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Aula 4 parte 1

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17/03/2018 
1 
Disciplina: Gestão tributária 
Aula: 4 
Profa. Dra. Aline Fagundes dos Santos 
Teófilo Otoni/MG, 16 de Março de 2018. 
aline.fagundes@ufvjm.edu.br 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
I- Introdução; 
 
II- Espécies de tributos; 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
17/03/2018 
2 
A grande maioria da doutrina defende que hoje existem 5 
(cinco) espécies tributárias no atual sistema tributário 
constitucional brasileiro, à luz da intitulada teoria 
pentapartida; 
 
Todavia, o art. 145 da CF/88, na esteira do art. 5 do CTN, faz 
menção a apenas 3 (três) espécies tributárias: os impostos, 
as taxas e contribuições de melhoria, fazendo transparecer 
que o ordenamento jurídico brasileiro teria adotado uma 
divisão tricotômica, cujas bases sustentam a teoria 
tripartida; 
 
I- INTRODUÇÃO 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
 “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
 I - impostos; 
 II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
 III - contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas”. 
 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
 “Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de 
melhoria”. 
 
 
17/03/2018 
3 
Retrospectiva histórica: 
 
Primeiramente Geraldo Ataliba, reconheceu uma teoria 
denominada “dicotômica” – também conhecida por teoria 
clássica, dualista ou bipartite, que separava os tributos em 
apenas 2 (duas) espécies: tributos vinculados a uma atuação 
estatal (taxas e contribuição de melhoria, ambos aglutináveis 
na forma de “taxas”) e tributos não vinculados (impostos); 
 
Posteriormente com o CTN, em 1966, prevalecia a teoria 
tripartite (tripartida ou tricotômica), com fundamento em 
seu art. 5º, segundo a qual os tributos, independentemente da 
denominação adotada ou da destinação da receita, deveriam 
ser divididos em 3 (três) espécies: impostos, taxas e 
contribuições de melhoria; 
Atualmente o STF reconhece a teoria pentapartida, conforme 
trecho do voto do Ministro do STF Moreira Alves, em 29/06/1992, 
no RE nº 146.733-9/SP (Pleno): 
 
 EMENTA: (...) De fato, a par das três modalidades de tributos (os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria), a que se refere 
o art. 145, para declarar que são competentes para institui-los a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, os arts. 148 e 
149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja 
instituição só a União é competente: o empréstimo compulsório e 
as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio 
econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas. 
 
 Tais espécies passam a ser analisadas a seguir. 
 
 
 
17/03/2018 
4 
 IMPOSTOS 
 
 O CTN define a espécie tributária imposto como: 
 
 “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte”. 
 
 Imposto pode ser definido como o tributo que tem por hipótese de 
incidência um fato alheio a qualquer atuação do Poder Público, ou 
seja, não vinculado; 
 
 Os impostos podem ser instituídos pela União, Estados, Municípios 
e Distrito Federal, conforme art. 145, I, da CF/88; 
 
 
II- ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
O imposto constitui tributo unilateral, ou seja, somente o 
contribuinte age, diferentemente do que acontece nas taxas; 
 
A própria CF/88 definiu a competência tributária de cada ente 
federado, conforme os arts. 153, 154, 155 e 156; 
 
A CF NÃO cria tributos, apenas atribui competência para que 
os entes políticos o façam. Não há tributo sem lei anterior que 
o defina; 
 
 Para que sejam criados tributos, o ente tributante deve editar 
lei (ou ato normativo de igual hierarquia, diga-se, Medida 
Provisória) instituindo-os abstratamente, ou seja, definindo 
seus fatos geradores, bases de cálculo, alíquotas e 
contribuintes; 
 
 
17/03/2018 
5 
 Classificação dos impostos: 
 
a) Impostos direitos e indiretos: O imposto incide diretamente sobre a 
pessoa que deu ensejo ao fato oponível (por ex.: IR, IPTU, IPVA); ou 
quando o ônus tributário repercute em terceira pessoa (por ex.: ICMS); 
 
b) Impostos pessoais e reais: O imposto leva em conta as condições 
pessoais (por ex.: IR); ou quando leva em conta o bem ou a coisa (por 
ex.: IPVA); 
 
c) Impostos fiscais e extrafiscais: O imposto tem por objetivo a 
arrecadação para o Estado (por ex.: IR, ITBI); ou quando tem por 
finalidade a regulação da economia (por ex.: IPI); 
 
d) Impostos progressivos, proporcionais e seletivos: O imposto terá 
alíquotas progressivas (IR, IPTU, ITR); ou a utilização de uma alíquota 
única sobre uma base tributável variável (ICMS, IPI); por fim, a 
seletividade que representa a concretização do postulado da capacidade 
contributiva em certos tributos indiretos (por ex.: ICMS); 
 
Princípios importantes em relação aos impostos: 
 
 a) Princípio da não afetação: art. 167, IV, CF/88 
 
 “IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 
159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração 
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 
198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no 
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo”; 
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6 
 b) Princípio da capacidade contributiva: art. 145, § 1º, CF/88 
 
 § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
 Obs: Havendo viabilidade, a pessoalidade é obrigatória. A 
finalidade clara do dispositivo é dar concretude ao princípio 
da isonomia, tratando diferentemente quem é diferente, na 
proporção das diferenças existentes. 
TAXAS 
 
 A taxa é um tributo imediatamente vinculado à ação estatal, 
atrelando-se à atividade pública, e não à ação do particular; 
 
 Luciano Amaro define: “o fato gerador da taxa não é um fato do 
contribuinte, mas um fato do Estado. O Estado exerce determinada 
atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem aproveita 
aquela atividade”; 
 
 Os tributos podem ser vinculados a uma atuação do Estado – 
taxas e contribuição de melhoria – e não vinculados – impostos; 
 
 A competência para se instituir uma taxa é comum, conforme o 
órgão que realiza a atividade, (União, Estados, Munícipios ou 
Distrito Federal); 
 
 
 
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7 
 Dois são os “fatos do Estado” que podem ensejar a cobrança de 
taxa, conforme art. 145, II, da CF/88, c/c o art. 77 do CTN: 
 
 “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
 II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”;“Art. 77 - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular 
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de 
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto à sua disposição”. 
 
 Neste cenário a luz do CTN, despontam duas espécies de taxas: 
 
 Taxa de polícia ou de fiscalização 
 
 “Art. 78 - Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse 
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos”. 
 
 Tipo de taxa por conta do poder de polícia/fiscalização da 
Administração Pública: 
 
 a) Taxa de alvará (ou de funcionamento) - exigida dos 
construtores de imóveis; 
 
 
17/03/2018 
8 
 b) Taxa de fiscalização de anúncios – para fins de 
ressarcimento do município por conta da publicidade na paisagem 
urbana, a fins de estética e segurança dos cidadãos; 
 
 c) Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores 
mobiliários pela CVM - por conta do exercício do poder de polícia 
da Comissão de Valores Mobiliários; 
 
 d) Taxa de controle e fiscalização ambiental – é uma taxa 
que sucedeu à Taxa de Fiscalização Ambiental, sendo que já foi 
reconhecida sua constitucionalidade pelo pleno do STF; 
 
 e) Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios 
extrajudiciais – consiste numa taxa de fiscalização de controle dos 
atos dos serviços notariais e de registro, sendo que já foi 
reconhecida sua constitucionalidade pelo STF; 
 
 
 Conforme o CTN a taxa de polícia será paga em virtude do exercício regular do 
poder de polícia administrativa; 
 
 EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA: Policiamento efetivo e 
concreto ou uma atividade fiscalizatória em condições de ser realizável? 
 
 Por muito tempo o SFT e o STJ entenderam que o exercício regular do poder 
de polícia administrativa significava o policiamento efetivo, concreto ou real 
– de forma material. 
 
 EMENTA: TAXA DE LICENCA DE LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO 
E INSTALAÇÃO. COBRANÇA PELA MUNICIPALIDADE DE SÃO 
PAULO. LEGALIDADE: ART. 18, I, DA CF/69. O Supremo Tribunal Federal 
já se pronunciou pelo reconhecimento da legalidade da taxa cobrada pelo 
Município de São Paulo, pois funda-se no poder de policia efetivamente 
exercitado através de seus órgãos fiscalizadores. Hipótese em que não ocorreu 
ofensa ao art. 18, I, da Carta precedente. Recurso extraordinário conhecido e 
provido. RE 116518 / SP - SÃO PAULO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO Julgamento: 13/04/1993 Órgão 
Julgador: Primeira Turma 
 
 
 
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9 
 Contudo o STF tem admitido a constitucionalidade da taxa de 
renovação anual de licença para localização, instalação e 
funcionamento de estabelecimentos comerciais e similares, desde que 
haja órgão administrativo que exercite o poder de polícia – ou seja – 
ATIVIDADE PRESUMIDA!!! 
 
 Taxa de serviço ou de utilização 
 
 “Art. 79 - Os serviços públicos a que se refere o art. 77 Art. 
consideram-se: 
 I - utilizados pelo contribuinte: 
 a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
 b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, 
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em 
efetivo funcionamento; 
 II - específicos, quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; 
 III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, 
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários”. 
 Conceito de serviço público: 
 
 De acordo com Hugo de Brito Machado, serviço público será: “toda 
e qualquer atividade prestacional realizada pelo Estado, ou por 
quem fizer suas vezes, para satisfazer, de modo concreto e de 
forma direta, necessidades coletivas”. 
 
 REQUISITOS: 
 
 a) Específico: é aquele onde é possível identificar o sujeito passivo 
ou discriminar o usuário; 
 b) Divisível: é aquele que pode ser utilizado de forma individual 
pelo indivíduo, ou seja, um serviço quantificável; 
 
 SENDO ASSIM, a taxa somente poderá ser cobrada se ocorrer 
a prestação de um serviço público específico e divisível. 
 
 
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 Possibilidades de cobrança da taxa do serviço público: 
 
 a) Efetiva: quando o serviço é colocado concretamente a disposição da 
coletividade e ocorre sua fruição; 
 b) Potencial: Ocorre quando o serviço é de utilização obrigatória, e é 
colocado a disposição das partes, mas podendo não ocorrer a sua efetiva 
utilização; 
 
 SENDO ASSIM, é possível concluir que o serviço não específico e 
não divisível tende a impedir a cobrança da TAXA, por outro lado, a 
mesma será cobrada independente da utilização efetiva ou não do 
serviço. 
 
 PORTANTO, é importante destacar que o serviço público geral, ou 
seja, aquele que é prestado à coletividade, cuja identificação precisa do 
sujeito passivo é impossível, não poderá ser submetido a cobrança de 
TAXAS. 
 Alguns exemplos de serviços públicos gerais não submetidos às taxas: 
 
 a) Segurança pública; 
 b) Limpeza pública (diferente de taxa de coleta de lixo); 
 c) Iluminação pública; 
 d) Asfaltamento; 
 
 Diferença entre taxa e tarifa: A taxa é cobrada sempre quando existir 
atividade eminentemente estatal, do contrário, podendo ser 
desempenhada por particulares, estaremos diante da tarifa; A taxa será 
cobrada independente do uso, a tarifa será cobrada proporcional ao uso; 
 
 IMPORTANTE! Se o tributo é vinculado (taxa), sua base de cálculo 
está ligada ao valor da atividade anteriormente exercida pelo Estado; se 
não é vinculada (impostos), a base de cálculo é uma grandeza 
econômica desvinculada de qualquer atividade estatal.

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