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Plano de Aula: O Direito na Era Vargas HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 Título O Direito na Era Vargas Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 9 Tema A Era Vargas: os governos Provisório e Constitucional Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Relacionar a Revolução de 1930 com a crise política vivenciada na Primeira República a partirda ascensão de uma nova elite de poder e os novos atores político- sociais no contexto da decadência da oligarquia paulista; ;Relacionar o advento da Era Vargas como marco do processo de reordenamento do Estado brasileiro; Apontar as características fundamentais do Código Eleitoral de 1932; Analisar a Constituição de 1934, correlacionando-a ao reconhecimento de direitos fundamentais sociais no Brasil. Estrutura do Conteúdo Para a presente aula, deverá ser lido o conteúdo do Capítulo 6, entre as páginas 131 e 146 do Livro Didático História do Direito Brasileiro e na Aula 3 online (História da República Brasileira: Da política dos governadores aos governos populistas), ministrada pelo Professor Rodrigo Rainha, sendo que serão abordados os seguintes tópicos: A Revolução de 30: Apresentação do contexto histórico e as circunstâncias do movimento de revolta armada ocorrida no Brasil, em 1930, que, por meio de um golpe de Estado apoiado por militares, afastou do poder o presidente Washington Luiz (afastando definitivamente a oligarquia paulista do poder), elevando ao comando do país, na condição de Presidente da República, Getúlio Vargas. O Período do Governo Provisório - de 1930 a 1934: O governo provisório de Getúlio Vargas caracterizou-se pela centralização do poder, eliminando os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal) e concedendo ampliado papel aos tenentistas. Estes tiveram acesso aos principais cargos do governo como forma de anular a ação dos antigos coronéis e sua influência na política regional. Esta situação, como decorrência natural, resultou em contínua tensão entre as velhas oligarqu ias e os militares interventores. É neste contexto que se deu a chamada Revolução Constitucionalista de 1932, que, mesmo vencida, obrigou politicamente a que Vargas convocasse a Assembleia Constituinte. O Código Eleitoral de 1932: O Código Eleitoral de 1932 foi um dos grandes marcos jurídicos do período, criando a Justiça Eleitoral e regulando em todo o País as eleições federais, estaduais e municipais. Entre as principais novidades, o Código introduziu o voto secreto e o voto feminino. Algumas críticas dir igidas a este Código levaram, em 1935, à promulgação de um segundo Código (por meio da Lei nº 48) que, embora tenha substituído aquele, não alterou suas conquistas. A Constituição de 1934 e o advento dos direitos fundamentais sociais: A emblemática Constituição de 1934 apresentou como principais características: a) a recepção do constitucionalismo social de Weimar (Constituição Alemã de 1919), fixando em nosso ordenamento jurídico os direitos sociais; b) a proposição de um Estado um pouco mais liberal e um pouco menos centralizado do que desejava Vargas. No entanto, estabeleceu-se um regime federativo com menor autonomia financeira dos estados; c) a manutenção da divisão tripartite dos poderes, mas com um Executivo hipertrofiado; d) a c riação do mandado de segurança no âmbito constitucional; e) a manutenção de um Legislativo bicameral, apesar de um certo esvaziamento das prerrogativas do Senado Federal em matéria legislativa; f) a fixação da obrigatoriedade do alistamento eleitoral e do voto para os homens maiores de 18 anos e para as mulheres maiores de 18 anos exercentes de função pública remunerada; g) maior intervencionismo do Estado em temas de natureza econômica e social. O Período do Governo Constitucional - de 1934 a 1937: No curto período democrático, a ascensão de dois grandes movimentos políticos - a Ação Integralista Brasileira (AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL) - concedeu a Vargas os motivos que o mesmo utilizou para levar o país à ditadura. O primeiro defendia o fim das liberdades democráticas, a perseguição dos movimentos comunistas e a intervenção máxima do Estado na economia; já o segundo, do qual faziam parte os comunistas brasileiros, era favorável à reforma agrária, à luta contra o imperialismo e à revolução po r meio da luta de classes. O processo político se tornou tumultuado e, apesar da chamada ?Intentona Comunista? ter sido facilmente controlada pelo governo, Getúlio Vargas utilizou-se do episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos. Diante de uma suposta (ou mais, propriamente forjada) tentativa de golpe comunista (Plano Cohen), Vargas inviabilizou a nova eleição presidencial que deveria acontecer em 1937, conduzindo o país à ditadura e afastando o sonho democrático. Aplicação Prática Teórica PEDERNEIRAS, R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através das caricaturas (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras e Expressões, 2001.Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista de um direito pelas mulheres. https://historiadigital.org/questoes/questao-direitos-da-mulher-na-era-vargas/ (ENEM, 2013 - Adaptada) Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista de um direito pelas mulheres. Relacione o representado na imagem com o conteúdo da aula.
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