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ARTIGO TCC I e TCC II Conforme modelo MÁRCIO FERNANDO v38

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APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DO 
TRABALHO EM EXECUÇÕES FRUSTRADAS POR PARALISIA DO AUTOR. 
 
Márcio Fernando Ribeiro da Silva1 
Jair Rosas Dias Coelho2 
Peter Batista Barros3 
RESUMO 
O objetivo deste artigo é estudar a aplicabilidade ou não da prescrição intercorrente 
no âmbito do Processo do Trabalho. Serão analisadas as possibilidades de 
aplicação da referida prescrição no Direito do Trabalho em diversas hipóteses. 
Apresentar-se-á como ocorre na prática a aplicação da prescrição intercorrente, na 
fase de execução do processo trabalhista. Ademais, analisar-se-á as leis e 
jurisprudência que amparam tal fenômeno jurídico, e os modos de sua aplicação no 
processo. Ainda, serão explanados alguns princípios processuais correlacionados 
com o instituto da prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho. Será apresentado 
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais a favor e contras a sua aplicabilidade. 
O estudo do tema é de suma importância, pois visa demonstrar como pode ser 
gravoso permitir lides perpétuas, que ferem de morte o princípio constitucional da 
segurança jurídica, impedindo, assim, processos justos, céleres e de duração 
razoável que cumpram com o ideal de justiça e paz social nas relações do trabalho. 
 
Palavras-chave: Prescrição intercorrente no Processo do Trabalho; Divergência 
Sumular; Falta de Ação do Credor; Aplicabilidade. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No direito do trabalho existe o entendimento de que o sistema de valores 
define dentre as suas várias funções, como primazia e razão de existir, a tutela do 
trabalhador diante de sua condição de hipossuficiência nessa dialética com o poder 
econômico. Nesse sentido, que o Tribunal Superior do Trabalho – TST editou a 
súmula número 114 que aduz: “É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição 
intercorrente”. 
Por outro lado, a ideia de lide perpétua é inaceitável dentro do sistema jurídico 
brasileiro. Também não é razoável que o devedor fique a mercê da vontade daquele 
credor, que simplesmente se limita a prolongar o prazo por mera vontade sua, o que 
acaba por onerar todo o sistema. 
 
1
 Graduando em Direito, Faculdade Social da Bahia, mfrsilva@gmail.com 
2
 Mestre em Políticas Sociais e Cidadania (UCSal) Faculdade Social da Bahia, 
jair9coelho@yahoo.com.br 
3
 Mestre em Administração Estratégica (Universidade Salvador), Faculdade Social da Bahia, 
profpeterbarros@hotmail.com 
 2 
É nesta esteira que a aplicação do instituto da prescrição intercorrente no 
processo do trabalho poderia dar segurança jurídica, princípio do Estado de Direito, 
evitando as lides perpétuas. 
O processo judicial é utilizado à serviço do direito material, entretanto, não é 
razoável que o processo perdure no tempo sem a solução do litígio, violando direitos 
e garantias fundamentais, como os princípios da razoável duração do processo e da 
celeridade processual, inteligência do art. 5º, LXXVIII previsto na Constituição 
Federal de 1988 (BRASIL, 1988). 
Percebe-se, então, que os atos jurídicos estão intimamente ligados a seu 
lapso temporal, sendo a prescrição um dos efeitos diretos do transcurso do tempo 
fazendo produzir a não eficácia de determinada pretensão, em razão do não 
exercício em determinado período, conforme o artigo 189 da Lei n. 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (BRASIL, 2002). Theodoro Junior (2009, p. 320) conceitua 
prescrição como: 
É sanção que se aplica ao titular do direito que permaneceu inerte diante de 
sua violação por outrem. Perde ele, após o lapso previsto em lei, aquilo que 
os romanos chamavam de actio, e que, em sentido material, é a 
possibilidade de fazer valer o seu direito subjetivo. 
 
A prescrição pode ser observada em qualquer momento do processo, porém 
ocorrendo durante o transcorrer do mesmo, é chamada de prescrição intercorrente, 
conforme conceitua Gonçalves (2011, p. 640): “a chamada prescrição intercorrente, 
que recebe essa denominação por verificar-se não antes, mas no curso do 
processo”. 
Mesmo diante dos problemas causados pelos processos na Justiça do 
Trabalho, ainda existe uma divergência doutrinária acerca da aplicação da 
prescrição intercorrente no processo trabalhista, embora tenha seu reconhecimento 
de forma pacífica em outros segmentos de justiça. 
Há possibilidade da aplicação do instituto de prescrição intercorrente no 
processo do trabalho, quando das execuções frustradas por paralisia do autor, na 
esteira da Súmula n. 327 do Supremo Tribunal Federal - STF, apesar de o 
entendimento do TST manter-se em sentido contrário? 
O problema começa pela existência de duas súmulas conflitantes de tribunais 
superiores sobre o tema e leva a insegurança jurídica nas relações de trabalho, além 
de elevados custos de guarda de inúmeros processos com execuções frustradas, 
paradas há anos. 
 3 
Como se pode imaginar que crimes cometidos contra a vida, maior bem 
jurídico tutelado pelo Estado-Juiz, prescreve enquanto dívidas trabalhistas fiquem 
eternamente abertas, gerando instabilidade social. Registre-se o que assevera 
Venosa (2012, p. 598): “se a possibilidade de exercício dos direitos fosse indefinida 
no tempo, haveria instabilidade social”. 
Coaduna com este pensamento Eça (2008, p. 159), quando afirma que “não é 
só, pois, afinal, não é justo que o credor sujeite o devedor eternamente ao seu jugo, 
impedindo que o tempo que a tudo consome exerça sua força numa situação jurídica 
processual”. 
E outro não poderia ser o entendimento sob pena de se criar processos ad 
infinito, o que não é interessante para sociedade, que se vê privada de segurança 
jurídica, harmonia e paz social, e, nem para o judiciário que fica abarrotado de 
processos caros, sem deles poder dar conta independente de suas iniciativas e 
ações. 
Por tais motivos, o presente artigo tem como objetivo geral analisar a 
possibilidade da utilização do instituto de prescrição intercorrente no processo do 
trabalho, quando das execuções frustradas por falta de solvência do devedor ou 
paralisia do autor. Como objetivos específicos, esta pesquisa busca: 
a) verificar em que consiste o instituto da prescrição intercorrente; 
b) caracterizar a violação de princípios constitucionais explícitos e implícitos, 
e; 
c) evidenciar a definição e aplicação incorreta de conceitos e princípios 
norteadores do direito, processuais e, principalmente, da segurança jurídica. 
A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo foi de revisão 
sistemática da literatura disponível, ou seja, fontes primárias de informação como 
livros, artigos, teses, dissertações, monografias, bem como da jurisprudência dos 
tribunais superiores e locais, entre outros referentes ao assunto. 
 
2 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE E O PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
 
O princípio da segurança jurídica é peça principiológica fundamental para que 
haja o sentimento de justiça. É nela que se funda a paz social e a ordem em um 
Estado de direito. 
 4 
Segundo o constitucionalista Canotilho (2010, p. 264, grifo do autor), em seu 
trabalho doutrinário e jurisprudencial, a expressão segurança jurídica, passou a 
formar um conjunto essencial e abrangente de conteúdos: 
[...] o princípio da segurança jurídica é considerado um elemento essencial 
do princípio do Estado de direito, e que além das suas imbricações com o 
princípio de proteção da confiança, as ideias nucleares da segurança 
jurídica desenvolvem-se em torno de dois conceitos: 
(1) estabilidade ou eficácia ex post
4
 da segurança jurídica: uma vez 
adoptadas, na forma e procedimento legalmente exigidos, as decisões 
estaduais não devem poder ser arbitrariamente modificadas, sendo apenas 
razoável alteraçãodas mesmas quando ocorram pressupostos materiais 
particularmente relevantes. 
(2) previsibilidade ou eficácia ex ante
5
 do princípio da segurança jurídica 
que, fundamentalmente, se recondu exigência de certeza e 
calculabilidade, por parte dos cidadãos, em relação aos efeitos jurídicos dos 
atos normativos. 
 
Neste momento, interessa, sobretudo, a segurança jurídica sob o ponto de 
vista da estabilidade. Diante deste quadro de previsibilidade é que a prescrição 
aparece com o objetivo principal de assegurar a paz social, evitar ações perpétuas, 
que se perduram eternamente. 
O tempo está ligado diretamente à vida humana, sendo, muitas vezes, o 
protagonista do fato. Corrobora com esta visão Pereira (2006, p. 679), que afirma: "o 
tempo domina o homem, na vida biológica, na vida privada, na vida social e nas 
relações civis. Atua nos seus direitos". E continua sobre os efeitos do lapso 
temporal: “[...] conduz à extinção da pretensão jurídica, que não se exercita por certo 
período, em razão da inércia do titular [...]." 
A extinção de uma pretensão em razão da inércia de seu titular durante certo 
lapso de tempo é chamada de prescrição. Diniz (2011, p. 400) define prescrição 
como: 
A prescrição é um dos modos extintos da obrigação sem que o devedor 
cumpra a prestação. A prescrição tem por objeto extinguir a pretensão de 
exigir, judicialmente, a prestação do inadimplente, por gerar uma exceção 
oposta ao exercício da ação, se o titular do direito subjetivo violado deixou 
escoar o lapso temporal, previsto em lei, para tanto. 
 
E completa explicitando seu fundamento: 
Tem por fundamento um interesse jurídico-social. Realmente, esse instituto 
é uma medida de ordem pública para proporcionar segurança às relações 
jurídicas, que se comprometeriam ante a instabilidade decorrente do fato de 
se possibilitar o exercício da ação por tempo indeterminado. É, portanto, 
 
4
 Do latim ex post que significa “posterior”, baseado em conhecimento, observação, análise, sendo 
fundamentalmente objetivo e de fato. Eficácia ex post: estabilidade do julgado – coisa julgada. 
5
 Do latim ex ante que significa “de antemão”, baseado em suposição e prognóstico, sendo 
fundamentalmente subjetivo e estimativo. Eficácia ex ante: estabilidade de seus efeitos jurídicos – 
uniformidade da interpretação e aplicação das normas. 
 5 
uma pena para o negligente, que deixa de exercer seu direito de ação 
dentro de certo prazo, diante de uma pretensão resistida. Trata-se de uma 
sanção adveniente. 
 
Theodoro Júnior (2009, p. 321) define as condições necessárias para se 
processar a prescrição: 
Para haver prescrição é necessário que: a) exista o direito material da parte 
e uma prestação a ser cumprida, a seu tempo, por meio de ação ou 
omissão do devedor; b) ocorra a violação desse direito material por parte do 
obrigado, configurando o inadimplemento da prestação devida; c) surja, 
então, a pretensão, como consequência da violação do direito subjetivo, isto 
é, nasça o poder de exigir a prestação pelas vias judiciais; e finalmente d) 
se verifique a inércia do titular da pretensão em fazê-la exercitar durante o 
prazo extintivo fixado em lei. 
 
Diante desses ensinamentos podemos concluir que a segurança jurídica 
também se funda no instituto de prescrição, uma vez que traz estabilidade nas 
relações, impedindo, assim, que os devedores estejam eternamente sob a "espada 
de Dâmocles". 
Ou seja, a prescrição tem por finalidade coibir uma situação em que os 
devedores fiquem presos à incerteza de serem cobrados mesmo por uma dívida 
infinitamente, o que criaria um ambiente de insegurança jurídica. 
A prescrição também pode ocorrer no curso do processo na fase de 
execução, por abandono do credor. Esta prescrição é chamada de intercorrente, que 
na definição de Delgado (2012, p. 272): 
Intercorrente é a prescrição que flui durante o desenrolar do processo. 
Proposta a ação, interrompe-se o prazo prescritivo; logo a seguir, ele volta a 
correr, de seu início, podendo consumar-se até mesmo antes que o 
processo termine. O critério intercorrente tem sido muito importante no 
cotidiano do Direito Penal, por exemplo. 
 
Gonçalves (2011, p. 640) assevera, ainda, que: 
A inércia do credor em promover a execução ou em dar-lhe andamento 
implica a remessa dos autos ao arquivo. O credor, porém, pode a qualquer 
momento, dar início ou continuidade à fase executiva. Mas há um limite: ele 
perderá a pretensão executiva se deixá-la prescrever. A execução de título 
judicial não é mais um processo, mas tão somente uma fase, porém admite-
se a chamada prescrição intercorrente, que recebe essa denominação por 
verificar-se não antes, mas no curso do processo. 
 
Pamplona (1996, p. 34) afirma que “sendo a prescrição extintiva ou liberatória 
um instituto de direito material”, expondo com Pereira (1992, p. 473 apud 
PAMPLONA, 1996, p. 34), que “condu perda do direito pelo seu titular negligente 
ao fluir de certo lapso de tempo, conceitua a prescrição intercorrente como sendo a 
que decorre da prolongada inércia da parte, no curso da ação.” 
 6 
Portanto, a prescrição é uma norma processual de ordem pública de natureza 
cogente, que tem a missão de preservar a paz social e a segurança jurídica. É por 
isso ainda que "...a prescritibilidade é a regra, a imprescritibilidade, a exceção", 
como disse Pereira (2006, p. 687). 
 
3 FALTA DE AÇÃO DO CREDOR E O IMPULSO OFICIAL (ART. 765, CLT) 
 
Existe uma controvérsia sobre a faculdade ou obrigação do Estado-Juiz no 
impulso do processo trabalhista. Um dos aspectos defendidos por aqueles que não 
admitem a prescrição intercorrente, no processo do trabalho, é o impulso oficial na 
Justiça Trabalhista. 
Essa previsão estaria nos artigos 765, 877 e 878, da Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT. A inteligência contida artigo 765 da CLT, di : “Os Juí os e 
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo 
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária 
ao esclarecimento delas”. 
Enquanto que a norma inserida no 877, assevera: “É competente para a 
execução das decisões o juiz ou presidente do Tribunal que tiver conciliado ou 
julgado originariamente o dissídio”. 
Ademais, o 878 disciplina: “A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio, pelo próprio juiz ou presidente do Tribunal competente, 
nos termos do artigo anterior”. E em seu parágrafo único: “Quando se tratar de 
decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela 
Procuradoria da Justiça do Trabalho”. 
Entretanto, podemos perceber que ao dispor sobre as normas de direito 
processual do trabalho, a Lei 5.584/70, em seu art. 4º, revoga, parcialmente, o art. 
878 da CLT quando dispõe: “Nos dissídios de alçada exclusiva das Juntas e 
naqueles em que os empregados ou empregadores reclamarem pessoalmente, o 
processo poderá ser impulsionado de ofício pelo Jui ” (BRASIL, 1970). 
Estabeleceria, assim, que o processo somente pode ser impulsionado de ofício, pelo 
Juiz nestes casos. Logo, o Magistrado estaria impedido de agir ex officio, no caso, 
quando a parte tem advogado. 
Ora, os artigos que falam do impulso oficial dos processos contidos na 
Consolidação das Leis do Trabalho, de maio de 1943, não podem contrariar os 
 7 
preceitos inseridos na Lei 5.584/70. De onde podemos perceber que o legislador 
estabeleceu que o impulso será oficial nos processos de alçada inferior ao dobro do 
salário mínimo legal, ou nos quais as partes reclamam pessoalmente, no exercício 
do seu jus postulandi. 
Vale salientar que mesmo que o Estado-Juiz tente impulsionar o processo, 
ainda assim seriaimpossível, sem a manifestação do autor, como no caso da 
proposição de artigos de liquidação, como afirma Pamplona (1996, p.40): 
Na liquidação articulada, não há como o Juiz determinar a liquidação do 
feito de ofício, eis que a própria sentença exequenda, trânsito em julgado, 
ao determinar que a liquidação se procedesse por artigo, certificou a 
inexistência de dados nos autos para regular a quantificação por simples 
cálculos. 
 
Segundo Theodoro Júnior (1993, p. 95 apud Pamplona Filho 1996, p. 40) 
expõe que: 
O credor indicará os fatos a serem provados (um em cada artigo) para servir 
de base à liquidação. Não cabe a discussão indiscriminada de quaisquer 
fatos arrolados ao puro arbítrio da parte. Apenas serão arrolados e 
articulados os fatos que têm influência na fixação do valor da condenação 
ou na individuação do seu objeto. E a nenhum pretexto será lícito reabrir a 
discussão em torno da lide, definitivamente decidida na sentença de 
condenação. 
 
Desta forma, percebemos que sem a manifestação e impulso da parte no 
andamento processual se torna impossível de ser realizada ex officio pelo Estado-
Juiz. 
 
4 APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DE OFICIO PELO ESTADO-JUIZ 
 
Acredita-se que por conta justamente do seu papel de estabilizador das 
relações jurídico-sociais, o tema da prescrição sempre foi objeto de muita polêmica 
no âmbito das relações trabalhistas, sobretudo depois que foi elevado ao patamar 
constitucional (art. 7, XXIX da CF), e mais ainda com a Lei 11.280/2006, que 
introduziu o parágrafo 5 no art. 219 do CPC e revogou o art. 194 do CC, que limitava 
a ação do Estado-Jui quando dispunha que “O jui não pode suprir, de ofício, a 
alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapa ”, de forma que 
a prescrição a partir da mencionada lei poderá ser pronunciada de ofício pelo Juiz, 
sem nenhum impedimento. 
Ensina a doutrina de Russomano (1997, p. 69) que: 
 8 
[...] a prescrição é o meio que o Direito usa para evitar que o credor possa 
negligenciar na cobrança da dívida criando, assim, uma permanente 
situação de mal-estar para a sociedade. A prescrição, pois, é uma regra de 
ordem, de harmonia e de paz, derivada da necessidade que temos de 
certeza nas relações jurídicas. 
 
Neste sentido, ainda sobre os reflexos da Lei 11.280/2006 no direito 
processual do trabalho, tem-se entendimento: 
PRESCRIÇÃO - DECLARAÇÃO DE OFÍCIO - POSSIBILIDADE - ART. 219, 
§ 5º, DO CPC. 1. A nova regra do art. 219, § 5º, do CPC, de aplicação 
imediata aos processo pendentes, à luz do art. 1.211 do mesmo diploma 
legal, prevê a declaração de ofício da prescrição, aplicando-se 
necessariamente nesta Justiça Especializada. Para tanto, basta verificar o 
preenchimento das condições previstas no art. 769 da CLT sobre aplicação 
subsidiária da legislação processual civil na esfera trabalhista, quais sejam, 
a omissão e a compatibilidade da regra civil com o Processo do Trabalho. 2. 
"In casu", a legislação trabalhista é omissa sobre a iniciativa para 
declaração dos efeitos da prescrição, pois o diploma consolidado apenas 
estabelece prazo prescricional (CLT, art. 11). Ademais, a nova regra não é 
incompatível, tampouco exclui o princípio da tutela do hipossuficiente 
que fundamenta o Direito do Trabalho, pois a fragilidade do 
trabalhador em relação ao empregador é apenas econômica, já 
tutelada pela legislação substantiva, não se justificando privilégio 
suplementar processual nesse campo, o qual implicaria ofensa ao art. 
125, I, do CPC, que exige o tratamento isonômico das partes em juízo. 
O magistrado trabalhista deve aplicar de forma imparcial uma legislação 
material que já é protetiva do trabalhador. 3. Importante registrar que a 
declaração de ofício da prescrição contribui para a efetiva aplicação dos 
princípios processuais trabalhistas (garantia da informalidade, da 
celeridade, do devido processo legal, da economia processual, da 
segurança jurídica, bem como do princípio constitucional da razoável 
duração do processo e da dignidade da pessoa humana), impedindo a 
prática de atos desnecessários, como, por exemplo, nas demandas em que 
o direito material discutido já se encontra fulminado pela prescrição. 4. 
Finalmente, é mister frisar que o próprio dispositivo anterior, que previa a 
necessidade de arguição, pela parte interessada, da prescrição de direitos 
patrimoniais, tinha sede civil e processual civil (CC, art. 194; CPC, art. 219, 
§5º), e era aplicada subsidiariamente na Justiça do Trabalho à míngua de 
regramento próprio desta. Mudando a legislação que disciplina o modo de 
aplicação da prescrição (revogação do art. 194 do CC e alteração da 
redação do § 5º do art. 219 do CPC), a repercussão é inexorável na esfera 
laboral. Pretender a não-aplicação da regra processual civil ao Processo do 
Trabalho, nessa hipótese, deixa sem respaldo legal a exigência judicial da 
arguição, pela parte, da prescrição, como condição de seu acolhimento, o 
que atenta contra o princípio da legalidade (CF, art. 5º, II). 5. Nem se diga 
que a norma civil revogada subsiste no Processo do Trabalho como 
princípio, uma vez que, havendo norma legal expressa em sentido contrário, 
não há possibilidade de remissão a princípio carente de positivação, 
mormente em matéria processual, que se norteia por regras claras e 
expressas. As próprias regras do CPC de 1939 que ainda subsistem como 
princípios sob a égide do CPC de 1973 (v.g., arts. 809 e 810, prevendo os 
princípios da variabilidade e fungibilidade recursais) são apenas aquelas 
que não foram expressamente contrariadas por dispositivos que 
estabelecessem procedimento diverso. [...] (RR - 630600-91.2007.5.09.0661 
, Relator Ministro: Ives Gandra Martins Filho, Data de Julgamento: 
27/05/2009, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2009) (grifo nosso) 
 
 9 
Ressalta, também, o entendimento manifestado de que a nova regra não é 
incompatível com o processo do trabalho e que a falta desta observação pelo 
Estado-Juiz implicaria na falta de tratamento isonômico das partes em juízo, 
transcreve-se entendimento esposado em julgados do Egrégio Tribunal Regional do 
Trabalho da 5ª Região: 
PRESCRIÇÃO DE OFÍCIO - APLICAÇÃO NA JUSTIÇA DO TRABALHO - 
Considerando que a prescrição tem por fim precípuo fomentar a 
estabilidade das relações jurídicas, bem como que sua aplicação se 
coaduna com o princípio constitucional da celeridade processual, é 
plenamente aplicável a nova regra do § 5º do art. 291 do CPC à seara 
trabalhista. (Processo 0079300-91.2007.5.05.0651 RO, ac. nº017515/2008, 
Relator Desembargador LUIZ TADEU LEITE VIEIRA, 1ª. TURMA, DJ 
12/08/2008). 
 
PRESCRIÇÃO. PRONUNCIAMENTO DE OFÍCIO. CABIMENTO NA 
JUSTIÇA DO TRABALHO. Na Justiça do Trabalho se pronuncia a 
prescrição de ofício, prevista na nova redação do art. 219, § 5º, do CPC, 
compatível com o processo trabalhista. Por ser matéria de ordem pública, a 
prescrição há ser decretada de imediato. (Processo 0046200-
12.2004.5.05.0018 AP, ac. nº 001161/2009, Relatora Desembargadora 
VÂNIA CHAVES, 1ª. TURMA, DJ 05/02/2009). 
 
PRESCRIÇÃO DE OFÍCIO. CABIMENTO NO PROCESSO DO TRABALHO. 
Se aplica no processo do trabalho a regra insculpida no § 5º, do art. 219 do 
CPC, que visa garantir às partes a duração razoável do processo e os 
meios que permitam a celeridade do feito. (Processo 0103300-
48.1993.5.05.0134 AP, ac. nº 000769/2009, Relatora Desembargadora 
SÔNIA FRANÇA, 3ª. TURMA, DJ 18/02/2009). 
 
REEXAME NECESSÁRIO. PRESCRIÇÃO. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. "O 
juiz pronunciará, de ofício, a prescrição". (CPC, art. 219, § 5º. Redação 
dada pela Lei nº 11.280, de 2006). (Processo 0052200-
43.2008.5.05.0291 ReeNec, ac. nº 022436/2010, Relatora 
Desembargadora NÉLIA NEVES, 4ª. TURMA, DJ 23/07/2010). 
 
PRESCRIÇÃO. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO.É cabível a declaração de 
ofício da prescrição do direito de ação, conforme entendimento 
consubstanciado no § 5º do art. 219 do CPC, com redação dada pela Lei 
11.280/2006, aplicável aos processos trabalhistas. (Processo 0134900-
59.2009.5.05.0641 RecOrd, ac. nº 035391/2010, Relator Desembargador 
PAULINO COUTO, 5ª. TURMA, DJ 30/11/2010). 
 
 
4.1 PRESCRIÇÃO EXECUTIVA E PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
 
A arguição de prescrição executiva está prevista na própria CLT que prevê a 
alegação da prescrição na fase de execução. É o que dispõe o paragrafo primeiro do 
artigo 884 da referida Lei, in verbis: “§ 1º A matéria de defesa será restrita s 
alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
dívida.” (grifo nosso). 
 10 
Percebe-se que esta prescrição é distinta daquela prevista no art. 7º, XXIX da 
Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), ou seja, é a própria prescrição 
intercorrente disciplinada no ordenamento trabalhista. 
Corrobora a esse pensamento o art. 202 do Código Civil brasileiro que 
consagra a possibilidade de ocorrência da prescrição no decorrer do processo, ou 
seja, no curso do processo depois de ajuizada a ação. Disciplina o parágrafo único 
do artigo 202 do Código Civil (BRASIL, 2002): “Parágrafo único. A prescrição 
interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato 
do processo para a interromper.” 
Importante frisar que no processo do trabalho não há a necessidade de um 
processo executivo autônomo, como havia no processo civil até a edição da Lei 
11.232/05, que tornou também naquela seara o processo sincrético. 
Diante do exposto, pode-se concluir que não deve existir a confusão entre os 
institutos de prescrição intercorrente no processo na fase de execução com a 
prescrição da pretensão de execução, denominada de prescrição superveniente, já 
que ambos se dão após ajuizada a ação, logo no curso do mesmo processo e, 
portanto, nestes casos, estará sendo aplicada a prescrição intercorrente. 
 
5 DIVERGÊNCIA SUMULAR ENTRE O STF E O TST 
 
Inicialmente é preciso apresentar os dois entendimentos sumulados 
referentes à aplicabilidade da prescrição intercorrente no processo trabalhista, sendo 
eles: Súmula 327 do STF, publicada em de embro de 1963: “O direito trabalhista 
admite a prescrição intercorrente” e Súmula 114 do TST, publicada em novembro de 
1980 que assim enuncia: “É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição 
intercorrente”. 
Como se percebe, a súmula do Supremo é mais antiga, de 1963, e mesmo 
depois do Tribunal Superior Trabalhista firmado entendimento contrário, anos 
depois, o STF não alterou a sua súmula, situação que tem gerado insegurança 
jurídica nos tribunais superiores do Brasil. 
O fundamento do entendimento do STF é o disposto no artigo 884, § 1º da 
CLT, o qual prevê que a prescrição da dívida pode ser uma das matérias alegadas 
nos embargos à execução. Desta forma, de acordo com o disposto no referido 
 11 
artigo, tanto a prescrição comum como a intercorrente podem ser matérias de 
defesa. 
Em sentido contrário, o TST, na Súmula nº 114, afirma não ser possível a 
aplicação da prescrição intercorrente no processo trabalhista. O fundamento para a 
edição da súmula, como explicado anteriormente, é o de que, no processo do 
trabalho, o início da execução também pode se dar por impulso oficial do juiz 
trabalhista, independentemente de pedido da parte, fato este que impediria a 
punição do demandante por seu eventual desleixo processual. 
Raymundo Pinto (2002, p. 143), comentando o Enunciado 114, assim se 
posiciona: “O entendimento acima choca-se com o que dispõe a súmula 327 do 
Supremo Tribunal Federal: “O Direito Trabalhista admite a prescrição intercorrente”. 
Ressalte-se, ainda, que o STF, por intermédio da Súmula 150, fixou a posição 
de que “Prescreve a execução no mesmo pra o da prescrição da ação”. Com base 
nessas observações, podemos afirmar que, transitada em julgado uma decisão em 
que o beneficiado constituiu advogado ou cujo cumprimento depende de artigos de 
liquidação, a parte interessada, dispõe do prazo de dois anos para iniciar a 
execução. 
Ou seja, tomando a iniciativa após decorrido este prazo, o executado tem 
todo o direito de arguir a prescrição. Importante frisar, que a lei n. 6.830/80 – que 
serve de fonte subsidiária consoante o disposto no art. 889 da CLT – dispõe no 
artigo 40 que: “o Jui suspenderá o curso da execução, enquanto não for locali ado 
o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses 
casos, não correrá o pra o de prescrição”. A não ser que se aceite a ideia de "lide 
perpétua", figura criticada por Russomano como contrária à racionalidade e à 
segurança jurídica, sem a qual não é possível a tranquilidade e paz social. 
 
5.1 INAPLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
 
Os que defendem a inaplicabilidade da prescrição intercorrente no processo 
do trabalho argumentam que o Colendo Tribunal Superior do Trabalho teria 
pacificado o tema com a súmula 114 e que tal posição se deve ao fato de que no 
processo do trabalho a execução deve ser impulsionada de ofício pelo Estado-Juiz, 
de acordo com o que dispõe o art. 878 da CLT: “a execução poderá ser promovida 
por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio juiz ou Presidente ou Tribunal 
 12 
competente, nos termos do art. anterior”, bem como disposição contida no art. 765 
da citada Lei, artigo este que estabelece que “os juí os e Tribunais do Trabalho 
terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das 
causas, podendo determinar qualquer diligência ao esclarecimento delas”. 
Neste sentido, a jurisprudência trabalhista se mostra tendente a não aplicação 
da prescrição intercorrente no processo do trabalho: 
RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
INAPLICABILIDADE NA JUSTIÇA DO TRABALHO. Nos termos 
preconizados na Súmula nº 114 do TST, é inaplicável, na Justiça do 
Trabalho, a prescrição da execução, no caso, intercorrente. Recurso de 
revista conhecido e provido. (RR - 230540-34.1989.5.17.0002 , Relatora 
Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 19/05/2010, 8ª Turma, 
Data de Publicação: DEJT 21/05/2010) 
 
Segue abaixo outro acórdão do TST, que defende a não aplicação da 
prescrição intercorrente no processo do trabalho: 
RECURSO DE REVISTA EM EXECUÇÃO. PRESCRIÇÃO 
INTERCORRENTE. INAPLICABILIDADE AO PROCESSO DO TRABALHO. 
SÚMULA Nº 114 DO TST. 
De acordo com a Súmula nº 114 deste Tribunal Superior, a prescrição 
intercorrente é incompatível com a dinâmica do processo trabalhista, uma 
vez que a execução pode ser promovida de ofício pelo próprio Juiz 
(CLT, art.878), o que justifica a não punição do exequente pela inércia, 
mormente quando não foram localizados bens do deve- dor. Recurso de 
revista conhecido e provido. (TST-RR RR- 26800-74.2003.5.15.0048 - Ac. 
1.ª T. Rel. Min. Walmir Oliveira da Costa. 17/09/2010). 
 
Outro argumento da corrente defensora da referida súmula é o de que no 
processo do trabalho o Estado-Juiz seria dotado de um poder denominado 
inquisitorial, devendo este não deixar a pretensão exaurir-se pelo efeito do tempo, 
uma vez que na Justiça do Trabalho o mesmo deve impulsionar os autos e cuidar 
pela celeridade dos feitos de ofício, dada a hipossuficiência dos trabalhadores. 
Oliveira (2001, p.231) explica essa assumida posição contrária do TST: 
É interessante notar que a estrutura processual trabalhista em muito se 
distancia daquela própria do processo comum. A autonomia que se verifica 
no processo comum no tocante à liquidação de sentença, nos embargos e 
na própria execução não firma residência no processo trabalhista. No 
processo trabalhista aliquidação de sentença não passa de mero incidente 
de natureza declaratória da fase cognitiva (apuração do quantum) e 
integrativo da execução. E os embargos não têm a dignidade de ação, mas 
de simples pedido de reconsideração ao juízo de primeiro grau. Em suma, a 
ação no processo trabalhista congrega fases de conhecimento e de 
execução e a liquidação de sentença e os embargos são meros incidentes. 
A decisão proferida em liquidação é homologatória. E a proferida em 
embargos pode ser revista pelo prolator que possui o juízo da reforma, 
quando da protocolização de agravo de petição. Em não havendo ação na 
execução em âmbito trabalhista, não há falar em prescrição, ressalvada a 
possibilidade antes da liquidação de sentença. 
 
 13 
É por essas interpretações que parte da doutrina e jurisprudência segue 
aplicando a súmula 114 do C. Tribunal Superior do Trabalho, onde assevera que “é 
inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente”. 
 
5.2 APLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
 
A título demonstrativo da atual corrente jurisprudencial, transcreve-se as 
seguintes ementas, deste e de outros Regionais, que acolhem a prescrição 
intercorrente no Processo do Trabalho: 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - A prescrição intercorrente será cabível 
na Justiça do Trabalho quando o reclamante acompanhado de advogado, 
por sua única e exclusiva culpa, deixar de impulsionar o processo por mais 
de dois anos. (TRT-5 - AP: 2136006119965050461 BA 0213600-
61.1996.5.05.0461, Redator Desembargador LUIZ TADEU LEITE VIEIRA, 
1ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 18/02/2011) 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Mantém-se a decisão que proclamou a 
prescrição quando se verifica que a exequente postulou o 
prosseguimento da execução quando já transcorridos mais de 04 anos do 
arquivamento, sem sequer saber informar se ela possui algum bem que 
possa satisfazer a execução. Justamente porque o processo, como 
instrumento posto à disposição do cidadão, não pode ser por este 
eternizado, sob pena de desvirtuar seu real significado, que é promover 
celeridade à aplicação da justiça e não gerar insegurança jurídica. 
(TRT5 - Processo 00815-2001-007-05-00-5 AP, ac. nº 017666/2009, 
Relatora Desembargadora DALILA ANDRADE, 2ª. TURMA, DJ 29/07/2009). 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
PRONÚNCIA DE OFÍCIO. A prescrição intercorrente na Ação de Execução 
fiscal somente será declarada de ofício pelo Juízo quando transcorrido o 
prazo prescricional após a decisão para arquivamento dos autos, uma vez 
não localizado o devedor ou encontrados bens passíveis de penhora, 
conforme dispõe o art. 40 da Lei 6.830/80. (TRT5 - Processo 0103700-
71.2006.5.05.0016 AP, ac. nº 084785/2011, Relator Desembargador 
HUMBERTO JORGE LIMA MACHADO , 3ª. TURMA, DJ 20/01/2012). 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Apenas nos casos em que o ato 
processual dependa exclusivamente da parte interessada, a inércia do 
credor, por prazo indeterminado, propugna a incidência da prescrição 
intercorrente. (TRT5 - Processo 0195200-50.1999.5.05.0022 AP, ac. 
nº 029605/2010, Relatora Desembargadora GRAÇA BONESS, 4ª. TURMA, 
DJ 09/11/2010). 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Será cabível a prescrição intercorrente 
na Justiça do Trabalho quando o ato processual depender exclusivamente 
da parte interessada, que, por inércia deixar de impulsionar o processo 
por mais de dois anos. (TRT5 - Processo 0016000-85.2003.5.05.0461 
AP, ac. nº 000618/2010, Relatora Desembargadora MARIA ADNA AGUIAR, 
5ª. TURMA, DJ 16/08/2010). 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Possibilidade. Súmula 327 do STF. O 
próprio STF já disse (Súmula 327) que o processo do trabalho admite a 
prescrição intercorrente e isso em nada afronta a regra do art. 884, § 1º, da 
 14 
CLT. Quando diz que a prescrição intercorrente é inaplicável no processo 
do trabalho, a Súmula 114 do TST está se referindo aos casos em que o 
juiz deve agir de ofício. (TRT1 - AP: 03276006619975010262 RJ , Relator: 
José Geraldo da Fonseca, Data de Julgamento: 29/01/2014, Segunda 
Turma, Data de Publicação: 12/02/2014) 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. APLICABILIDADE NO PROCESSO DO 
TRABALHO. A prescrição intercorrente é aplicável na seara laboral, sendo 
certo que os atos não praticados a ensejar a aplicação da referida 
penalidade devem ser de culpa exclusiva do exequente, que, devendo 
manifestarse, não o fez. Isso porque, a inércia da parte interessada, 
sobrecarregando ainda mais o Poder Judiciário, não se justificaria, na 
medida em que existem hoje diversos meios eficazes para localização de 
bens dos executados, possibilitados por consultas a vários órgãos de 
fiscalização, como, por exemplo, a Rede INFOSEG, tudo, com vistas a 
possibilitar o regular prosseguimento da execução. Agravo do exequente ao 
qual se nega provimento. (TRT2 - AP: 0303100-60.1997.5.02.0050 SP, 
Relatora: RITA MARIA SILVESTRE, Data de Julgamento: 02/04/2014, DJ 
07/04/2014) 
 
AGRAVO DE PETIÇÃO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
APLICABILIDADE. Em hipóteses específicas, sobretudo quando o processo 
permanece parado injustificadamente, por longo período, em razão da 
inércia do exequente, principal interessado em descobrir meios de encerrar 
a execução satisfatoriamente, há que se conciliar a Súmula nº 114 do TST 
com as Súmulas nº 150 e 327 do STF, com a aplicação da prescrição 
intercorrente. (TRT3 - AP: 01478200201903005 MG 01478-2002-019-03-00-
5, Relator: FERNANDO LUIZ G. RIOS NETO, Data de Julgamento: 
24/04/2014, DO 09/05/2014) 
 
AGRAVO DE PETIÇÃO. EXECUÇÃO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
INÉRCIA DO CREDOR. Hipótese em que o autor deixou paralisado o 
processo por mais de dois anos, não promovendo ato de sua exclusiva 
competência - execução da última parcela do acordo celebrado na fase 
executória. Aplicável, no caso, a prescrição intercorrente. Agravo provido. 
(...) (TRT4 - Relator: RICARDO KRUGER RITTER, Data de Julgamento: 
25/03/1998, 1ª Vara do Trabalho de Bento Gonçalves) 
 
APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. CABIMENTO. Ao contrário do que sustenta a agravante 
quanto à aplicação da prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho, a 
hipótese há que ser apreciada não sob a ótica da Súmula 114 do C. TST, 
mas da Súmula 327 do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, se de um 
lado a ordem jurídica confere ao magistrado independência necessária para 
a prolação de decisões justas (Constituição Federal, artigos 2º, caput, 5º, 
XXXV e XXXVII, 95, caput e incisos, Lei complementar n.º 35/79, art. 35, 
inciso I, Declaração Universal dos Direitos do Homem, art. 10, caput, dentre 
outros), de outro exige que tais decisões sejam pautadas pelos critérios e 
princípios insculpidos nesta mesma ordem jurídica, proferidas em 
observância ao devido processo legal (art. 5º, LIV, CF) e suficientemente 
fundamentadas (art. 93, IX, CF, 832 da CLT e 458, II, do CPC), de forma a 
viabilizarem efetivo exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, 
CF). Dessa forma, tendo em vista a aplicação da prescrição intercorrente, 
como instituto de estabilização social, de garantia ao direito de propriedade, 
de observância à segurança jurídica e à duração razoável do processo, bem 
como impossibilidade de eternização dos conflitos sob pena de não 
observância aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, há que se 
observar a interpretação conferida a tal instrumento pela Corte responsável 
pela interpretação definitiva das normas constitucionais, de maneira que 
inafastável o entendimento esposado pelo C. Supremo Tribunal Federal. É 
 15 
que a vedação à prescrição intercorrente esposada pelo Tribunal Superior 
do Trabalho, ainda que de legalidade discutível, tem em mira a proteção do 
crédito do trabalhador hipossuficiente que, vitorioso em sua reclamação 
trabalhista, vê-se privado de seus direitos ante ademora da execução ou 
em virtude de artifícios da reclamada, que oculta-se para não responder 
pela execução. Tratando-se de inércia do próprio exequente, porém, há que 
incidir indiscutivelmente a Súmula 327, do STF , operando-se quando a 
ação permanece paralisada, por culpa do autor, começando a fluir no 
momento em que é instado a agir, sob pena de incidência da prescrição 
intercorrente. (TRT15 - AP: 0101000-87.2007.5.15.0088-AP SP 0101000-
87.2007.5.15.0088-AP, Relatora: OLGA AIDA JOAQUIM GOMIERI, Data de 
Julgamento: 23/04/2014, DO 05/05/2014) 
 
Em seu abrandamento, observa-se, também, que o TST tem admitido a 
prescrição intercorrente nos processos que pendem iniciativa da parte autora na 
liquidação por artigos, como pode-se observar: 
 
RECURSO DE REVISTA. PROCESSO EM FASE DE EXECUÇÃO DE 
SENTENÇA. NULIDADE PROCESSUAL POR NEGATIVA DE 
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Hipótese em que o Reclamante não indica 
precisamente o ponto que não teria sido examinado pela Corte Regional, 
tampouco o consequente prejuízo que justificaria a pretendida declaração 
de nulidade do julgado. Logo, não há que se falar em violação do art. 93, IX, 
da CF/88. Recurso de revista de que não se conhece. PRESCRIÇÃO DA 
AÇÃO EXECUTÓRIA. APLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO 
INTERCORRENTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO. Violação direta dos arts. 
5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF/88 não demonstrada. Recurso de revista de 
que não se conhece. (RR - 3700-21.2004.5.20.0920 , Relator Ministro: 
Fernando Eizo Ono, Data de Julgamento: 04/11/2009, 4ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 20/11/2009) 
 
Outro tema que tem se tornado menos controverso é o da aplicação deste 
instituto nos processos que pendem execução fiscal, sendo que nestes casos a 
prescrição se dá com cinco anos, conforme jurisprudência firmada pelo próprio TST: 
 
RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO 
INTERCORRENTE. O Tribunal Regional consignou que o processo foi 
arquivado em agosto de 2006. Nesse passo, registrou que -Desde o 
primeiro arquivamento até o despacho impugnado, transcorreram mais de 
cinco anos, prazo limite para as execuções fiscais.- Assim, o prazo da 
prescrição intercorrente teve início em agosto de 2006, ultimando-se em 
agosto de 2011. Ressalte-se que a própria exequente, em suas razões de 
revista, admite que o primeiro arquivamento do feito se deu em 10/8/2006, 
ao passo que a decretação da prescrição intercorrente ocorreu em 
19/12/2011. Nesse contexto, escorreita se mostra a decisão do Regional 
que manteve a sentença a qual pronunciou a prescrição intercorrente, nos 
termos do art. 40 da Lei nº 6.830/80, porquanto constatada a inércia da 
União por mais de cinco anos após o arquivamento dos autos. Recurso de 
revista não conhecido. ( RR - 134000-76.2005.5.15.0079 , Relatora Ministra: 
Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 26/03/2014, 8ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 28/03/2014) 
 
Ademais, percebe-se que o Tribunal Superior do Trabalho vem abrandando a 
aplicação genérica da Súmula 114. Como podemos perceber no presente acórdão: 
 16 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 
Entendo não ser aplicável o Enunciado 114 do TST, na hipótese de 
depender o ato processual de iniciativa da parte. 
A prescrição intercorrente é inaplicável, na Justiça do Trabalho, quando 
desacompanhado o reclamante de advogado, ou então naqueles casos em 
que a paralisação do processo se dá por motivo de desídia do Juízo na 
efetivação de diligências a seu cargo, tendo em vista o contido no artigo 
setecentos e sessenta e cinco, da CLT, que consagra o princípio 
inquisitório, podendo o Juiz, até mesmo, instaurar a execução de ofício, a 
teor do artigo oitocentos e setenta e oito da CLT. 
Todavia não seria razoável estender-se tal interpretação àqueles casos em 
que o estancamento do processo acontece ante à inércia do autor em 
praticar atos de sua responsabilidade, sob pena de permanecerem os 
autos nas secretarias, esperando pela iniciativa das partes “ad eternum”, 
prejudicando sobremaneira um dos princípios básicos do processo 
trabalhista, ou seja, a celeridade processual. 
RECURSO NÃO CONHECIDO. (TST RR 153542 Acórdão 6448 – 5ª Turma 
- Relator o Ministro Armando de Brito DJ 22.11.1995, grifo nosso) 
 
A jurisprudência mais recente do C. TST e dos TRTs, vêm admitindo 
exceções à incidência da Súmula 114 do TST em outras situações, tais como: 
[...] há uma situação que torna viável, do ponto de vista jurídico, a 
decretação da prescrição na fase executória do processo do trabalho 
situação que permite harmonizar, assim, os dois verbetes de súmula acima 
especificados (Súmula 327 do STF e Súmula 114 do TST). Trata-se da 
omissão reiterada do exequente no processo, em que se abandona, de fato, 
a execução, por um prazo superior a dois anos, deixando de praticar, por 
exclusiva omissão sua, atos que tornem fisicamente possível a continuidade 
do processo. Nesse específico caso, arguida a prescrição, na forma do 
art. 884, §1º, da CLT, pode ela ser acatada pelo juiz executor, em face do 
art. 7º, XXIX, da CF/88, combinado com o referido preceito trabalhista (TST 
- AIRR - 14100-82.2008.5.13.0004 – 6ª Turma- Relator Ministro Maurício 
Godinho Delgado - DEJT - 13/04/2012). 
 
Portanto, notadamente o instituto da prescrição intercorrente tem sido 
aplicado nos diversos Tribunais Regionais do Trabalho sendo que a jurisprudência 
do C. TST mostra-se mais branda no que diz respeito à súmula número 114, não 
aplicando-a nos casos em que o autor não impulsiona a liquidação dos cálculos por 
artigos ou na própria execução fiscal, como se observa nos arestos acima. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES 
 
Diante de todos os preceitos aqui trazidos, pode-se concluir que o Poder 
Judiciário deve compelir a injustificável inércia do reclamante para promover os atos 
necessários para o impulso da execução. 
Observa-se, também, que a jurisprudência dos Tribunais Regionais vem 
admitindo a aplicação da prescrição intercorrente na fase de execução. Porém, 
antes da edição da Lei 11.232/05 esta aplicação não divergia, diretamente, do 
 17 
disposto na Súmula número 114 do C. TST, pois aquela Corte não admite a 
prescrição intercorrente, como regra geral, porém é não tem nenhum óbice quanto à 
prescrição da execução, também chamada de superveniente. 
Portanto, a partir do instante em que a Lei 11.232/05 tornou o processo 
sincrético no processo civil e a execução não mais é um processo autônomo, fica 
claro que a prescrição a mencionada nesta fase processual é a própria intercorrente, 
razão pela qual, se faz necessário que o TST reveja a referida súmula, tendo em 
vista a oscilação das decisões que envolvam o tema, o que gera insegurança 
jurídica. 
Temos, então, o cabimento da prescrição intercorrente em razão de inércia do 
processo por, pelo menos, dois anos, por culpa exclusiva do credor, estando 
assistido por advogado. Deverá ser decretada pelo juiz, ex officio, a prescrição da 
execução mesmo que a parte contraria não o faça, sob pena de afrontar, 
diretamente, o tratamento isonômico das partes em juízo, como demonstrado. 
Outro ponto importante salientar é que, por se tratar de matéria de ordem 
pública, a declaração da prescrição efetuada de ofício pelo juiz é dever deste por 
força do que disciplina o § 5º do artigo 219 do Código de Processo Civil, em razão 
da alteração promovida pela Lei 11.280/2006. 
Importante ressaltar que a defesa da aplicação da prescrição intercorrente no 
processo trabalhista tem respaldo do STF, e que o ordenamento jurídico do Brasil é 
contra as lides perpétuas, nos quais os processos se prolongam no tempo, ainda 
mais, quando este lapso temporal se dá em razão, exclusivamente, da inércia da 
parte interessada, o que torna incontroversa a sua aplicação. 
Percebe-se, então, que este institutocorrobora para redução dos processos 
perpétuos. Onde se conclui ser favorável à aplicação da prescrição intercorrente no 
âmbito da Justiça do Trabalho. 
Portanto, por tudo que foi abordado neste trabalho, deve-se observar o 
principio da segurança jurídica, pois este é o norteador do Estado de direito e visa 
promover a estabilidade e paz social, evitando a possibilidade de processos ad 
eternum que só geram instabilidade social e elevado custo aos tribunais. 
Pois, imaginar a inexistência da prescrição intercorrente no processo do 
trabalho é o mesmo que admitir a possibilidade de uma lide ad infinitum, violando 
direitos e garantias fundamentais, como o princípio da razoável duração do 
processo, além de gerar insegurança jurídica nas relações de trabalho. 
 18 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Trabalho. São Paulo: LTr, 1993. 
 
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Brasília, DF, 29 jun. 1970. Disponível em: 
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______. Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980. Dispõe sobre a cobrança judicial 
da Dívida Ativa da Fazenda Pública. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 24 set. 1980. Disponível em: 
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