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Plano de Aula: O Direito no Segundo Reinado 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 
Título 
O Direito no Segundo Reinado 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
6 
Tema 
Segundo Reinado: da consolidação à crise do Império 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Entender as razões determinantes para a declaração da maioridade de D.Pedro II; 
 Correlacionar a promulgação da Lei de Terras e do Código Comercial com as circunstâncias 
políticas e econômicas do período; 
 Entender as razões explícitas e implícitas para a emanação das leis abolicionistas anteriores à 
Lei Áurea; 
 Enumerar e explicar as razões determinantes para a queda do Império e consequênte 
proclamação da República. 
Estrutura do Conteúdo 
O conteúdo será apresentado com base nos conteúdos estabelecidos pelo Livro Didático de História do 
Direito no Brasil entre as páginas 76 e 86 e na Aula 2 online, ministrada pelo Professor Rodrigo Rainha 
(Da Família Real ao II Reinado). 
Para esta sexta aula abordaremos os seguintes tópicos: 
A maioridade de D. Pedro II e a estabilização do processo político- neste ponto será analisado o 
processo de declaração da maioridade de Pedro II (o chamado "Golpe da Maioridade") como decorrência 
da necessidade política de restaurar a confiança e a legitimidade do poder, de forma a dar fim às disputas 
políticas que abalavam o Brasil (principalmente em razão das revoltas deflagradas pelo país afora). No 
plano político, o Segundo Reinado se caracterizou pelo compartilhamento do poder entre liberais e 
conservadores, sendo que o Imperador, blindado pelos direitos a ele concedidos pelo Poder Moderador, 
surgia como "intermediário imparcial" destas disputas políticas, gerando um clima de estabilidade, antes 
desconhecido. 
 O Código Comercial e a Lei de Terras: em busca da modernização - Esses dois diplomas normativos, 
de grande importância no período, passaram a ter vigência no ano de 1850, no contexto de busca por 
uma modernização do quadro jurídico-econômico e jurídico social brasileiro. No que se refere ao Código 
Comercial de 1850, a sua longevidade foi grande e mesmo tendo grande parte de suas regras revogadas 
pelo Código Civil de 2002, ainda hoje se mantém vigente no que se refere a matérias concernentes ao 
direito marítimo. Já no que se refere à Lei de Terras, foi a primeira iniciativa no sentido de organizar a 
propriedade privada no Brasil. Até então, não havia nenhum documento que regulamentasse a posse de 
terras e com as modificações sociais e econômicas pelas quais passava o país (chegada de imigrantes e 
temor da extinção da escravatura) os grandes proprietários pressionaram pela sua elaboração de forma a 
manter a estrutura latifundiária vigente. 
 O Escravagismo e as Leis Abolicionistas - ao longo do Século XIX a legislação escravista no Brasil 
sofreu inúmeras mudanças como consequência das pressões internacionais e dos movimentos sociais 
abolicionistas. A primeira alteração relevante na legislação ocorreu em 1850, quando foi decretada a Lei 
Eusébio de Queirós, que, diferentemente daquela de 1831 (referida na Aula 5 ), realmente visava a 
extinção do tráfico negreiro no país, como resposta às constantes pressões e ameaças da Inglaterra, 
determinada esta a dar cabo, de forma definitiva, ao tráfico negreiro. Em 1871, foi decretada a Lei 
Visconde do Rio Branco, conhecida também como a Lei do Ventre Livre. Estabelecia esta, que a partir de 
1871 todos os filhos de escravos seriam considerados livres. Também outra Lei bastante importante no 
período seria a "Lei dos Sexagenários", de 1885, que concedia liberdade aos escravos com idade igual ou 
superior a 65 anos. Porém, importa ressaltar, que mecanismos normativos presentes nestas duas leis 
demonstravam que os escravocratas manobravam de forma eficiente no sentido de adiar ao máximo a 
abolição definitiva da escravatura. Por iss o, foi necessário um documento autônomo, específico (Lei 
Áurea de 1888) que pusesse fim ao incivilizado e desumano sistema escravocrata. 
 A crise e o fim do Império do Brasil (1870-1889) - a crise do Império, no Brasil, foi marcada por um 
conjunto de crises parciais e localizadas, que acabaram por favorecer a Proclamação da República. Em 
geral, podemos considerar as seguintes: a propagação das ideias republicanas; a crise entre Igreja e 
Estado (Questão Religiosa), que determinou o não engajamento da primeira na defesa do Império no 
momento em que se deu o movimento republicano; a abolição da escravidão, que tirou o apoio dos 
senhores de escravos ao regime imperial, principalmente por não te rem recebido as indenizações do 
governo, a que achavam fazer jus; a chamada Questão Militar, que representou uma série de conflitos 
entre oficiais do Exército Brasileiro e a monarquia, no período 1884 e 1887 e que acarretou no 
fortalecimento da campanha republicana entre os militares. 
Aplicação Prática Teórica 
A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um 
longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o 
Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes m arcos desse processo no momento em que o 
poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o 
predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX. Essa lei surgiu em uma 
época de intensas transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas 
antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio 
da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas le is estavam intimamente ligadas, pois o 
fim da importação de escravos seria substituído por ações que incentivavam a utilização da mão de obra 
assalariada dos imigrantes europeus. (texto adaptado - disponível em: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/lei-terras-1850.htm) 
Responda as questões abaixo: 
a) O texto acima faz referência à Lei Euzébio de Queiroz. No âmbito do processo de Abolição da 
Escravatura no Brasil, as leis abolicionistas que se seguiram à referida Lei podem ser consideradas fruto 
do amadurecimento humanístico de nossas elites? 
b) Considerando o texto, estabeleça relações entre Lei de Terras, Imigração Subvencionada e Abolição 
da Escravatura.

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