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Aula 1 Fatores Determinantes do Estado Nutricional PROFA. MA. ADRIANA MOCELIN Objetivos da Aula Entender os conceitos de Saúde Pública e Saúde Coletiva Entender a atuação do profissional nutricionista na área de Nutrição em Saúde Coletiva; Indicar os fatores determinantes do estado nutricional; Demonstrar o Modelo Hipotético Causal do estado nutricional; Exemplificar os indicadores utilizados para avaliar o estado nutricional de populações. Conceitos básicos Saúde Pública é o mesmo que saúde coletiva? Saúde Pública “É a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física, mental e a eficiência , através de esforços organizados da comunidade, para o saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e paramédicos para diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doença, e o aperfeiçoamento da máquina social que assegurará a cada indivíduo , dentro da comunidade, um padrão de vida adequado para manutenção da saúde” Rouquayrol; Almeida Filho, 2003 Modelo Biológico Saúde Pública A saúde pública consiste em um conjunto de ações e serviços de caráter sanitário que tenham como objetivo prevenir ou combater patologias ou quaisquer outros cenários que coloquem em risco a saúde da população. Como é dever do estado assegurar serviços e políticas voltadas para a promoção da saúde e bem estar da população, o termo saúde pública é consideravelmente mais conhecido e utilizado que o termo saúde coletiva. Sousa de Sá, 2016. VIVÊNCIA VER-SUS 2016.1 Saúde Coletiva Ação coletiva do Estado e da sociedade civil para proteger e melhorar a saúde dos indivíduos e comunidades. A saúde coletiva consiste em um movimento sanitário de caráter social que surgiu no SUS, esse movimento é composto da integração das ciências sociais com as políticas de saúde pública. Sousa de Sá, 2016. VIVÊNCIA VER-SUS 2016.1 Saúde Coletiva A saúde coletiva identifica variáveis de cunho social, econômico e ambiental que possam acarretar no desenvolvimento de cenários de epidemia em determinada região, por meio de projeções feitas através da associação dos dados socioeconômicos com os dados epidemiológicos é possível elaborar uma eficiente política de prevenção de acordo com as características da região. Também possui aplicações dentro da iniciativa privada. Sousa de Sá, 2016. VIVÊNCIA VER-SUS 2016.1 Modelo Epidemiológico Saúde Pública x Saúde Coletiva Toda saúde pública é coletiva, mas nem toda saúde coletiva é pública. O planejamento da saúde pública é mais amplo que o da saúde coletiva, além de dispor de mais recursos do estado, ao passo que a saúde coletiva é planejada de acordo com as particularidades de região, tornando-a mais funcional em especial no aspecto preventivo. Sousa de Sá, 2016. VIVÊNCIA VER-SUS 2016.1 Nutrição em Saúde Coletiva Perfil de Atuação no Mercado - 2005 Nutrição Clínica 41,7% Alimentação Coletiva 32,2% Ensino e Educação 9,4% Saúde Coletiva 8,8% Nutrição Esportiva 4,1% Indústria de Alimentos 3,7% Fonte: Pesquisa Inserção Profissional dos Nutricionistas no Brasil - 2005 - Conselho Federal de Nutricionistas. Perfil de Atuação no Mercado - 2005 Fonte: Pesquisa Inserção Profissional dos Nutricionistas no Brasil - 2005 - Conselho Federal de Nutricionistas. Atuação do Nutricionista na Saúde Coletiva Prestar assistência e educação nutricional a coletividades ou indivíduos sadios, ou enfermos, em instituições públicas ou privadas e em consultório de nutrição e dietética, através de ações, programas, pesquisas e eventos, direta ou indiretamente relacionados à alimentação e nutrição, visando à prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 O Nutricionista na Saúde Coletiva Por sua formação, pode atuar em programas de saúde, articulando ações de alimentação e nutrição, participando em equipes multidisciplinares, contribuindo efetivamente para: Diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população; Promoção da alimentação saudável para todas as fases do curso da vida; Capacitação das Equipes de Saúde da Família (ESF) sobre práticas alimentares adequadas e saudáveis; Orientação nutricional em programas de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais; Identificar portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição para o atendimento nutricional adequado; Promover educação alimentar e nutricional. Locais de Atuação do Nutricionista em Saúde Coletiva Hospitais Municipais Vigilância Sanitária Bancos de Leite Humano Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional Equipes do Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF Unidades Básicas de Saúde (UBS) Ambulatórios Instituições Geriátricas Vigilância em saúde - SISVAN O Nutricionista na Saúde Coletiva RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 Políticas e Programas Institucionais Atenção Básica em Saúde Vigilância em Saúde 1 2 3 A - Em Promoção da Saúde B - Em Assistência à Saúde 1 - Políticas e Programas Institucionais Atividades Obrigatórias 1.1. Participar de equipes multiprofissionais e intersetoriais, criadas por entidades publicas ou privadas, destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e avaliar políticas, programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos de qualquer natureza, direta ou indiretamente relacionadas com alimentação e nutrição; 1.2. Participar da elaboração e revisão da legislação e códigos próprios desta área; 1.3. Coordenar e supervisionar a implantação e a implementação do módulo de vigilância alimentar e nutricional, do Sistema de Informação de Atenção Básica-SIAB; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 1 - Políticas e Programas Institucionais Atividades Obrigatórias 1.4. Consolidar, analisar e avaliar dados de Vigilância Alimentar e Nutricional, coletados em nível local, propondo ações de resolutividade, para situações de risco nutricional; 1.5. Promover ações de educação alimentar e nutricional; 1.6. Elaborar o plano de trabalho anual, contemplando os procedimentos adotados para o desenvolvimento das atribuições. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde A – Em Promoção da Saúde (atividades obrigatórias) 2.1. Planejar e executar ações de educação alimentar e nutricional, de acordo com diagnóstico da situação nutricional identificado; 2.2. Coletar, consolidar, analisar e avaliar dados de Vigilância Alimentar e Nutricional, propondo ações de resolutividade, para situações de risco nutricional; 2.3. Identificar grupos populacionais de risco nutricional para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), visando o planejamento de ações específicas; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde A – Em Promoção da Saúde (atividades obrigatórias) 2.4. Participar do planejamento e execução de cursos de treinamento e aperfeiçoamento para profissionais da área de saúde; 2.5. Participar da elaboração, revisão e padronização de procedimentos relativos a área de alimentação e nutrição; 2.6. Promover, junto com a equipe de planejamento, a implantação, implementação e o acompanhamento das ações de Segurança Alimentar e Nutricional; 2.7. Integrar pólos de educação permanente visando o aprimoramento contínuo dos recursos humanos de todos os níveis do Sistema Único de Saúde; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde A – Em Promoção da Saúde (atividades obrigatórias) 2.8. Desenvolver, implantar e implementar protocolos de atendimento nutricional adequado às característicasda população assistida; 2.9. Discutir com gestores de saúde, em parceria com outros coordenadores/supervisores da atenção básica, a efetiva implantação de fluxos e mecanismos de referência e contra referência, além de outras medidas necessárias para assegurar o desenvolvimento de ações de assistência à saúde e nutrição; 2.10. Elaborar o plano de trabalho anual, contemplando os procedimentos adotados para o desenvolvimento das atribuições. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde B – Em Assistência à Saúde (atividades obrigatórias) 2.1. Identificar portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição, para o atendimento nutricional adequado; 2.2. Identificar portadores de doenças crônicas não transmissíveis, para o atendimento nutricional adequado; 2.3. Prestar atendimento nutricional individual, em ambulatório ou em domicilio, elaborando o diagnóstico nutricional, com base nos dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos; 2.4. Elaborar a prescrição dietética, com base no diagnóstico nutricional, adequando-a a evolução do estado nutricional do cliente; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde B – Em Assistência à Saúde (atividades obrigatórias) 2.5. Solicitar exames complementares à avaliação nutricional, prescrição dietética e evolução nutricional do cliente, quando necessário; 2.6. Registrar, em prontuário do cliente, a prescrição dietética, a evolução nutricional; 2.7. Orientar o cliente e/ou familiares/responsáveis, quanto às técnicas higiênicas e dietéticas, relativas ao plano de dieta estabelecido; 2.8. Promover educação alimentar e nutricional; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 2 – Atenção Básica em Saúde B – Em Assistência à Saúde (atividades obrigatórias) 2.9. Referenciar a clientela aos níveis de atenção de maior complexidade, visando a complementação do tratamento, sempre que necessário; 2.10. Integrar as equipes multiprofissionais nas ações de assistência e orientação, desenvolvidas pela Unidade de Saúde, em especial na prevenção, tratamento e controle das doenças crônicas não transmissíveis; 2.11. Elaborar o plano de trabalho anual, contemplando os procedimentos adotados para o desenvolvimento das atribuições. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 3 – Vigilância em Saúde Atividades Obrigatórias 3.1. Integrar a equipe de Vigilância em Saúde; 3.2. Participar na elaboração e revisão da legislação própria da área; 3.3. Cumprir e fazer cumprir a legislação de Vigilância em Saúde; 3.4. Promover e participar de programas de ações educativas, na área de Vigilância em Saúde; RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 3 – Vigilância em Saúde Atividades Obrigatórias 3.5. Elaborar o plano de trabalho anual, contemplando os procedimentos adotados para o desenvolvimento das atribuições; 3.6. Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional; 3.7. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005 O que é ESTADO NUTRICIONAL? Estado Nutricional Segundo a Associação Americana de Saúde Pública: “É a condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, e identificada pelo somatório de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos”. Estado Nutricional Adequado EQUILÍBRIO MARTINS, 2009 ESTADO DE SAÚDE BIOLOGIA AMBIENTE SERVIÇOS DE SAÚDE ESTILO DE VIDA Caracteres/Sistemas Internos Complexos Consumo: alimentação, hábitos, vícios, etc. Caracteres Genéticos e Hereditários Físico Psicológico Social Riscos Ocupacionais Promoção e Prevenção Tratamento Reabilitação Envelhecimento Lazer. Recreação Relações na Sociedade Modelo Hipotético Causal do Estado Nutricional Determinantes do Estado Nutricional Sociais Ambientais Biológicos Determinantes Biológicos Determinantes Sociais da Saúde Determinantes Sociais da Saúde Fonte: DAHLGREN, G.; WHITEHEAD, M. Policies an strategies to promote social equity in health. Stockolm: Institute for Future Studies, 1991. Determinantes Sociais e Ambientais Determinantes Sociais e Ambientais Importância do Diagnóstico Nutricional Coletivo Determinar estado nutricional de grupos populacionais; Acompanhamento dos distúrbios nutricionais; Determinação de tendências seculares; Fornecimento de dados de referência; Determinação de subgrupos de risco; Planejamento nacional (ou local) para necessidades de produção e distribuição de alimentos; Elaboração e avaliação da efetividade de programas nutricionais. Métodos de Avaliação Nutricional Coletiva APLICAÇÃO EM COLETIVIDADES DIRETOS INDIRETOS Inquéritos de sinais e sintomas clínicos de má nutrição Inquérito antropométricos Inquéritos bioquímico Inquéritos alimentar Inquérito Socioeconômico e cultural Estatísticas vitais Folhas de balanço alimentar Inquéritos Epidemiológicos Pesquisa de Orçamentos Familiares – POFs POF (1987-1988) POF (1995-1996) POF (2002-2003) POF (2008-2009) Estudo Nacional de Despesas Familiares - ENDEF ENDEF-1977 Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher - PNDS
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