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Profº. Dr. Rogério Luiz da Silva QUÍMICA ANALÍTICA Turma: FARMÁCIA Contato: rlquimico@gmail.com Ementa do Curso ● Soluções aquosas de substâncias inorgânicas. Teoria clássica das reações ácido-base. Reações de precipitação. Reações de Complexação. Reações de óxido-redução. Reações por via úmida. Reações por via seca. Aparelhagem e operações semimicro e mircoanalíticas. Classificação e identificação dos cátions dos grupos I, II e III. Esquema de classificação e nomenclatura de ânions. ● Desenvolver no aluno capacidade de reconhecimento teórico e experimental das diversas reações decorrentes no laboratório; ● Promover desenvoltura e independência nas práticas laboratoriais de identificação de analitos; ● Compreender a formação de precipitados e complexos no contexto de solubilidade e excesso de reagente; ● Compreender sobre critérios de controle em reações como uso de soluções tampão; Ementa do Curso Carga horária teórica 40 Carga horária prática 20 CARGA HORÁRIA UNIDADE I BASES TEÓRICAS DA ANÁLISE QUALITATIVA; SOLUÇÕES AQUOSAS DE SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS; TEORIA CLÁSSICA DAS REAÇÕES ÁCIDO-BASE; REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO; REAÇÕES DE COMPLEXAÇÃO; REAÇÕES DE ÓXIDO REDUÇÃO; Conteúdo Programático TÉCNICAS EXPERIMENTAIS DA ANÁLISE QUALITATIVA INORGÂNICA; REAÇÕES POR VIA SECA; REAÇÕES POR VIA ÚMIDA; APARELHAGEM E OPERAÇÕES EM SEMIMICROANÁLISE; APARELHAGEM E OPERAÇÕES MICROANALÍTICAS; UNIDADE II Conteúdo Programático UNIDADE III REAÇÕES DOS CÁTIONS; CLASSIFICAÇÃO DOS CÁTIONS (ÍONS METÁLICOS) EM GRUPOS ANALÍTICOS; ESTUDO DAS REAÇÕES DOS ÍONS: PRIMEIRO GRUPO DE CÁTIONS SEGUNDO GRUPO DE CÁTIONS TERCEIRO GRUPO DE CÁTIONS UNIDADE IV REAÇÕES DOS ÂNIONS; ESQUEMA DE CLASSIFICAÇÃO; NOMECLATURA E IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ÂNIONS; METODOLOGIA DE ENSINO A) METODOLOGIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM: Serão ministradas aulas expositivas. B) RECURSOS AUDIOVISUAIS: Lousa branca; Projetor Multimídia. METODOLOGIA DE ENSINO C) METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO: No decorrer de cada período letivo são desenvolvidas 02 (duas) avaliações, para efeito do cálculo da média parcial. A média parcial é calculada pela média aritmética das duas avaliações efetuadas; O aluno que alcançar a média parcial 7,0 (sete) é considerado aprovado. O aluno que não alcançar a média parcial faz o exame final onde precisar alcançar média final maior ou igual a 5.0. Poderão ser aplicadas avaliações dos tipos: provas teóricas, provas práticas, seminários, trabalhos individuais ou em grupos e outras atividades em classe e extraclasse; O exame final é, obrigatoriamente, prova escrita. Referencial Bibliográfico Processo Avaliativo • 1ª Avaliação: Prova teórica + Atividade complementar (AC) Data: 05 de ABRIL de 2018 Valor Prova: 8,0 Valor AC: 2,0 (1,0 + 1,0) • 2ª Avaliação: Prova Colegiada* Data: 07 de JUNHO de 2018 Valor Prova Colegiada: 10,0 *Constará de todos os conteúdos estudados durante o semestre letivo. AVALIAÇÃO FINAL Data: 21 de JUNHO de 2018 2º Chamada 1º ou 2ª Avaliação Prazo final para requerer: 10/06/2018 Data: 12 de JUNHO de 2018 (1º e 2º Avaliações) FERIADOS 29/03/2018 Quaresma - 3 AULAS 31/05/2018 Corpus Christi – 3 AULAS REPOSIÇÃO ACORDO EM SALA Química Analítica • Definição – técnicas de identificação e/ou quantificação de espécies químicas • Classificação – Análise Qualitativa: Quem? – Análise Quantitativa: Quanto? Métodos de análise qualitativa • Ensaios que permitem: – identificação dos elementos/condições Ex: Fenolftaleína - indicador de pH: incolor em meio ácido rosa em meio básico Ex: Turvação de solução de prata frente ao cloreto Métodos de análise quantitativa • Identifica quantidade • Analito: espécie química de interesse – Ex: Teor de ferro na água do mar • Amostra: matriz analisada – Ex: água do mar Classificação dos métodos analíticos • Métodos clássicos – Volumetria ou titrimetria – Gravimetria • Métodos instrumentais – Elétricos – Ópticos • Cromatografia – Separação e determinação Etapas do processo analítico 1 – Problema analítico: hipótese 2 – Seleção dos métodos de campo e laboratório 3 – Amostragem do material: - draga vs. core vs mergulho - preservação - condicionamento 4 – Processamento da amostra: secagem, moagem,etc... 5 – Sobulibilização da amostra, pre-concentracao, digestão 6 – Determinação/ medida 6 – Processamento de dados e avaliação estatística 7 - Divulgação dos resultados • Medida da quantidade da amostra – Amostra sólida < 1,0g ou µg – Amostra líquida mL ou µL • Multiplicidade da amostra – Amostras simples – Amostras duplicadas – Amostras triplicadas • Dissolução da amostra – Extração Água ou Solventes Orgânicos – Ataque com Ácidos e Agentes Oxidantes Abertura úmida – Fusão com Sais Abertura seca Escolha do método analítico 1. Quantidade de amostra disponível 2. Quantidade relativa do componente desejado 3. Exatidão requerida 4. Composição química da amostra 5. Número de amostras a analisar 6. Recursos disponíveis Quantidades aproximadas dos constituintes de uma amostra Constituintes (analitos) Quantidades Maiores > 1% Menores ~0,1% a 1% Traços < 0,1% Ultratraços ppm; ppb; ppt MEDIDAS EM QUÍMICA ANALÍTICA • Mol – É a quantidade de uma espécie química que contém 6,02x1023 partículas (átomos, moléculas, íons, elétrons, etc). • Massa Molar (M ou MM) – A massa em g de 1 mol da espécie química. – Massa molar atômica Peso atômico Ex: 1 mol de H = 1,0079g de H, 1 mol de Fe = 55,847g de Fe – Massa molar molecular Peso Molecular e Peso Fórmula Ex: 1 mol de CO2 = 44,01 g de CO2 1 mol de H2O = 18,0158g de H2O Concentração da solução • Concentração Molar (Molaridade) – Concentração da solução expressa em mols do soluto por litros do solvente. – Solução 1 molar = 1 mol da substância / 1L de solução ou 1 molar = 1 mmol da substância / 1 mL de solução )).Volume(L1MM(g.mol massa(g) Molaridade Densidade • Densidade = massa da substância / volume • Unidades: (g/mL) ou (g/cm3) ou (kg/L) • Expressões de resultados analíticos: – Amostras sólidas: Relação m/ m • % analito = massa (g) analito x 100 massa (g) amostra – Amostras líquidas: – Relação m/v • % analito = massa (g) analito x 100 volume (mL) amostra • Relação v/v • % analito = volume (mL) analito x 100 volume (mL) amostra Fator de diluição • Fator de correção da concentração da solução após a sua diluição. 2 1 1 2 C C ou V V f.d. 2211 .. CVCV Algumas unidades físicas de massa e volume: Massas Volumes 1kg = 103g 1L = 103mL 1g = 103mg 1mL = 103µL 1g = 106µg 1L = 106µL 1mg = 103µg 1L = 109L Unidades comuns para expressar concentrações traços de analito: Abreviação m/m m/v v/v ppm mg.kg-1 mg.L-1 µL.L-1 ppm µg.g-1 µg.mL-1 ppb µg.kg-1 µg.L-1 mg % mg/100g mg/100mL mL/100mL Algarismos significativos • Representamos números de dígitos necessários para expressar os resultados de uma medida. – Ex.: 0,032g; 0,1000N; 0,2080g; 3,50mL • Os valores que resultam de observações devem ser registrados com apenas 1 algarismo duvidoso. – Ex.: 1g ≠ 1,0g ≠ 1,05g ≠ 1,053g ≠ 1,0539g Algarismos significativos • O dígito 0 (zero) pode ser parte significante de uma medida. • Exemplos: – 0,261 3 algarismos significativos – 90,7 3 algarismos significativos – 800,0 4 algarismos significativos – 0,0670 3 algarismos significativos – 9,3660 x 105 5 algarismos significativos Arredondamento de números • Avalia-se o algarismo duvidoso: – Se maior que 5 + 1 unidade – Se menor que 5 mantém o número – Se igual a 5 Impar = + 1 unidade Par = mantém o número • Ex.: – 9,47 = 9,5 – 9,43 = 9,4 – 9,45 = 9,4 – 9,35 = 9,4 Exatidão e precisão de uma medida • Exatidão: – grau de concordância entre o valor achado e o valor verdadeiro (ou o mais provável) • Precisão: – grau de concordância entre medidas repetidas de uma quantidade. Exprime a “reprodutibilidade” de uma série de medidas. A B C D Teoria dos Erros • Erros determinados: – Erros operacionais e erros pessoais. Ex.: perdas mecânicas de materiais nas diversas etapas da análise; observação de mudança de cor, em uma titulação visual; erros matemáticos nos cálculos. – Erros instrumentais e erros de reagente. Ex.: falhas ou defeitos nos aparelhos; aparelhos mal calibrados; uso de reagentes contendo impurezas. – Erros de método (método analítico). Ex.: reações laterais e incompletas. Teoria dos Erros • Erros indeterminados: • Refletem pequeninas diferenças entre os valores experimentais de uma série de medidas (números de observações). Esses erros não podem ser evitados. • Leis matemáticas de probabilidade podem ser usadas para tratar os valores de uma série de medidas. Os erros indeterminados tendem a seguir uma distribuição normal (ou curva gaussiana). Distribuição Normal Mediana e Média Aritmética • Mediana: – Num conjunto disposto em ordem de grandeza, o valor acima e abaixo do qual há um mesmo número de casos • Média Aritmética: – O quociente da soma de x valores por N elementos. • Exemplo: – Resultados da análise da acidez total do vinagre:4,62%; 4,68% e 4,59% – Mediana = 4,62% – Média Aritmética = 4,63% N X X Modos de expressar a exatidão Erro Absoluto Erro relativo • Ex.: O resultado de uma análise é 36,97g. O valor aceito (valor verdadeiro) para a mesma análise é 37,06g. Calcular o erro relativo. verdadeiroobservado VVEA 100100(%) x V EA x V VV ER verdadeiroverdadeiro verdadeiroobservado Desvio padrão • Expressa a precisão de uma série de medidas (número observações). • s - desvio padrão estimado de um conjunto finito de valores experimentais, para N 30, • (N – 1) - graus de liberdade, • X - média estimada (média aritmética), • m - valor experimental individual em uma série de medidas (número de observações). 1N mx s 2 Desvio padrão • Desvio padrão relativo (DPR% ou RSD%) ou Coeficiente de Variação (CV) • Limite de confiança (LC) ou Intervalo de confiança (IC). – t – parâmetro estatístico que depende do nível de confiança usado e N-1 graus de liberdade; os valores de t encontram-se tabelados. 100.% X s RSD N st xLC . Rejeição de resultados • Usamos o teste Q para rejeitar valores grosseiros em uma série de medidas • Qexp é comparado com Qcrit (valores críticos para o quociente Q de rejeição; encontram-se tabelados). • Se Qexp > Qcrit rejeitar o valor suspeito; caso contrário reter o valor. menormaior próximosuspeito xx xx Q exp Carta de controle • É um gráfico seqüencial com algum critério de qualidade. Mostra os limites estatísticos de variações que são permitidos, para os valores obtidos experimentalmente. • Limite de controle superior (LCS ou UCL) • Limite de controle inferior (LCI ou LCL) Carta de controle Exercícios 1. Um químico obteve os seguintes dados para o teor de álcool em uma amostra de sangue: % C2H5OH: 0,084; 0,089 e 0,079. Calcular o limite de confiança da média ao nível de 95% , admitindo não se conhecer a precisão do método. t(95%) = 0,262. N st xLC . 1N mx s 2 1. A análise de uma amostra de calcita resultou nas porcentagens de CaO de 55,95; 56,00; 56,04; 56,08 e 56,23. O último valor aparece como grosseiro. Este valor deve ser retido ou rejeitado? menormaior próximosuspeito xx xx Q exp Se Qexp > Qcrit rejeitar o valor suspeito; caso contrário reter o valor. Exercícios: 1. Calcular a massa em gramas em 1 mol de CaSO4.7H2O (M.A.: Ca = 40,08; S = 32,06; O = 15,999; H = 1,0079) 2. Calcular o número de mols em 500mg de Na2CO3. (M.A.: Na = 22,990; C = 12,011; O = 15,99). 3. Quantos miligramas estão contidos em 0,250 mols de Fe2O3? (M.A.: Fe = 55,847) 4. Uma solução é preparada pela dissolução de 1,26g de AgNO3 em um balão volumétrico de 250mL e diluído à volume. Calcular a molaridade da solução de AgNO3. Quantos mols deste sal foram dissolvidos? M.A.: Ag = 107,87; N = 14,007 5. Uma alíquota de 5mL de água do mar foi transferida para um balão volumétrico de 100mL e seu volume completado com água destilada até a marca. Calcule o fator de diluição aplicado a esta solução.([NaCl = 2,925 g/L] 6. Uma solução de H2SO4 1mol.L -1 foi diluída em um balão volumétrico. Sabendo que a concentração do H2SO4 após a diluição é 0,01mol.L -1, calcule o fator de diluição. 7. Uma solução diluída de vinagre (ácido acético) teve a sua acidez calculada em 0,427%. Sabendo que a amostra inicial de vinagre foi diluída 10 vezes, calcule a concentração da amostra antes da diluição. 8. 10mL de uma solução padrão de Fe(III) foi diluída, com água destilada, em um balão volumétrico de 250mL. Calcule o fator de diluição e a concentração final da solução de Fe(III) diluída.
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