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FICHAMENTO DO TEXTO CONSTRUINDO A RELAÇÃO DE AJUDA estágio I

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FICHAMENTO DO TEXTO CONSTRUINDO A RELAÇÃO DE AJUDA 
 Clara Feldman de Miranda / Márcio Lúcio de Miranda (1983)
 Faculdades Integradas Pitágoras - Estágio Básico I. 3° período do Curso de Psicologia 2018
 Acadêmico: Fernanda Claudia Moreira
 Professora supervisora: Víviva Senechal
Ao preparar o ambiente e atendê-lo fisicamente, o ajudador está transmitindo mensagens não verbais.
Ao observar, o ajudador está captando mensagens não verbais.
Ao escutar, no entanto, começamos a lidar com o aspecto verbal da interação, ainda que só da parte do ajudado.
Associar as mensagens verbais às não verbais aumenta a chance de compreender o que se passa com o ajudado.
Escutar é comunicar, mais uma vez, o desejo de ajudar.
Poucas pessoas tem capacidade de escutar verdadeiramente. Muitos “fazem de conta que escutam”. Outros nem mesmo simulam, quando procuradas por alguém que precisa de escuta, começa imediatamente a falar de si mesmo, ao invés de escuta.
Perdemos a chance de escutar porque não tivemos modelos afetivos de “escutadores”.
Escutar é um risco de se entrar em intimidade com o outro. O que pode resultar em um medo de não saber o que responder ou não saber lidar com o que se escuta.
A pessoa que falade si faz um convite para que eu fale de mim. Ela se entrega esperando uma entrega de retorno.
 Níveis de Profundidade classificados por Powell
Nível 5: conversa clichê 
 É aquela que se faz através de frases prontas, chavões, em que as palavras saem vazias porque na verdade, não representam o que sentimos ou o que queremos dizer: “aparece lá em casa um dia desses”.										
Nível 4: comentários sobre outras pessoas
É o que chamamos habitualmente de “fofoca”. Uma pessoa se encontra com a outra e fala a respeito de uma terceira pessoa, nunca de sei mesma: “você nem imagina com que ele estava ontem”.
Nível 3: ideias de julgamentos
É o início de da auto exposição, quando a pessoa começa a falar das coisas que pensa, de suas ideias, de suas crenças: “Na minha opinião, sexo não deve ser ensinado na escola”.
Nível 2: sentimentos e emoções
Além de ideias e pensamentos, há muito mais para a pessoa oferecer de si mesma e que a torna um ser único: seus sentimentos e emoções. Ela tem medo de expressá-los, pois pode não ser aceita por isso: “Fico muito embaraçado quando meus filhos falam de sexo comigo”.
Nível 1: comunicação perfeita
São momentos em que as duas pessoas que interagem conseguem sentir empatia tão recíproca e verdadeira, que cada um compartilha inteiramente sua experiência e é capaz de sentir inteiramente a do outro:
- “Tenho medo de te perder, por isso sinto tanto ciúme”.
- “É assim que me sinto também: ameaçado cada vez que você conhece uma pessoa nova, com medo de você ir embora”.
Os níveis mais profundos de relacionamento exigem que as pessoas envolvidas saibam escutar.
Falar de coisas irrelevantes sobre as próprias experiências é a melhor forma de inviabilizar um encontro.
Às vezes nos surpreendemos em perceber que podemos ajudar mesmo em silêncio.
Muitas vezes, para ordenar e organizar as próprias experiências, as pessoas só precisam de alguém que as escute.
Subestimamos nossas capacidades quando dizemos ou pensamos que “não fizemos nada” e “apenas escutamos”. Quando escutamos com interesse e atenção, estamos abrindo caminho para o alívio do outro.
Temos a tendência de buscar técnicas complexas e sofisticadas, quando as habilidades mais simples são mais efetivas e estão ao nosso alcance. 
É importante que o ajudador escute o ajudado acreditando no que ele diz, mesmo que não corresponda à realidade objetiva. É preciso entender que tudo na fala do outro há uma razão de ser e só escutando com atenção sem tentar impor uma verdade que fundamente o nosso modo de ver os fatos, que poderemos compreender e ajudar.
A base do processo de ajuda é tentar ver o mundo com os olhos do ajudado. Não importa como ele o veja.
O papel do ajudador não é mostrar ao ajudado o que é certo ou errado, verdade ou mentira, mas apenas estar ao seu lado e compreendê-lo.
Uma mesma frase pode ser dita de muitas formas diferentes, por muitas pessoas diferentes e pode comunicar sentidos diferentes, depende de como ela é dita.
Para captar o máximo de experiências do ajudado, o ajudador deve estar atento a tudo que ele diz e como diz.
À medida que o ajudador escuta, vai selecionando, em meio à fala do ajudado, aqueles pontos mais relevantes à sua experiência.
Ao escuta, o ajudador separa os tópicos mais importantes dos menos importantes, tentando identificar o que é realmente relevante para o ajudado.
- 2 critérios que podem ajudar na seleção do que é mais relevante:
 1° tudo que é importante se repete, varias vezes na fala do ajudado.
 2° O que é importante é dito com grande intensidade pelo ajudado.
A fala de uma pessoa é quase sempre, expressa em dois níveis:
Mensagem explícita - Consiste no conjunto de palavras escutadas de forma objetiva e audíveis; é o que parece que a pessoa quer transmitir.
A mensagem explicita não vem sozinha. Seu propósito é esconder alguma outra mensagem que por alguma razão, a pessoa não consegue transmitir diretamente.
 Mensagem implícita – é a que a pessoa realmente quer transmitir.
Escutar é, acima de tudo buscar permanentemente a verdadeira mensagem, que a pessoa esconde atrás das palavras por não poder revela-las abertamente.
A relação falar-escutar é uma simples questão de espaço. Ao preencher todo o espaço falando, não existe a menor possibilidade de que outra pessoa o faça.
Em se tratando de uma relação de ajuda, o espaço maior é do ajudado.
A interrupção é um corte no contato que o ajudado estabeleceu consigo mesmo uma perda da própria pessoa.
O ajudador deve cuidar do ambiente físico para evitar estímulos externos que possa comprometer o processo de escuta e estar atento à sua própria atenção para não perder o foco no ajudado.
O ajudador deve evitar também distrações internas que podem ser físicas como alguma necessidade básica, um desconforto com roupas ou sapatos apertados, dor, febre ou mal-estar e podem ser também de ordem emocional que é quando o ajudador está passando por alguma dificuldade e pode estar precisando se escutar ou ser escutado. Nesses momentos o escutador não tem condições de escutar, ele precisa falar.
O profissional de ajuda não é um super-herói. Assim como o outro, ele também passa por momentos difíceis e entra crises. A única diferença entre ele e o outro é a habilidade que possui para lidar com os próprios problemas e dificuldades e de crescer com elas.
Cada pessoa tem seus próprios conceitos de valor e sobre o certo e o errado. O ajudador não deve permitir que estes conceitos interfiram no processo da ajuda, isso não significa que o ajudador deva abrir mão desses conceitos, mas que deve esquecê-los na hora da escuta para que não haja julgamentos, pois caso isso ocorra o ajudador deixa de escutar e a ajuda é inviabilizada.
É importante lembrar a importância da humildade. O ajudador não é o dono da verdade, o que é bom para uma pessoa, pode não ser bom para a outra. Ajudar não é impor o nosso sistema de valores a outras pessoas, mas apenas ajuda-la a construir o seu próprio e viver em coerência e harmonia com ele.

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