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DIREITO INTERNACIONAL Professora Maria Clarice B. da Nóbrega – 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). EXERCÍCIOS - 2 parte da aula (Chefe de Estado/Governo; Ministro das Relações Exteriores e Diplomadas – CF art. 84-VII c/c art. 52-IV e 102-I-c e Convenção de Viena 1961) – 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Costume internacional Podemos definir o direito costumeiro; tácito ou consuetudinário, como sendo a prática reiterada, pacífica e pública de determinado ato, produzido por agente capaz, desde que gere expectativa de direito e obrigação. 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Elementos constitutivos do direito costumeiro: Elemento Material/Objetivo (consiste na prática reiterada de determinado ato); Elemento Psicológico/Subjetivo (consiste na expectativa de direito e obrigação). 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Início do direito tácito: Análise do comportamento das Partes e comprovação da existência dos dois elementos constitutivos. Término do direito consuetudinário: Pelo desuso; ou Pela transformação em direito convencional (tratado). 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Aula 3 - Caso Concreto 1 O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar- Aveli. 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar -Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós -britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). (Pereira, L. C . R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio? Como ela é definida? Qual o elemento que a torna norma jurídica? – 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Princípios gerais de direito podem ser definidos como a base, o fundamento, a origem, a razão fundamental sobre a qual se discorre qualquer matéria. Trata-se de proposições mais abstratas que dão razão ou servem de base e fundamento ao Direito. Vários são os princípios identificados no DIP já mencionados nos nossos encontros, a saber: – 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Da isonomia para elaboração de tratados; Da irretroatividade de tratados; Da publicidade de tratados; Da boa fé, etc... 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). - Jurisprudência A jurisprudência enquanto fonte do DIP, é considerada como o conjunto de decisões e pareceres do judiciário internacional. - Doutrina Interpretação de determinado tema por pesquisadores renomados. 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). 1 parte da aula (Costumes; Princípios Gerais de Direito; Jurisprudência e Doutrina). Aula 6 – Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo jurídico brasileiro, como nas demais democracias modernas, tratados passam a integrar o direito interno estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A respeito dessa temática, uma vez firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda que criem compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto que são aprovados por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada a afirmativa e fundamente. (CESPE – adaptada) 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados Os Estados se personificam através dos seguintes representantes: Chefes de Estado/Governo; Ministro das Relações Exteriores; Diplomatas e Cônsules 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados Chefe de Estado/de Governo Maior representação estatal; Investidura pública; Cartas de Chancelaria - Ministro das Relações Exteriores 2ª maior representação estatal; Investidura pública; Dupla função. Relações Diplomáticas (material de apoio: CV/1961 e CF) Estabelecimento relações diplomáticas; Direito de Legação: faculdade que possui o Estado para enviar (Estado acreditante) e receber (Estado acreditado) uma representação diplomática. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados Agréement – consentimento do Estado acreditado ao Chefe da representação do Estado acreditante. Credencial - documento de investidura dos representantes diplomáticos. Agentes diplomáticos – escolha conforme o direito interno de cada Estado. (ex.: Brasil – artigos 84-VII c/c 52-IV da CF). Funções diplomáticas: aproximar os Estados. TIPOS DE MISSÕES DIPLOMÁTICAS Permanente/ordinária/primária: administração pública do Estado Acreditante instalada no território do Estado Acreditado, por tempo indeterminado. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados Sede – Embaixada; Chefe da Missão – Embaixador(a); Área de atuação: todo território do Estado acreditado. MISSÃO Diplomática Temporária também chamada de extraordinária; secundária; especial ou ad hoc – administração pública do Estado acreditante instalada no território do Estado acreditado por tempo determinado ou objetivo certo. Chefe da Missão – será sempre escolhido conforme a especificidade da missão dentre as pessoas mais qualificadas para representar os interesses do Estado acreditante. Área de atuação: local pactuado no território do Estado acreditado. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados Privilégios/prerrogativasdiplomáticas Imunidade de jurisdição: Penal (plena); Civil e administrativa (relativa aos atos praticados no desempenho da função de representante estatal); Inviolabilidade: Pessoal; dos bens (móveis e imóveis); Isenção: Impostos e taxas. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados CÔNSULES - RELAÇÃO CONSULAR (material de apoio: CV/1963) Capítulo I – As relações consulares em geral (2º/27) Estabelecimento relações consulares; Direito de Consulado: faculdade que possui o Estado para enviar (Estado que envia/investe) e receber (Estado receptor) uma representação consular. Funções consulares: atividades administrativas e comerciais Área de atuação: distrito/jurisdição consular área pactuada no território do Estado receptor. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados TIPOS DE MISSÕES CONSULARES DE CARREIRA: administração pública do Estado que enviar, instalada no território do Estado receptor, para exercício de função específica. Geralmente é um nacional e funcionário do Estado que o investe. Sede – Consulado; HONORÁRIA: representação do Estado que investe, no território do Estado receptor, para exercício de função específica. Representação Honorária – geralmente é exercida para atividades comerciais. O responsável poderá não ter nacionalidade do Estado que o investe. 2 parte da aula: Meios representativos dos Estados PRERROGATIVAS/PRIVILÉGIOS CONSULARES – artigo 28 da CV/1963 Capítulo II – Cônsules de Carreira (28/57) Capítulo III – Cônsules Honorários (58/68) Capítulo IV – Disposições Gerais (69/73) Capítulo V – Disposições Finais (74/79) FIM Próxima aula: 1 parte: Organizações Internacionais (ex: ONU) – 2 parte: Funcionários Internacionais - Material necessário para aula: - Carta de São Francisco 1945 – ONU.
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