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Anatomia do Movimento

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1 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
 
 
ANGELIANE BARBOSA DE ALBUQUERQUE D45GFA9 
CAMILLA SANTOS DE OLIVEIRA GOMES N2064D5 
CARLOS HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS D429736 
ESTER SILVA DE OLIVEIRA D2851C0 
JORDANNA CORREIA DE OLIVEIRA D3187D7 
JOVANNA MARIA CAMPOS RODRIGUES D26BGC7 
LAYLA CAMPOS SILVA D285DC8 
MAGDA LESSA VIEIRA D472488 
MARIANNE DIENIFFER SILVA N1676J3 
MELISSA MACIEL FERREIRA DOS SANTOS E ASSIS N186445 
MIRIAN FERREIRA SILVA N1779D1 
NATÁLYA RODRIGUES RIBEIRO N2153E5 
 
 
 
 
 
ANATOMIA: 
SISTEMA MUSCULAR 
 
 
 
GOIÂNIA 
2017/2 
2 
 
 
 
ANGELIANE BARBOSA DE ALBUQUERQUE D45GFA9 
CAMILLA SANTOS DE OLIVEIRA GOMES N2064D5 
CARLOS HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS D429736 
ESTER SILVA DE OLIVEIRA D2851C0 
JORDANNA CORREIA DE OLIVEIRA D3187D7 
JOVANNA MARIA CAMPOS RODRIGUES D26BGC7 
LAYLA CAMPOS SILVA D285DC8 
MAGDA LESSA VIEIRA D472488 
MARIANNE DIENIFFER SILVA N1676J3 
MELISSA MACIEL FERREIRA DOS SANTOS E ASSIS N186445 
MIRIAN FERREIRA SILVA N1779D1 
NATÁLYA RODRIGUES RIBEIRO N2153E5 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA: 
SISTEMA MUSCULAR 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada – APS, 
produzido pelos alunos do Curso de Biomedicina 2º 
Período da Universidade Paulista – UNIP, como 
requisito para avaliação na disciplina. 
 
 
ORIENTADORA: PROFª. Ma. THAÍS BANDEIRA RIESCO 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2017/2 
3 
 
SUMÁRIO 
 
TEMA 02 .............................................................................................................4 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................5 
1. ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS ................................................................. 6 
1.1. Articulações da Clavícula ........................................................................... 6 
1.2. Articulação do Ombro, Escapuloumeral ou Glenoumeral .......................... 6 
1.3. Articulações do Cotovelo ........................................................................... 7 
1.4. Articulação do Punho ................................................................................. 7 
1.5. Articulações da Mão .................................................................................. 8 
2. LEVANTAR E ABAIXAR PESO LENTAMENTE .......................................... 9 
3. COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR ................................................ 10 
4. AS QUATRO PROPRIEDADES FUNCIONAIS ......................................... 12 
5. ORIGEM DAS FIBRAS MUSCULARES .................................................... 13 
5.1. Organização das Fibras Musculares..........................................................14 
HIPERTROFIA ..................................................................................................15 
CONCLUSÃO ...................................................................................................17 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
TEMA 02 
 
ANATOMIA – SISTEMA MUSCULAR 
 
Ganhar um mês de academia mudou a vida de Bob. Ele parou de comer 
alimentos não saudáveis e agora se exercita diariamente. Em um dos seus 
exercícios aeróbicos, ele lentamente flexiona o cotovelo e supina a sua mão 
direita ao levantar cerca de 16kg; em seguida, larga o peso de volta à sua 
posição inicial. 
 
1) Qual(is) articulação(ões) está(ão) envolvida(s) no movimento descrito 
acima? 
2) Explique como os músculos de Bob são capazes de levantar e 
abaixar o peso lentamente. 
3) Quais são os componentes de uma fibra muscular? 
4) Explique as quatro propriedades funcionais do tecido muscular. 
5) Discuta a origem das fibras musculares. 
6) Explique como a hipertrofia muscular ocorre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
Em organismos multicelulares, algumas células são especializadas em 
possibilitar movimento de tecidos e órgãos. Essa células podem funcionar 
como unidades contráteis isoladas. As células musculares são contráteis e 
bastante alongadas, sendo por este motivo chamadas de fibras musculares. 
Elas possuem grandes quantidades de filamentos citoplasmáticos (proteicos), 
dispostos de forma organizada no citoplasma e unidas por ligações 
intermoleculares, responsáveis pela contração (BURKITT, 1994). 
 
As células contráteis são formadas basicamente por duas proteínas, a 
actina e a miosina, com interação de outros tipos de proteínas contráteis, mas 
a contração dos músculos, sua modulação e algumas importantes alterações 
estruturais são determinadas pelo arranjo e disposição das moléculas de actina 
e miosina nestas células. Bastante diferentes de outros tipos celulares, as 
células musculares apresentam algumas particularidades, como nomes 
específicos, tais como: para a sua membrana plasmática, que denominamos 
sarcolema, o citoplasma que é chamado de sarcoplasma, excetuando-se as 
miofibrilas, o retículo endoplasmático chamado de retículo sarcoplasmático e 
as mitocôndrias de sarcossomas (BURKITT, 1994). 
 
Neste trabalho, vamos expor conceitos sobre o sistema muscular e 
fibras musculares; enfatizando sua organização e o funcionamento da 
hipertrofia muscular. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS 
 
Para que ocorra um movimento eficiente e cadenciado do membro 
superior, é necessário um intercâmbio entre diversas articulações e segmentos. 
Os movimentos da mão se tornam muito mais efetivos, pelo posicionamento 
correto da mão, cotovelo, articulação do ombro e cintura escapular. Os 
movimentos do antebraço também ocorrem em combinação com os 
movimentos da mão e do ombro (MAXWELL, 2005). 
 
1.1. Articulações da Clavícula 
 
 Articulação Esternoclavicular: É uma articulação sinovial selar que une a 
clavícula ao esterno. Faz-se entre face articular esternal da clavícula, a face 
articular clavicular do esterno e cartilagem da primeira costela. Apresenta um 
disco intra-articular achatado que se interpõem entre as superfícies articulares 
do esterno e da clavícula. È o único ponto de união entre o membro superior e 
o tronco. Permite os movimentos de elevação e depressão do ombro, assim 
como diminutos movimentos de deslizamento do membro superior no tórax 
(ANATOMIA ON LINE, 2014). 
 ArticulaçãoAcromioclavicular: É uma articulação sinovial artródia (plana) 
entre face articular acromial da clavícula e a borda medial do acrômio. Esta 
articulação permite apenas movimentos limitados de deslizamento da clavícula 
na escapula (ANATOMIA ON LINE, 2014). 
1.2. Articulação do Ombro, Escapuloumeral ou Glenoumeral 
 
A articulação glenoumeral é uma articulação do tipo bola e soquete que 
liga o osso do braço (úmero) na cavidade glenóide da escápula. A cabeça do 
úmero é mantida na cavidade glenóide contra as forças de gravidade e 
sustentada principalmente pelos músculos supra espinhal. Este tipo de 
articulação oferece maior amplitude e potencial de movimento entre todas as 
articulações do corpo. A razão para frouxidão e excessiva amplitude de 
7 
 
movimento permitida por esta articulação é a constituição estrutural, onde a 
cápsula articular é frouxa e o suporte ligamentar é limitado (MAXWELL, 2005). 
1.3. Articulações do Cotovelo 
 
 Articulação Úmero-radial 
 Articulação Úmero-ulnar 
 Articulação Rádio-ulnar 
O cotovelo (Figura 1), é formado pelos os seguintes ossos: úmero, ulna 
e rádio, e possui três articulações: úmero-radial, úmero-ulnar e rádio-ulnar. O 
cotovelo tem função de assistir o ombro na aplicação de força e colocar a mão 
na posição apropriada. O cotovelo é vulnerável à lesão como resultado de 
queda ou de uso repetitivo. A amplitude do movimento de flexão do cotovelo é 
de aproximadamente 145º, a extensão pode chegar 10º, a pronação máxima é 
de 70º e a supinação 85º (MAXWELL, 2005). 
 
 
 FIGURA 1. Ossos do cotovelo em 90º de flexão 
 FONTE: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-articular/diartroses/cotovelo/ 
 
1.4. Articulação do Punho 
 
 Articulação Radiocarpal: È uma articulação sinovial do tipo elipsóide 
formada pela face articular carpal do rádio e disco articular com o osso 
escafóide, semilunar e piramidal. A face articular do rádio a face inferior do 
disco articular formam uma superfície elíptica e côncava que recebe a face 
8 
 
convexa dos ossos proximais do carpo (escafóide, semilunar e piramidal). 
Permite amplos movimentos de adução, abdução, flexão e extensão 
(ANATOMIA ON LINE, 2014). 
1.5. Articulações da Mão 
 
 Articulação Carpometacarpal: São as articulações que ocorrem entre o 
carpo e o metacarpo dos dedos, sendo que o primeiro metacarpo (polegar) tem 
uma exceção e sua articulação será estuda separada. É uma sinovial do tipo 
plana e permite apenas movimentos limitados de deslizamento (ANATOMIA 
ON LINE, 2014). 
 Articulação Metacárpica do Polegar: É a articulação sinovial selar entre o 
osso trapézio e o primeiro metacarpo. Possui grande liberdade de movimentos 
de flexão, extensão, abdução, adução, circundação e oponência. Encontra-se 
recoberta por uma cápsula articular que é grossa, porém frouxa e que passa 
por toda a circunferência do primeiro metacarpo em direção a margem do osso 
trapézio. É essa articulação que difere a mão do homem da mão dos outros 
primatas. O homem é o único primata que possuí a habilidade de realizar o 
movimento de oponência do polegar e dessa forma utilizar a pinça entre o 
primeiro e segundo dedo, movimento esse que permitiu que o homem 
aprimorasse o uso de utensílios e com isso evoluir de forma distinta dos outros 
animais (ANATOMIA ON LINE, 2014). 
 Articulação Metacarpofalângicas: São as articulações sinoviais 
esferóides entre os metacarpos e as primeiras falanges do segundo, terceiro, 
quarto e quinto quirodáctilo. Estão unidas por dois ligamentos colaterais, um de 
cada lado da articulação e por um espessamento da cápsula articular em sua 
face anterior chamadas de ligamentos palmares. Em sua porção mais 
profunda, as fibras dessa cápsula articular ganha sentido transverso recebe o 
nome de ligamento transverso profundo. Possuem movimentos limitados de 
flexão, extensão, adução e abdução (ANATOMIA ON LINE, 2014). 
 Articulação Interfalângicas: São sinoviais do tipo gínglimo (dobradiça). 
Cada articulação interfalângica ou interfalangiana, possui um ligamento palmar 
em sua superfície anterior e dois ligamentos colaterais de cada lada de forma 
9 
 
similar às articulações metacarpofalângicas. Os tendões dos músculos 
extensores dos dedos fazem o papel dos ligamentos posteriores. Permitem os 
movimentos extensão e flexão. Sendo que o 
movimento de flexão é bem mais notável do 
que o movimento de extensão, que é limitado 
pelo ligamento palmar (ANATOMIA ON LINE, 
2014). 
FIGURA 2 - Ossos do punho e da Mão. 
FONTE: https://www.Maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036-4.pdf 
 
2. LEVANTAR E ABAIXAR PESO LENTAMENTE 
 
 Existem dois tipos principais de fibras musculares esqueléticas, 
comumente conhecidas como fibras de contração rápida e de contração 
lenta (BEHNKE,2014). 
Há dois tipos principais de células muscular: branca e vermelha. Elas 
receberam esse nome a partir da cor que elas assumem quando são 
especialmente tratadas para exame sob o microscópio. As células musculares 
tipo II são as brancas, que contêm muitos filamentos de actina e de miosina. As 
células musculares vermelhas, que contêm relativamente pouco desses 
filamentos, mas, por outro lado, tem mais componentes que fornecem energia 
(WIRHED, 2002). 
 
Essas condições resultam em células brancas fortes e rápidas que 
cansam rapidamente e células vermelhas que são caracterizadas 
primeiramente por sua endurance (capacidade de um grupo muscular executar 
contrações repetidas por um período de tempo prolongado). Ambas as fibras, 
vermelhas e brancas estão contidas no mesmo músculo. A composição de um 
músculo é determinada por genes, mas pode, em parte, ser modificada por 
treinamento específico. (WIRHED, 2002). 
10 
 
Os conceitos “séries” e “repetições” são muitas vezes usados em 
descrição de desenvolvimento e força. Uma série contém um determinado 
exercício, que é repetido um determinado número de vezes. Uma série pode, 
por exemplo, consistir de seis repetições consecutivas (várias investigações 
científicas indicam que o aumento mais rápido na força é adquirido com seis 
repetições). Várias repetições com cargas de trabalho leves promovem 
resistência muscular. Poucas repetições com uma carga de trabalho mais 
intensa, desenvolvem força máxima (WIRHED, 2002). 
3. COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR 
 
Cada fibra muscular é recoberta por uma membrana plasmática 
denominada sarcolema, cujas extensões em forma de Túneis, denominadas 
sistemas de túbulos transversais (sistema T), atravessam uma fibra muscular 
de um lado a outro, ou seja, transversalmente. Os núcleos múltiplos se 
localizam na periferia da fibra, próximo ao sarcolema. O citoplasma da fibra 
muscular é denominado sarcoplasma, que contém muitas mitocôndrias, pois 
produzem grande quantidade de ATP durante a contração muscular 
(TORTORA et al., 2006). 
 
Estendendo-se por todo sarcoplasma, está o retículo sarcoplasmático, 
uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por fluídos 
(similares ao retículo endoplasmático liso), que armazena os íons cálcio 
necessários à contração muscular. Também no sarcoplasma se encontram 
numerosas moléculas de mioglobina, um pigmento avermelhado semelhante à 
hemoglobina do sangue. Além da cor característica que empresta ao músculo 
esquelético, a mioglobina armazena o oxigênio até que o mesmo seja 
necessário para a mitocôndria gerar ATP (TORTORA et al., 2006). 
 
 
 
11 
 
 
FIGURA 3. Microestrutura do músculo esquelético. 
 
 
FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. 
 
Outro componente da fibra muscular se estende por todo o 
comprimento, de formacilíndrica e são denominadas miofibrilas. Cada 
estrutura desta, por sua vez, (Figura 3) consiste em dois tipos de filamentos 
proteicos, que são filamentos delgados e filamentos espessos que não se 
estendem por todo o comprimento de uma fibra muscular (TORTORA et al., 
2006). 
 
FIGURA 4. Filamento de actina. 
 
 
FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. 
 
Esses filamentos de forma sobreposta (Figura 4), de formas específicas 
são chamados de sarcômeros, que são as unidades funcionais básicas das 
fibras musculares estriadas (TORTORA et al., 2006). 
 
Os sarcômeros são separados um do outro por zonas sinuosas em 
forma de ziguezague, de material denso denominado discos Z (linhas Z) Dentro 
de cada sarcômero, (Figura 5) há uma área escura (banda A), que se estende 
por todo o comprimento dos filamentos espessos. Encontra-se uma estreita 
zona H (banda H) no centro de cada banda A, que contém os filamentos 
espessos. Em ambas as extremidades da banda A, os filamentos delgados e 
espessos se sobrepõem. Uma área de cor mais clara em cada lado da banda 
A, denominados Banda I, é composta de filamentos delgados. Cada banda I 
12 
 
estende-se em dois sarcômeros, sendo dividida ao meio por um disco Z. A 
alternância das cores de uma banda para a outra dá à fibra muscular, o seu 
aspecto estriado (TORTORA et al., 2006). 
 
FIGURA 5. Miofibrila dividida em zonas 
FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo.
 
 
Nos filamentos espessos há miosinas, que são proteínas. Os filamentos 
delgados são ancorados nos discos Z. Seu principal componente é a proteína 
actina; existem outros dois tipos: a tropomiosina e a troponina, que juntas 
recobrem os sítios de ligação de miosina e actina. Nas fibras musculares, elas 
são os componentes responsáveis pelo relaxamento da musculatura 
(TORTORA et al., 2006). 
 
 
 FIGURA 6. Exemplo de Filamentos finos e espessos 
 
 FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo.
 
 
4. AS QUATRO PROPRIEDADES FUNCIONAIS 
 
 A principal característica do tecido muscular é a contratilidade. Por 
causa dela, esse tecido é capaz de fornecer a habilidade de locomoção aos 
seres vivos (KIERSZENBAUM,2008). 
Há três tipos de tecido muscular com diferenças ao nível da sua 
estrutura e funcionalidade, são eles: tecido muscular estriado esquelético, 
tecido muscular estriado cardíaco e tecido muscular liso (ALVES, 2013). 
 
13 
 
O tecido muscular estriado esquelético tem ação voluntária, enquanto os 
outros dois é involuntária. Há uma quantidade muito grande de mitocôndrias no 
tecido muscular, isso porque as células desse tecido gastam muita energia 
(KIERSZENBAUM, 2008). 
 
 Quanto às propriedades funcionais dos músculos, pode-se dizer que o 
músculo estriado esquelético é muito resistente e pode ser alongado e 
encurtado em velocidades diferenciadas sem que ocorram grandes danos ao 
tecido. O desempenho das fibras em situações de velocidade e carga variáveis 
é determinado por quatro propriedades do tecido muscular esquelético: 
 
 Irritabilidade: capacidade de responder aos estímulos. Em um músculo a 
estimulação é feita por um neurotransmissor químico. Como um tecido 
excitável, o músculo esquelético pode ser recrutado rapidamente, com 
significante controle sobre quais e quantas fibras musculares serão 
estimuladas para um movimento; 
 Contratilidade: capacidade de um músculo para encurtar-se quando o 
tecido muscular recebe estimulação suficiente. Alguns músculos podem 
encurtar-se até 50 a 70% do seu comprimento de repouso. A média para todos 
os músculos é de 57% do comprimento de repouso. A distância que o músculo 
se encurta é geralmente limitada pelas restrições físicas do corpo; 
 Elasticidade: capacidade da fibra muscular para retornar ao seu 
comprimento de repouso depois que a força de alongamento do músculo é 
removida; 
 Extensibilidade: capacidade do músculo para alongar-se além do 
comprimento de repouso (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013). 
5. ORIGEM DAS FIBRAS MUSCULARES 
 
 A fibra muscular nada mais é do que a célula muscular (que é uma 
célula multi-nucleada); 
 As miofibrilas são importantes para contração; 
 União de várias fibras musculares formam um feixe muscular; 
14 
 
 Cada fibra muscular é envolta por um tecido conjuntivo chamado de 
endomísio, por onde os capilares penetram (esses capilares devem ser 
flexíveis, para conseguirem aguentar a contração e o relaxamento do tecido); 
 Envolvendo um conjunto de fibras musculares tem o perimísio, que é um 
tecido conjuntivo mais frouxo; 
 Envolvendo vários feixes têm o epimísio, que é um tecido conjuntivo 
denso e rico em fibras colágenas (KIERSZENBAUM, 2008). 
 
As células musculares têm origem mesodérmica, formato alongado e 
graças à presença de filamentos de proteínas (chamados de miofibrilas ou 
miofilamentos) no citoplasma, as mesmas conseguem se contrair. Sendo que, 
os filamentos são compostos por diversos tipos de proteínas; sendo 
encontrados em maior quantidade a miosina e a actina. Na fase embrionária, 
as células musculares estriadas esqueléticas são formadas pela fusão de 
mioblastos. Isso produz um miotubo que amadurece e se transforma em uma 
célula muscular longa. Uma célula muscular estriada esquelética pode chegar a 
ter vários centímetros (KIERSZENBAUM, 2008). 
 
5.1. Organização das Fibras Musculares 
 
 As células musculares podem organizar três tipos diferentes de tecido. O 
primeiro é o músculo liso, o qual possui células fusiformes e contração 
involuntária, com um único núcleo alongado e sem estriações transversais. O 
segundo é o músculo estriado esquelético, o qual é formado por células longas, 
multinucleadas e de contração voluntária, seus núcleos se localizam na 
periferia da célula, apresenta-se com estriações transversais. Por fim o 
músculo estriado cardíaco, o qual apresenta células também longas, podendo 
ser bifurcadas, mono ou binucleadas e de contração involuntária e rítmica. As 
células se apresentam com estriações transversais e discos intercalares, o que 
ultraestruturalmente são elementos do complexo juncional (UNIGRANRIO, 
2015). 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 7 - Organização da fibra muscular. 
 
FONTE: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php 
 
O aspecto estriado das fibras musculares estriadas, se dá pela 
organização ultraestrutural dos miofilamentos e proteínas de ligação na 
unidade morfofuncional destas células, o sarcômero (Figura 7). O sarcômero é 
delimitado por duas linhas Z e partindo destas linhas observamos filamentos 
finos (actina) e entre estes, encontramos os filamentos espessos (miosina). 
 O processo de contração muscular se dá pelo tracionamento dos 
filamentos de miosina em relação aos de actina, encurtando desta maneira o 
sarcômero. Durante o relaxamento, observamos o movimento inverso, havendo 
então, o restabelecimento do tamanho do sarcômero em repouso. As células 
musculares lisas, não possuem essa organização sarcomérica, logo seu 
mecanismo de contração é diferenciado (UNIGRANRIO, 2015). 
 
6. HIPERTROFIA 
 
A adaptação do organismo ao estímulo de sobrecarga tensional é a 
síntese de proteína contrátil miofibrilar, sendo este o mecanismo mais 
importante para hipertrofia do músculo esquelético. A resposta metabólica ao 
16 
 
treinamento, também contribui para a hipertrofia da fibra muscular, 
principalmente devido ao estímulo para o aumento do volume, o número das 
mitocôndrias, e ao acúmulo de glicogênio e água. Com isso, observa-se um 
aumentoda resistência, aeróbia ou anaeróbia, dependendo do tipo de esforço 
envolvido no treinamento. A molécula do glicogênio carrega quase três gramas 
de água, compreende-se, o grande aumento do conteúdo de água intracelular 
resultante desse processo. Por razões diversas, a sobrecarga metabólica 
anaeróbia, associa-se com maior grau de hipertrofia muscular do que a 
aeróbia. As mitocôndrias e a vascularização aumentam a sobrecarga 
metabólica anaeróbia, em função da ativação paralela do metabolismo aeróbio 
(TAVARES, 2016). 
 
À capacidade do músculo esquelético de se adaptar às demandas 
funcionais que o organismo impõe, damos o nome de “plasticidade muscular”. 
Esse mecanismo de adaptação das proteínas componentes dos miofilamentos, 
obedece à imposições hormonais e do exercício (TAVARES, 2016). 
 
Ao contrário, um músculo que perde inervação, ou que é mantido 
imobilizado, pode sofrer o processo chamado de hipertrofia ou atrofia muscular, 
que se caracteriza pela perda da massa muscular (diminuição do conteúdo 
proteico da célula muscular) (TAVARES, 2016). 
 
O peso utilizado, deve ser controlado em todos os exercícios. Para evitar 
o traumatismo ortopédico das estruturas articulares, nenhum movimento rápido 
ou impetuoso deve ser feito durante os exercícios. Os pesos maiores podem 
prejudicar o esqueleto e as estruturas articulares em desenvolvimento 
(PETERSON et. al., 2001). 
 
Os programas de treinamentos de força devem começar com exercícios 
que trabalham músculos maiores e, em seguida, passar para os que utilizam 
músculos menores. A maior parte dos exercícios de treinamento de força é 
planejada para desenvolver os músculos maiores. Se você interromper um 
exercício de um músculo grande, você compromete os possíveis ganhos 
relativos ao músculo maior (PETERSON et. al., 2001). 
17 
 
CONCLUSÃO 
 
Neste Trabalho, estudamos sobre o Tecido Muscular. A principal 
característica do tecido muscular é a contratilidade; que promove a habilidade 
de locomoção. O tecido muscular, é dividido em dividido em 3 tipos distintos. 
Neste caso específico, o tecido envolvido é o Estriado Esquelético. 
O tecido muscular estriado esquelético, tem ação voluntária, enquanto 
nos outros dois, é involuntária. Ele é muito resistente e pode ser alongado e 
encurtado em velocidades diferentes, sem que ocorram grandes danos ao 
tecido. Neste tecido, encontramos fibras ou células musculares: brancas e 
vermelhas. As células brancas, são fortes e rápidas, que se cansam 
rapidamente, enquanto as células vermelhas, são caracterizadas 
primeiramente por sua endurance; pois tem mais componentes que fornecem 
energia. 
Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, 
mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai. O 
encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos 
miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles. 
Os movimentos podem ser de flexão, extensão, abdução, adução, 
rotação (interna e externa), pronação e supinação. 
Para que ocorra os movimentos de flexão do cotovelo e a supinação da 
mão, ao levantar peso e depois voltar à posição inicial; é necessária a 
interação de inúmeros músculos, nervos, vasos sanguíneos, articulações e 
ossos; desde o ombro e clavícula, até a mão. Todos agindo em sintonia, em 
ritmicidade,; contraindo e relaxando, sendo devidamente estimulados. 
Então podemos concluir que todo nosso corpo, trabalha em sincronismo 
e sintonia. Cada parte é diretamente ligada e dependente de outras. 
 
 
 
 
 
 
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