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AULA 07 - Dimensões morais dos sistemas de informação

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TECNOLOGIA E SOCIEDADE
PROF. MSc CARLOS UESLEI RODRIGUES DE OLIVEIRA
Dimensões morais dos sistemas de informação
Dimensões morais dos sistemas de informação
Direitos sobre a informação: privacidade e liberdade na era da internet
	Privacidade é o direito dos indivíduos de não serem incomodados, de ficarem livres da vigilância ou da interferência de outros indivíduos ou organizações, inclusive do Estado. Os direitos à privacidade também são válidos no local de trabalho: milhões de profissionais estão sujeitos à vigilância eletrônica e a outros tipos de vigilância de alta tecnologia. Tecnologia e sistemas de informação ameaçam os direitos individuais à privacidade porque tornam a invasão de privacidade barata, lucrativa e efetiva.
	O direito à privacidade é protegido em todos os países democráticos por meio de estatutos legais.
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No Brasil não há ainda uma lei específica sobre privacidade, porém a Constituição Federal de 1988 assegura esse direito no seu artigo 5º:
Art. 5- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
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A maioria das leis de privacidade dos Estados Unidos e da Europa tem com base um regime chamado de Práticas para a Informação Justa (Fair Information Practices – FIP), que foi estabelecido pela primeira vez em um relatório elaborado em 1973 por um comitê consultivo do governo federal (U.S. Department of Health, Education and Welfare, 1973). Essas práticas são um conjunto de princípios que administra a coleta e o uso da informação sobre indivíduos. Os princípios da FIP são baseados na noção de uma ‘reciprocidade de interesses’ entre quem guarda o registro e o indivíduo. Este tem interesse em participar de uma transação, e quem mantém o registro – geralmente um agente empresarial ou governamental – exige informações sobre o indivíduo para apoiar a transação. Uma vez coletadas essas informações, o indivíduo mantém uma participação no registro, e este não pode ser usado para apoiar outras atividades sem o seu consentimento.
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Os desafios da Internet à privacidade
	A Internet introduz uma tecnologia que propõe novos desafios à proteção da privacidade individual. A informação enviada por meio dessa vasta rede de redes pode passar por muitos sistemas de computadores diferentes antes de chegar ao destino final. Cada um desses sistemas é capaz de monitorar, capturar e armazenar as comunicações que os perpassam.
	é possível registrar muitas atividades on-line, inclusive quais grupos de discussão ou arquivos uma pessoa acessou, quais sites e páginas Web visitou, que itens pesquisou ou comprou pela Web. Grande parte dessa atividade de monitoração e rastreamento dos visitantes dos sites ocorre nos bastidores e sem o conhecimento deles.
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Com novos problemas com privacidade, Google demite funcionário
Nos Estados Unidos, reguladores e parlamentares também discutem medidas para tornar mais severas regras de privacidade
Diane Bartz, da 
inShare 
 
Washington - A gigante de buscas e publicidade na Internet Google demitiu um engenheiro em julho deste ano por violar a privacidade de usuários, informou a companhia nesta quarta-feira.
David Barksdale foi acusado de acessar informações sobre adolescentes que conheceu em um grupo de tecnologia no Estado de Washington, segundo o site de fofocas Gawker, que foi o primeiro a divulgar a informação na terça-feira. O Google não quis confirmar os detalhes.
A quebra de sigilo surge em meio a pressões sobre o Google de diversas agências do governo devido à sua coleta de dados pessoais sobre redes WiFi pelos carros do serviço Google "Street View", enquanto tiravam suas fotos panorâmicas de ruas ao redor do mundo.
Nos Estados Unidos, reguladores e parlamentares também discutem medidas para tornar mais severas regras de privacidade --algo que o Google e outras companhias de Internet rejeitam, preferindo a auto-regulação.
Barksdale foi demitido em julho após ao menos uma família ter reclamado ao Google que o engenheiro teria supostamente espionado as contas do Google de ao menos quatro adolescentes, além de checar o histórico de ligações de um dos adolescentes para verificar a nova namorada deste e acessar históricos de chat, segundo o Gawker.
Barksdale teria intimidado um dos adolescentes com informações que descobriu através de sua conta no Google, de acordo com o site.
"Demitimos David Barksdale por ter violado as rigorosas políticas internas de privacidade do Google", disse Bill Coughran, vice-presidente sênior de engenharia da companhia, em comunicado.
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Google+ já enfrenta seus primeiros problemas de privacidade
IDG News Service / EUA
07/07/2011 - 07h30 - Atualizada em 15/03/2012 - 15h08
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Gigante de buscas reconhece questões e promete trabalhar em soluções para que sua nova rede social; site ainda possui acesso restrito.
Criado primeiramente para superar o rival Facebook em recursos de privacidade, a nova rede social Google+ possui vários bugs de privacidade.
Apesar de alguns testadores entusiasmados da versão beta pedirem para a Google abrir seu novo site para todos os usuários, está claro que a empresa precisa resolver esses problemas antes de lançar o Google+ de modo mais amplo.
Abrir o portão com essas questões de privacidade provavelmente minaria as chances do Google+ surgir como um rival viável para o Facebook.
Até o momento, a maioria dos usuários que testaram o Google+ disseram coisas positivas sobre o serviço, especialmente em relação ao seu design (Círculos) para facilitar a vida dos internautas na hora de compartilhar posts e conteúdo com diferentes grupos de pessoas, em vez de fazer isso com sua lista inteira de contatos.
Muitos dos problemas atuais de privacidade do Google+ estão ligados ao mecanismo do site para bloquear usuários, segundo uma lista de problemas conhecidos que a própria Google publicou e diz já estar buscando uma solução.
Por exemplo, após um usuário bloquear alguém, essa pessoa bloqueada pode nem sempre ser removida dos círculos prolongados do usuário e os posts dela continuarão no fluxo de atividades do usuário.
De maneira parecida, os posts do usuário feitos antes do bloqueio continuarão na timeline da pessoa bloqueada.
Além disso, após bloquear alguém, um usuário pode continuar nos círculos da pessoa bloqueada, e também pode continuar aparecendo no perfil da pessoa bloqueada como sendo parte de seu círculo. Sobre o último problema, a Google escreveu: “Estamos trabalhando duro para melhorar essa experiência.”
A empresa também está trabalhando para resolver alguns outros bugs não relacionados a privacidade, como o fato de o fluxo de atividades (similar ao feed de notícias do Facebook) nem sempre ser atualizado em tempo real e de os usuários não conseguirem anexar um comentário a outro de maneira sequencial.
Outro problema é que quando um usuário abre o Google+, janelas minimizadas de conversas no Gmail podem ser re-ampliadas e as conversas em janelas de chat no Google+ ou Gmail podem
não sincronizar entre elas.
Entre outras notícias relacionadas a sua nova rede social, a Google recentemente anunciou que a partir do próximo dia 13 todos os Google Profiles (Perfis Google) ficarão automaticamente públicos.
Os usuários da Google poderão restringir as informações disponíveis publicamente para apenas seu nome completo e gênero, e manter todo o restante “escondido”. As pessoas também têm a opção de apagar seus perfis da Google.
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Problema de segurança compromete 'privacidade' do novo 'Mega'
Site não fornece chaves criptográficas ao internauta. Empresa se descreve como a 'companhia da privacidade'. 
 Altieres RohrEspecial para o G1
Depois de um evento de lançamento que contou com dançarinas de minissaias em uniformes militares, o Mega, sucessor "espiritual" do Megaupload que foi colocado no ar exatamente um ano depois do fim do serviço de compartilhamento de arquivos, precisa agora lidar com as críticas a sua segurança. Especialistas já examinaram o serviço, encontrando problemas na forma que o site utiliza recursos de criptografia.
Quem registra no serviço pode não perceber que a página de "login" não inclui um recurso para recuperação de senha. E é isso mesmo: se a senha for esquecida, não há mais como acessar qualquer arquivo armazenado no "Mega". O motivo é que a senha de acesso é também a senha da chave criptográfica que o serviço usa para proteger os arquivos do internauta.
Mega é a companhia da privacidade, segundo mensagem na página principal (Foto: Reprodução)
Não existe maneira de trocar essa chave criptográfica, o que significa que também não há meio de trocar a senha. A chave também fica armazenada somente no Mega, não sendo possível para o usuário ter uma cópia da chave.
O Mega inclui ainda um serviço de mensagens e troca de arquivos, que utiliza outra chave criptográfica. Esta chave seria mais segura. No entanto, é o próprio navegador do usuário que gera a chave, usando geradores de números que não geram números aleatórios. Isso significa que a chave pode ser adivinhada com mais facilidade. A mensagem que aparece no site, que afirma que serão analisados movimentos do mouse e a digitação para melhorar a geração de números, é falsa.
Embora os recursos de criptografia sejam adequados para proteger o próprio "Mega", que não poderá ver os conteúdos dos arquivos e das mensagens trocadas pelos usuários, isso não reflete em mais segurança e proteção para o internauta.
Por exemplo, o Megaupload costumava receber solicitações para armazenar todas as cópias de um determinado arquivo. É bem provável que o "Mega" não possa cumprir esse tipo de determinação, pois a criptografia fará com que um mesmo arquivo seja armazenado de formas diferentes para usuários diferentes.
Por outro lado, caso o Mega receba uma solicitação para revelar os dados específicos de um usuário, não haverá dificuldade para obter esses dados. Como o site já dispõe das chaves criptográficas, basta que o site guarde a senha do internauta, preenchida no momento do login. Com a senha e a chave, todos os dados e mensagens podem ser decodificados.
O especialista em segurança Steve Thomas publicou no Twitter que o e-mail de confirmação enviado pelo Mega contém a senha codificada do usuário (clique aqui para acessar). Ele está trabalhando em uma ferramenta chamada MegaCracker que poderia revelar a senha a partir do código presente no e-mail.
Como no Megaupload, e diferente de concorrentes como SkyDrive e Dropbox, o Mega também permite o envio de arquivos sem cadastrar uma conta no serviço. Além dos problemas de segurança, o serviço ainda enfrenta diversas incompatibilidades com navegadores e até mesmo o download de arquivos fica prejudicado no Firefox. O serviço recomenda o uso do Google Chrome.
Críticas na imprensa
Ao site 'Techweek", o especialista Alan Woodward afirmou que a criptografia usada pelo Mega "não é ideal". "Acho que o Mega não está usando criptografia para a segurança dos usuários, mas sim para a proteção legal deles mesmos. Não consigo imaginar que alguém que entenda criptografia confiaria seus dados ao Mega como ele é hoje", afirmou.
Ainda de acordo com o "Techweek", o Mega prometeu criar um meio de trocar as senhas "em breve". No entanto, caso a senha de acesso à conta seja totalmente independente da criptografia, o site também terá o acesso total aos arquivos do internauta.
Lee Hutchinson, colaborador do site de tecnologia "Ars Technica", escreveu um artigo (clique aqui para acessar) sobre a criptografia do Mega com o título "Megaruim" ("Megabad").
Já o site TorrentFreak, que descreveu a segurança do site como "brilhante", criticou trechos da política de privacidade do site, dizendo que a ausência de mecanismos para defender o anonimato dos internautas é uma "oportunidade perdida".
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Direitos sobre a propriedade
	Sistemas de informação contemporâneos têm desafiado implacavelmente as leis e práticas sociais que protegem a propriedade intelectual privada. Considera-se propriedade intelectual a propriedade intangível criada por indivíduos ou corporações. A tecnologia de informação tem dificultado sua proteção porque a informação computadorizada pode ser copiada ou distribuída pelas redes com muita facilidade. A propriedade intelectual está sujeita a uma variedade de proteções sob três tradições legais diferentes: leis do segredo comercial, do direito autoral e da patente.
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Segredos comerciais
	Qualquer produto do trabalho intelectual – uma fórmula, um dispositivo, um modelo, ou uma compilação de dados quando usado para finalidade empresarial pode ser classificado como segredo comercial, contanto que não seja baseado em informações de domínio público. Em geral, a lei do segredo comercial concede um monopólio sobre as ideais que estão por trás do produto, mas esse monopólio pode ser bastante tênue.
	No Brasil a Constituição Federal, a Lei nº 9609/1998 (Lei de propriedade intelectual do software), e a Lei nº 9279/1996 (Lei de propriedade industrial) contêm dispositivos que tratam sobre os segredos comerciais
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Direito autoral
	É uma concessão regida por lei que protege os criadores de propriedade intelectual contra a cópia de seu trabalho por outros, para qualquer finalidade, durante a vida do autor e por mais 70 anos após a sua morte. Para trabalhos pertencentes a organizações, a proteção de direito autoral permanece por 95 anos após a criação inicial.
	O direito autoral protege contra a cópia de programas inteiros ou de partes de programas. Indenizações por danos são obtidas rapidamente quando essa lei é infringida. 
	No Brasil a lei que rege sobre direitos autorais é a Lei nº 9610 de 1998.
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Patentes
	Uma patente concede ao proprietário, por 20 anos, o monopólio exclusivo sobre as ideias que estão por trás de uma invenção. A intenção é garantir que os inventores de novas máquinas, dispositivos ou métodos recebessem compensação total, financeira e outras, pelo seu trabalho; ao mesmo tempo, possibilita que se faça amplo uso de sua invenção fornecendo diagramas detalhados a quem quiser utilizar a ideia sob licença do proprietário da patente.
	Os conceitos-chave da lei da patente são a originalidade, a inovação e a invenção. 
	No Brasil a lei nº 9279/1996 regulamenta as patentes.
POR HOJE É SÓ!!!
OBRIGADO

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