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repeticao do indebito

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE FOZ DO IGUAÇU DO ESTADO DO PARANÁ.
(espaço de 10 linhas)
 
CORRETORA DE SEGUROS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ ....................., com sede nesta cidade na Rua ....................... n ......, CEP: ............. bairro ...................., (doc. 2) com endereço eletrônico .....@.com.br, por seu advogado signatário, com procuração em anexo (doc. 1), vem, a presença de Vossa Excelência, ajuizar (propor), com fundamento nos artigos 165 c/c 168 do CTN e 319 do CPC, 
AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO
em face da UNIÃO / FAZENDA NACIONAL, pessoa jurídica de direito público interno, com endereço na Rua ...................., n ........., bairro ............. CEP:............, na pessoa de seu representante legal, pelos motivos de fato e direito que passa a expor:
DOS FATOS
A autora atua na área de corretagem de seguros há mais de 10 anos e a partir da matéria veiculada na imprensa tomou conhecimento de que estava pagando mais tributos do que deveria.
Como se percebe das guias em anexo (doc. 5 e 6) vinha recolhendo aos cofres públicos 4% de Cofins e 15% de Contribuição sobre o lucro líquido (CSLL), quando deveria estar recolhendo apenas 3% a título de Cofins e 9% de CSLL, o que dá a diferença a maior de 1% de Cofins e 6% de CSLL, que ora se requer a repetição.
DO DIREITO 
Os mencionados tributos estão sujeitos ao lançamento por homologação, conforme o art. 150 do CTN e são de competência da União, por previsão constitucional no art. 195.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º. O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento. § 2º. Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 4º. Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
A Lei 10.684/2003 (art. 18) preve que as instituições financeiras e assemelhadas devem recolher Cofins à alíquota de 4% e CSLL à alíquota de 15%, enquanto que as demais empresas devem recolher Cofins de 3% e CSLL de 9%.
LEI 10684/2003 
Art. 18. Fica elevada para quatro por cento a alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS devida pelas pessoas jurídicas referidas nos §§ 6o e 8o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998.
§ 6o  Na determinação da base de cálculo das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS, as pessoas jurídicas referidas no § 1o do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, além das exclusões e deduções mencionadas no § 5o, poderão excluir ou deduzir:     
I - no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito:      
a) despesas incorridas nas operações de intermediação financeira;     
b) despesas de obrigações por empréstimos, para repasse, de recursos de instituições de direito privado;      
c) deságio na colocação de títulos;
d) perdas com títulos de renda fixa e variável, exceto com ações;      
e) perdas com ativos financeiros e mercadorias, em operações de hedge;     
II - no caso de empresas de seguros privados, o valor referente às indenizações correspondentes aos sinistros ocorridos, efetivamente pago, deduzido das importâncias recebidas a título de cosseguro e resseguro, salvados e outros ressarcimentos.     
III - no caso de entidades de previdência privada, abertas e fechadas, os rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e de resgates; 
IV - no caso de empresas de capitalização, os rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas ao pagamento de resgate de títulos.     
§ 8o  Na determinação da base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, poderão ser deduzidas as despesas de captação de recursos incorridas pelas pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos:     
I - imobiliários, nos termos da Lei no 9.514, de 20 de novembro de 1997;    
II - financeiros, observada regulamentação editada pelo Conselho Monetário Nacional.      
III - agrícolas, conforme ato do Conselho Monetário Nacional.     
Aqui o ponto central da questão, pois como se percebe a SRFB vem enquandrando as corretoras de seguro como assemelhadas às instituições financeiras, quando deveriam ser apenas as sociedades corretoras, pois aquelas são meras inermediárias na captação de segurados para estas, não devendo receber o tratamento tributário mais oneroso como as instituições financeiras, pois com elas não se assemelham. 
Neste sentido o entendimento do STJ:
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em sessão ocorrida ontem, 13.05, ao analisar 05 (cinco) Embargos de Divergência em Agravo em Recurso Especial interpostos pela Fazenda Nacional, solidificou o posicionamento adotado no Recurso Especial (REsp) 1.400.287, confirmando que as sociedades corretoras de seguros estão sujeitas à incidência da alíquota de 3% (três por cento) da Cofins.
Nos casos apreciados na sessão de ontem, a Fazenda Nacional pretendia que a Primeira Seção aplicasse o entendimento antigamente manifestado pela Segunda Turma do Tribunal da Cidadania, para quem o dispositivo do § 1º, da Lei nº 8.212/98 abarca instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central, e empresas que atuam no ramo de seguros, reguladas pela Susesp, dentre elas as corretoras de seguros, de modo que a estas se aplica a majoração da alíquota de Cofins para 4% (quatro por cento), prevista no art. 18, da Lei nº 10.684/2003.
O relator de todos os processos, Ministro Mauro Campbell Marques, destacou que a querela já fora discutida pela Primeira Seção, em sede de recurso repetitivo, ao analisar o REsp 1.400.287, e na ocasião, a sessão entendeu que as sociedades corretoras de seguro, responsáveis por intermediar a captação de interessados na realização de seguros, não podem ser equiparadas a agentes de seguros privados (art. 22, § 1º, da Lei n.º 8.212), cuja atividade é típica das instituições financeiras na busca de concretizar negócios jurídicos nas bolsas de mercadorias e futuros. Dessa forma, a majoração da alíquota da Cofins (art. 18 da Lei n.º 10.684/2003),de 3% para 4%, não alcança as sociedades corretoras de seguro.
Seguindo então a orientação já adotada pelo tribunal, o relator negou provimento aos embargos de divergência da Fazenda Nacional, mantendo a decisão de relatoria do Ministro Sérgio Kukina na Primeira Turma, de que as corretoras de seguros não estão sujeitas à majoração da alíquota de 3% para 4% da Cofins.
O Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que já fora vencido no julgamento do repetitivo, defendeu sua concepção sobre a matéria, abarcando a tese fazendária, mantendo a majoração da alíquota da Cofins para as corretoras de seguro, visto que, em seu entendimento, não consta na lei qualquer previsão de que tais entidades não estariam sujeitas à majoração, sendo que se todas as atividades sofrem a incidência de 4%, não soaria razoável que somente as corretoras pagassem a Cofins com alíquota diferenciada, a menor.
Ao proclamar o resultado, afastando a tese da Fazenda Nacional por maioria, o Presidente da Primeira Seção, Ministro Humberto Martins, ressaltou que, ao analisar os embargos de divergência, a Seção coloca fim a eventuais divergências que poderiam existir em razão do antigo posicionamento adotado pela Segunda Turma, devendo, por consectário, todas as instâncias inferiores, doravante, adotarem o posicionamento do STJ. Processos: EAREsp nº 329732; EAREsp nº 360056; EAREsp nº 362965; EAREsp nº 404401; EAREsp nº 410809
Tendo em vista o faturamento da autora ser de R$ 100.000,00 por mês, pagou sempre em dia R$ 4.000,00 de Cofins, quando o certo seria R$ 3.000,00, gerando um pagamento a maior de R$ 1.000,00 por mês .
Como o CTN preve um prazo decadencial de 5 anos, ou seja, 60 meses para se pedir de volta o que foi pago indevidamente, a autora tem direito a receber de volta R$ 60.000,00, quantia devidamente atualizada.
Preve o CTN: 
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: 
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; 
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; 
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória 	
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: 
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; 
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória
Assim, como previsto nos artigos 165 e 168 do CTN, a autora tem direito a repetição dos valores pagos a maior espontaneamente. 
DOS PEDIDOS:
Assim sendo, a autora requer a V. Exa: 
- a procedência do pedido, para os fins de condenar a ré a devolução da quantia paga indevidamente, atualizada até a data do efetivo pagamento (sumula 162 do STJ), conforme art. 165 do CTN.
- a citação da ré na pessoa de seu representante legal, para apresentar contestação no prazo legal = dobro (art. 183 novo cpc);
- a condenação da ré ao pagamento das custas e honorários de sucumbência de 20% do valor da causa.
	Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
Dá-se à causa o valor de R$ ...60.000,00............................ (por extenso)
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Foz do Iguaçu, 09 de setembro de 2016.
____________________________
Advogado
OAB..........
ANEXOS:
 1- procuração;
2- contrato social;
3- RG e CPF do representante legal da empresa;
4- comprovante de endereço da empresa;
5- guias de recolhimento de Cofins dos últimos 5 anos;

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