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Plano de Aula: Direito Português na Colônia Brasil 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 
Título 
Direito Português na Colônia Brasil 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
O Processo de Colonização e Organização Jurídico Institucional da América Portuguesa. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Compreender quais as estratégias da Corte para a colonização da América portuguesa; 
 Explicar quais os mecanismos utilizados pela Coroa portuguesa para estabelecer a organização 
jurídico-política da Colônia. 
 Entender no que consistia a Carta de Doação, Forais, Alvarás, Cartas Régias ? Concessões de 
Sesmarias, no contexto das Capitanias hereditárias e do Governo Geral; 
 Conhecer a estrutura organizacional da justiça na América portuguesa nos séculos XVI e XVII; 
 Analisar como se organizou a exploração econômica em bases escravistas da Colônia brasileira, 
principalmente no período conhecido como "ciclo da cana-de-açúcar". 
Estrutura do Conteúdo 
No decorrer da aula serão referenciados alguns dos principais instrumentos legais que marcaram a 
administração metropolitana portuguesa no decorrer do período colonial: regimentos, alvarás, cartas 
régias, forais, sesmarias, além das Ordenações Afonsinas, as Ordenações Manuelinas e (principalmente) 
as Ordenações Filipinas. 
Não deixe de fazer uma pequena pesquisa na internet a fim de saber um pouco mais sobre estes 
relevantes instrumentos jurídicos da época. 
A chegada dos portugueses: Neste ponto será ressaltado o pouco interesse inicialmente despertado 
pelas terras brasileiras, atrelando este fato ao lucrativo comércio de Portugal com o Oriente. É de se 
observar que atividade extrativista foi a única explorada neste período, principalmente no que se re fere ao 
pau-brasil, cuja madeira era tida como mercadoria valiosa em razão da tinta dela extraível. Neste período 
foi utilizado o sistema de escambo com os indígenas autóctones, no qual os mesmos carregavam os 
navios com pau-brasil e recebiam em troca mercadorias sem valor para os padrões europeus do período. 
Administração Colonial Capitanias Hereditárias. A criação do Governo Geral: Neste ponto, teremos 
a oportunidade de analisar os métodos utilizados por Portugal para administrar a terras descobertas, 
primeiramente por intermédio do sistema de Capitanias Hereditárias. Faz-se importante compreender o 
que é uma Capitania Hereditária, bem como os motivos que levaram à sua ineficácia no decorrer desta 
fase da colonização. Posteriormente, indo um pouco mais ad iante, é necessário que se enfrente a 
temática relacionada à forma como se deu a organização administrativa por meio da criação do chamado 
?Governo-Geral, que tinha por propósito coordenar a defesa da Colônia, explorar o sertão e auxiliar as 
Capitanias que permaneciam estruturadas. Seguindo o entendimento da estrutura administrativa 
estabelecida pelo Governo-Geral, iremos constatar que a justiça portuguesa, instalada na colônia 
brasileira, organizou-se de maneira a permitir o controle do fluxo de informações ligadas ao poder 
judiciário, com a distribuição de funções como juízes, ouvidores e corregedores. 
A escravidão e a economia colonial ? Aqui se terá a oportunidade de se constatar que o trabalho 
escravo forneceu as bases para a construção da economia colonial. Deve-se observar, no entanto, que 
embora tenham sido os escravos negros os pés e as mãos da produção da riqueza no Brasil Colônia, a 
eles não foi concedida qualquer possibilidade de participação no resultado econômico, bem como 
qualquer voz no plano político. Como consequência, restou-lhes o exercício de papel social de 
subalternidade associado à pobreza material e ao analfabetismo, em um contexto no qual eram 
classificados como propriedade e não reconhecidos como pessoas. 
Carta de doação, Forais e Sesmarias Analisaremos alguns institutos jurídicos portugueses que tiveram 
elevada importância na implantação do sistema de Capitanias Hereditárias e no próprio processo de 
organização político-jurídico da Colônia: a Carta de Doação (como documento da Coroa Portuguesa pelo 
qual fazia a concessão de uma capitania a um capitão donatário), a Carta Foral (que fixava os direitos e 
deveres do capitão donatário e formava a base do estabelecimento das vilas e das cidades) e a Sesmaria 
(que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção de alimento, já que os donatários - não 
possuindo capacidade e para cultivar toda a terra recebida - legavam parte dessas a particulares, com o 
objetivo de impulsionar o progresso das capitanias). 
Aplicação Prática Teórica 
O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e elevou o povoado de 
Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação 
territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco (Duarte Coelho) aos povoadores 
e moradores, cedendo o direito de uso da terra, mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a 
Prefeitura Municipal se utiliza do documento para fundamentar a cobrança de ?foro anual e também de 
?laudêmio?. Inconformado, José, morador em terreno passível de cobrança, afirma que no Brasil não se 
reconhece um documento com quase cinco séculos de existência, além do que os forais não possuem 
força jurídica. 
Diante da informação acima, pesquise e responda: 
a) o que é uma Carta Foral? 
b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e laudêmio?

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