Vera. Movimento Feminista. Paradigmas e desafios. In: Estudos Feministas, 1994, p. 16-17. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/download/16089/14633>. Acesso em: 19 jul. 2017.
 
Considerando a abordagem do texto, no Brasil, um dos grandes temas que mais emergem no movimento feminista dos anos 1970 é: 
Escolha uma:
a. O direito à creche. 
b. A empregabilidade no setor de serviços.
c. O direito à sexualidade e reprodução.
d. A violência doméstica.
e. O direito da mulher à saúde integral.
Leia o texto a seguir:
  
Quais são os direitos da grávida no trabalho?
 
Gestantes podem faltar para fazer exames médicos, por exemplo. Entenda os benefícios reservados à mulher nesse período
 
Por Luiza Tenente - atualizada em 23/10/2014 16h11
 
Você descobre que está grávida e, dentre tantos questionamentos, começa a refletir sobre a nova rotina no trabalho. Como conciliar os horários do emprego e as consultas com o obstetra? E a licença-maternidade, será de quanto tempo? Após o retorno, será possível continuar amamentando o bebê?
A maior parte dessas dúvidas está estabelecida na CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) – mesmo assim, provavelmente, você desconhece vários de seus direitos como gestante. A seguir, entenda quais são:
 
Exames e consultas médicas
 
A CLT prevê que a mulher se ausente, no mínimo, por 6 vezes para se submeter aos exames do pré-natal. Fique tranquila: sempre que precisar se consultar com o obstetra, é seu direito faltar ao emprego. Basta mostrar ao gestor um atestado médico que comprove o atendimento. O chefe jamais pode impedir que a funcionária se ausente nessa situação.
 
Estabilidade
 
De acordo com a lei trabalhista, a gestante não pode ser demitida no intervalo entre a concepção do bebê e 5 meses após o parto. E se você for dispensada e só descobrir que estava grávida depois de se afastar da empresa? “Mesmo que, no momento da demissão, a mulher e o chefe ainda desconheçam a gestação, a funcionária tem o direito de ser readmitida”, explica Maurício Nahas Borges, advogado e mestre em Direito do Trabalhador, do escritório Advocacia Trabalhista Borges (SP). “É uma proteção ao nascituro, já que é mais difícil para a mãe dele conseguir outro emprego nessa condição”.
O mesmo vale para quem engravidar durante o cumprimento do aviso prévio: como o vínculo empregatício só se encerra ao final deste período, a gestante deve ser readmitida. Nos dois casos, isso significa que, se ela quiser, deve voltar a trabalhar e ser remunerada por isso, pelo menos até o fim da estabilidade. Se o empregador se recusar a recontratar a funcionária, ela pode acionar a Justiça por meio de um advogado particular ou pelo sindicato. Em alguns casos, a empresa opta por pagar uma indenização relativa a esse período, para não ter de readmitir a mulher.
 
Mudança de função
 
Caso você desempenhe uma função que coloque em risco a sua saúde ou a do bebê, é seu direito pedir para exercer outro cargo durante a gestação. Ao término da licença-maternidade, o emprego original deve estar garantido. Como exemplo, há as comissárias de bordo ou as profissionais que entram em contato com produtos químicos.
 
Licença-maternidade
 
Quem decide o início da licença-maternidade é o obstetra – por isso, sempre comunique a ele como você se sente no trabalho, por exemplo. Há casos em que o deslocamento até o local do emprego passa a ser custoso e o médico prefere iniciar a licença com mais antecedência. Na CLT, é previsto que o período comece até 28 dias antes do parto. Cabe ao médico fazer uma carta que comunique ao empregador a decisão - é claro que, se o parto ocorrer antes do previsto, o obstetra enviará o documento no dia do nascimento. A partir dali, serão contados 120 dias até o fim do afastamento remunerado.
 “A maioria das mulheres deseja trabalhar até o mais próximo possível do parto, para que permaneça mais tempo com o bebê. Mas tudo depende do diagnóstico do pré-natal: casos de prematuridade, gemelares, infecções urinárias, hipertensão, diabetes, gestação na adolescência ou acima de 35 anos podem levar a uma antecipação da licença-maternidade”, esclarece Poliani Prizmic, ginecologista obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim (SP).
Pela CLT e pela instrução normativa do INSS, pode haver a prorrogação de 2 semanas, antes e/ou depois da licença-maternidade, nos casos em que a mulher ou o bebê estiverem em situação de risco. A exigência é comprovar a situação por meio de atestado médico. Durante os 15 ou 30 dias extras, quem remunera a funcionária é a própria empresa. Caso seja necessário se afastar por mais de duas semanas, passa a valer a licença médica – pelo auxílio-doença, o INSS se encarrega de pagar a mulher pelo período determinado no atestado.
Informe-se se seu local de trabalho participa do programa Empresa Cidadã. Funciona assim: se o estabelecimento se encaixar nos requisitos estabelecidos pelo regulamento, a mulher pode ter 2 meses de licença-maternidade, além dos 120 dias. Em troca, a empresa tem um desconto no recolhimento de impostos, equivalente ao valor pago à gestante nestes 60 dias extras. Em geral, só as de grande porte conseguem fazer parte do programa, já que têm condições de remunerar um substituto para a grávida por um período prolongado.
 
Amamentação
 
Você deve estar preocupada em saber se conseguirá amamentar seu bebê, mesmo após voltar ao trabalho. Saiba que, de acordo com a CLT, a mulher tem direito a dois intervalos de 30 minutos por dia (para quem tem carga horária de 8 horas). “As empresas são obrigadas a proporcionar um espaço apropriado para a amamentação”, explica Débora Manfioli, advogada trabalhista da Guarnera Advogados (SP). Se a funcionária quiser, pode usar este tempo para sair do estabelecimento de trabalhoe alimentar o bebê em casa, por exemplo – desde que não extrapole o limite de meia hora.
Infelizmente, a logística costuma não possibilitar o aleitamento materno após a volta ao trabalho, já que é comum a funcionária morar longe do emprego e não ter uma pessoa disponível para levar o bebê ao escritório duas vezes ao dia. “O ideal é que o bebê seja amamentado a cada 3 horas, por mais de 6 meses. Para isso, a mãe terá de fazer um malabarismo para conseguir manter a amamentação exclusiva, precisando guardar o leite e oferecê-lo em mamadeiras”, afirma a obstetra. “Se possível, o melhor é que a mulher possa ficar um período maior em casa.”
E atenção: mesmo sendo insuficientes, estes dois intervalos de meia hora devem ser reivindicados por você. Caso o empregador negue o direito, procure a Justiça do Trabalho ou o sindicato.
 
Situações especiais
 
No ano passado, o governo garantiu que o salário-maternidade de 120 dias seja direito de todas as mães, em caso de adoção, independentemente da idade da criança ou adolescente. Antes disso, a lei previa afastamento de 4 meses nos casos de bebês de 0 a 1 ano; 60 dias, de 1 a 4 anos; e 30 dias, de 4 a 8 anos. Quem adotasse maiores de 8 anos não tinha sequer um dia de licença.
Para os casos de ganho de guarda judicial, a pessoa também tem direito aos 120 dias. Em situação extrema, quando a mulher falece no parto, por exemplo, a licença passa a ser usufruída pelo pai da criança, no mesmo período.
 
Disponível em: <http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Vida-de-gravida/noticia/2014/10/quais-sao-os-direitos-da-gravida-no-trabalho.html>. Acesso em: 18 jul. 2017.
  
Sobre os direitos trabalhistas, há três principais direitos que são garantidos especificamente às mulheres por sua condição de gestante e, posteriormente, mãe. Quais são esses direitos? 
Escolha uma:
a. Férias remuneradas, dispensa para amamentação durante a jornada de trabalho e estabilidade no emprego.
b. Estabilidade no emprego, dispensa da jornada de trabalho para consultas médicas durante a gestação e licença-maternidade. 
c. Licença-paternidade, dispensa para amamentação durante a jornada de trabalho e estabilidade no emprego.
d. Seguro-desemprego, licença médica e férias remuneradas.
e. Férias remuneradas, dispensa da jornada de trabalho para consultas médicas durante a gestação e licença médica.
Os gráficos abaixo compõem o relatório da pesquisa Desenvolvimento humano para além das médias, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundação João Pinheiro (FJP). O relatório traz um conjunto de informações sobre “a desagregação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), e outros 170 dados socioeconômicos, por cor, sexo e situação de domicílio” (IPEA, 2017, p. 8). Com esses dados procedeu-se a uma análise das “particularidades dos diferentes grupos para além das médias”, tendo em vista “visibilizar dados estatísticos que evidenciam desigualdades e, com isso, subsidiar a elaboração de políticas públicas que visem à promoção da igualdade racial, de gênero e das condições sociais das populações residentes nas áreas urbanas e rurais” (IPEA, 2017, p. 9. Grifo nosso).
 Agora, observe os dados da figura apresentada.
 
 Índices IDHM de acordo com o sexo – Brasil 2017
Fonte: PNUD/IPEA/FJP. Desenvolvimento humano para além das médias: 201. Brasília: 2017, p. 17. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/170510_desenvolvimento_humano_para_alem_das_medias.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
 
O gráfico acima apresenta dados em relação às diferenças entre mulheres e homens no que diz respeito à longevidade, educação e renda. Considerando-se esses dados, é correto afirmar que:
Escolha uma:
a. A mulher tem maior renda, mas vive menos que o homem e tem menor escolarização.
b. A mulher vive mais que o homem, mas tem escolaridade menor e, portanto, menor salário.
c. A mulher tem maior escolarização, vive menos que o homem e tem renda maior.
d. A mulher tem tempo de vida, escolarização e renda igual ao do homem.
e. A mulher vive mais que o homem, tem maior escolarização, mas a sua renda é menor quando comparada com a renda do homem. 
Até a década de 1970, a saúde da mulher era tomada como objeto das políticas públicas de saúde apenas em sua dimensão procriativa, especialmente no que se refere aos cuidados voltados ao ciclo gravídico-puerperal, enfatizando-se a visão da mulher como mãe. A criação do PAISM, em 1983, foi resultado da convergência de interesses e concepções do movimento sanitário e do movimento feminista, irradiando-se dentro da rede de serviços de saúde como um novo pensar e agir sobre a questão da saúde da mulher. Representa um marco histórico nas políticas públicas, em que a integralidade passa a ser vista como resultado de uma atitude ética e técnica dos profissionais e de uma adequação da estrutura dos serviços de saúde.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher deveria refletir o conceito de assistência integral à saúde da mulher preconizado pelo Ministério da Saúde: ações de saúde dirigidas para o atendimento global das necessidades prioritárias desse grupo populacional e de aplicação ampla no sistema básico de assistência à saúde. O conceito de integral é ligado a uma ideia de assistência em saúde, e não de atenção; porém, é a questão da integralidade que coloca em articulação diferentes níveis de gestão (Federal, Estadual e Municipal), que hoje vemos mais definida no SUS.
Conforme suas bases doutrinárias, particularizar a atenção à saúde da mulher significava apenas um passo no sentido de aumentar a capacidade resolutiva da rede básica de serviços; seria “trabalhar dentro de uma nova óptica – a da assistência integral – de modo a contribuir para o desenvolvimento institucional do setor e para a reordenação do sistema de prestação de serviços de saúde como um todo”. O conceito de assistência integral proposto no documento envolvia a oferta de ações globalmente dirigidas ao atendimento de todas as necessidades em saúde do grupo em questão. Todo e qualquer contato que a mulher viesse a ter com os serviços de saúde deveria ser utilizado em benefício da promoção, proteção e recuperação de sua saúde.
MEDEIROS, P. F. GUARESCHI, N. M. F. Políticas públicas de saúde da mulher: a integralidade em questão. Estudos Feministas, Florianópolis, 17(1): 296, janeiro-abril/ 2009, p. 38-40. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2009000100003>. Acesso em: 17 jul. 2017.
 
De acordo com o texto, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) deve refletir o conceito de 
Escolha uma:
a. Integralidade no atendimento à mulher. 
b. Homeopatia no atendimento à mulher.
c. Racionalidade no atendimento à mulher.
d. Terapêutica no atendimento à mulher.
e. Irracionalidade no atendimento à mulher.

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