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AULA 1 10 AUDITORIA OPERACIONAL

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AULA 1-AUDITORIA
A Auditoria, da forma que é utilizada atualmente como ferramenta de trabalho, começou a ser empregada na Europa. Depois da Revolução Industrial, a Auditoria deixa de ser uma mera ferramenta e começa a ser usada em grandes empresas.
- A do cargo de auditor do tesouro, na Inglaterra, em 1314;
- Passando pela criação, em 1886, da Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA), nos Estados Unidos;
- Com a criação da Security and Exchange Commission (SEC) no mesmo país, em 1934.
No Brasil, a evolução está ligada à instalação de multinacionais de auditoria independente, passando pela vinda de grandes empresas internacionais que necessitavam desses serviços, fazendo com que houvesse a necessidade de auditoria.
• Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras. • Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais. • Crescimento de empresas brasileiras e necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas. • Evolução do mercado de capitais. • Criação de normas de Auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil, em 1972. • Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei da Sociedade por ações.
Dessa forma, foi possível notar que a evolução da Auditoria, no Brasil, começa com a expansão das empresas e tem o seu ápice no momento de criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
A Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) determinou que as companhias abertas observassem as normas expedidas pela CVM e que também passassem por auditoria realizada por auditores registrados na mesma Comissão.
Para o autor, pensando ainda de uma forma mais ampla, existe o conceito de accountability que está ligado com a obrigação de determinado ente responder pelos recursos alocados à sua disposição, ou seja, a obrigação de prestar contas, decorrente de responsabilidade delegada.
De forma análoga, podemos considerar o conceito na empresa privada. O Parlamento (Congresso é representando pelo Conselho de Administração) delega responsabilidade ao administrador para gerir a empresa de forma eficiente e eficaz para otimização dos recursos e geração de lucro. 
O auditor verifica se os recursos estão sendo utilizados de acordo com as metas e as diretrizes gerais e informa ao Conselho. O parecer de auditoria publicado produz efeitos também junto ao mercado e aos acionistas (Silva, 2012, p. 5).
Assim, entende-se que a Auditoria Operacional é uma forma de se verificar os procedimentos de acordo com o que é exigido na legislação vigente, serve também para avaliar os controles internos dos entes públicos, ou seja, se eles existem e se estão sendo efetivamente aplicados, quais suas possíveis fragilidades e abrangência e ainda poderá fazer a correção de procedimentos que sejam desnecessários, que geram custos indesejados ou ainda aqueles que podem ser aprimorados.
A Auditoria Interna é aquela que pode ocorrer nas instituições por determinação da administração, uma vez que é utilizada como forma de assessoria e controle na empresa, já que aponta as possíveis fragilidades e os erros que podem ocorrer em relação aos controles internos da organização.  
Outro raciocínio que pode ser aplicado à necessidade de utilização da Auditoria Interna é quando da expansão dos negócios, nessa situação, o papel do administrador e do dono da entidade já não se confundem e, em muitos casos, o proprietário necessita desse tipo de Auditoria para que sejam verificadas as normas e os procedimentos internos.
AULA 2- 
ESTADO
Castro (2011) afirma que a origem do Estado está relacionada a uma possível ampliação da família, outra corrente diz que este nasceu em atos de força ou de conquista, sendo que o Estado nasceu para regular as relações entre vencedores e vencidos ou ainda por causas econômicas ou patrimoniais, nascendo a partir de necessidades do homem, uma vez que ninguém é suficiente e necessita de muitas outras coisas e pessoas para suprir as suas carências.
No Brasil, temos a definição de Estado segundo o artigo 18 da Constituição Federal 
de 1988:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
SOCIEDADE
Outro aspecto necessário para o entendimento da área da Auditoria Governamental é o conceito de Sociedade que também está definido conforme a Constituição Federal de 1988, que afirma: em seu artigo 1º, parágrafo único. “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 
Desta forma a sociedade é a associação por um bem comum, logo a sociedade é uma forma organizada de pessoas que buscam objetivos em comum.
GOVERNO
Partindo do entendimento do que é estado e sociedade, aparece o conceito de governo, sendo este uma autoridade com poder de direção que presida a vida do Estado e que possa prover as necessidades coletivas deste.
Dentro do Estado existe o conceito de administração que é composto por órgãos instituídos para a consecução concreta dos objetivos do governo (Castro, 2011)
Administrar é assegurar a aplicação diária das leis, zelar pelas relações dos cidadãos com a administração central ou local e das diversas administrações entre si. Governar é prover as necessidades de toda a sociedade política, zelar pela observação de sua constituição, pelo funcionamento dos grandes poderes públicos, pelas relações de Estado com as potências estrangeiras, pela segurança interna e externa (Medauar, 1992 apud Castro, 2011).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A Administração Pública é o conjunto de todos os meios, sejam eles, institucionais, materiais, financeiros e humanos que estão organizados para executar decisões políticas. 
Ela irá representar o conjunto de órgãos utilizados pelo poder político para atingir fins políticos. Para Castro (2011) a Administração Pública pode ser entendida em dois sentidos básicos:
Castro (2011) afirma que a Administração Pública foi definida pelo Decreto-Lei 200/67 que a divide em duas áreas: Administração Direta e Indireta.
Sendo que a primeira abrange os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário e órgãos integrados responsáveis pela condução da administração da União, como os ministérios.
Já a Administração Indireta é aquela composta pelo conjunto de entes vinculados a cada Ministério, como as autarquias, as empresas públicas ou as estatais, as fundações públicas e as sociedades de economia mista.
Até o momento entendemos qual é o ambiente da Auditoria Governamental, agora será necessário entender o que é a Auditoria Governamental e seus principais conceitos.
Pode-se dizer que a Auditoria Governamental é aquela voltada para a Administração Pública, tanto Direta quanto Indireta, e que pode ser Interna ou Externa envolvendo o patrimônio público.   
Agora vamos diferenciar autarquias, sociedades de economia mista e empresas públicas.
As autarquias são aquelas entidades que possuem personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios, desempenhando atividades da Administração Pública, mas com gestão administrativa e financeira descentralizadas. 
Alguns exemplos de autarquia, no Brasil, podem ser dados pelo Banco Central do Brasil, Comissão Nacional de Energia Nuclear, entre outras (Castro, 2011).
O autor afirma que As Sociedades De Economia Mista são as pessoas públicas de direito privado com participação do poder público e particular em sua administração. 
Estas sociedades destinam-se ao desenvolvimento de atividadeseconômicas ou ao serviço de interesse coletivo dos delegados do Estado. Exemplos de sociedades de economia mista são o Banco do Brasil e a Petrobras.
As Empresas Ou As Fundações Públicas são aquelas que não possuem atividades típicas do Estado, mas desempenham ações de interesse coletivo, atuando de forma mais comum nas áreas de educação, cultura e pesquisa. 
Castro (2011) explica que existem fundações que são verdadeiras autarquias, como, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, sendo que se caracterizam como fundações públicas como é o caso da Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa, que foi transformada, recentemente, em Organização Social.
Tributária ou fiscal - Feita pelo governo para conhecer, dentro do patrimônio privado, os principais aspectos com relação à arrecadação e destinação de impostos, como por exemplo, o FGTS ou o INSS.
Auditoria de gestão pública - Realizada pelo Estado dentro de seus poderes para que sejam verificados os princípios inerentes a sua gestão, que segundo a Constituição Federal de 1988 são:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
A Auditoria Governamental segundo o Senado (2013) tem a função de “comprovar a legalidade e a legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração direta e entidades supervisionadas da administração federal, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.”
O objetivo básico da Auditoria Governamental está centrado na investigação dos recursos públicos, fazendo uma verificação constante que permite a antecipação a erros e correção de cursos, bem como garantia dos resultados esperados. 
Toda essa preocupação serve para que seja garantido o bom uso do dinheiro público e para que seja mostrado de que forma isto está ocorrendo.
O que são créditos adicionais?
São as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. 
Os créditos adicionais classificam-se em:
• Suplementares e Especiais
Suplementares e Especiais (PLN)
a) Suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; encaminhado ao Congresso Nacional pelo Presidente da República através de Projeto de Lei (PLN);
b) Especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; encaminhado ao Congresso Nacional pelo Presidente da República através de Projeto de Lei (PLN).
• Extraordinários
Extraordinários (MP) 
a) Extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública; encaminhado ao Congresso Nacional pelo Presidente da República através de Medida Provisória (MP) (Câmara dos Deputados, 2013).
Estes dois exemplos de conceitos permitem compreender a abrangência e a importância da Auditoria Governamental, pois está justamente relacionada aos recursos que movem a máquina pública.
A Auditoria Governamental pode ocorrer de algumas formas, sendo estas (In: 01/2001):
Direta
Quando utiliza pessoal dos órgãos de controle que possuem atribuição de Auditoria, sendo que dentro desta categoria elas ainda podem ser:
• Centralizada: quando for executada por servidores do órgão central ou setoriais do sistema de controle interno ou do poder executivo Federal;
• Descentralizada: executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Indireta
A Auditoria Indireta pode ser executada com a participação de servidores que não estão lotados nos órgãos e unidades do sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de Auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada;
• Compartilhada: coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada;
• Terceirizada: executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de Auditoria Externa.
Simplificada
Trata-se das atividades de auditoria realizadas, por servidores em exercício nos órgãos centrais, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. 
Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.
Assim como a Auditoria Contábil, a Auditoria Governamental é composta por um processo que possui várias etapas necessárias para que seja cumprido o objetivo principal da Auditoria que é de verificação da autenticidade dos processos e demonstrações.
Pode-se afirmar que o processo de Auditoria:
[...] compreende o conjunto de etapas destinado a examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados, bem como apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos de uma organização. Para atingir esse objetivo, o auditor necessita de planejar adequadamente seu trabalho a fim de avaliar o sistema de controles internos relacionados com a matéria auditada e estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria a serem realizados, bem como colher as evidências comprobatórias de suas constatações para a formação de sua opinião.
Assim é claro compreender o que é preciso de uma organização e que etapas sejam cumpridas para um bem maior que é finalmente comprovar o que almeja a Auditoria.

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