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01 TECNOLOGIADACONSTRUCAO

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a DistânciaPortal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
1.1 SISTEMAS RÍGIDOS 
1.2 SISTEMAS FLEXÍVEIS 
1.3 SELANTES 
1.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE SUPERFÍCIE 
1.4.1 Hidrofugantes 
 
MÓDULO II 
2 VEDAÇÕES VERTICAIS 
2.1 ALVENARIA ESTRUTURAL 
2.2 ALVENARIA ECOLÓGICA 
2.3 TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE VIDRO EM FACHADAS 
 
MÓDULO III 
3 REVESTIMENTOS ESPECIAIS PARA FACHADAS 
3.1 SISTEMA DE ISOLAMENTO TÉRMICO PELO EXTERIOR 
3.2 PINTURAS TÉCNICAS 
3.3 PINTURA TÉRMICA 
 
MÓDULO IV 
4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS 
4.1 REVESTIMENTOS EM RESINAS 
4.2 REVESTIMENTOS EM PEDRA NATURAL E ARTIFICIAL 
4.2.1 Revestimento em Pedra Natural 
4.2.2 Revestimento em Pedra Artificial 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
MÓDULO I 
 
 
1 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
A qualidade e o ciclo de vida útil de uma construção estão diretamente 
influenciados pela presença ou não da proteção que um sistema de 
impermeabilização pode proporcionar, permitindo bloquear a ação prejudicial da 
água. 
Os sistemas de impermeabilização têm a função de criar uma barreira física 
que bloqueia a propagação da umidade em um substrato. A aplicação de um 
sistema de impermeabilização previne o aparecimento de manchas de bolor e 
corrosão de armaduras possibilitando a estanqueidade de partes de uma construção 
(NBR 9575/2003). 
 
 Estanqueidade 
 
Segundo a norma NBR 9595 de 2003, a propriedade de estanqueidade é a 
característica de um elemento de impossibilitar a percolação ou infiltração de fluidos 
por meio de si próprio. 
A ação da água nos diversos elementos de construção pode ocorrer de 
diversas formas como: 
 Água de percolação 
Incidêndia por meio dos fatores atmosféricos (chuva). 
 Umidade do solo 
Penetração por meio dos capilares dos elementos de fundação de uma 
construção em razão do contato direto sem proteção. 
 Água sob pressão 
Em reservatórios e piscinas. 
 Água de condensação 
Originada do vapor de água em contato com superfícies frias, muito comum 
em janelas próximas de cozinhas e banheiros. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
 
Os produtos impermeabilizantes são utilizados em boa parte dos ambientes 
de uma edificação, sendo que existem muitas soluções no mercado de diferentes 
características. As empresas fabricantes destes produtos possuem abrangência 
nacional e seus catálogos técnicos contêm inúmeros tipos de produtos para 
diferentes necessidades em uma obra (FERREIRA, 2012). 
 
FIGURA 1 – SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
Impermeabilização de terraço 
FONTE: Disponível em: <http://isolotrofa.com/wp-content/uploads/2012/01/06.jpg>. 
Acesso em: 20 fev. 2013. 
 
 
Os sistemas de impermeabilização são divididos em dois grupos: rígidos e 
flexíveis. A correta especificação de um sistema de impermeabilização depende de 
diversos fatores como o tipo de elemento a proteger, se o mesmo pode sofrer 
movimentação estrutural, se o elemento a proteger está localizado no exterior sujeito 
a receber fenômenos climáticos, como raios UV, chuva, etc., se o local a 
impermeabilizar terá trânsito de veículos e pessoas ou se estará exposto a agentes 
químicos. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
1.1 SISTEMAS RÍGIDOS 
 
O sistema de impermeabilização rígido possui como principal característica a 
proteção de superfícies em partes estáveis de uma edificação. Em razão de suas 
propriedades intrínsecas, possibilitam a impermeabilização em zonas que não 
estejam sujeitas ao aparecimento de trincas e fissuras. Entre as aplicações mais 
usuais são os elementos de fundação, pisos interiores em contato com o solo, em 
contenções e piscinas enterradas. 
Os principais tipos de sistemas rígidos são: os concretos impermeáveis, as 
argamassas impermeáveis e cristalizantes. 
 
Concreto Impermeável 
 
Um concreto impermeável consiste essencialmente na adição de um 
elemento químico chamado aditivo, que confere à mistura propriedades de coesão 
dos seus elementos, permitindo maior fechamento dos vazios existentes entre o 
cimento e os agregados. Esse concreto requer análise minuciosa de seus 
componentes e cuidados especiais na execução com relação ao adensamento e 
vibração do concreto, para garantir uma superfície sem irregularidades. 
Segundo Ferreira (2012), não existe um concreto totalmente impermeável, 
em virtude das características próprias deste material, elevado grau de porosidade e 
permeabilidade. 
Com o uso de consumos mínimos de cimento na ordem dos 350,0 kg/m3 e 
relação a/c (água-cimento) abaixo de 0,5; a aplicação de aditivos químicos 
impermeabilizantes do tipo incorporadores de ar, que possibilitam a introdução na 
mistura de microbolhas de ar que eliminam os capilares, proporcionando uma 
diminuição da possibilidade de percolação da água por este material. 
O aditivo químico atua diretamente ao principal componente reativo da 
mistura, o cimento, fazendo com que esta atividade crie uma maior coesão entre os 
elementos. Além do aditivo químico, são utilizados também materiais que 
proporcionam um aumento da àrea específica do cimento, possibilitando melhores 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
resultados, como partículas extremamente finas como as cargas minerais: a sílica 
ativa, sílica da casca de arroz, o argilo mineral metacaulim. 
As principais utilizações dos concretos impermeáveis são as estações de 
tratamento de esgoto (ETE), estações de tratamento de água (ETA), reservatórios 
de água, cisternas, tanques de contenção, etc. 
Normalmente, em virtude das dificuldades em conseguir em obra um 
concreto completamente impermeável, torna-se necessário um tratamento de 
superfície para garantir a impermeabilidade. 
 
FIGURA 2 – SISTEMAS RÍGIDOS 
 
Concretagem de concreto com aditivo químico. FONTE: Disponível em: 
<http://www.campograndenews.com.br/uploads/tmp/images/5049903/300x220.3125-
4fda42eb9ac3e4bb51a60d078440c4fd9e68fb8b930d2.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
Argamassa Impermeável e Cristalizantes 
 
As argamassas impermeáveis são em sua maioria fabricadas em processos 
industriais, sendo encontradas prontas para uso. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
Na sua composição existem além do cimento e areia em diferentes 
proporções, diferentes aditivos químicos que conferem a impermeabilidade a esta 
matriz cimentícia. 
O principal tipo de argamassa impermeável é a argamassa polimérica, que 
consiste em um material bicomponente geralmente um elemento em pó e outro 
líquido que proporciona completa proteção a muitas solicitações de umidade. 
A sua origem consiste na mistura de cimentos especiais com diferentes 
características não comercializados na construção, com adição de dispersões 
sintéticas de polímeros e cargas minerais,que promovem uma camada de proteção 
altamente aderente, estável e impermeável. 
 
FIGURA 3 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE ARGAMASSA POLIMÉRICA EM PISO 
DE BANHEIRO 
 
FONTE: Disponível em: <http://static.habitissimo.com.br/photos/project/big/impermeabilizacao-
argamassa-polimerica-semi-flexivel_29978.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
O maior problema destas argamassas é a pouca resistência aos agentes 
atmosféricos, não sendo recomendada a sua exposição, em virtude das diferentes 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
reações que podem surgir por meio de seus componentes, sendo necessária a 
cobertura com uma pintura ou camada de proteção. 
Existem vários tipos de argamassas poliméricas disponíveis no mercado da 
construção, sendo que podem aparecer com outros nomes e funções específicas, 
como os cimentos poliméricos, os cristalizantes, bloqueadores hidráulicos, 
argamassas de secagem rápida com aditivos especiais. 
Os cristalizantes são as argamassas poliméricas mais elaboradas, contendo 
em sua composição alguns compostos químicos como cimentos aditivados, resinas 
e água. 
Em contato com a umidade, este material tende a cristalizar-se, 
possibilitando o fechamento dos poros e capilares existentes, criando uma barreira 
de impermeabilização. 
 
FIGURA 4 – APLICAÇÃO DE CRISTALIZANTE EM CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_4iSDLDPO0Rk/TLVrjsDLY6I/AAAAAAAAAAc/jR-
N73Jf7rg/s1600/clip_image004.jpg>. 
Acesso em: 26 fev. 2013. 
 
 
 
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 10 
 
FIGURA 5 – EXEMPLO DE PROJEÇÃO DE CRISTALIZANTE EM PAREDE DE 
CONCRETO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-
reforma/47/imagens/i333289.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
 
 
 
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 11 
 
FIGURA 6 – PINTURA COM CRISTALIZANTE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/denver_interna$$225.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
1.2 SISTEMAS FLEXÍVEIS 
 
 
Os sistemas flexíveis são mais utilizados que os sistemas rígidos, nas obras 
de construção civil, principalmente em razão de serem elásticos e acompanharem as 
possíveis deformações que as estruturas estão sujeitas ao longo do tempo. 
Segundo Kloss (1996), a sua propriedade de elasticidade faz com que estes 
sistemas sejam indicados para todo o tipo de estrutura sujeita a movimentações, 
vibrações, insolação e variações térmicas (dilatações e contrações). 
Os sistemas flexíveis são fornecidos na forma de mantas asfálticas, 
membranas líquidas, mantas de PVC, entre outros. 
 
 
 
 
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 12 
 
Manta Asfáltica 
 
Apesar do surgimento de novas tecnologias de impermeabilização flexível, a 
manta asfáltica ainda é o principal tipo de impermeabilização flexível utilizada na 
maioria das obras de Construção Civil. 
Esse sistema é pré-fabricado, formado por um elemento central que 
proporciona a estrutura, composto por filamentos de poliéster ou véu de fibra de 
vidro, que conferem ao produto grande resistência mecânica, sendo recoberto nas 
duas faces por um composto asfáltico (KLOSS, 1996). 
Segundo a norma NBR 9952, as mantas asfálticas para impermeabilização 
são classificadas em quatro categorias conforme as características de tração, 
alongamento, flexibilidade e espessura, variando de 3,0 a 4,0 mm de espessura. 
Possuem acabamentos diferentes segundo o tipo de aplicação utilizada, no 
ambiente externo com exposição aos agentes atmosféricos ou com proteção 
mecânica para os outros ambientes. 
Na sua composição química, as mantas asfálticas são fabricadas com 
asfalto do tipo elastomérico ou plastomérico. 
 
TABELA 1 – TIPOS DE MANTAS ASFÁLTICAS 
 
Tipo 
 
Características 
 
Elastoméricas 
 
Os elastômeros são substâncias que são misturadas 
ao asfalto e têm a propriedade do efeito elástico. 
 
Plastoméricas 
 
Os plastômeros são adicionados para proporcionar 
maior resistência mecânica, térmica e química à 
manta asfáltica. 
Classificação das Mantas Asfálticas segundo o tipo de asfalto. 
FONTE: (KLOSS, 1996). 
 
 
Segundo o tipo de revestimento utilizado para as mantas asfálticas expostas 
aos agentes atmosféricos e sem proteção mecânica, os principais são: 
 
 
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 13 
 
 Alumínio 
Revestimento aplicado na face exposta da manta asfáltica, resistente a raios 
solares e proporciona relativo conforto térmico à construção. Não é de 
característica transitável por pessoas ou veículos. Utilizado em coberturas e 
lajes. 
 
 Ardosiado 
Revestimento aplicado na face exposta da manta asfáltica com ardósia 
natural e grânulos, minerais. 
 
 Antirraiz 
Para uso em jardineiras, recebe um revestimento com produtos químicos que 
inibem o crescimento de raízes, chamados herbicidas, evitando que seja 
danificada a impermeabilização. 
 
 
FIGURA 7 – APLICAÇÃO EM COBERTURA DE MANTA ASFÁLTICA COM 
ACABAMENTO DE ALUMÍNIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.telhao.com/img-produtos/manta-asfaltica1.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
 
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 14 
 
FIGURA 8 – IMPERMEABILIZAÇÃO POR MEIO DE MANTA ASFÁLTICA COM 
ACABAMENTO DE ALUMÍNIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://clecio-santos.zip.net/images/SAM_6229.JPG>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
 
 
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 15 
 
FIGURA 9 – IMPERMABILIZAÇÃO COM MANTAS ASFÁLTICAS TRADICIONAIS 
EM LAJE DE COBERTURA 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://2.bp.blogspot.com/_QSzRqBnNh2Q/TO_GJoAXAZI/AAAAAAAAABA/2cGAHaZ6lfQ/s1600/tela
s.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
 
 
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 16 
 
FIGURA 10 – IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA TRADICIONAL 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.impermil.com/images/aplicacao_de_manta_asfaltic.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2013. 
 
 
Membrana Líquida 
 
As membranas líquidas são moldadas in loco, sendo executadas com 
impermeabilizantes líquidos, aplicados nas superfícies de tratamento em diversas 
demãos de acordo com o tipo de produto utilizado. 
Os tipos de membrana de impermeabilização variam de acordo com a 
flexibilidade dos produtos, a resistência à exposição solar e os procedimentos de 
aplicação. 
A aplicação destes produtos impermeabilizantes possuem certas 
carcaterísticas que devem ser respeitadas pelo aplicador como garantir a forma de 
preparação do produto para aplicação, sendo o tempo de mistura ou a dosagem 
recomendada para aplicação, o consumo recomendado pelo fabricante relativo à 
àrea a ser impermeabilizada, bem como o número de demãos indicada. 
Os principais tipos de membranas líquidas são: 
 
 
 
 
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 17 
 
 Soluções e Emulsões asfálticas; 
 Asfaltos Moldados a quente; 
 Membranas de Poliuretano; 
 Membrana de Poliureia; 
 Membrana Acrílica; 
 Resinas Termoplásticas. 
 
Soluções e Emulsões Asfálticas 
 
As soluções e emulsões asfálticas são realizadas por meio de misturas de 
asfalto com adição de polímeros, água ou solvente. São aplicadas a frio, como 
pintura para posterior aplicação de uma manta asfáltica ou em duas ou mais demãos 
cruzadas como impermeabilização de áreas internas sujeitas à umidade antes da 
camada de regularização e da aplicação do revestimento final. 
 
FIGURA 11 – APLICAÇÃO DE EMULSÃO ASFÁLTICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.peritos.eng.br/impermeabilizacoes/imagens/imprima.jpg>. 
Acesso em: 04 mar. 2013. 
 
 
 
 
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 18 
 
Asfaltos Moldados a Quente 
 
Segundo Kloss (1996), é um sistema bastante utilizado no Brasil, desdeas 
primeiras impermeabilizações realizadas em edificações. Em função dos cuidados 
quanto à segurança em obra e à dificuldade de preparação e manuseio em obra, 
atualmente é pouco utilizada nas obras de Construção Civil. 
Este sistema consiste na aplicação de uma membrana asfáltica a quente em 
diversas demãos intercaladas por materiais estruturantes como telas, véus ou redes 
de fibra de vidro. 
 
FIGURA 12 – APLICAÇÃO DE ASFALTO A QUENTE 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://lh4.ggpht.com/_W6iQJ1fV5ws/TUl36_zbPWI/AAAAAAAADmg/Rn2D9y6WJKY/image_thumb%
5B6%5D.png?imgmax=800>. Acesso em: 04 mar. 2013. 
 
 
 Membrana de Poliuretano 
 
As membranas de poliuretano são impermeabilizantes bicomponentes 
aplicados a frio, com grande estabilidade química, aderência a diversos tipos de 
superfícies, com características de elasticidade e resistência a altas temperaturas, 
sendo mais recomendado em ambientes mais agressivos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
 
FIGURA 13 – APLICAÇÃO DE MEMBRANA DE POLIURETANO 
 
FONTE: Disponível em: <http://i.ytimg.com/vi/_vdWCJl9rfU/0.jpg>. 
Acesso em: 07 mar. 2013. 
 
 
 Membrana de Poliureia 
 
As membranas de poliureia são revestimentos aplicados com spray com 
equipamento de pulverização, indicado para áreas onde a velocidade de liberação 
da área é crítica, já que sua cura é muito rápida (da ordem de poucos minutos). 
Após ser aplicado, apresenta características de elasticidade, resistência química e 
mecânica. 
 
 
 
 
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 20 
 
FIGURA 14 – APLICAÇÃO DE POLIUREIA 
 
FONTE: Disponível em: <http://i01.i.aliimg.com/img/pb/570/645/108/108645570_357.jpg>. 
Acesso em: 07 mar. 2013. 
 
 
 Membrana Acrílica 
 
As membranas acrílicas são formadas por resinas acrílicas normalmente 
dispersas em água, executadas com diversas demãos intercaladas por camada 
estruturante, como fibra de vidro, véu, geotêxtil, etc. Este material é resistente aos 
raios solares ultravioletas, sendo indicada para aplicações em superfícies expostas e 
não transitáveis, sendo recomendado em áreas inclinadas para que não se acumule 
sobre a superfície e danifique o sistema de impermeabilização. 
 
 
 
 
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 21 
 
FIGURA 15 – APLICAÇÃO DE MEMBRANA ACRÍLICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.casadagua.com/wp-content/gallery/impermeabilizacao-com-
fabertec-membrana-acrilica-elastica/imagem-008_0.jpg >. 
Acesso em: 07 mar. 2013. 
 
 
 Resinas Termoplásticas 
 
As resinas termoplásticas são impermeabilizantes flexíveis bicomponentes, 
compostas por uma parte líquida contendo resina acrílica e outra em pó, contendo 
cimento aditivado. Após a homogeneização formam uma pasta que pode ser 
aplicada com broxa em várias demãos, estruturadas ou não com telas de poliéster, 
tornando a superfície estanque, mas não resistente à presão negativa de água. 
 
 
 
 
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 22 
 
FIGURA 16 – APLICAÇÃO DE RESINAS TERMOPLÁSTICAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ibisp.org.br/scripts/kfm/get.php?id=135>. 
Acesso em: 07 mar. 2013. 
 
 
Outros tipos de materiais utilizados na Construção Civil para 
impermeabilização de superfícies são as mantas pré-fabricadas à base de diferentes 
tipos de componentes sintéticos PEAD, PVC, TPO, EPDM, etc. 
Em sua maioria são produzidas de ligas elásticas e flexíveis, adptando-se 
com facilidade principalmente a locais sujeitos a movimentações e vibrações de 
estrutura. 
 
 PEAD 
 
Significa geomembranas de poliuretanbo de alta densidade que possuem 
em sua composição aproximadamente 97,5% de polietileno virgem e 2,5% de 
fuligem (negro de fumo), responsável pela resistência aos raios ultravioletas. 
Também contém adições de substâncias químicas que aumentam a resistência do 
produto a intempéries, ao calor e a degradação. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
FIGURA 17 – APLICAÇÃO DE MANTA TIPO PEAD 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.demlurb.pjf.mg.gov.br/img/at1.jpg>. 
Acesso em: 07 mar. 2013. 
 
 
 PVC 
 
As mantas de PVC podem ser empregadas na impermeabilização de 
estruturas de concreto (túneis, lajes, subsolos, etc.) e coberturas. As mantas 
desenvolvidas para cobertura são resistentes aos raios solares e podem ficar 
expostas às intempéries, são resistentes à penetração de raízes e micro-
organismos. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
FIGURA 18 – APLICAÇÃO DE MANTA DE PVC 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/143/imagens/i97203.jpg>. 
Acesso em: 24 mar. 2013. 
 
 
 TPO 
 
As membrans do tipo TPO são fabricadas com materiais termoplásticos 
flexíveis reforçados com uma malha de poliéster; têm grande resistência a rasgos, 
perfurações, bactérias e raios solares, tendo seu uso voltado para as coberturas. 
 
 EPDM 
 
Significa etileno-propileno-diero-monômero, é um tipo de borracha que pode 
ser bastante esticada, permitindo a moldagem a qualquer tipo de superfície. Possui 
aplicabilidade na fabricação de mantas para coberturas, com fixação mecânica ou 
aderida. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
 
FIGURA 19 – MANTA DE EPDM 
 
FONTE: Disponível em: <http://img.clasf.com.br/2012/06/10/Manta-Epdm-Carlisle-Bobina-Fechada-m-
X-m-20120610211916.jpg>. Acesso em: 24 mar. 2013. 
 
 
1.3 SELANTES 
 
 
Os selantes são materiais impermeabilizantes utilizados na Construção Civil 
de forma a selar as juntas de fachadas e pavimentos entre os mais diversos 
materiais para garantir a estanqueidade e comportamento mecânico dos mesmos. 
Também é bastante utilizado na recuperação de uma estrutura deteriorada, no 
preenchimento de fissuras de pequeno porte (RIBEIRO, 2006). 
Em sua composição encontram-se polímeros, cargas (fillers), pigmentos e 
aditivos modificadores de suas propriedades. 
Os selantes são encontrados no mercado em forma de produto 
monocomponente ou bicomponente, os quais polimerizam pela ação de agente 
endurecedor, também chamado de catalisador. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
Na fase de projeto é realizada a escolha do tipo de selante a ser utilizado em 
obra de acordo com as características de cada edificação e o tipo de aplicação mais 
adequado. 
Nas juntas das fachadas, os tipos de selantes mais usados são: 
 
 Poliuretanos: produtos à base de polímeros sintéticos, produzidos pela reação 
de poliol e isocianato. 
 Silicones: produtos à base de silício e os de cura neutra são os adequados. 
 Silicones híbridos: produtos à base de poliéster com terminações de silano. 
 
Os selantes podem ser classificados tendo em conta a capacidade de 
absorver as movimentações estruturais em situações em que a fachada está sujeita 
a diversos agentes agressivos, como em fachadas à beira mar. 
As juntas de movimentação possuem a função de absorver deformações da 
estrutura e variações térmicas e higroscópicas dos materiais utilizados em uma 
fachada. 
Segundo Ribeiro (2006), as juntas são caracterizadas por serem aberturas 
existentes nos revestimentos que são preenchidas com selantes, procurando 
atender às seguintes funções: 
 
 Evitar a passagem de ar, água ou sólidos para o interior da edificação; 
 Permitir as movimentações de retração causadas por hidratação do cimento, 
expansão, variação térmica, vibração etc.; 
 Atenuar a transferência de esforços ou de tensões; 
 Acomodar pequenas variações dimensionais toleradas em projeto; 
 Acomodar movimentações entre materiais de diferentes naturezas; 
 Permitir mudanças de planos de fachada; 
 Impedir a intrusão de sólidos.Segundo Ribeiro (2006), as juntas de uma fachada devem cumprir as suas 
funções, sendo que devem constar em projeto as informações: 
 
 
 
 
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 Definição dos tipos de juntas a serem preenchidas com selantes. 
 Dimensionamento das juntas, indicando abertura e profundidade. 
 Indicação do tipo de selante, de forma a atender às solicitações impostas à 
junta – deve abranger a capacidade de movimentação do selante, módulo de 
elasticidade, dureza, fator de forma, compatibilidade com o substrato e 
necessidade de primer. 
 Indicação do corpo de apoio quanto ao tipo, às dimensões e ao 
posicionamento. 
 Definição do método de preenchimento da junta – este serviço deve ser 
realizado por mão de obra especializada e com base nas instruções dos 
fabricantes do produto, para que seja obtido o desempenho especificado. 
 
 
 Principais solicitações do meio ambiente 
 
Os agentes do meio ambiente interferem no desempenho dos selantes 
aplicados nas juntas por meio da variação de temperatura, da umidade, do vento e 
do comportamento intrínseco dos materiais, gerando variações dimensionais nas 
edificações, originando tensões no sistema de vedação vertical (RIBEIRO, 2006). 
Os agentes podem atuar em conjunto ou de forma isolada, resultando em 
movimentações reversíveis e irreversíveis (RIBEIRO, 2006). 
 
 
 
 
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FIGURA 20 – DIFERENTES TIPOS DE ESFORÇOS QUE PODEM ATUAR SOBRE 
UM SELANTE 
 
FONTE: (RIBEIRO, 2006). 
 
 
As movimentações podem ser acomodadas pela existência de juntas no 
sistema de vedação vertical e pela aplicação correta de selantes. 
Segundo Ribeiro (2006), os principais efeitos relacionados com os selantes 
são: 
 
 Expansão ou contração – o selante deve estar aderido às faces laterais 
paralelas da junta, durante a expansão ou a contração dos substratos. 
 Cisalhamento/torção – o selante não deve estar aderido à face inferior da 
junta, de modo a acompanhar as movimentações das faces laterais do 
substrato. 
 Os dois movimentos anteriores podem ocorrer simultaneamente. 
 
 
 
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1.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE SUPERFÍCIE 
 
1.4.1 Hidrofugantes 
 
A presença da água influencia diretamente as propriedades dos principais 
materiais de Construção Civil, em especial nos materiais porosos, reduzindo seu 
desempenho e provocando o crescimento de micro-organismos. 
A afinidade da água com os concretos, argamassas e granitos é a 
consequência de sua baixa tensão superficial, em relação a estes materiais. 
Os hidrofugantes apresentam uma tensão superficial inferior a da água e por 
esta razão apresentam características hidrofóbicas, conseguindo penetrar nos 
pequenos capilares dos principais materiais existentes. 
Como consequência desta ação, reduzem as forças capilares e a 
penetração de água, causando menor impacto na permeabilidade ao vapor e 
apresentando boa adesão aos materiais silicosos. 
A análise do controle da penetração de água nos materiais de Construção 
Civil vem sendo pesquisada ao longo do tempo, havendo registros da aplicação de 
óleos e ceras para a proteção de rochas nas edificações romanas e gregas (KLOSS, 
1996). 
 
FIGURA 21 – EFEITO DE UM BLOCO CERÂMICO SEM HIDROFUGANTE 
(ESQUERDA) E COM HIDROFUGANTE (DIREITA) 
 
FONTE: Disponível em: <http://farm7.static.flickr.com/6111/6352651635_7b1abc3f14_m.jpg>. 
Acesso em: 24 mar. 2013. 
 
 
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Atualmente, os hidrofugantes mais utilizados na construção civil para a 
impermeabilização são à base de silicone, que possuem uma baixa tensão 
superficial e conseguem recobrir a superfície dos poros do substrato sem a 
formação de uma película. 
Os silicones são formados por uma matriz inorgânica e são os responsáveis 
pela repelência à água, quanto maior for esse radical, maior é a eficiência e a 
durabilidade do hidrofugante. 
Comercialmente, os principais hidrofugantes à base de silicone usados no 
Brasil são: silanos, siloxanos, siliconatos e mistura de silanos/siloxanos. 
 
Silanos 
 
Os silanos são componentes químicos que servem como base de diversos 
tipos de hidrofugantes. 
As principais características destes materiais são: aspecto transparente, não 
formam filme ou película na superfície de aplicação e possuem uma baixa 
viscosidade. 
A propriedade mais ineficiente destes produtos é que evaporam durante a 
aplicação, em média esta evaporação pode chegar a 40% da quantidade aplicada, 
por esta razão não é indicada a sua aplicação em dias de sol. 
 
Siloxanos 
 
Os siloxanos possuem características muito parecidas com os silanos, 
sendo que o aspecto que mais difere entre os produtos, é o teor de evaporação 
durante a aplicação (KLOSS, 1996). 
Além das características equivalentes aos silanos, os siloxanos diferem 
quanto ao tempo de formação da proteção, sendo mais rápido do que os silanos. 
 
Silanos-Siloxanos 
 
Os silanos-siloxanos são o produto proveniente pela mistura desses dois 
tipos de hidrofugantes. Atualmente, é o produto mais comercializado no Brasil. 
 
 
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Em superfícies mais porosas, a composição do produto possui maior 
quantidade de siloxano, enquanto em superfícies mais fechadas existe a 
concentração maior de silanos. 
O produto hidrofugante a base de silano-siloxano possui na grande maioria 
uma base aquosa, podendo também ser encontrado na base solvente, a diluição 
para ambos os casos não é recomendada pelos fabricantes, pois pode causar 
alterações nas propriedades dos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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