Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 07– Extintores de Incêndio Prof. Diogo Vasconcelos 1 2 Extintor de incêndio é um aparelho de acionamento manual, constituído de recipiente e acessórios contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio. Equipamento de segurança que possui a finalidade de extinguir ou controlar princípios de incêndio. Em geral é um cilindro de metal que pode ser carregado até o local do incêndio, contendo um agente extintor sob pressão. 3 Eles não substituem os grandes sistemas de extinção e devem ser usados como equipamentos para extinguir os incêndios no início, antes que se torne necessário lançar mão de maiores recursos. Há quatro tipos de extintor, que se diferenciam pelo material que expelem, chamado de agente extintor (AP, PQS, CO2 e Espuma) e pelo tipo de incêndio que combatem (Classes: A, B, C e D). Os extintores de agente úmido Classe K, contém uma solução especial de Acetato de Potássio, diluída em água, que quando acionado, é descarregada com um jato tipo neblina (pulverização) como em um sistema fixo. O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma (saponificação). Cilindro fabricado em aço inoxidável solido, com capacidade de 6 litros 4 Os extintores são classificados em dois tipos: Extintor portátil Extintor de incêndio que pode ser transportado manualmente, sendo que sua massa total não pode ultrapassar 20kg Extintor sobre rodas Extintor de incêndio, montado sobre rodas, cuja massa total não pode ultrapassar 250kg, operando e transportado por um único operador 5 6 O médico alemão M. Fuchs inventou em 1734 bolas de vidro cheias de um solução salina destinadas a ser atiradas no fogo. O moderno extintor de incêndio automático foi inventado por um militar inglês, o capitão George William Manby, depois de ter presenciado um incêndio em 1813 em Edimburgo que começou no quinto andar de um edifício no qual as mangueiras não alcançavam devido a altura da edificação. Nada pode fazer para evitar que o fogo se espalhasse e tomasse o quarteirão. 7 Vendo tal fato o capitão George, declarou que convicto que a aplicação de água num momento crítico, mesmo em pequena quantidade, exerce efeito. Porém utilizando uma quantidade muito superior num momento posterior, não surtiria efeito pois na velocidade em que as chamas se propagam a destruição é certa. Em 1816 ele inventou um aparelho cilíndrico de cobre, com sessenta centímetros de altura e capacidade de quinze litros. Era envasado com até três quartos de um líquido que Manby descrevia como fluido anti-chamas como uma solução de potassa cáustica. O espaço restante era cheio de ar comprimido. 8 9 Os componentes de um extintor de incêndio podem variar de acordo com o tipo e o modelo de extintor. 10 Todos estes componentes devem passar por uma manutenção periódica para garantir o funcionamento adequado do extintor. 11 12 O modo de funcionamento dos extintores é sempre o mesmo, com o uso de um gás pressurizado (geralmente o nitrogênio - N2) para expulsar o agente extintor pela mangueira. 13 14 Alavanca Alça Pino Haste Bico Válvula Cartucho Ag. extintor Sifão 1. Todo extintor possui um lacre na alavanca, que é puxado para ser solto antes do uso. Em seguida, a mangueira deve ser apontada para a base do fogo. Ao pressionar a alavanca, o usuário movimenta para baixo uma barra chamada haste de ativação. 2. A haste possui uma ponta afiada na outra ponta. Ela desce e abre um tubo cheio de gás comprimido dentro do extintor. Se a alavanca deixa de ser pressionada, a abertura é fechada. 3. Uma vez libertado pela alavanca, o gás escapa pela parte de cima do tubo e se expande rapidamente dentro do cilindro. A expansão do gás pressiona o agente extintor para baixo. Com isso, o material é forçado a escapar pela mangueira. 4. O ideal é que o usuário agite o extintor de um lado para o outro para um combate mais preciso do fogo. O jato dura 60 segundos, em média. Por causa disso, os vermelhões só são recomendados contra incêndios pequenos. 17 Os extintores são carregados com agentes extintores que ajudam a combater um princípio de incêndio. Diferentes agentes combatem princípios de incêndios usando suas diferentes propriedades, podendo ser mais ou menos eficazes dependendo do material que está em combustão. Principais agentes extintores: água, pó químico, CO2 e espuma química. 18 K 19 20 O halon (hidrocarboneto halogenado) é um agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). É utilizado em equipamentos elétricos por apagar incêndios sem deixar resíduos. Foi banido pelo Protocolo de Montreal por ser nocivo à camada de ozônio. 21 Extintor de água pressurizada A água é o principal agente extintor utilizado para combate a incêndio. Isso se deve ao fato da água apresentar um bom poder de resfriamento e o vapor formado auxiliar no deslocamento do oxigênio. Assim, a água é o agente extintor mais utilizado para combater incêndio em materiais combustíveis. A água, na forma pulverizada, também pode ser utilizada para extinguir um incêndio em produtos inflamáveis, pois além da ação de resfriamento ocorre também a exclusão de oxigênio devido à formação de vapor d’água. Extintores de água pressurizada são de fácil utilização, manutenção e recarga. O jato de água apresenta um longo alcance e boa pressão, o que possibilita a extinção do fogo mesmo em locais de difícil acesso. 22 Extintor de água pressurizada Extintores de água pressurizada não são recomendados para apagar incêndios em óleos, graxas, equipamentos elétricos, metais como magnésio, alumínio em pó, zinco, sódio ou potássio. Princípio de extinção: resfriamento. Carga do extintor: 10 L (portátil) e 75 L e 150 L (carreta) 23 Extintor de água pressurizada 24 Extintor de espuma A espuma extingue o fogo de materiais através de resfriamento, exclusão do oxigênio e pelo impedimento da vaporização do material. Este agente extintor é recomendado principalmente para extinguir incêndios em materiais combustíveis e inflamáveis, pois a espuma forma uma barreira protetora que impede o contato do material com o oxigênio e a vaporização do produto. A espuma formada sobre o material também inibe a reignição do produto. A utilização de espuma não é recomendada para incêndios com bissulfeto de carbono e éter. Por apresentar um ponto de ebulição muito baixo, os vapores desses materiais podem atravessar a espuma e continuar queimando sobre ela. 25 Extintor de espuma Extintores portáteis de espuma não devem ser utilizados em tanques que contenham óleo, asfalto, ou ceras aquecidas a mais de 100°C. A espuma também não é adequada para a extinção de incêndios em equipamentos elétricos ou eletro-eletrônico, pois o resíduo da espuma é corrosivo e de difícil remoção, o que possivelmente causará a perda do equipamento. Princípio de extinção: resfriamento a abafamento. Carga do extintor: de 9 L até 20L (portátil) e 75L e 125L (carreta) 26 Extintor de espuma 27 Extintor de CO2 (dióxido de carbono) O extintor de dióxido de carbono consiste em um cilindro de alta pressão contendo dióxido de carbono liquefeito. A pressão interna é de aproximadamente 58,6 bar (850 psi). O dióxido de carbono tem como principal função reduzir a quantidade de oxigênio existente próxima ao fogo, além de contribuir com o resfriamento do produto até a extinção completa das chamas. Ele é utilizado principalmente em incêndios envolvendo produtos inflamáveis ou equipamentos elétricos. Assim, este tipo de extintor é recomendado para extinguir um princípio de incêndio em materiais inflamáveis,equipamentos elétricos e controlar o fogo em materiais combustíveis. O extintor de dióxido de carbono não é recomendado para extinguir incêndios em retalhos, tecidos ou metais como magnésio, alumínio em pó, zinco, sódio ou potássio. 28 Extintor de CO2 (dióxido de carbono) A expansão do gás, que pode gerar temperaturas negativas de até –40 °C na proximidade do difusor, pode causar queimaduras nas pessoas que estão utilizando o extintor e ainda pode causar asfixia quando utilizados em locais fechados. No caso de utilizar extintores de CO2, usar luvas e nunca colocar a mão sobre o bico difusor. Segurar este bico ou lança pelo cabo concebido pata tal fim, de forma a evitar queimaduras por congelamento. Princípio de extinção: abafamento e resfriamento. Carga do extintor: 4,0 kg a 6,0 kg (portátil) e 10,0 a 50,0 kg (carreta). 29 Extintor de CO2 (dióxido de carbono) 30 Extintor de PQS (pó químico seco) O pó químico seco (PQS) é eficiente na extinção de incêndios em materiais combustíveis, inflamáveis e equipamentos elétricos. O pó químico seco extingue o fogo pela combinação de várias características, como: Formação de uma barreira física através do pó; Interrupção da reação entre o vapor e o oxigênio; Diminuição do oxigênio; Absorção de calor pelas partículas sólidas finas. O extintor de PQS deve ter uma manutenção cuidadosa porque a válvula do orifício de saída do pó químico pode ficar obstruída pelas partículas do pó. A manutenção deve ser ainda mais rigorosa, após sua utilização. 31 Extintor de PQS (pó químico seco) Apesar da eficiência do PQS para extinção de incêndio em equipamentos elétricos, deve-se notar que caso seja desejável preservar a integridade do equipamento ou restaurá-lo, este agente extintor não é o mais adequado. O PQS pode prejudicar o funcionamento dos equipamentos elétricos sensíveis e de equipamentos eletrônicos, pois o mesmo ficará impregnado nos circuitos e nos componentes desse equipamentos. Existem 4 tipos de agentes extintores de PQS diferentes: bicarbonato de sódio (NaHCO3), bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de potássio (KCl) ou fosfato de amônio (NH4N2OP4). Os 3 primeiros são recomendados para incêndios em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos, o quarto é adequando para a extinção de incêndios tanto em materiais inflamáveis, equipamentos elétricos quanto em materiais combustíveis. 32 Extintor de PQS (pó químico seco) Pode ser usado o PQS inclusive em líquidos cuja temperatura seja superior a 100 °C, sejam armazenados em tanques em tanques abertos ou quando há vazamento de líquido pelo piso. Os extintores de PQS não devem ser utilizados em metais inflamáveis, como magnésio, pó de alumínio, zinco, sódio, liga de sódio-potássio, etc. 33 Extintor de PQS (pó químico seco) Princípio de extinção: reação química, abafamento e resfriamento. Carga do extintor: 1,0 à 12,0 kg (portátil) e 20 à 100 kg (carreta). 34 Extintor de Pós Multi Uso ou Pós-ABC ou Extintor Veicular Os extintores de Pós chamados Multiuso ou ABC são extintores que podem ser usados em quaisquer classes de incêndio, pois extinguem princípios de incêndio em materiais sólidos e em líquidos inflamáveis. Também controlam incêndios onde haja a presença da corrente elétrica, sem transmití-la, isto é, sem gerar riscos ao operador. Esse extintor utiliza como agente de extinção o pó químico à base de monofosfato de amônia e sulfato de monoamônio no lugar do antigo pó químico seco à base de bicarbonato de sódio. Desde 1º de janeiro de 2005, todos os veículos devem sair de fábrica equipados com o novo extintor com carga de "pó ABC", que tem duração de 5 anos. 35 Os extintores devem ser mantidos com sua carga completa e em condições de operação e instalados nos locais designados. Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis numa ocorrência de incêndio. Preferencialmente, devem estar localizados nos caminhos normais e passagem, incluindo saídas das áreas, não podendo ser instalados em escadas. Os abrigos de extintores não podem estar fechados à chave e devem ter uma superfície transparente que possibilite a visualização do extintor no seu interior. 36 Os extintores portáteis devem ser instalados nas seguintes condições: a) sua alça deve estar no máximo a 1,60m do piso; ou b) o fundo deve estar no mínimo a 0,10m do piso, mesmo que apoiado em suporte. Quando instalado no local designado o quadro de instruções deve estar localizado na parte frontal do extintor em relação à sua posição de instalação. 37 A sinalização de piso (quadrado de 1,0x1,0m, vermelho com borda amarela de 0,15m) de extintores é necessária quando forem instaladas em garagem, áreas de fabricação, depósitos, locais de movimentação de mercadorias e de grande varejo. A sinalização de paredes e colunas deve ser feita através de placas indicando de forma clara o tipo de agente extintor e sua indicação de uso. 38 39 Deve haver no mínimo um extintor de incêndio distante a não mais de 5m da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da área de risco. Para proteção de locais fechados, tais como: salas elétricas, compartimentos de geradores, salas de máquinas, entres outros, os extintores devem ser instalados no lado externo, próximo a entrada destes locais, respeitando-se as distâncias máximas a serem percorridas. 40 Não existe uma norma técnica que padronize a elaboração dos rótulos dos extintores, cada empresa elabora o seu modelo. O corpo de bombeiro exige as seguintes informações: 41 Todos os extintores de incêndio devem ostentar o selo de identificação da conformidade do Inmetro. Para os extintores novos o selo é na cor vermelha, com as seguintes inscrições: a logomarca do Inmetro; o número de série do selo; a identificação do fabricante; o número de licença do fabricante; Após o extintor de incêndio ser submetido à manutenção, o selo de conformidade é substituído por um selo de cor azul esverdeada, contendo a a data da realização da manutenção. 42 O extintor de incêndio que passou por manutenção apresenta um anel de plástico (lacre) entre a válvula e o cilindro, com identificação da empresa que realizou a manutenção, e o ano em que o serviço foi realizado. A cor do anel de plástico é definida pela Portaria 412/11 do Inmetro, assim definida para os períodos: AMARELO – até 30/12/2012 VERDE - 01/01/2013 a 30/12/2013 BRANCO - 01/01/2014 a 30/12/2014 AZUL - 01/01/2015 a 30/12/2015 PRETO - 01/01/2016 a 30/12/2016 ALARANJADA - 01/01/2017 a 30/12/2017 PÚRPURA - 01/01/2018 a 30/12/2018 Todos os extintores que passarem por manutenção de 2º ou 3º níveis deverão obrigatoriamente ter seus anéis trocados, prova de que os mesmos foram abertos. . 43 44 O dimensionamento dos extintores de incêndio em uma edificação deve estar baseado no grau de risco incêndio da ocupação que compreende a soma da carga incêndio de todo o material combustível existente no local, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, teto e piso. Graus de risco de incêndio: a) Risco alto: Planta com carga de incêndio acima de 1 200 MJ/m². b) Risco médio: Planta com carga de incêndio entre 300 e 1 200 MJ/m². c) Risco baixo: Planta com carga de incêndio até 300 MJ/m². Antes de tratarmos sobre a forma de dimensionar os extintores, é importante conhecer a definição de capacidade extintora. 45 CAPACIDADE EXTINTORA É o poder do agente extintor de extinguir o fogo, obtido em ensaio prático e normatizado. São realizados ensaios de fogo em engradados de madeira para classe de fogo A, ensaios de fogoem líquido inflamável para classe de fogo B e ensaios de condutividade elétrica classe de fogo C. Capacidade extintora define o tamanho do fogo e a classe de incêndio que o extintor deve combater. Essa informação deve constar, obrigatoriamente, no rótulo do produto. 46 CAPACIDADE EXTINTORA A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor portátil, para que se constitua uma "unidade extintora", deve ser: a) carga d'água: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A: b) carga de espuma: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2-A: 10-B c) carga de CO2: extintor com capacidade extintora de no mínimo 5-B:C; d) carga de pó : extintor com capacidade extintora de no mínimo 20-B;C; e) carga de pó ABC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 2- A:20-B:C: f) carga de halogenado: extintor com capacidade extintora de no mínimo 5- B:C. 47 CAPACIDADE EXTINTORA A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor sobre rodas, para que se constitua uma "unidade extintora", deve ser: a) carga d'água: extintor com capacidade extintora de no minimo 10-A; b) carga de espuma mecânica: extintor com capacidade extintora de no mínimo 6-A:40-B: c) carga de dióxido de carbono (CO2): extintor com capacidade extintora de no mínimo 10-B:C: d) carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 80-B:C: e) carga de pó ABC: extintor com capacidade extintora de no mínimo 6-A: 80-8:C. 48 6-A:80-B:C 6-A = Tamanho do fogo classe A 80-B = Tamanho do fogo classe B C = Adequado para apagar fogo classe C Entendendo o significado da capacidade extintora: CAPACIDADE EXTINTORA Classe A: 49 Métodos de Ensaio da Capacidade Extintora Classe A Engradado de madeira em Pinho do Paraná Umidade 7 a 15 % CAPACIDADE EXTINTORA Classe A: 50 * CAPACIDADE EXTINTORA Classe A: Exemplo: Edificação de ocupação comercio varejista (loja de roupas), com carga incêndio de 300 MJ/m², com classe de incêndio predominante “A” e secundária “C”, sem a presença da classe de incêndio “B” e sem divisórias internas. 51 115m 45m 25m25m 25m25m25m 25m25m 25m 25m 25m CAPACIDADE EXTINTORA Classe A: Exemplo: = Unidade extintora mínima 2A:C, podendo ser um único extintor de incêndio de pó químico seco 2A:20B:C, já que não existem extintores 2A:C ou um extintor de água pressurizado de 10L (2A) mais um extintor de pó químico seco de 4Kg (20B:C), já que não existem extintores exclusivos da casse C ou ainda um extintor de água pressurizado de 10L (2A) mais um extintor de CO2 de 6 Kg (5B:C). 52 CAPACIDADE EXTINTORA Classe B: 53 Métodos de Ensaio da Capacidade Extintora Classe B Cubas quadradas contendo n-heptano CAPACIDADE EXTINTORA Classe B: 54 CAPACIDADE EXTINTORA Classe A: Exemplo: Edificação de ocupação depósito (depósito de tinta), com carga incêndio específica de 1500 MJ/m², com classe de incêndio predominante “B”, e secundário “C”, sem a presença da classe de incêndio “A” e sem divisórias internas. 55 115m 45m 15m15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m 15m = Unidade extintora mínima 80B:C CAPACIDADE EXTINTORA Classe C: Os extintores para risco classe C devem ser distribuídos com base na proteção do risco principal da edificação ou da área de risco, ou seja, acompanhando-se a mesma distribuição dos riscos classe A ou B. Sempre que possível, deve-se instalar estes extintores de classe C próximos a riscos especiais mantendo-se uma distancia segura para o operador, tais como: casa de caldeira, casa de bombas, casa de força elétrica, casa máquinas, galeria de transmissão, incinerador, elevador (casa de máquinas), ponte rolante, escada rolante (casa de máquinas), quadro de redução para baixa tensão, transformadores, contêineres de telefonia, gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis e outros riscos semelhantes. 56 CAPACIDADE EXTINTORA Classe D: Para fogos da Classe D a determinação do tipo e quantidade de agente extintor deve ser baseada no material combustível específico, sua configuração, área a ser protegida bem como as recomendações do fabricante do agente extintor. A distância máxima a ser percorrida para a classe D é de 20 m. Classe K: Distância máxima a ser percorrida para está classe de fogo é de 9,15m. 57 58 Fazer uma análise prévia da situação e verificar se sua vida corre perigo. Antes de combater o fogo, verificar se o extintor é adequado ao tipo de incêndio que será combatido. 59 60 61 Inspeção Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação. Manutenção Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter suas condições originais de operação, após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção. Recarga Reposição ou substituição da carga nominal de agente extintor e/ou expelente. 62 Manutenção de primeiro nível Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada. A manutenção de primeiro nível consiste em: a) limpeza dos componentes aparentes; b) reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão; c) colocação do quadro de instruções; d) substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão por componentes originais; e) conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com dióxido de carbono. 63 Manutenção de segundo nível Manutenção que requer execução de serviços com equipamento e local apropriados e por pessoal habilitado. A manutenção de segundo nível consiste em: a) desmontagem completa do extintor; b) verificação da carga; c) limpeza de todos os componentes; d) controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem falhas; e) verificação das partes internas e externas, quanto à existência de danos ou corrosão; f) substituição de componentes, quando necessária, por outros originais; g) regulagem das válvulas de alívio e/ou reguladora de pressão, quando houver; 64 Manutenção de segundo nível A manutenção de segundo nível consiste em: h) verificação do indicador de pressão, conforme 8.2 e 9.3 da NBR 9654/1986; i) fixação dos componentes roscados (exceto roscas cônicas) com torque recomendado pelo fabricante, no mínimo para as válvulas de descarga, bujão de segurança e tampa; j) pintura conforme o padrão estabelecido na NBR 7195 e colocação do quadro de instruções, quando necessário; k) verificação da existência de vazamento; l) colocação do lacre, identificando o executor; m) exame visual dos componentes de materiais plásticos, com o auxílio de lupa com aumento de pelo menos 2,5 vezes, os quais não podem apresentar rachaduras ou fissuras. 65 Manutenção de terceiro nível ou vistoria Processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos. Ensaio hidrostático é aquele executado em alguns componentes do extintor de incêndio sujeitos à pressão permanente ou momentânea, utilizando-se normalmente a água como fluido, que tem como principal objetivo avaliar a resistência do componente a pressões superiores à pressão normal de carregamento ou de funcionamento do extintor, definidas em suas respectivas normas de fabricação. O Ensaio Hidrostático deve ser realizado a cada cinco anos da data de fabricação ou do último teste. 66 Manutenção de terceiro nível ou vistoria Extintores de incêndio são geralmente submetidos a um teste hidrostático para garantir que são seguros. Ao longo dotempo, o invólucro que contém o material antifogo pode enfraquecer e perder a integridade, o que leva a um mau funcionamento ou até mesmo a uma ruptura. 67 Inspeção A Tabela orienta os níveis de manutenção recomendados para algumas situações encontradas em inspeções. A frequência de inspeção é de seis meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e cilindros para o gás expelente, e de 12 meses para os demais extintores. 68 Inspeção Recomenda-se maior frequência de inspeção aos extintores que estejam sujeitos a intempéries e/ou condições especialmente agressivas. O relatório de inspeção deve conter no mínimo as seguintes informações: a) data da inspeção e identificação do executante; b) identificação do extintor; c) localização do extintor; d) nível de manutenção executado, discriminado de forma clara e objetiva. Todo extintor deve possuir um controle para registro das inspeções 69 Recarga A recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e manuseio do agente extintor recomendadas pelo fabricante. Não são permitidas a substituição do tipo de agente extintor ou do gás expelente nem a alteração das pressões ou quantidades indicadas pelo fabricante. O agente extintor utilizado na recarga deve ser certificado de acordo com as normas pertinentes. Somente para os extintores de incêndio com capacidade extintora declarada originalmente pelo fabricante, devem ser mantidos os graus e informados no quadro de instruções. 70 Recarga A recarga do extintor deve ser feita: Imediatamente após ter sido utilizado; Caso esteja despressurizado (manômetro na faixa vermelha); Mesmo não tendo sido usado o extintor, a recarga deve ser feita: Espuma líquida: 1 ano / Espuma mecânica: 5 anos; Água Pressurizada: 5 anos; Pó químico: estes agentes extintores devem ser substituídos no período máximo definido pelo seu fabricante; CO2: este agente extintor deve ser substituído somente quando houver perda superior a 10% da carga nominal declarada; 71 Recarga Esvazie os extintores antes de enviá-los para recarga; Programe a recarga de forma a não deixar os locais desprotegidos; A época de recarga deve ser aproveitada para treinar as equipes de emergência; 72 Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas: NBR 12693 - Sistema de proteção por extintores de incêndio. NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio. NBR 13485 - Manutenção de terceiro nível (vistorias em extintores de incêndio). NBR 15808 - Extintores de incêndio portáteis. NBR 15809 - Extintores de incêndio sobrerrodas. 73
Compartilhar