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sistema urinario e reprodutor

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Escola Técnica Vencer 
Anatomia III
Turma: ENF19
Thainara Gomes dos Reis 
Sistema urinário e Reprodutor
O objetivo deste trabalho é relatar sobre o sistema urinário, que é responsável pela excreção e equilíbrio químico do corpo humano. Relatando também sobre o sistema reprodutor, que tem como finalidade a reprodução, sistemas que ambos são feminino e masculino.
Rio de Janeiro 
2018
SUMÁRIO
1. Sistema Urinário
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	O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato e etc. Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Os órgãos urinários compreendem os rins, que produzem a urina, os ureteres, que transportam a urina para a bexiga, onde fica retida por algum tempo, e a uretra, através da qual é expelida do corpo. 
	Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo.
1.1 Funcionamento do Sistema Urinário
	Se cortarmos o rim na vertical, veremos que ele possui duas importantes regiões: o córtex, área avermelhada externa do rim e a medula, área marrom-avermelhada, mais interna. São elas que constituem a parte funcional do rim. Dentro de cada rim, existem vários néfrons, que é uma unidade que produz a urina.
	Quando o sangue é filtrado pelos rins, vindo das artérias renais, dentro deles existem várias ramificações dessas artérias; o sangue sai por elas e é conduzido por meio de um vaso que passa por várias ramificações e o líquido passa por um processo denominado filtração, sendo chamado de filtrado glomerular. Nos néfrons, se localizam tubos responsáveis por fazer a reabsorção de algumas substâncias do corpo, como a glicose, a água, etc.
	Ao longo desses tubos, chamado de tubos néfricos, a urina vai pelo duto coletor, onde mais água é reabsorvida. Esses recebem a urina de diversos néfrons, por onde ela é conduzida para as pelves renais e, em seguida, para o ureter, posteriormente ficando armazenada na bexiga, até sua eliminação pela uretra.
	A regulação do funcionamento da urina ocorre de acordo com a quantidade de líquidos que o corpo absorve, ou seja, quanto menos líquidos você ingere, mais concentrada será sua urina, adquirindo uma cor mais amarelo queimado e quanto mais você ingere líquidos, menos concentrada será sua urina, adquirindo uma cor mais clara. O principal agente regulador é chamado de hormônio ADH (antidiurético). É nesse sistema que doenças como o cálculo rena, a cistite e a nefrite se instalam.
1.2 Principais funções
	Produzir, armazenar (na bexiga) e eliminar a urina;
	Eliminar, através da urina, resíduos que não são utilizados pelo organismo;
	Regular o volume e composição química do sangue;
	Auxiliar na produção e regulação das hemácias (células sanguíneas vermelhas);
	Proporcionar o equilíbrio de minerais (sódio, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, etc.).
2. Rins
	Principais componentes do sistema urinário, os rins são dois órgãos glandulares, profundamente situados no abdômen, aos lados da coluna vertebral. Têm cor vermelho-escuro e aspecto de um grão de feijão. Notam-se em cada rim: duas faces, uma anterior, outra posterior; dois polos, um superior, outro inferior; duas bordas, uma externa ou convexa, outra interna ou côncava. A parte média da borda interna, por onde passam os vasos renais, é o hilo do rim.
	Fazendo-se um corte vertical do rim, passando pelas suas bordas, pode-se verificar que há, no órgão, duas zonas: 1) uma zona interna ou tubulosa, vermelho-escuro, chamada zona medular, na qual se veem nitidamente algumas pirâmides de Malpighi, de base voltada para fora, e cujo ápice (papila) apresenta numerosos orifícios (poros urinários) abrindo-se nos cálices renais; 2) uma zona cortical, amarelada, na qual, acompanhado de tubos, se veem granulações avermelhadas, os corpúsculos de Malpighi.
2.1 Anatomia interna dos rins 
	Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom-avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamado papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais. Juntos, o córtex e as pirâmides da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins - os NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides. 
	Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal. 
2.3 Funções dos rins
	Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins incluem:
	Regulação da composição iônica do sangue.
	Manutenção da osmolaridade do sangue.
	Regulação do volume sanguíneo.
	Regulação da pressão arterial
	Regulação do pH do sangue
	Liberação hormonal.
	Regulação do nível de glicose no sangue.
	Excreção de resíduos e substâncias estranhas.
2.4 Glândulas suprarrenais
	As glândulas suprarrenais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula suprarrenal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula suprarrenais, ambas produzindo diferentes hormônios.
	O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não são essenciais para a vida. A medula pode ser removida, sem causar efeitos que comprometem a vida. A medula suprarrenal secreta dois hormônios: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex secreta os esteroides.
2.5 Néfrons
	O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de um milhão de néfrons. A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. Ele é formado por dois componentes principais:
Corpúsculo Renal:
	Cápsula Glomerular (de Bowman);
	Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular.
Túbulo Renal:
	Túbulo contorcido proximal;
	Alça do Néfron (de Henle);
	Túbulo contorcido distal;
	Túbulo coletor.
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2.6 Tubo urinífero
	O estudo pormenorizado do rim revela que este órgão é formado, essencialmente, de tubos mais ou menos tortuosos, os tubos uriníferos. Cada tubo urinífero se inicia num corpúsculo de Malpighi (portanto, na zona cortical) e termina numa papila, por um dos orifícios que se abrem nos cálices. As várias partes do tubo urinífero tomam os nomes de: tubo contornado, alça
de Henle, peça intermediária, canal de união, tubo coletor. Cada rim é formado por alguns milhões de tubos uriníferos.
2.7 Circulação renal
	O tubo urinífero recebe uma arteríola aferente, que, chegando ao início do tubo (corpúsculo de Malpighi, se resolve em capilares, os quais se entrelaçam intimamente, para formar uma espécie de novelo, chamado glomérulo. Os capilares do glomérulo unem-se de novo uns com os outros, e dão origem a uma artéria (e não, como de costume, a uma veia), artéria eferente que se dirige para os tubos contornados, alça de Henle, etc. aí se capilarizando de novo, e dando nascimento, afinal, a uma veia.
3. Bexiga
	A bexiga é um reservatório musculomembranoso considerado o ponto central do sistema urinário. Destinado a recolher a urina que se vai produzindo, e a conservá-la até o momento da sua expulsão. A bexiga, que, ao contrário dos ureteres, é um órgão ímpar, está situada na cavidade pélvica, por detrás da sínfise púbica. Sua capacidade regula 250 centímetros cúbicos, podendo, porém, se as paredes se distenderem, contiver volume maior, até 350 centímetros cúbicos.
	Em casos patológicos, tem ela alcançado capacidades muito grandes, de 10 e mesmo 20 litros. A bexiga apresenta três orifícios: os dois de desembocadura dos ureteres e o orifício de início da uretra, todos na face inferior do órgão.
	A espessura das paredes da bexiga, de mais de 1 centímetro quando o órgão está vazio, reduz-se a 3 ou 4 milímetros quando a bexiga se distende pela plenitude. Há, nas paredes, três túnicas: uma externa, ou serosa, dobra do peritônio; uma nédia, ou musculosa, de fibras lisas, em três camadas; e uma interna, mucosa, de epitélio estratificado pavimentoso.
3.1 Ureteres
	São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. A pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. Descendo obliquamente e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária. Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta a gravidade e ao peristaltismo. 
3.2 Uretra
	A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois sexos. 
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3.3 Diferença entre a uretra masculina e a feminina
	A uretra é um canal membranoso, que faz parte do sistema urinário, que é parte importante do trabalho do médico urologista. O órgão se inicia na bexiga e termina no pênis ou na vulva. É a última parte das vias urinárias e por onde a urina é eliminada. Nas mulheres, a uretra tem apenas a função de levar a urina para fora do corpo. Já nos homens, há ainda a função reprodutiva.
	A uretra feminina é mais simples que a masculina: localiza-se logo atrás do púbis e antes da vagina. Na mulher, a uretra é mais curta com certa de 5 cm de comprimento e 8 mm de diâmetro. Enquanto que a uretra masculina é mais complexa e tem cerca de 16 cm e de 8 e 10 mm de diâmetro, desde a bexiga até o final do pênis.
	A uretra masculina tem três partes: prostática, membranosa e esponjosa. A primeira inicia-se logo após a saída do colo vesical até a extremidade inferior da próstata, atravessando a glândula prostática. A segunda está envolvida por uma densa camada de músculo esquelético, que constitui o esfíncter externo uretral (o esfíncter voluntário), e vai desde a próstata até a raiz do pênis. A terceira é a mais longa, segue o corpo esponjoso do pênis e termina no meato da glande.
	No homem, a uretra é a parte final do sistema reprodutor. Na região média, os espermatozoides passam até chegar à próstata. Já na mulher, a uretra desce em direção reta até a vulva, sem passar pelos órgãos reprodutores.
	Patologias relacionadas comuns nas mulheres são: incontinência urinária; as infecções, chamadas uretrites; as fístulas; os divertículos, que são saculações da parede do órgão, e mais raramente as estenoses. Nos homens vemos mais comumente as estenoses; uretrites; condilomas virais (HPV); estenose do meato uretral, hipospádias.
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4. A urina no Sistema Urinário
	A urina representa, como vimos, um produto de desassimilação do organismo, retirado do sangue pelos rins e eliminado pelas vias urinárias. Ao passar pelos rins, o sangue sofre duas capilarizações, que não só retardam a circulação, como ainda aumentam a pressão no interior dos vasos. Resultado final do sistema urinário, a urina nada mais é do que o descarte realizado pelo corpo.
	Nestas duas capilarizações, uma no glomérulo de Malpighi, outra em torno do tubo urinífero, a água atravessa as paredes capilares e penetra nos tubos renais; ao mesmo tempo, as células do epitélio dos tubos retiram do sangue, por um dos seus pólos, os produtos de desassimilação (ureia, ácido úrico, etc.) e, pelo outro pólos, lançam tais produtos no interior dos tubos. Da urina segue até as papilas, é despejada nos cálices, bacinete, ureter, bexiga. A bexiga armazena a urina até que se encha, momento em que a distensão de suas paredes provoca uma sensação especial, obrigando o indivíduo a procurar esvaziá-la.
4.1 Formação da urina
	Nas duas capilarizações acima referidas, os vasos sanguíneos entram em íntima relação com as paredes do tubo urinífero; ou, melhor, com o epitélio deste. Nestas duas oportunidades, as células epiteliais do tubo retiram do sangue, por um dos pólos, os produtos de assimilação, que, pelo polo oposto, lançam no tubo urinífero. Vai-se formando desta maneira a urina, a qual enche os tubos e, caminhando por eles, chega à papila, e é despejada nos cálices.
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5. Sistema urinário feminino
	O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.
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6. Sistema urinário masculino
	O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. 
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7. Doenças do sistema urinário
	Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra). 
Doenças Renais:
	Nefrite
	A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.
	Hipertensão Arterial e Problemas Renais
	
	Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se acumulam no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças renais.
Infecções Bacterianas
	Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da uretra causando infecção bacteriana.
8. Doenças nas Vias Urinárias
	Cálculos Renais
Popularmente conhecido como “pedra nos rins”, os cálculos renais podem se alojar nos rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados
na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina). 
	Cistite
A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.
	Uretite
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A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente junto com a cistite.
9. Sistema Reprodutor
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	O sistema reprodutor humano é importante para a manutenção da vida na Terra. O ser humano apresenta a reprodução sexuada e é por meio dela que existe uma troca de material genético entre indivíduos da mesma espécie. Através da junção do óvulo (células-tronco que possuem no seu interior os nutrientes essenciais para o desenvolvimento do embrião) com os espermatozoides (células pequenas), pode-se criar um ser humano. Quando isso não acontece de modo natural é utilizado o método da inseminação artificial em casos de infertilidade do casal.
10. Sistema reprodutor feminino
	O aparelho reprodutor feminino participa do processo de reprodução exercendo isoladamente as seguintes funções: ovulação, ou produção do óvulo; fecundação, que é a conjugação dos fatores hereditários do espermatozoide masculino com o óvulo feminino; nidação, ou acomodação do óvulo fecundado; gestação, ou desenvolvimento do embrião (que recebe o nome de feto a partir do segundo mês de vida intrauterina); parto, que consiste na expulsão da criança, já perfeitamente apta a desempenhar as funções vitais fora do organismo da mãe. 
10.1 Desenvolvimento do sistema reprodutor feminino
	Todas essas múltiplas funções podem ser desempenhadas durante a fase de fecundidade da vida da mulher. Nas mulheres brasileiras, essa fase geralmente se inicia entre os 2 e os 16 anos. E quando se completa o desenvolvimento do aparelho genital feminino, que sofreu profundas modificações durante a puberdade.
	Por 30 a 35 anos, desenvolve-se o trabalho cíclico e regular dos órgãos genitais, o que determina o período fértil da vida da mulher. A última menstruação – menopausa – é o clímax de um processo de transição – o climatério – em que as funções genitais vão gradualmente declinando. Contudo, durante e depois do climatério, a mulher mantém as condições de uma vida sexual ativa.
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11. Ovários
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	O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente 3 cm de comprimento, 2 cm de largura e 1,5 cm de espessura. Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta. Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e abaixo.
	Comparada a amêndoa uma borda seria anterior e outra posterior, o condiciona para que uma face seja lateral e outra medial. A borda medial prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é denominada de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é conhecida por borda livre. A borda mesovárica representa o Hilo do Ovário é por ele que entram e saem os vasos ováricos. A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina.
	O ovário está preso ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos, cujo conjunto pode ser grosseiramente comparado aos cabos dos bondes aéreos, sendo o bonde, o ovário; o segmento do cabo que liga à parede pelvina é denominado ligamento suspensor do ovário e a porção do cabo que vai ter ao útero é o ligamento do ovário. O Ligamento Suspensor do Ovário estende-se da fáscia do músculo psoas maior à extremidade tubal do ovário, enquanto o Ligamento Próprio do Ovário vai de sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da tuba uterina. E percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia ovárica irrigam esse órgão.
	Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno. Esses hormônios transformam a “menina” em “mulher”. O número total de folículos nos dois ovários da criança recém-nascida é estimado em dois milhões, porém a maioria sofrerá um processo degenerativo, sendo que na época da puberdade restam apenas cerca de 300.000 folículos. Essa regressão folicular ocorre durante toda a vida, desde a menarca (primeira menstruação) até a menopausa (última menstruação). Distinguem-se os folículos primários, os folículos em crescimento e os folículos maduros ou de Graaf. A regressão pode atingir qualquer tipo de folículo, desde os primários até os quase completamente maduros. Como em geral apenas um ovócito é liberado pelos ovários em cada ciclo menstrual (duração média 28 dias) e a vida reprodutiva da mulher é de 30 a 40 anos, o total de ovócitos liberados é de aproximadamente 450. Os demais folículos, com seus ovócitos, degeneram e desaparecem. 
	À medida que um folículo cresce, principalmente pelo aumento de células granulosas, surgem acúmulo de líquido entre essas células (líquido folicular). As cavidades contendo líquido confluem e acabam formando uma cavidade única, o antro folicular. O líquido folicular contém proteoglicanas, diversas proteínas e altos teores dos hormônios esteroides, progesterona, estrógenos e andrógenos. As células foliculares da primeira camada em volta do ovócito e, portanto, em contato com a zona pelúcida tornam-se alongadas e formam a corona radiata, que acompanha quando este deixa o ovário. 
ESTRUTURA INTERNA DOS OVÁRIOS
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11.1 Ovulação
	Ocorre na ruptura do folículo maduro com liberação do ovócito, que será colhido pela extremidade dilatada na trompa uterina. A ovulação ocorre aproximadamente no meio do ciclo menstrual, portanto em torno do 14o dia, considerando-se o ciclo de 28 dias, que é o mais frequente. A ovulação ocorre através da pressão exercida pelo folículo maduro na superfície do ovário fazendo com que se inicie uma isquemia o que contribui para o enfraquecimento dos tecidos, facilitando a saída do ovócito. No ovário (o local de onde sai o óvulo) surge o corpo lúteo ou amarelo– uma estrutura amarelada que passa a produzir o estrogênio e progesterona. Esses hormônios atuam juntos, preparando o útero para uma possível gravidez, além disso, o estrogênio estimula o aparecimento das características sexuais femininas secundárias.
	O óvulo liberado é “captado” por uma das tubas uterinas, que ligam os ovários ao útero. Revestindo essas tubas internamente, existem células com cílios que favorecem o deslocamento do óvulo até a cavidade do útero.
11.2 Pós-ovulação
	Após a ovulação, as células foliculares e as da teca interna que permanecem no ovário dão origem a uma glândula endócrina temporária, denominada corpo lúteo (corpo amarelo). O corpo lúteo se localiza no cortical do ovário e secreta progesterona e estrógenos, que atuam sobre a mucosa uterina, estimulando a secreção de suas glândulas. Além disso, a progesterona impede o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a ovulação. As células foliculares não se dividem depois da ovulação, mas aumentam muito de volume e adquirem as características de células secretoras de hormônios esteroides. A progesterona é responsável pelas alterações que ocorrem no endométrio (mucosa que reveste o interior do útero), tornando-o mais espesso, com um maior número de vasos sanguíneos, água e glicogênio. Estas transformações têm como objetivo preparar o útero para receber um óvulo fertilizado, criando as condições para o início de uma gravidez.
	Ao fim de 14 dias, cessa a produção de progesterona, caso não se inicie uma gravidez. Dá-se uma queda do nível das hormonas no sangue e, consequentemente, a descamação do endométrio, ocorrendo a menstruação e iniciando-se um novo ciclo menstrual.
11.3 O corpo lúteo
O corpo lúteo, também conhecido como corpo amarelo (pois possui uma coloração amarelada, devido ao hormônio luteína presente nele), é uma estrutura endócrina temporária existente nas fêmeas de mamíferos, relacionada com a produção do hormônio progesterona, necessário para a manutenção da gestação.
	Sua formação se dá após a ovulação, quando as células da granulosa e as células da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam dão origem a uma glândula endócrina temporária, localizada na camada cortical do ovário.
	A liberação do fluído folicular resulta em um colapso da parede do folículo, que se torna pregueada. Em consequência da ovulação, um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular, onde coagula e é depois invadido por tecido conjuntivo. Esse tecido conjuntivo, com restos de coágulo de sangue que são gradualmente removidos, forma a parte mais central do corpo lúteo.
	Mesmo que as células da granulosa não se dividam após a ovulação, elas aumentam muito de tamanho, compondo, aproximadamente, 80% do parênquima do corpo lúteo e passam a receber o nome de células da granulosa-luteínicas, com características de células secretoras de esteroides.
As células localizadas na teca interna também contribuem para a formação do corpo lúteo, originando as células teca-luteínicas. Estas são similares as células granulosa-luteínicas, mas são menores; tendem a se acumularem nas pregas na parede do corpo lúteo.
	Os vasos sanguíneos e linfáticos, que eram restritos à teca interna, agora crescem, dirigem-se para o interior do corpo lúteo e formam uma abundante rede vascular. A reorganização do folículo ovulado e o desenvolvimento do corpo lúteo resultam de estímulos pelo hormônio luteinizante (LH) liberado antes da ovulação. Ainda sob efeito do LH, as células modificam seus componentes enzimáticos e começam a secretar progesterona e estrógeno.
	O destino do corpo lúteo é dependente dos estímulos que ele receberá após a sua formação. Pelo estímulo inicial de LH (hormônio responsável pela ovulação) o corpo lúteo é programado para secretar durante 10-12 dias. Caso não haja nenhum estímulo adicional, suas células se degeneram por apoptose. Isso ocorre quando uma gestação não se estabelece. Umas das consequências da secreção decrescente de progesterona é a menstruação. Altas taxas de progesterona circulante inibem a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) pela hipófise. No entanto, após a degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento de outro grupo de folículos e iniciando o ciclo menstrual seguinte.
	O corpo lúteo que dura só parte de um ciclo menstrual é denominado corpo lúteo de menstruação, sendo seus restos fago citados por macrófagos. Fibroblastos invadem a área e produzam uma cicatriz de tecido conjuntivo denso, que recebe o nome de corpo albicans. Quando haja instalação da gravidez, a mucosa uterina não pode descamar, pois caso isso ocorra, o embrião implantado morre e a gestação resulta em aborto. Um sinal para o corpo lúteo é dado pelo embrião implantado, cujas células trofoblásticas sintetizam um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (HCG). A ação do hormônio HCG é semelhante à do LH, levando ao estímulo do corpo lúteo. Assim, o HCG impede que o corpo lúteo degenere, resultando em crescimento adicional desta glândula endócrina e estimula a secreção de progesterona. Este último hormônio, além de manter a mucosa uterina, também estimula a secreção das glândulas uterinas, o que aparentemente é importante na nutrição do embrião antes da placenta se tornar funcional. Este é o corpo lúteo da gravidez, que persiste durante 4 a 5 meses na mulher, degenerando em seguida, sendo substituído por um corpo albicans.
CICLO OVARIANO 
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11.4 Oviductos 
	A trompa uterina ou oviducto é um tubo musculomembranoso de grande mobilidade, com cerca de 12 cm de comprimento. Uma de suas extremidades abre-se na cavidade peritoneal, próximo ao ovário, e a outra atravessa a parede do útero e abre-se no interior desse órgão. O oviducto divide-se em quatro segmentos chamados: intramural (localiza-se no interior da parede uterina), istmo (formado pelo terço da trompa adjacente), ampola e infundíbulo (tem a forma de um funil e localiza-se próximo ao ovário). A extremidade livre do infundíbulo, que é a mais larga, apresenta prolongamentos em forma de franjas (fímbrias). A parede da trompa é formada por uma camada mucosa, uma muscular e uma serosa representada pelo peritônio.
	Quando ocorre a ovulação a trompa uterina recebe o ovócito expulso pelo ovário e o conduz na direção do útero. Sua luz representa um ambiente adequado à fertilização, e a secreção aí contida contribui para a proteção e nutrição do ovócito, bem como para a ativação do espermatozoide. 
	Na época da ovulação, a trompa movimenta-se de modo regular pela contração de sua musculatura. As fímbrias do infundíbulo aproximam-se da superfície do ovário e sua forma de funil facilita a captação do ovócito liberado. A trompa também apresenta ondas de contração iniciadas no infundíbulo e que se dirigem na direção do útero. Essas ondas, auxiliadas pela atividade ciliar do epitélio, parecem ser de grande importância na movimentação do embrião no sentido do útero.
12. Útero
	Tem a forma de uma pêra, com uma porção dilatada, o corpo, cuja parte superior é o fundo do útero e uma parte inferior cilíndrica que se abre na vagina, a cérvix ou colo do uterino. A parede do útero é relativamente espessa e constituída por três túnicas, que, de fora para dentro são: 1a ) serosa (tecido conjuntivo e mesotélio) ou adventícia (tecido conjuntivo), conforme a região do órgão considerada; 2a ) miométrio (túnica de músculo liso); e 3a ) endométrio (mucosa).
	Miométrio: é a túnica mais espessa do útero, sendo formada por feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Durante a gravidez o miométrio cresce acentuadamente, sofrendo regressão após o parto. Esse crescimento deve-se ao aumento do número de fibras musculares lisas, à hipertrofia dessas fibras e um aumento do material intercelular, principalmente colágeno. As novas fibras musculares que surgem na gravidez resultam da divisão miótica de fibras preexistentes e da diferenciação de células mesenquimatosas presentes no miométrio. Após a gravidez ocorre destruição de algumas fibras musculares lisas, redução no tamanho das que persistem e uma degradação enzimática do colágeno, de modo que o útero reduz seu tamanho, quase voltando às suas dimensões de pré-gravidez.
	Endométrio: é formado por epitélio e lâmina própria contendo glândulas tubulosas simples que às vezes se ramificam em suas porções mais profundas. O epitélio ao mesmo tempo, reveste e secreta glicoproteínas (muco). Suas células são cilíndricas e algumas apresentam cílios. Sob a ação dos hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona) produzidos por estímulo da adeno-hipófise, o endométrio sofre modificações estruturais cíclicas, que constituem o ciclo menstrual. As modificações estruturais do endométrio durante o ciclo menstrual são graduais. Porém, para efeito didático, ele pode ser descrito na seguinte ordem: fase proliferativa, fase secretória e fase menstrual.
	Fase Proliferativa: após a fase menstrual a mucosa uterina fica reduzida a uma pequena faixa de tecido conjuntivo, contendo os fundos das glândulas, pois suas porções superficiais e o epitélio de revestimento se perderam. Esta parte profunda do endométrio, que não descama na menstruação, chama-se camada basal, enquanto a porção que é destruída e renovada em cada ciclo chama-se camada funcional. As células presentes nos fundos das glândulas, proliferam e, por deslizamento, migram para a superfície da mucosa e vão reconstruir as glândulas e o epitélio de revestimento do endométrio. Ocorre também proliferação das células do conjuntivo da lâmina própria, havendo crescimento do endométrio como um todo. 
	Fase Secretória: inicia-se após a ovulação
e depende da formação do corpo lúteo, o qual secreta progesterona. Nesta fase o endométrio atinge sua espessura máxima (5mm), devido ao acúmulo de secreção e ao aparecimento de edema na lâmina própria.
	Fase Menstrual: não havendo fertilização do óvulo expelido pelo ovário, ocorrerá uma queda brusca dos níveis de estrógenos e progesterona no sangue. Em consequência, o endométrio, que estava desenvolvido pelo estímulo desses hormônios, entra em colapso, sendo parcialmente destruído. O sangue da menstruação é principalmente de origem venosa, pois as artérias, ao se romperem, contraem suas paredes, fechando a extremidade rompida. O endométrio destaca-se por partes e o grau de perda endometrial varia de mulher para mulher; daí o motivo da menstruação durar aproximadamente 3 dias, ou mais. A figura 6 sintetiza os níveis hormonais, o aspecto do folículo ovariano e do endométrio durante o ciclo menstrual. 
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12.1 Placenta
	É um órgão que se desenvolve durante a gravidez, no revestimento do útero. Quando desenvolvido tem a forma de um bolo achatado (placenta = bolo), com aproximadamente 15 cm de diâmetro e 2 cm de espessura. A placenta desenvolve-se parcialmente de material fetal e parcialmente de material materno. 
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	Parte fetal: é formada pelo córion. Consta de uma placa corial de onde partem vilos coriônicos. Esses vilos são constituídos por uma parte central conjuntiva, derivada do mesênquima extraembrionário, e pelas camadas de citrofoblasto e de sinciotrofoblasto.
	Parte materna: é a decídua basal, que fornece sangue arterial para as lacunas situadas entre os vilos coriônicos do feto e recebe de volta o sangue tornado venoso pelos vilos. A função primária da placenta é permitir que substâncias dissolvidas no sangue do feto difundam para o sangue materno e vice-versa. A sua estrutura é tal que permite que isso ocorra numa área muito grande. Em condições normais não há mistura de sangue fetal com o sangue materno, pois não há contato direto entre eles. Isso é devido graças a barreira placentária que é uma membrana composta de vários tecidos. Através da placenta, o alimento e oxigênio dissolvidos no sangue materno difundem através da barreira placentária para o sangue fetal e dessa maneira, a vida e o crescimento são mantidos até o nascimento do feto. Do mesmo modo, produtos do catabolismo fetal atravessam a barreira placentária para o sangue materno e serão eliminados pelos órgãos excretores maternos. O sangue passa livremente do feto para a placenta através dos vasos do cordão umbilical, estrutura esta que une o feto à placenta, durante a gravidez. Durante o nascimento o feto é eliminado do útero, ainda em conexão por meio do cordão umbilical à placenta. Uma das tarefas do médico assistente é amarrar o cordão umbilical logo após o nascimento da criança, pois logo a placenta será eliminada do útero não exercendo mais a sua função. De fato, após a placenta se despregar do revestimento uterino a sua superfície representa como se fosse uma ferida aberta e o feto poderia morrer de uma hemorragia através dessa ferida, se o cordão umbilical não fosse amarrado.
	Implantação e Desenvolvimento do Óvulo Fecundado: o óvulo humano é fertilizado na ampola da tuba uterina e sua segmentação ocorre à medida que ele se desloca passivamente na direção do útero. Por mitoses sucessivas, forma-se a mórula. Aparece, então, uma cavidade nesta massa previamente sólida, que recebe o nome de blastocisto (cisto porque é uma cavidade e blasto porque vai formar alguma coisa). O blastocisto permanece livre na cavidade uterina por apenas um ou dois dias, após os quais ele se implantará na parede do útero por ser envolvido pela secreção das glândulas endometriais. Na fase de blastocisto, a zona pelúcida se desfaz, permitindo que as células do trofoblasto (trefen = alimentar), que têm o poder de invadir as mucosas, entrem em contato direto com o endométrio, ao qual se aderem. Imediatamente começa a multiplicação intensa das células do trofoblasto que vão assegurar a nutrição do embrião à custa do endométrio. O trofoblasto se fixa ao endométrio e o ataca, promovendo a implantação ou nidação do embrião no interior da mucosa uterina. A implantação inicia-se por volta do sexto dia, e, aproximadamente no nono dia após a fertilização, o embrião se encontra mergulhado no endométrio, do qual receberá proteção e nutrição até o fim da gravidez.
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12.2 Regulação hormonal do ciclo menstrual
13. Glândulas mamárias 
	Cada mama é um conjunto de 15 a 25 glândulas exócrinas do tipo tubuloalveolar composta; essas glândulas são divididas em lobos por tecido conjuntivo denso e adiposo e têm por função secretar leite para nutrir os recém-nascidos. Embora o conjunto de lobos seja chamado frequentemente de glândula mamária, cada lobo é de fato uma glândula mamária, com sua parte secretora e seu ducto excretor próprio. Esses ductos secretores chamados galactóforos, abrem-se independentemente na papila mamária, a qual mostra de 15 a 25 orifícios, cada um com cerca de 0,5 mm de diâmetro. O tecido conjuntivo penetra em cada lobo, dividindo-o em lóbulos e envolvendo cada unidade secretora. A estrutura histológica das glândulas mamárias varia de acordo com a idade e condições fisiológicas do organismo. 
13.1 Desenvolvimento das glândulas mamárias
	Antes da puberdade as glândulas mamárias apresentam-se constituídas pelos seios galactóforos, que se ramificam, apresentando nas suas extremidades profundas, pequenos maciços celulares. Ao atingir a maturidade sexual, puberdade, as mamas aumentam de tamanho e tomam a forma hemisférica e o mamilo torna-se proeminente. 14
	Na mulher adulta: as glândulas mamárias são constituídas pelos ductos galactóforos e por porções secretoras tubuloalveolares. Próximo à abertura da papila os ductos galactóforos dilatam-se, formando os seios galactóforos. Estes são revestidos por epitélio estratificado pavimentoso, próximo ao seu orifício externo. À medida que o ducto se aprofunda na mama, seu epitélio se torna cada vez mais fino, com menor número de camadas de células cilíndricas. Mais próximo às unidades secretoras, o epitélio do ducto se torna cúbico simples. Na parede dos ductos existem células musculares lisas. 
A parte secretora das glândulas mamárias é constituída por túbulos de epitélio cúbico simples, os quais terminam em porções dilatadas, os alvéolos. A luz dos túbulos e alvéolos é muito pequena e alguns desses elementos são compactos, sem luz. Durante o ciclo menstrual observam-se pequenas variações na estrutura histológica dessas glândulas, que se caracterizam por uma proliferação dos ductos e das partes secretoras aproximadamente na época da ovulação e que coincidem com o maior teor de estrógeno circulante. Além disso, observam-se maior acúmulo de tecido adiposo e hidratação maior do tecido conjuntivo na fase pré-menstrual, que se reflete num aumento do volume das mamas. Nesta fase a divisão das glândulas mamárias em lóbulos se torna mais nítida. O crescimento das glândulas mamárias durante a gravidez dá-se pela ação sinergética de vários hormônios, destacando-se os seguintes: estrógenos, progesterona, prolactina, hormônio mamotrófico placentário, tiroxina e hormônio somatotrófico. Os estrógenos agem sobre os ductos galactóforos, estimulando seu crescimento (aumento do número de mitoses) e promovendo sua ramificação. A progesterona estimula o crescimento das partes secretoras das glândulas mamárias. Durante a gravidez a quantidade de estrógeno aumenta, pois esse hormônio é também produzido pela placenta. Aumenta também a taxa de progesterona, que é produzida primeiro pelo corpo lúteo (que na gravidez se mantém durante um período mais longo) e mais tarde pela placenta. 
	A lactação: caracteriza-se pelo desencadeamento dos processos de secreção do leite, que produzido dentro das células epiteliais das porções secretoras, se acumula em sua luz e dentro dos ductos galactóforos. Consequentemente, o aspecto das glândulas nesta fase é diferente do apresentado pelas
glândulas em crescimento. As células tornam-se cúbicas ou pavimentosas. Apresentam retículo endoplasmático liso muito aumentado, e abundantes vacúolos esféricos e de tamanho variado contendo lipídios. Além dos vacúolos lipídicos, observam-se, bem evidentes no pólo apical das células secretoras, grânulos de natureza proteica. A síntese das proteínas do leite se dá ao nível do retículo endoplasmático rugoso, abundante na parte basal desta célula, passando pelo aparelho de Golgi e acumulando-se na porção apical. As proteínas constituem aproximadamente 1,5% do leite humano; já a lactose constitui cerca de 7%.
	 A sucção da criança funciona em mulheres lactantes como estímulo nos receptores tácteis que existem em abundância ao redor do mamilo e que são os responsáveis pelo desencadeamento de um reflexo que promoverá a liberação da oxitocina (hormônio da hipófise posterior). Este hormônio promove a contração das células mioepiteliais presentes na glândula, ocorrendo, assim, a ejeção do leite. Em mulheres em período de lactação, os estímulos emocionais e sexuais também podem determinar a liberação de oxitocina, fazendo com que o leite brote nos mamilos. Após a menopausa inicia-se a involução climatérica da mama, que é caracterizado por uma redução do seu tamanho, consequência da atrofia dos ductos, porções secretoras e do tecido conjuntivo. 
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14. Sistema reprodutor masculino
Testículos
	Em número de dois, apresentam-se envolvidos por uma espessa cápsula de tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas, a albugínea. 2 Os testículos são constituídos por uma série de túbulos enovelados, túbulos seminíferos, na parede dos quais são formados os espermatozoides, originários das células germinativas primárias (espermatogênese) 
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	As duas extremidades de cada túbulo drenam para rede de dutos no epidídimo de onde os espermatozoides passam para o canal deferente, deste para o ducto ejaculador e dai para a uretra prostática por ocasião da ejaculação. Entre os túbulos no testículo existem ninhos de células que contém grânulos de lipídeos (células intersticiais de Leydig), as quais secretam testosterona para a circulação. 
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14.1 Espermatogênese
	As espermatogônias, células germinativas primárias localizadas junto à lâmina de base dos túbulos seminíferos, evoluem para espermatócitos primários, sendo este processo iniciado durante a adolescência, por ação hormonal. Os espermatócitos primários reduzem, pela divisão meiótica, o número de cromossomos em dois estágios: espermatócitos secundários e em espermátides; este último contém o número haploide de 23 cromossomos. Após as espermátides sofrerem maturação formam-se os espermatozoides. 
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	O número estimado de espermátides formadas de uma única espermatogônia é 512. No homem, a formação de espermatozoide maduro, a partir da célula germinativa primária, no processo regular de espermatogênese leva em média 74 dias. Cada espermatozoide é uma complicada célula móvel, rica em DNA, cuja cabeça é constituída fundamentalmente de material cromossômico. Sabe-se que a temperatura é muito importante na regulação da espermatogênese e que esse processo geralmente ocorre só a temperaturas inferiores à do corpo humano, aproximadamente 32oC. É por esse motivo que na maioria dos mamíferos, os testículos se encontram fora da cavidade abdominal, nas bolsas escrotais, e sua distância do abdômen varia com a temperatura, sendo esta distância controlada por ação de músculos que se contraem ou relaxam. Porém o fator de ação mais contínua e importante sobre a espermatogênese é, sem dúvida, o endócrino. Esse processo depende do estímulo do hormônio folículo estimulante (FSH) da hipófise anterior, que age diretamente na linhagem seminal, e do LH, que estimula a secreção de andrógeno nas células intersticiais, hormônio este que estimula a espermatogênese. 
14.2 Ductos genitais
	São os ductos que transportam os espermatozoides produzidos no testículo: epidídimo e ducto deferente. Epidídimo: é constituído por um tubo único, longo (quatro a seis metros) e intensamente enovelado sobre si mesmo. É revestido internamente por um epitélio pseudoestratificado, composto por células basais arredondadas e células prismáticas. Essas células se apoiam sobre uma membrana basal envolta por fibras musculares lisas e um tecido conjuntivo frouxo, rico em capilares sanguíneos. Ducto Eferente: caracteriza-se por apresentar uma estreita luz e parede espessa constituída por músculo liso. É revestido internamente por um epitélio pseudoestratificado prismático com microvilos. A lâmina própria é de natureza conjuntiva, rica em fibras elásticas. Ao longo do ducto deferente e ligados a ele correm vasos e nervos que entram no testículo e dele saem.
14.3 Vesículas Seminais
	São dois órgãos; cada um formado por um tubo de 15 cm de comprimento, intensamente enrolado sobre si mesmo. Em corte, esse órgão apresenta epitélio pseudoestratificado prismático, com células ricas em grânulos de secreção. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e envolta por uma camada muscular lisa, constituída por duas lâminas: uma interna, de fibras circulares, e outra externa, de fibras longitudinais. A secreção da vesícula seminal (sêmen), que é acumulada no interior dessa glândula, é eliminada na ejaculação graças à contração da musculatura lisa. Essa secreção contém proteínas e é rica em vitamina C e frutose, metabólitos importantes para os espermatozoides. Tanto a secreção quanto o funcionamento da musculatura lisa desse órgão são dependentes do hormônio testosterona.
14.4 Próstata
	É um conjunto de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas, cujos ductos desembocam na uretra prostática. A próstata não só produz o líquido prostático, mas também o armazena no seu interior para expulsá-lo durante a ejaculação. A próstata apresenta-se envolta por uma cápsula fibro elástica rica em músculo liso, que envia septos que penetram na glândula. Essas glândulas são revestidas internamente por epitélio cúbico simples ou por epitélio colunar pseudoestratificado, cujas células secretam proteínas. As glândulas prostáticas dividem-se em três grupos: mucosas, submucosas e principais; em três regiões separadas, situadas concentricamente em volta da uretra. Dessas glândulas as que mais contribuem para a secreção prostática são as principais. Os processos de secreção da próstata dependem, como na vesícula seminal, da testosterona; quando falta esse hormônio, a glândula regride.
14.5 Glândulas bulbouretrais
	São formações pares, do tamanho de uma ervilha, que se situam atrás da uretra membranosa, onde desembocam. São glândulas tubo alveolares com células do tipo mucoso. Apresentam músculo esquelético e liso nos septos que separam os seus lóbulos. Sua secreção tem aspecto mucoso. 
14.6 Pênis 
	É constituído essencialmente por três massas cilíndricas de tecido muscular, mais a uretra, envoltas externamente por pele. Delas, duas são colocadas dorsalmente e recebem o nome de corpos cavernosos do pênis. A outra, ventral, chama-se corpo cavernoso da uretra e envolve a uretra peniana em todo o seu trajeto. Na sua porção terminal, dilata-se formando a glande. Os três corpos cavernosos encontram-se envoltos por uma resistente membrana de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea do pênis. Essa membrana forma um septo que penetra os dois corpos cavernosos do mesmo. Os corpos cavernosos do pênis e da uretra são formados por um emaranhado de vasos sanguíneos dilatados, revestidos por endotélio. O prepúcio é uma prega retrátil da pele do pênis contendo tecido conjuntivo, com músculo liso no seu interior. Observa-se, na sua dobra interna e na pele que recobre a glande, pequenas glândulas sebáceas. 
Conclusão
Bibliografia

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