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John Locke - Resumo

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JOHN LOCKE (1632-1704) 
1) Introdução - LIBERALISMO: 
O liberalismo é um conjunto de idéias éticas, econômicas, e jurídico-políticas, 
baseadas em dois valores supremos para neste caso os liberais: 
A) NÚCLEO ÉTICO; 
Radical valorização do indivíduo e seus direitos. Radical, porque colocará o 
indivíduo como uma entidade mais importante que a própria sociedade. 
Para os liberais a liberdade individual é o elemento chave do progresso humano 
civilizatório, ou seja, a sociedade é moralmente, economicamente, 
intelectualmente, artisticamente, cientificamente desenvolvida se ela preservar 
o máximo de liberdade possível de seus indivíduos, porém não devemos 
alcançar a liberdade absoluta (a liberdade se anula). 
B) NÚCLEO ECONÔMICO; 
Quanto mais liberdade, mais rica é a sociedade → legitimação do capitalismo. 
O progresso econômico se faz pela via da liberdade, a partir da idéia de 
capitalismo de mercado, que é a paixão para atender seus objetivos pessoais. 
Para os liberais a sociedade econômica é movida "egoísmo" onde o indivíduo 
produz algo a fim de lucrar, por isso busca satisfazer o interesse dos outros, 
gerando o comércio. 
C) NÚCLEO JÚRIDICO-POLÍTICO; 
Há uma obsessiva preocupação na limitação (controle) do poder político do 
estado. Os liberais são anti-estatais no sentido de que o estado é um mal 
necessário e deve ser controlado, por possuir muito poder. Maximizar a 
liberdade significa um bom resultado, pois ajuda a sociedade a se desenvolver. 
O direito é um instrumento por excelência de controle de poder político do 
Estado. O Estado de direito é o estado limitado pelo direito. 
 
2) O ESTADO DE NATUREZA 
O estado de natureza não foi um período histórico, mas é uma situação que 
pode existir independentemente do tempo. Ele se dá quando uma comunidade 
encontra-se sem uma autoridade superior ou relação de submissão. 
Os homens naturalmente não vivem de uma política organizada, eles constroem 
isso a partir de uma decisão voluntária. Para ele o poder político é uma 
invenção. 
É caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os 
indivíduos. 
 
2.1) Os Direitos Naturais Individuais: vida, integridade física, 
liberdades e propriedade privada. 
Os seres humanos já são titulares dos direitos naturais individuais e os 
respeitam. 
a) Inatos: nascem com o indivíduo, ou seja, a fonte desse direito não é o 
Estado. 
O Estado não pode revogar esses direitos, deve protegê-los. 
b) Individualismo: indivíduo superior ao Estado e a sociedade. 
c) Universais: todos os seres humanos são titulares desses direitos. 
d) Parâmetro de Justiça: uma sociedade justa é aquela que defende todos 
esses direitos. 
e) Limites ao Poder Político do Estado: esses direitos naturais funcionam 
como limitadores do poder político do Estado. 
 
2.2) Inimigo natural do indivíduo: A PENÚRIA (fome, sede, frio, 
doença, animais selvagens) ameaça a vida dos ser humano no Estado de 
Natureza. 
HOMEM x NATUREZA 
Ao mesmo tempo em que a natureza nos impõe a penúria, ela nos dispõe 
recursos para suprir nossas necessidades. Para superar a penúria o homem 
desenvolve uma atividade de humanização da natureza: O TRABALHO. Por isso, 
tudo o que eu produzo através do meu trabalho, é uma propriedade minha. 
O fundamento do direito de Propriedade Privada: o 
Trabalho. 
A propriedade privada é um fundamento anterior ao Estado, porque é um 
direito natural. E A partir do momento em que a carência material ameaça 
minha vida, eu tenho o direito de preservá-la, então, os bens que produzo para 
sobreviver, são considerados de minha propriedade (devido ao meu 
trabalho/esforço). 
A promessa é uma sociedade voltada para o trabalho, aquisição, acúmulo e 
troca. A economia é um fator de civilização, de progresso, materialmente rica e 
que gera o conforto. Para Locke a paixão pela aquisição e o lucro, geram mais 
comércio e aumentam o crescimento econômico. 
 
2.3) Cooperação Social e Ordem Social de Mercado 
A maximização da liberdade, competição e egoísmo é a melhor forma de gerar 
uma ordem social virtuosa. No Estado de Natureza já existia essa ordem social 
e certo nível de cooperação social, porém era instável. Se não existir uma 
ordem coercitiva que preteja os interesses dos direitos naturais sociais esse 
mercado não pode funcionar, uma vez que os seres humanos são falhos. 
Mercado: Primeira conseqüência virtuosa da ordem social de mercado 
Capitalismo liberal: surgiu a partir da liberdade social e seu funcionamento 
valoriza e aprofunda essa liberdade individual, social. 
Trabalho: O capitalismo foi a primeira forma de institucionalização do trabalho 
(aonde sua organização se tornou livre). O capitalismo permite ao trabalhador a 
escolha do seu trabalho e a rompe com a questão estática da riqueza, ou seja, 
desvincula a riqueza do seu sobrenome ou do berço em que você nasceu. 
Mobilidade social: o capitalismo rompe com a antiga ordem estática social. 
Ciclo virtuoso do liberalismo: quanto mais o homem desenvolve a paixão 
pelo lucro (egoísmo), mais ele tende a produzir. E quanto mais produz, mais 
aumenta sua renda e consequentemente, aumenta o emprego, a tecnologia, as 
máquinas, etc. Devido a isso há aumento de produtividade em outros ramos de 
outras empresas porque ele precisa comprar de outros lugares para investir em 
sua empresa e gerar renda/ lucro e assim aumenta o consumo. É um ciclo 
virtuoso de mútuo beneficiamento. 
Igualdade e imparcialidade do mercado: existe a lei da oferta e da 
procura no mercado que tratará todos igualmente no mercado. 
 
3) Justificativa para o CONTRATO SOCIAL 
Ao mesmo tempo em que a ordem social de mercado, presente no Estado de 
Natureza, cria a riqueza, ela desperta paixões como a cobiça e a inveja, sendo 
mais fácil tirar o lucro alheio do que trabalhar. O sujeito que teve sua 
propriedade privada furtada, pode reagir de forma violenta e daí necessidade 
de construir um poder político para evitar que isso ocorra. 
A instituição do contrato se fez necessária, pois o mercado não possuía 
condições de proteger seu próprio funcionamento, já que a ordem social de 
mercado não é coativa/coercitiva. O Estado é um mal necessário. 
Locke defende o Estado de Direito Liberal, pois ele pode garantir segurança 
jurídica, proteger os direitos naturais individuais e possui poder político 
limitado, fazendo com que a ordem social de mercado funcione normalmente. 
 
CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO SOCIAL: 
Criado para garantir os Direitos Naturais e a ordem social de mercado. 
O contrato é REVOGÁVEL: Pois, a partir do momento em que o poder 
político não cumpre com suas funções de assegurar os direitos naturais, surge 
o direito de resistência, onde eu não sou mais obrigado a obedecer o estado. 
Poder limitado e divisibilidade do Poder 
Estado laico: A religião se torna algo privado, possui livre escolha. 
→ O Estado de Direito deve exercer seu poder por 
intermédio de Leis que devem ser: GERAIS, IMPESSOAIS, 
CLARAS E PÚBLICAS. 
GERAIS: Todos são submetidos à lei. 
IMPESSOAIS: Todos são iguais perante a lei. 
CLARAS: Todos devem entendê-la. Para gerar seu objetivo: segurança 
jurídica. 
PÚBLICAS: Só se torna válida ao ser publicada para a população ter 
conhecimento 
1 - A lei tem que ser conhecida do público, ou seja, a lei se torna pública, 
conhecida e vigente no ato de sua publicação que se faz no diário oficial; 
2 - Democracia representativa: uma Assembleia (eleita pelos cidadãos por 
meio da regra da maioria) deve votar as leis. 
O PARLAMENTO: 
É controlado pelos cidadãos e estes podem dissolvê-lo; 
É necessário que haja sempre a renovação do parlamento; 
As votações feitas devem ser públicas, não pode haver votação secreta; 
3 – O Critério de cidadania é censitário,pois ter propriedade é sinal de 
responsabilidade. 
Quem não possui propriedade, não tem nada a perder e por isso, podem criar 
leis prejudiciais. 
Todas essas citações acima são mecanismos do controle de poder 
político.

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