Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA ANGELIANE BARBOSA DE ALBUQUERQUE D45GFA9 CAMILLA SANTOS DE OLIVEIRA GOMES N2064D5 CARLOS HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS D429736 ESTER SILVA DE OLIVEIRA D2851C0 JORDANNA CORREIA DE OLIVEIRA D3187D7 JOVANNA MARIA CAMPOS RODRIGUES D26BGC7 LAYLA CAMPOS SILVA D285DC8 MAGDA LESSA VIEIRA D472488 MARIANNE DIENIFFER SILVA N1676J3 MELISSA MACIEL FERREIRA DOS SANTOS E ASSIS N186445 MIRIAN FERREIRA SILVA N1779D1 NATÁLYA RODRIGUES RIBEIRO N2153E5 ANATOMIA: SISTEMA MUSCULAR GOIÂNIA 2017/2 2 ANGELIANE BARBOSA DE ALBUQUERQUE D45GFA9 CAMILLA SANTOS DE OLIVEIRA GOMES N2064D5 CARLOS HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS D429736 ESTER SILVA DE OLIVEIRA D2851C0 JORDANNA CORREIA DE OLIVEIRA D3187D7 JOVANNA MARIA CAMPOS RODRIGUES D26BGC7 LAYLA CAMPOS SILVA D285DC8 MAGDA LESSA VIEIRA D472488 MARIANNE DIENIFFER SILVA N1676J3 MELISSA MACIEL FERREIRA DOS SANTOS E ASSIS N186445 MIRIAN FERREIRA SILVA N1779D1 NATÁLYA RODRIGUES RIBEIRO N2153E5 ANATOMIA: SISTEMA MUSCULAR Trabalho de Atividade Prática Supervisionada – APS, produzido pelos alunos do Curso de Biomedicina 2º Período da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para avaliação na disciplina. ORIENTADORA: PROFª. Ma. THAÍS BANDEIRA RIESCO GOIÂNIA 2017/2 3 SUMÁRIO TEMA 02 .............................................................................................................4 INTRODUÇÃO ....................................................................................................5 1. ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS ................................................................. 6 1.1. Articulações da Clavícula ........................................................................... 6 1.2. Articulação do Ombro, Escapuloumeral ou Glenoumeral .......................... 6 1.3. Articulações do Cotovelo ........................................................................... 7 1.4. Articulação do Punho ................................................................................. 7 1.5. Articulações da Mão .................................................................................. 8 2. LEVANTAR E ABAIXAR PESO LENTAMENTE .......................................... 9 3. COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR ................................................ 10 4. AS QUATRO PROPRIEDADES FUNCIONAIS ......................................... 12 5. ORIGEM DAS FIBRAS MUSCULARES .................................................... 13 5.1. Organização das Fibras Musculares..........................................................14 HIPERTROFIA ..................................................................................................15 CONCLUSÃO ...................................................................................................17 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................18 4 TEMA 02 ANATOMIA – SISTEMA MUSCULAR Ganhar um mês de academia mudou a vida de Bob. Ele parou de comer alimentos não saudáveis e agora se exercita diariamente. Em um dos seus exercícios aeróbicos, ele lentamente flexiona o cotovelo e supina a sua mão direita ao levantar cerca de 16kg; em seguida, larga o peso de volta à sua posição inicial. 1) Qual(is) articulação(ões) está(ão) envolvida(s) no movimento descrito acima? 2) Explique como os músculos de Bob são capazes de levantar e abaixar o peso lentamente. 3) Quais são os componentes de uma fibra muscular? 4) Explique as quatro propriedades funcionais do tecido muscular. 5) Discuta a origem das fibras musculares. 6) Explique como a hipertrofia muscular ocorre. 5 INTRODUÇÃO Em organismos multicelulares, algumas células são especializadas em possibilitar movimento de tecidos e órgãos. Essa células podem funcionar como unidades contráteis isoladas. As células musculares são contráteis e bastante alongadas, sendo por este motivo chamadas de fibras musculares. Elas possuem grandes quantidades de filamentos citoplasmáticos (proteicos), dispostos de forma organizada no citoplasma e unidas por ligações intermoleculares, responsáveis pela contração (BURKITT, 1994). As células contráteis são formadas basicamente por duas proteínas, a actina e a miosina, com interação de outros tipos de proteínas contráteis, mas a contração dos músculos, sua modulação e algumas importantes alterações estruturais são determinadas pelo arranjo e disposição das moléculas de actina e miosina nestas células. Bastante diferentes de outros tipos celulares, as células musculares apresentam algumas particularidades, como nomes específicos, tais como: para a sua membrana plasmática, que denominamos sarcolema, o citoplasma que é chamado de sarcoplasma, excetuando-se as miofibrilas, o retículo endoplasmático chamado de retículo sarcoplasmático e as mitocôndrias de sarcossomas (BURKITT, 1994). Neste trabalho, vamos expor conceitos sobre o sistema muscular e fibras musculares; enfatizando sua organização e o funcionamento da hipertrofia muscular. 6 1. ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS Para que ocorra um movimento eficiente e cadenciado do membro superior, é necessário um intercâmbio entre diversas articulações e segmentos. Os movimentos da mão se tornam muito mais efetivos, pelo posicionamento correto da mão, cotovelo, articulação do ombro e cintura escapular. Os movimentos do antebraço também ocorrem em combinação com os movimentos da mão e do ombro (MAXWELL, 2005). 1.1. Articulações da Clavícula Articulação Esternoclavicular: É uma articulação sinovial selar que une a clavícula ao esterno. Faz-se entre face articular esternal da clavícula, a face articular clavicular do esterno e cartilagem da primeira costela. Apresenta um disco intra-articular achatado que se interpõem entre as superfícies articulares do esterno e da clavícula. È o único ponto de união entre o membro superior e o tronco. Permite os movimentos de elevação e depressão do ombro, assim como diminutos movimentos de deslizamento do membro superior no tórax (ANATOMIA ON LINE, 2014). ArticulaçãoAcromioclavicular: É uma articulação sinovial artródia (plana) entre face articular acromial da clavícula e a borda medial do acrômio. Esta articulação permite apenas movimentos limitados de deslizamento da clavícula na escapula (ANATOMIA ON LINE, 2014). 1.2. Articulação do Ombro, Escapuloumeral ou Glenoumeral A articulação glenoumeral é uma articulação do tipo bola e soquete que liga o osso do braço (úmero) na cavidade glenóide da escápula. A cabeça do úmero é mantida na cavidade glenóide contra as forças de gravidade e sustentada principalmente pelos músculos supra espinhal. Este tipo de articulação oferece maior amplitude e potencial de movimento entre todas as articulações do corpo. A razão para frouxidão e excessiva amplitude de 7 movimento permitida por esta articulação é a constituição estrutural, onde a cápsula articular é frouxa e o suporte ligamentar é limitado (MAXWELL, 2005). 1.3. Articulações do Cotovelo Articulação Úmero-radial Articulação Úmero-ulnar Articulação Rádio-ulnar O cotovelo (Figura 1), é formado pelos os seguintes ossos: úmero, ulna e rádio, e possui três articulações: úmero-radial, úmero-ulnar e rádio-ulnar. O cotovelo tem função de assistir o ombro na aplicação de força e colocar a mão na posição apropriada. O cotovelo é vulnerável à lesão como resultado de queda ou de uso repetitivo. A amplitude do movimento de flexão do cotovelo é de aproximadamente 145º, a extensão pode chegar 10º, a pronação máxima é de 70º e a supinação 85º (MAXWELL, 2005). FIGURA 1. Ossos do cotovelo em 90º de flexão FONTE: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-articular/diartroses/cotovelo/ 1.4. Articulação do Punho Articulação Radiocarpal: È uma articulação sinovial do tipo elipsóide formada pela face articular carpal do rádio e disco articular com o osso escafóide, semilunar e piramidal. A face articular do rádio a face inferior do disco articular formam uma superfície elíptica e côncava que recebe a face 8 convexa dos ossos proximais do carpo (escafóide, semilunar e piramidal). Permite amplos movimentos de adução, abdução, flexão e extensão (ANATOMIA ON LINE, 2014). 1.5. Articulações da Mão Articulação Carpometacarpal: São as articulações que ocorrem entre o carpo e o metacarpo dos dedos, sendo que o primeiro metacarpo (polegar) tem uma exceção e sua articulação será estuda separada. É uma sinovial do tipo plana e permite apenas movimentos limitados de deslizamento (ANATOMIA ON LINE, 2014). Articulação Metacárpica do Polegar: É a articulação sinovial selar entre o osso trapézio e o primeiro metacarpo. Possui grande liberdade de movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, circundação e oponência. Encontra-se recoberta por uma cápsula articular que é grossa, porém frouxa e que passa por toda a circunferência do primeiro metacarpo em direção a margem do osso trapézio. É essa articulação que difere a mão do homem da mão dos outros primatas. O homem é o único primata que possuí a habilidade de realizar o movimento de oponência do polegar e dessa forma utilizar a pinça entre o primeiro e segundo dedo, movimento esse que permitiu que o homem aprimorasse o uso de utensílios e com isso evoluir de forma distinta dos outros animais (ANATOMIA ON LINE, 2014). Articulação Metacarpofalângicas: São as articulações sinoviais esferóides entre os metacarpos e as primeiras falanges do segundo, terceiro, quarto e quinto quirodáctilo. Estão unidas por dois ligamentos colaterais, um de cada lado da articulação e por um espessamento da cápsula articular em sua face anterior chamadas de ligamentos palmares. Em sua porção mais profunda, as fibras dessa cápsula articular ganha sentido transverso recebe o nome de ligamento transverso profundo. Possuem movimentos limitados de flexão, extensão, adução e abdução (ANATOMIA ON LINE, 2014). Articulação Interfalângicas: São sinoviais do tipo gínglimo (dobradiça). Cada articulação interfalângica ou interfalangiana, possui um ligamento palmar em sua superfície anterior e dois ligamentos colaterais de cada lada de forma 9 similar às articulações metacarpofalângicas. Os tendões dos músculos extensores dos dedos fazem o papel dos ligamentos posteriores. Permitem os movimentos extensão e flexão. Sendo que o movimento de flexão é bem mais notável do que o movimento de extensão, que é limitado pelo ligamento palmar (ANATOMIA ON LINE, 2014). FIGURA 2 - Ossos do punho e da Mão. FONTE: https://www.Maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036-4.pdf 2. LEVANTAR E ABAIXAR PESO LENTAMENTE Existem dois tipos principais de fibras musculares esqueléticas, comumente conhecidas como fibras de contração rápida e de contração lenta (BEHNKE,2014). Há dois tipos principais de células muscular: branca e vermelha. Elas receberam esse nome a partir da cor que elas assumem quando são especialmente tratadas para exame sob o microscópio. As células musculares tipo II são as brancas, que contêm muitos filamentos de actina e de miosina. As células musculares vermelhas, que contêm relativamente pouco desses filamentos, mas, por outro lado, tem mais componentes que fornecem energia (WIRHED, 2002). Essas condições resultam em células brancas fortes e rápidas que cansam rapidamente e células vermelhas que são caracterizadas primeiramente por sua endurance (capacidade de um grupo muscular executar contrações repetidas por um período de tempo prolongado). Ambas as fibras, vermelhas e brancas estão contidas no mesmo músculo. A composição de um músculo é determinada por genes, mas pode, em parte, ser modificada por treinamento específico. (WIRHED, 2002). 10 Os conceitos “séries” e “repetições” são muitas vezes usados em descrição de desenvolvimento e força. Uma série contém um determinado exercício, que é repetido um determinado número de vezes. Uma série pode, por exemplo, consistir de seis repetições consecutivas (várias investigações científicas indicam que o aumento mais rápido na força é adquirido com seis repetições). Várias repetições com cargas de trabalho leves promovem resistência muscular. Poucas repetições com uma carga de trabalho mais intensa, desenvolvem força máxima (WIRHED, 2002). 3. COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR Cada fibra muscular é recoberta por uma membrana plasmática denominada sarcolema, cujas extensões em forma de Túneis, denominadas sistemas de túbulos transversais (sistema T), atravessam uma fibra muscular de um lado a outro, ou seja, transversalmente. Os núcleos múltiplos se localizam na periferia da fibra, próximo ao sarcolema. O citoplasma da fibra muscular é denominado sarcoplasma, que contém muitas mitocôndrias, pois produzem grande quantidade de ATP durante a contração muscular (TORTORA et al., 2006). Estendendo-se por todo sarcoplasma, está o retículo sarcoplasmático, uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por fluídos (similares ao retículo endoplasmático liso), que armazena os íons cálcio necessários à contração muscular. Também no sarcoplasma se encontram numerosas moléculas de mioglobina, um pigmento avermelhado semelhante à hemoglobina do sangue. Além da cor característica que empresta ao músculo esquelético, a mioglobina armazena o oxigênio até que o mesmo seja necessário para a mitocôndria gerar ATP (TORTORA et al., 2006). 11 FIGURA 3. Microestrutura do músculo esquelético. FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. Outro componente da fibra muscular se estende por todo o comprimento, de formacilíndrica e são denominadas miofibrilas. Cada estrutura desta, por sua vez, (Figura 3) consiste em dois tipos de filamentos proteicos, que são filamentos delgados e filamentos espessos que não se estendem por todo o comprimento de uma fibra muscular (TORTORA et al., 2006). FIGURA 4. Filamento de actina. FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. Esses filamentos de forma sobreposta (Figura 4), de formas específicas são chamados de sarcômeros, que são as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas (TORTORA et al., 2006). Os sarcômeros são separados um do outro por zonas sinuosas em forma de ziguezague, de material denso denominado discos Z (linhas Z) Dentro de cada sarcômero, (Figura 5) há uma área escura (banda A), que se estende por todo o comprimento dos filamentos espessos. Encontra-se uma estreita zona H (banda H) no centro de cada banda A, que contém os filamentos espessos. Em ambas as extremidades da banda A, os filamentos delgados e espessos se sobrepõem. Uma área de cor mais clara em cada lado da banda A, denominados Banda I, é composta de filamentos delgados. Cada banda I 12 estende-se em dois sarcômeros, sendo dividida ao meio por um disco Z. A alternância das cores de uma banda para a outra dá à fibra muscular, o seu aspecto estriado (TORTORA et al., 2006). FIGURA 5. Miofibrila dividida em zonas FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. Nos filamentos espessos há miosinas, que são proteínas. Os filamentos delgados são ancorados nos discos Z. Seu principal componente é a proteína actina; existem outros dois tipos: a tropomiosina e a troponina, que juntas recobrem os sítios de ligação de miosina e actina. Nas fibras musculares, elas são os componentes responsáveis pelo relaxamento da musculatura (TORTORA et al., 2006). FIGURA 6. Exemplo de Filamentos finos e espessos FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. 4. AS QUATRO PROPRIEDADES FUNCIONAIS A principal característica do tecido muscular é a contratilidade. Por causa dela, esse tecido é capaz de fornecer a habilidade de locomoção aos seres vivos (KIERSZENBAUM,2008). Há três tipos de tecido muscular com diferenças ao nível da sua estrutura e funcionalidade, são eles: tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco e tecido muscular liso (ALVES, 2013). 13 O tecido muscular estriado esquelético tem ação voluntária, enquanto os outros dois é involuntária. Há uma quantidade muito grande de mitocôndrias no tecido muscular, isso porque as células desse tecido gastam muita energia (KIERSZENBAUM, 2008). Quanto às propriedades funcionais dos músculos, pode-se dizer que o músculo estriado esquelético é muito resistente e pode ser alongado e encurtado em velocidades diferenciadas sem que ocorram grandes danos ao tecido. O desempenho das fibras em situações de velocidade e carga variáveis é determinado por quatro propriedades do tecido muscular esquelético: Irritabilidade: capacidade de responder aos estímulos. Em um músculo a estimulação é feita por um neurotransmissor químico. Como um tecido excitável, o músculo esquelético pode ser recrutado rapidamente, com significante controle sobre quais e quantas fibras musculares serão estimuladas para um movimento; Contratilidade: capacidade de um músculo para encurtar-se quando o tecido muscular recebe estimulação suficiente. Alguns músculos podem encurtar-se até 50 a 70% do seu comprimento de repouso. A média para todos os músculos é de 57% do comprimento de repouso. A distância que o músculo se encurta é geralmente limitada pelas restrições físicas do corpo; Elasticidade: capacidade da fibra muscular para retornar ao seu comprimento de repouso depois que a força de alongamento do músculo é removida; Extensibilidade: capacidade do músculo para alongar-se além do comprimento de repouso (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013). 5. ORIGEM DAS FIBRAS MUSCULARES A fibra muscular nada mais é do que a célula muscular (que é uma célula multi-nucleada); As miofibrilas são importantes para contração; União de várias fibras musculares formam um feixe muscular; 14 Cada fibra muscular é envolta por um tecido conjuntivo chamado de endomísio, por onde os capilares penetram (esses capilares devem ser flexíveis, para conseguirem aguentar a contração e o relaxamento do tecido); Envolvendo um conjunto de fibras musculares tem o perimísio, que é um tecido conjuntivo mais frouxo; Envolvendo vários feixes têm o epimísio, que é um tecido conjuntivo denso e rico em fibras colágenas (KIERSZENBAUM, 2008). As células musculares têm origem mesodérmica, formato alongado e graças à presença de filamentos de proteínas (chamados de miofibrilas ou miofilamentos) no citoplasma, as mesmas conseguem se contrair. Sendo que, os filamentos são compostos por diversos tipos de proteínas; sendo encontrados em maior quantidade a miosina e a actina. Na fase embrionária, as células musculares estriadas esqueléticas são formadas pela fusão de mioblastos. Isso produz um miotubo que amadurece e se transforma em uma célula muscular longa. Uma célula muscular estriada esquelética pode chegar a ter vários centímetros (KIERSZENBAUM, 2008). 5.1. Organização das Fibras Musculares As células musculares podem organizar três tipos diferentes de tecido. O primeiro é o músculo liso, o qual possui células fusiformes e contração involuntária, com um único núcleo alongado e sem estriações transversais. O segundo é o músculo estriado esquelético, o qual é formado por células longas, multinucleadas e de contração voluntária, seus núcleos se localizam na periferia da célula, apresenta-se com estriações transversais. Por fim o músculo estriado cardíaco, o qual apresenta células também longas, podendo ser bifurcadas, mono ou binucleadas e de contração involuntária e rítmica. As células se apresentam com estriações transversais e discos intercalares, o que ultraestruturalmente são elementos do complexo juncional (UNIGRANRIO, 2015). 15 FIGURA 7 - Organização da fibra muscular. FONTE: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php O aspecto estriado das fibras musculares estriadas, se dá pela organização ultraestrutural dos miofilamentos e proteínas de ligação na unidade morfofuncional destas células, o sarcômero (Figura 7). O sarcômero é delimitado por duas linhas Z e partindo destas linhas observamos filamentos finos (actina) e entre estes, encontramos os filamentos espessos (miosina). O processo de contração muscular se dá pelo tracionamento dos filamentos de miosina em relação aos de actina, encurtando desta maneira o sarcômero. Durante o relaxamento, observamos o movimento inverso, havendo então, o restabelecimento do tamanho do sarcômero em repouso. As células musculares lisas, não possuem essa organização sarcomérica, logo seu mecanismo de contração é diferenciado (UNIGRANRIO, 2015). 6. HIPERTROFIA A adaptação do organismo ao estímulo de sobrecarga tensional é a síntese de proteína contrátil miofibrilar, sendo este o mecanismo mais importante para hipertrofia do músculo esquelético. A resposta metabólica ao 16 treinamento, também contribui para a hipertrofia da fibra muscular, principalmente devido ao estímulo para o aumento do volume, o número das mitocôndrias, e ao acúmulo de glicogênio e água. Com isso, observa-se um aumentoda resistência, aeróbia ou anaeróbia, dependendo do tipo de esforço envolvido no treinamento. A molécula do glicogênio carrega quase três gramas de água, compreende-se, o grande aumento do conteúdo de água intracelular resultante desse processo. Por razões diversas, a sobrecarga metabólica anaeróbia, associa-se com maior grau de hipertrofia muscular do que a aeróbia. As mitocôndrias e a vascularização aumentam a sobrecarga metabólica anaeróbia, em função da ativação paralela do metabolismo aeróbio (TAVARES, 2016). À capacidade do músculo esquelético de se adaptar às demandas funcionais que o organismo impõe, damos o nome de “plasticidade muscular”. Esse mecanismo de adaptação das proteínas componentes dos miofilamentos, obedece à imposições hormonais e do exercício (TAVARES, 2016). Ao contrário, um músculo que perde inervação, ou que é mantido imobilizado, pode sofrer o processo chamado de hipertrofia ou atrofia muscular, que se caracteriza pela perda da massa muscular (diminuição do conteúdo proteico da célula muscular) (TAVARES, 2016). O peso utilizado, deve ser controlado em todos os exercícios. Para evitar o traumatismo ortopédico das estruturas articulares, nenhum movimento rápido ou impetuoso deve ser feito durante os exercícios. Os pesos maiores podem prejudicar o esqueleto e as estruturas articulares em desenvolvimento (PETERSON et. al., 2001). Os programas de treinamentos de força devem começar com exercícios que trabalham músculos maiores e, em seguida, passar para os que utilizam músculos menores. A maior parte dos exercícios de treinamento de força é planejada para desenvolver os músculos maiores. Se você interromper um exercício de um músculo grande, você compromete os possíveis ganhos relativos ao músculo maior (PETERSON et. al., 2001). 17 CONCLUSÃO Neste Trabalho, estudamos sobre o Tecido Muscular. A principal característica do tecido muscular é a contratilidade; que promove a habilidade de locomoção. O tecido muscular, é dividido em dividido em 3 tipos distintos. Neste caso específico, o tecido envolvido é o Estriado Esquelético. O tecido muscular estriado esquelético, tem ação voluntária, enquanto nos outros dois, é involuntária. Ele é muito resistente e pode ser alongado e encurtado em velocidades diferentes, sem que ocorram grandes danos ao tecido. Neste tecido, encontramos fibras ou células musculares: brancas e vermelhas. As células brancas, são fortes e rápidas, que se cansam rapidamente, enquanto as células vermelhas, são caracterizadas primeiramente por sua endurance; pois tem mais componentes que fornecem energia. Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai. O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles. Os movimentos podem ser de flexão, extensão, abdução, adução, rotação (interna e externa), pronação e supinação. Para que ocorra os movimentos de flexão do cotovelo e a supinação da mão, ao levantar peso e depois voltar à posição inicial; é necessária a interação de inúmeros músculos, nervos, vasos sanguíneos, articulações e ossos; desde o ombro e clavícula, até a mão. Todos agindo em sintonia, em ritmicidade,; contraindo e relaxando, sendo devidamente estimulados. Então podemos concluir que todo nosso corpo, trabalha em sincronismo e sintonia. Cada parte é diretamente ligada e dependente de outras. 18 BIBLIOGRAFIA ALVES, J.V. O Músculo Estriado Esquelético Strength Conditioning Science: Propriedades, Função e Arquitetura Muscular. São Paulo. p. 42. 2013. ANATOMIA ON LINE. Articulações. Superiores. Disponível em: < http://anatomiaonline.com/articulacoes/superior/superior.html> Acesso em 10 novembro de 2017. BEHNKE, S.Robert. Estruturas. Anatomia do Movimento. p. 30 a 35. Editora Artmed Grupo A. 2014. p. 30 a 35. BURKITT, H. George; WHEATER, Paul R.; YOUNG, Barbara; HEATH, John W. Histologia funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. 409p. FIGURA 1. Ossos do cotovelo em 90º de flexão. Disponível em: <https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema- articular/diartroses/cotovelo/> Acesso em 27 de outubro de 2017. FIGURA 2. Ossos do punho e da Mão. Disponível em: <https://www.Maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036-4.pdf> Acesso em 26 de outubro de 2017. FIGURA 3. Microestrutura do músculo esquelético. Disponível em: <http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo> Acesso em 30 de outubro de 2017. FIGURA 4. Filamento de actina. Disponível em: <http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo> Acesso em 25 de outubro de 2017. FIGURA 5. Miofibrila dividida em zonas. Disponível em: <http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo> Acesso em 03 de novembro de 2017. FIGURA 6. Exemplo de Filamentos finos e espessos. Disponível em: <http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo> Acesso em 03 de novembro de 2017. FIGURA 7. Organização da fibra muscular. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php> Acesso em 04 de novembro de 2017. 19 KIERSZENBAUM, A. Histologia e Biologia Celular: Uma introdução à patologia. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora. 2008. p. 199 a 222. MAXWELL. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio. 2005. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036_4.PDF> Acesso em 29 outubro de 2017. PETERSON, J. A.; BRYANT, C. X.; PETERSON, S. L. Treinamento de Força: Para Mulheres. 1ª ed. São Paulo. Editora Manole. 2001 PORTAL DA EDUCAÇÃO. Músculos. Características Funcionais. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/musculoscaracte risticas-funcionais/34268>Acesso em 30 outubro de 2017. TAVARES, MARCOS. Hipertrofia Muscular. Disponível em: <http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm>Acesso em 28 de outubro de 2017. TORTORA. Gerard. REYNOLD. Sandra. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6° ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. UNIGRANRIO. Atlas de Morfologia Comparada. Disponível em: <http://www2.unigranrio.br/altas-mofologia-comparada/interna6.html>Acesso em 26 de outubro de 2017. WIRHED, R. F. L. Tit. Athletic Ability: and the Anatomy of Motion. 2ª edição brasileira. São Paulo. Editora Manole Ltda, 2002.
Compartilhar