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O Movimento é o Inicio De Tudo Pedagogia e arte (1)

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O Movimento é o Inicio De Tudo
O Movimento faz parte da vida do ser humano, antes mesmo de seu nascimento. Ainda no seu processo de desenvolvimento uterino o feto se movimenta. Após o seu nascimento, no bebê, o movimento expressivo é o seu primeiro canal de comunicação. Assim, através dos gestos, ele mobiliza o adulto para o atendimento de suas necessidades.
Durante todo o desenvolvimento do ser humano o movimento faz parte da sua existência. A partir do primeiro ano de vida, as possibilidades de movimento se intensificam como recurso de exploração, já no período pré-escolar o movimento está inserido no contexto da brincadeira e das expressões corporais e artísticas, desempenhando um papel decisivo ao dar sentido às ações das crianças. 
O movimento na está apenas ligado aos deslocamentos, ele não é apenas uma função cinética, mas também expressiva, e tem importância na afetividade e na cognição, isso é, as experiências sensoriais e motoras vividas na infância desempenham um papel fundamental na formação do cérebro e das ideias que formam a ação do pensamento.
Os movimentos têm múltiplas funções. Ele é importante para a criança relacionar-se com o outro, comunicar-se e também explorar os espaços, situando-se nele, bem como em relação aos objetos e ao próprio corpo.
Muitos professores de Educação Infantil se incomodam com o fato de seus alunos serem muito ativos, que se movimentam demais e se concentram por pouco tempo. Alguns ainda pensam que o movimento é um conteúdo das aulas de Educação Física, dos momentos de recreação ou dos jogos e brincadeiras. O fato é que uma das peculiaridades da criança pequena é que ela precisa se movimentar e é assim que ela amplia seu potencial de aprendizagem.
Quem produz o movimento é o corpo, e esse tem sido negado nas instituições escolares, não porque as instituições não enxerguem o corpo fazendo parte do processo educacional, e sim pelo corpo ter sido negado na sociedade.
Historicamente o corpo foi considerado como uma extensão da mente, como uma máquina a serviço da alma. No Renascimento, o filósofo René Descartes foi quem formulou, explicitamente, a distinção entre mente e corpo. A tradição cartesiana como ficou conhecido os estudos de Descartes, influenciou consideravelmente a nossa visão sobre o corpo e limitou-se a considerar apenas dois modos de existência: como coisa, ou objeto, ou como consciência.
Neste contexto os saberes escolares ainda continuam a valorizar os chamados conhecimentos intelectuais, negado de alguma forma o conhecimento relacionado ao corpo e movimento. Ainda carregamos a herança de que o corpo, as atividades expressivas e artísticas pertencem a um plano secundário de importância.
As instituições de ensino infantil ainda consideram pouco a participação corporal no desenvolvimento da criança e na sua construção do conhecimento.
A Educação Infantil é um direito assegurado perante leis brasileiras, assim determinada pela LDB9394/96 e, é considerada a primeira etapa de Educação Básica, sua finalidade é o desenvolvimento integral da criança até os 5 anos de idade, no que diz respeito ao seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O conhecimento deve ser construído com o corpo inteiro.
Durante o desenvolvimento da criança a comunicação é totalmente corporal nos só vamos começar a comunicação verbal algum tempo depois do nosso nascimento. Antes nos comunicamos pelos gestos, pelas expressões, pelo movimento.
Nota-se então que a nossa visão de corpo pode ser hoje redimensionada por uma perspectiva de integração. O corpo nesta visão deve ser observado pela sua expressão, pela sua história, pela sua cultura. Esse corpo é essa integração, hoje não podemos mais separar mente e corpo, essa concepção foi importante em uma época, mas hoje é impossível a separação, um corpo fragmentado. A visão de separação que carregamos do corpo como se o mesmo só servisse para transportar a criança para a escola, e na hora de aprender existisse uma separação, deve ser superada. A experiência de aprender, conhecer, explorar, experimentar, acontece pelo corpo.
Quando pensamos na Educação Infantil, a construção do conhecimento que as crianças fazem todo dia é muito corporal, muito mais que do que outras séries (ensino fundamental e médio). Nesta fase o que mais acontece no cotidiano das crianças, são jogos, brincadeiras, e gestos corporais utilizados para expressar seus sentimentos e suas emoções.
O professor deve ajudar a criança a desenvolver a sua curiosidade para fazer novas descobertas, explorar as possibilidades espaciais, os seus sentidos, a sua locomoção, o seu próprio corpo. Trabalhar com cores, texturas, apreensão, atividades que tenham significação para sua fase.
Diante de toda essa importância do movimento então porque o professor da Educação Infantil não explora mais o corpo para a construção do conhecimento das suas crianças.
A falta de capacitação pode ser apontada como a grande lacuna erguida diante do Movimento. Sem conhecimento do que trabalhar com seus alunos os professores acabam por reproduzir as práticas corporais dos conteúdos da Educação Física, sendo estes muitas vezes utilizados de forma descontextualizada, ou ainda, reduzem o movimento como apenas um momento de recreação.
As atividades de pensar, raciocinar, deduzir, as resolução de problemas, a criatividade, o despertar do senso critico e outras habilidades importantes para a criança, não são apenas restritas a transmissão de um conteúdo onde as crianças estejam sentadas, podemos observar todas essas capacidades com conteúdos onde o movimento é explorado.
Lembrem-se as áreas de conhecimento da Educação Infantil são: Movimento, natureza e sociedade, linguagem oral e escrita, artes visuais, música e matemática.
Corpo, Movimento e Psicomotricidade
Hoje em dia observamos nas instituições de Educação Infantil, atividades que são rotuladas de atividades cognitivas, como se somente a mente atuasse. Na escola, em geral, a movimentação livre é reservada a momentos de descontração como parque, quadra e os temas desenvolvidos pela Educação Física. No entanto, o raciocínio e a inteligência também passam pela corporeidade e dependem da movimentação para se desenvolver de maneira plena.
Teóricos pedagógicos como Wallon e Piaget, mostram claramente em suas teorias o papel do movimento conforme a criança se desenvolve. No recém-nascido, o movimento exerce uma função afetiva e de comunicação, pois mobiliza o adulto para satisfazer suas necessidades e promove a comunicação do bebê com o adulto, conforme a criança cresce o movimento se torna exploratório, a criança adquire habilidades para pegar, empurrar, segurar, abrir, fechar, entre outras. Ao andar, a criança se movimenta para construir o conhecimento de si, deslocando objetos ou a si mesma.
O movimento pode ser considerado a primeira estrutura de relação com o meio, com os objetos e com os outros. O movimento não ocorre pelo simples movimento, mas sempre tem uma intenção, envolve previsão e execução, sendo assim uma manifestação concreta de inteligência. 
A Psicomotricidade é uma área de conhecimento que traz uma maneira de se pensar o corpo e analisar a educação pelo movimento. Para essa área a educação não esta mais exclusivamente centrada na produção motora, mas na educação perceptiva e no conhecimento do próprio corpo e no desenvolvimento da criança.
A Psicomotricidade utiliza alguns aspectos fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. Para essa ciência a criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Portanto, o desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde estabelece ligações. 
O corpo deve ser entendido não somente como algo biológico e orgânico que possibilita a visão, a audição, o movimento, mas é também um lugar que permite expressar emoções.
A Psicomotricidade não prioriza ações motoras descontextualizadas, pois considera todas as habilidadese expressões corporais associadas ás vivências da criança em determinado ambiente. Relaciona os gestos, as atitudes, as atividades, os comportamentos e as posturas da criança.
Para essa área de conhecimento a imagem do corpo é um aspecto de destaque na relação do ser com seu desenvolvimento completo. É a partir da imagem corporal que reconhecemos nossa movimentação no tempo e no espaço, e aprendemos a lidar com objetos e pessoas que nos cercam, e com o meio em que vivemos.
Essas relações entre corpo, movimento e meio contribuem para a formação de um esquema corporal. Para Psicomotricidade os esquemas corporais são algo fundamental no desenvolvimento de uma criança. O esquema corporal resulta das experiências que possuímos provenientes do corpo e das sensações que experimentamos. Não é um conceito aprendido e que depende de treinamento. Ele se organiza pela experienciação do corpo da criança. É uma construção mental que a criança realiza gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo.
Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se sentir bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em que o conhece bem, em que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder cognitivo. Ao construir seu esquema corporal, a criança começa a conhecer seu próprio corpo e adquirir a noção de que ele compõe suas identidades. 
O Esquema Corporal aqui descrito é gradualmente construído, e os primeiros anos (quando a criança passa boa parte do seu tempo em escolas de Educação Infantil) são de extrema importância. Crianças que não tem consciência de seu próprio corpo podem experimentar algumas dificuldades como insuficiência de percepção ou de controle de seu corpo, incapacidade de controle respiratório, dificuldades de equilíbrio e de coordenação. Elas podem também, apresentar dificuldades em se locomover em um espaço predeterminado e em situar-se em um tempo, pois o esquema corporal está intimamente ligado à orientação espaço-temporal.
O movimento é de extrema importância no desenvolvimento de uma criança tanto que os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1998) dedicam um capítulo para estabelecer referenciais para a prática pedagógica no que se refere aos trabalhos com o movimento.
De acordo com o documento, os espaços e as atividades da Educação Infantil devem propiciar para as crianças situações que se sintam seguras para se arriscar e assim descobrir o mundo ao seu redor, ampliando suas possibilidades de movimentação e o desenvolvendo do seu esquema corporal.
Os Referenciais explicam que estas práticas não devem limitar a expressão e as iniciativas que as crianças têm. O ideal, então, seria que as práticas pedagógicas estimulassem as crianças a cada dia se arriscarem mais e passarem a agir com independência sobre o mundo, ganhando assim autonomia.
É fundamental a criança desenvolver-se pela expressão corporal. Quando oferecemos as crianças espaços ou atividades para que ela entre em contato e conheça as diversas práticas corporais elaboradas ao longo do tempo, como as brincadeiras, a ginástica, a dança, as práticas circenses, entre outras, além de despertar sua criatividade, estamos contribuindo para o seu desenvolvimento integral. 
MOVIMENTO E CULTURA
As reflexões apresentadas até aqui sobre o corpo em movimento devem levar em conta a produção cultural das crianças. As crianças são assim observadas como construtoras de cultura.
	O corpo é um suporte de símbolos e signos sociais, nele estão marcadas todas as regras e normas, os valores e a cultura de uma determinada sociedade. 
O corpo em movimento das crianças pequenas, produz conteúdos/linguagens durante o processo de desenvolvimento infantil, os quais não estão separados das possíveis mediações com as linguagens do corpo dos adultos, da família, da mídia e da sociedade como um todo. 
	De fato, as crianças criam cultura com seus corpos em movimento (jogos, gestualidades e linguagens).Essa cultura corporal e de movimento, no entanto, pode ter muita referência da cultura dos adultos.Nesta linha de pensamento, a Educação Infantil deve aproximar-se das “especificidades” das crianças, garantindo, assim, a participação das crianças. Despertar a criatividade e autonomia, cujo desafio de alteridade poderá ser a compreensão da cultura infantil como forma de ser, agir, sentir etc. 
Portanto, significa dizer que devemos pensar em atividades e espaços para que a criança possa construir e gerar cultura nas formas “específicas” com que ela explora o seu meio ambiente, estabelece suas relações afetivas com outras pessoas. 
Em síntese, devemos propiciar as crianças atividades e espaços onde realizem processos de significação e estabelecem modos específicos e genuínos de monitoração de suas ações para além do senso-comum e da expressão vulgar dos adultos, produzindo assim uma cultura infantil.
O professor pode explorar temáticas propostas pela Psicomotricidade, atividades que despertem a sensibilidade da criança, exploração de sentidos e gestos, levando em conta as experiências trazidas da cultura de cada um. 
Nesta perspectiva o movimento passa a ser visto como uma dimensão do desenvolvimento infantil e da sua cultura. . Movimentar-se não é somente deslocar-se com o corpo, mas uma maneira de expressar sentimentos, emoções e pensamentos. É como uma linguagem, que pode ser expressa através das danças, dos jogos, das brincadeiras, dos esportes.
O Referencial Nacional da Educação Infantil enfatiza que a prática da Educação Infantil deve organizar seus conteúdos de modo que as crianças desenvolvam algumas capacidades, entre elas, a imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações, o descobrimento e conhecimento do seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar e favoreça seu desenvolvimento integral.
Para atingir esses objetivos o documento sugeriu a utilização de diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita). Essas linguagens facilitam a criança a expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva e a construção da sua cultura.
Com a compreensão da criança, como um sujeito ativo, que para o seu desenvolvimento precisa estar em constante movimento, o trabalho da Educação Infantil deve incorporar a expressividade própria da infância e, entender que um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantém calados e estáticos. Portanto, a instituição de Educação Infantil deve favorecer atividades e ambientes onde a criança possa explorar sua expressão. Lembrem-se nesta fase a criança é naturalmente curiosa e a exploração de atividades expressivas estimulam mais a sua imaginação o seu potencial de criação pela criatividade.
Todos os movimentos e gestos do nosso corpo produzem uma expressão, ou seja, estamos a todo o momento nos expressando, e essa expressão revela nossos sentimentos, emoções e pensamentos em um relacionamento contínuo com o ambiente, consigo mesmo e com os outros. Isso nos anos iniciais de uma criança é muito intenso.
Na educação infantil existe a possibilidade de um trabalho com as expressões corporais, o auto-reconhecimento corporal, a possibilidade de interação com o mundo externo a si e a possibilidade de exploração dos objetos.
O movimento é a linguagem corporal de todos nós, e a criança utiliza essa linguagem em toda a construção da sua cultura, em tudo o que faz.
Pensando que o movimento implica ações ligadas ao desenvolvimento da criança e a sua cultura, destacaremos algumas manifestações expressivas que podemos utilizar na Educação Infantil.
A dança no espaço escolar deve propiciar às crianças um primeiro contato com a linguagem artística, além de permitir que se expressem com o corpo.
A dança é uma das possibilidades criativas das expressõescorporais. As possibilidades de atividades expressivas com a dança podem levar em consideração além das ações do cotidiano da criança suas construções culturais, isso quer dizer seus gestos, seus movimentos, suas preferências de estilos, etc. As atividades com dança têm como objetivo a transmissão de sentimentos, sensações e emoções aos integrantes de um grupo a ser atingido. 
O teatro é outra linguagem artística rica em movimento e criação. Os jogos teatrais são procedimentos lúdicos com regras explícitas, por meio dos quais as crianças se expressam, inventam dentro do próprio espaço educacional com materiais diversos, inclusive aqueles inventados pela sua imaginação e criatividade. Quando a criança joga, assimila o real, estimula a inteligência e se comunica com e para o outro.
A música outra linguagem fundamental, pode desenvolver a sensibilidade. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), ressalta a importância de se trabalhar na pré-escola, com atividades que envolvam música, por ser este um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio e da auto-estima das crianças.
A música sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época. Qualquer proposta de ensino que considere essa diversidade precisa abrir espaço para o aluno trazer música para a sala de aula, acolhendo-a, contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativas para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção.
 A diversidade permite ao aluno a construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra no patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua condição de avaliar a qualidade das próprias produções e as dos outros.
As artes visuais por sua vez permitem entre outras coisas que a criança amplie sua expressividade. Através de varias possibilidades a criança expressa , cria, imagina, produz diferentes formas de artes e que contribui para seu desenvolvimento integral.
Os movimentos e gestos produzidos com a dança e o teatro podem favorecer para a criança o conhecimento corporal do próprio corpo, onde estão seus membros, o que eles fazem, como eles são. Essas possibilidades para as crianças são de fundamental importância para uma consciência corporal e proprioceptiva interessante ao seu desenvolvimento psicomotor.
Quando os trabalhos são desenvolvidos em grupos essas linguagens favorecem a relação com o outro, assim a criança pode explorar como o corpo se comunica, e, quais as formas que podem utilizar para expressar algo ao outro usando apenas o corpo. 
Portanto, podemos concluir que na Educação Infantil, que existem diversas possibilidades de trabalhar a expressão corporal com nossos alunos, visto que a exploração do corpo e a comunicação através do mesmo são de fundamental importância para um desenvolvimento integral da criança. 
A escolha do conteúdo e da linguagem expressiva deve ser apropriada ao contexto sócio-cultural em que os alunos estão inseridos, devemos escolher conteúdos motivadores e ao mesmo tempo questionadores da realidade social em que se vivem. As experiências corporais de todos os alunos, sejam elas quais forem, devem ser exploradas e utilizadas para a construção desse conhecimento.
Essas sugestões de manifestações expressivas e artísticas permitem trabalharmos com grandes conceitos e relações na Educação Infantil. 
Destacamos que podemos pensar em alguns objetivos para serem alcançados com as manifestações expressivas e artísticas. Na fase de 0 á 3 anos , essas propostas podem proporcionar a familiarização com a imagem do próprio corpo, a exploração de possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação e o desenvolvendo de atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras.
Nas crianças de 4 á 6 anos além de ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal, podemos explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo.Nesta fase as atividades que envolvem o movimento com suas manifestações expressivas e artísticas auxiliam a criança a controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações.
A criança deve explorar os espaços, brincar, experimentar diferentes gestos e práticas corporais. Do convívio com outras crianças despertar interações, diferentes criações, explorar a si próprio, seu corpo, suas possibilidades. 
È importante para o professor ser flexível no controle dentro da escola. No planejamento devemos valorizar o conhecimento popular , o que a criança traz de suas experiências fora da escola, das suas interações com outros ambientes , com outras pessoas. Valorizando as diferentes expressões corporais de cada criança.
Precisamos ter claro que as crianças têm condições naturais de igualdades, mas, elas têm diferenças tanto genéticas, quanto sociais e principalmente culturais, o que modifica as expressões corporais. Essas diferenças devem ser valorizadas e trabalhadas para ajudar no desenvolvimento da criança.
Referências 
BRASIL / Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
Correia , W.R.; Filho, D. C.; et al. Educação Física escolar: docência e cotidiano.Curitiba:Editora CRV, 2010.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996 – Lei 9.394/96 (atualizada 2013). Disponível em: <portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf >acesso em agosto de 2014..

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