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Importância do Estudo de Invasões Biológicas da origem à atualidade

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Nome: Fernanda Costa Lima da Silveira
Matrícula: 14/0039384
Apesar das primeiras menções sobre invasões biológicas datarem da época de Charles Darwin, foi apenas em 1958, com a publicação do livro The Ecology of Invasion by Animals and Plants pelo biólogo Charles Elton, que tal campo começou a ser estudado de forma sistemática e interdisciplinar.
Com o advento da globalização, do comércio internacional, da modernização e expansão dos meios de transporte, da agricultura, pesca esportiva, controle biológico, dentre outras atividades humanas em crescimento, a escala do transporte de espécies entre regiões biogeográficas, ou mesmo dentro de uma mesma região, se tornou cada vez maior. Sendo um campo de estudo recente, até pouco tempo atrás eram ignorados os possíveis impactos que poderiam ser causados com a introdução de espécies em outros habitats. Hoje, contudo, as invasões biológicas fazem parte dos problemas ecológicos mais importantes a serem tratados em escala mundial.
Espécies invasoras, num geral, são importantes fatores nos processos de desequilíbrios ecológicos e homogeinização biótica - redução na diversidade biológica de diferentes biomas -, podendo afetar também diversas atividades humanas e causar severos prejuízos ambientais e socioeconômicos. Até mesmo espécies introduzidas de forma bem intencionada, de maneira inicialmente controlada, podem acabar por causar consequências graves e muitas vezes irreversíveis. Embora as introduções de espécies não-nativas possam ocorrer de forma proposital, muitas vezes elas acontecem de maneira não intencional, como no caso da água de lastro. Sendo um campo de estudo incipiente, as legislações regionais, nacionais e internacionais a respeito do transporte e introdução de espécies em diferentes locais ainda não são bem estabelecidas. Embora o Brasil seja signatário da Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica (Eco - 1992), que determina a adoção de medidas preventivas, além do controle e erradicação de espécies exóticas que possam interferir e prejudicar a biodiversidade e os ecossistemas locais, ainda são raras as ações de fato eficientes e efetivas no que diz respeito a esse problema. 
Além da prevenção e controle de impactos importantes causados por espécies invasoras, o estudo das invasões biológicas tem trazido importantes conceitos, metodologias e discussões para a ecologia como um todo. Uma delas se trata da “hipótese de resistência biótica”, que propõe que comunidades com maior riqueza de espécies seriam mais capazes de resistir a perturbações e novas invasões. Apesar de existirem hipóteses opostas a essa proposição, esse novo campo de estudo abriu portas para novas possibilidades de pesquisas em diversas áreas da biologia. 
Em relação às ciências da saúde, o estudo das invasões biológicas também pode ser de grande importância, impactando positivamente estudos epidemiológicos, levando à determinação e a medidas de controle de potenciais vetores e patógenos não-nativos que afetam populações locais.
Na área da agropecuária, o estudo de espécies invasoras que se tornam pragas e prejudicam plantações pode ter um impacto econômico bastante positivo, ao andar de mãos dadas com medidas preventivas e propostas de controle e manejo.
Ainda que seja um campo de estudo cuja importância ainda não é devidamente reconhecida, é importante que lideranças políticas e econômicas, dialogando com a comunidade científica e com órgãos responsáveis, tomem partido e ações conscientes no que se trata da prevenção e controle de invasões. Tais medidas podem evitar que calamidades ambientais e socioeconômicas se repitam ou aconteçam de maneira ainda mais grave, de forma que o crescimento populacional humano e o desenvolvimento cada vez maior da tecnologia não seja acompanhado de desastres com consequências irreversíveis.

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