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BOA FÉ OBJETIVA EM MATÉRIA CONTRATUAL

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BOA FÉ OBJETIVA EM MATÉRIA CONTRATUAL
 
1 A BOA FÉ COMO UM PRINCIPIO JURIDICO
                  Este principio, é descrito no Direito Romano, no entanto a nomeclaturafora da pelos alemães.
                 Portanto, a boa fé no decorrer do tempo vem se desenvolvendo, desta forma ao relacionarmos a boa fé no Direito Romano, esta era tratada como um conceito ético do que propriamente uma expressão jurídica da técnica. Sua jurisdição só iria ocorrer com o incremento do comercio do jus gentium, complexo jurídico aplicável a romanos e estrangeiros.
                  Nesse contexto, descreve-se que a boa fé  se retrata a qualidades ou estados  humanos objetivados.
               A boa fé no Direito Canonico é visto como ausência de pecado ou seja, como estado contraposto a má fé.
2. BOA FÉ OBJETIVA E BOA FÉ  SUBJETIVA
                A boa fé objetiva estabelece um padrão ético de conduta, conhecido por relações obrigacionais, consiste esta por sua vez uma verdadeira regra de decomportamento de fundo ético e exigibilidade jurídica.
              A boa fé apresenta com a conformidade dos atos e das palavras com a vida interior, ao mesmo tempo que se revela com o amor ou respeito a verdade. Contudo a boa fé é a certeza de algo mesmo que este possa esta errado, sendoportanto uma forma de excluir a mentira e não o erro.
            A boa fé subjetiva está devidamente visível  no Código Civil de 1916, caracterizada em uma situação psicológica, um estado de animo ou do espirito do agente que realiza determinado ato ou vivencia da situação, sem ter ciência do vicio que o inquina, a boa fé subjetiva trata-se de uma ação errada produzida pelo agente, sendo que para este ultimo o realiza não observando se este está certo ou não.
              Logo, a boa fé deve está presente e bem visível suas intenções para que possa garantir uma lealdade contratual e assim cumprir as obrigações assumidas.
3. COMPREENDENDO O PRINCIPIO DA BOA FÉ:
               Nesse contexto a boa fé objetiva condiz no posicionamento das partes no tocante da lealdade e o respeito que se esperam do homem comum, considera-se que a boa fé objetiva é o principio ou norma que reguladora desses deveres cuja enumeração não podem ser considerada taxativa.
4. FUNÇOES DA BOA FÉ OBJETIVA:
                Tendo como finalidade a observação detalhada afim de expor com clareza a boa fé objetiva de acordo com as funções que esta desencadeia.
4.1 função interpretativa e de colmatação;
                 Nessa modalidade o legislador buscar  um referencial hermenêutica  para que assim possa extrair da norma objeto de sua investigação para que assim o juiz possa aplicar a lei a fim de atender o fim social a qual ela se destina.
4.2  função criadora de deveres jurídicos anexos ou de proteção;
                  A boa fé como  fundamento normativo que atua na finalidade de cumprir e fazer cumprir os deveres mais conhecidos porém invisíveis, no entanto presente na obrigação contratual, ou seja, lealdade e confiança devem serem recíprocas, além de prestar a assistência, informação, sigilo ou confindencialidade, estes requisitos quer por mais que invisíveis devem está presente nessa relação de contrato.
4.2.1 Deveres de lealdade e confiança recíprocas;
                  São meios de cumprimento dos deveres assumidos na relação contratual, ou seja, uma forma de transparência em um elo de segurança jurídica, isto é, o direito e o dever de cada de forma clara e sucinta.
4.2.2 Dever de assistência;
                 Trata-se de uma cooperação, ou seja, se há contrato deve ser cumprindo, cabendo aos contratantes a colaboração de um correto adimplemento da sua prestação principal. Destaca-se que a cooperação exige de ambos dos contratantes uma postura de solidariedade.
4.2.3 Dever de informação:
                É uma forma de expor e deixar claro todas os detalhes do negocio jurídico a ser firmado.
4.2.4 Dever de sigilo ou confidencialidade;
              Considera entre as partes a melhor forma de garantir a estabilidade do negocio realizado, ou seja, ambos ficam acordado de não fornecer informações, principalmente no requisito do direito da personalidade.
4.3 Função delimitadora do exercício de direitos subjetivos;
               Considerando que todo direito é acompanhado pela boa fé, logo não é cabível a legitimidade de clausulas leonitas. Logo trata-se de uma forma de combater o uso abusivo dos direitos subjetivos, desta forma o Código civil  expõe em seu Art. 187 o crime cometido.
5. A boa fé objetiva e o Art. 422 do Código Civil Brasileiro.
           A boa fé objetiva no Art. 422 do Código Civil Brasileiro deixa brechas principalmente no requisito  da conclusão e execução do contrato.
6 Desdobramento da boa fé objetiva;
6.1 Venire contra factum proprium
Referindo-se a um comportamento contraditório, ou seja, possui como caráter a lógica de confiança entre os contratantes e que estes devem agir de forma coerente.
6.2 Supressio
Refere-se a supressão de um direito pela falta de seu exercício, ocorrendo a perda da própria pretensão, ou seja, ocorre quando um direito não é exercido e este sendo ineficácia e por conseqüência não podendo ser mais exercitado.
6.3 Surrectio
                  É a perda de um poder devido o seu mal funcionamento, ou seja, resultado do comportamento de uma das partes que  promove  o surgimento de um direito exigível.
6.4 Tu quoque
               Trata-se de uma traição que corresponde a uma certa desvantagem em relação ao contrato firmado o Codigo civil brasileiro  de 2002 descreve em seu Art. 180, significa que se uma parte não cumprir o acordado na prestação, não poderá exigir da outra parte a contraprestação.
6.5 Exceptio doli
Consiste no desdobramento da conduta de intuito e não no exercício de direito, ou seja, praticas intencionais cuja finalidade é de prejudicar a outra parte.

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