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Simulado PUC da OAB Primeira Fase XXV Exame Com correções

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SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
1 
proce 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
2 
Ética 
Questão1 
A advogada Marta foi presa em flagrante por lesão corporal 
contra sua vizinha. O auto de prisão foi lavrado sem a 
presença de representante da Ordem dos Advogados do 
Brasil, mas o fato foi comunicado à Seccional da OAB perante 
a qual Marta está inscrita. Sobre a hipótese, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O auto de prisão em flagrante é nulo, uma vez que somente 
poderia ser lavrado na presença de um representante da 
Ordem dos advogados do Brasil. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 7º, IV, da Lei 
nº8.906/1994, a presença de representante da Ordem dos 
Advogados do Brasil é exigida somente quando se tratar de 
prisão em flagrante de advogado por motivo ligado 
aoexercício da advocacia. 
B) O auto de prisão em flagrante não é nulo, eis que 
independe da presença de representante da Ordem dos 
Advogados do Brasil, como em qualquer outra hipótese. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 7º, IV, da Lei 
nº8.906/1994, a presença de representante da Ordem 
dosAdvogados do Brasil é exigida somente quando se tratar 
de prisão em flagrante de advogado por motivo ligado 
aoexercício da advocacia. 
C) O auto de prisão em flagrante não é nulo, tendo em vista 
que observou os direitos do advogado. 
Alternativa correta. Como a prisão em flagrante foi efetivada 
em razão de delito não ligado ao exercício da advocacia, a 
lavratura do auto prescindia da presença de representante 
da Ordem dos Advogados da OAB, mas a comunicação à 
Secional da OAB era necessária, a fim de atender o disposto 
no art. 7º, IV, da Lei nº 8.906/1994. Dessa forma, a lavratura 
do auto de prisão em flagrante respeitou os direitos do 
advogado. 
D) O auto de prisão em flagrante é nulo, eis que o fato não 
deveria ter sido comunicado à Seccional da OAB, em prol do 
direito à privacidade da advogada. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 7º, IV, da Lei 
nº8.906/1994, a presença de representante da Ordem 
dosAdvogados do Brasil é exigida somente quando se tratar 
de prisão em flagrante de advogado por motivo ligado 
aoexercício da advocacia. 
 
Questão 2 
Júlio César, advogado regularmente habilitado em ação 
indenizatória para defender os interesses de Sílvia, comparece 
à Vara onde tramita o processo, para presenciar audiência de 
instrução na qual serão ouvidas as testemunhas arroladas pela 
parte adversa. A audiência foi designada para às 15:00h, no 
entanto, passado algum tempo após o horário marcado sem o 
comparecimento do magistrado responsável pelo feito, Júlio 
César, que possuía outros compromissos forenses, retira-se do 
recinto para cumprir com sua agenda, protocolizando 
comunicação em juízo. 
Neste caso, é correto afirmar que: 
 
A) Júlio César poderia se retirar do recinto protocolizando a 
comunicação em juízo, desde passados mais de 60 minutos do 
horário designado para a audiência sem o comparecimento do 
magistrado. 
B) Júlio César poderia se retirar do recinto protocolizando a 
comunicação em juízo, desde passados mais de 50 minutos do 
horário designado para a audiência sem o comparecimento do 
magistrado. 
C) Júlio César poderia se retirar do recinto protocolizando a 
comunicação em juízo, desde passados mais de 40 minutos do 
horário designado para a audiência sem o comparecimento do 
magistrado. 
D) Júlio César poderia se retirar do recinto protocolizando a 
comunicação em juízo, desde passados mais de 30 minutos do 
horário designado para a audiência sem o comparecimento do 
magistrado. 
Resposta certa é alternativa D, de acordo com o artigo 7º, 
XX, da Lei nº 8.906/1994, que prevê o direito do advogado de 
retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão 
para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e 
ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva 
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. 
(responde as demais). 
 
Questão 3 
Cássio e João são sócios em um escritório de advocacia 
localizado no centro da cidade onde residem, mas, a fim de 
diminuir a distância a ser percorrida para as diligências 
forenses, se mudarão para o setor em que está situado o 
Fórum do município em questão. Pretendem, então, enviar 
correspondência a todos os seus clientes e outros advogados, 
os quais compõem um grande número de pessoas, para 
comunicar a mudança de endereço. Observadas as regras do 
Código de Ética e Disciplina da OAB, os advogados realizarão 
publicidade irregular? 
 
A) Sim, pois constitui anúncio profissional imoderado, já que 
será realizada remessa de correspondência a uma 
coletividade. 
Alternativa errada. O art. 31, §2º, do Código de Ética e 
Disciplina da OAB, excetua ao conceito de “anúncio 
profissional imoderado” a remessa de correspondência a 
uma coletividade quando realizada com o fito de comunicar 
instalação ou mudança de endereço a clientes e colegas. 
B) Não, porque o Código de Ética e Disciplina da OAB permite 
a remessa de correspondência a uma coletividade para 
comunicar mudança de endereço a clientes e colegas. 
Alternativa correta. De acordo com o art. 31, §2º, do Código 
de Ética e Disciplina da OAB. 
C) Não, já que não existe irregularidade em anúncios 
profissionais realizados por meio de remessa de 
correspondência a uma coletividade. 
Alternativa errada. A remessa de correspondência a uma 
coletividade somente não é considerada anúncio profissional 
imoderado quando para comunicar a clientes e colegas 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
3 
instalação ou mudança de endereço, conforme art. 31, §2º, 
do Código de Ética e Disciplina da OAB. 
D) Sim, porque a remessa de correspondência a clientes para 
comunicar mudança de endereço só é permitida quando por 
eles solicitadas. 
Alternativa errada. Contrária ao teor do art. 31, §2º, do 
Código de Ética e Disciplina da OAB. 
 
Questão 4 
Lúcia representou Sérgio, na condição de advogada, em ação 
de cobrança na qual os pedidos do cliente foram julgados 
procedentes. Lúcia e Sérgio acordaram, contratualmente, o 
pagamento de honorários advocatícios correspondentes a R$ 
2.000,00. Além disso, foram fixados honorários de 
sucumbência em 10% sobre o valor da causa, bem como 
honorários de cumprimento de sentença, arbitrados, também, 
em 10% sobre o valor devido. 
Lúcia faz jus a: 
 
A) Todas as verbas honorárias descritas. 
Alternativa correta. De acordo com o art. 22, da Lei nº 
8.906/1994, pelo qual “a prestação de serviço profissional 
assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários 
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos 
de sucumbência”. 
B) Apenas a verba honorária pactuada contratualmente com 
Sérgio. 
Alternativa errada. Contrária ao disposto no art. 22, da Lei nº 
8.906/1994, uma vez que a advogada também tem direito 
aos honorários fixados judicialmente. 
C) Apenas aos honorários fixados judicialmente, os quais 
compensam a verba honorária contratual. 
Alternativa errada. Nos termos do art. 22, da Lei nº 
8.906/1994, os honorários convencionados, fixados por 
arbitramento judicial e de sucumbência são direito do 
advogado de forma cumulativa. 
D) Somente aos honorários contratuais e aos de sucumbência, 
uma vez que a verba honorária em sede de cumprimento de 
sentença pertence ao cliente. 
Alternativa errada. Todas as verbas honorárias em questão 
são da advogada por direito, conforme teor do art. 22, da Lei 
nº 8.906/1994. 
 
Questão 5 
No que concerne àssociedades de advogados, é incorreto 
afirmar que: 
 
A) Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade 
unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que 
couber. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 15, §2º, da Lei nº 
8.906/1994. 
B) Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional 
não podem representar em juízo clientes de interesses 
opostos. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 15, §2º, da Lei nº 
8.906/1994. 
C) As procurações devem ser outorgadas simultaneamente a 
todos os advogados, sem a necessidade de indicar a sociedade 
compõem. 
Alternativa correta. Contrária ao teor do art. 15, §3º, da Lei 
nº 8.906/1994, pelo qual “as procurações devem ser 
outorgadas individualmente aos advogados e indicar a 
sociedade de que façam parte”. 
D) A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de 
advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro 
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da 
OAB em cuja base territorial tiver sede. 
Alternativa errada. De acordo com o art. 15, §2º, da Lei nº 
8.906/1994. 
 
Questão 6 
O advogado Marcelo compõe o Conselho Federal da OAB na 
condição de ex-presidente. Seu mandato foi o anterior ao 
atual. Quanto à situação de Marcelo no Conselho, é correto 
afirmar que: 
 
A) Marcelo possui direito a voto nas sessões. 
Alternativa errada. Contrária ao art. 51, §2º, do Estatuto da 
OAB, pelo qual os ex-presidentes possuem apenas direito a 
voz nas sessões. 
B) Marcelo não é membro honorário vitalício, uma vez que 
esta qualidade só lhe será conferida após os 02 (dois) 
mandatos seguintes ao seu. 
Alternativa errada. O Estatuto da OAB, não estipula prazo. 
Com efeito, de acordo com seu art. 51, II, a qualidade de 
membro honorário vitalício é ostentada por todos os ex-
presidentes do Conselho Federal da Ordem. 
C) Marcelo tem direito apenas a voz nas sessões. 
Alternativa correta. De acordo com o art. 51, §2º, do Estatuto 
da OAB. 
D) Marcelo não é membro honorário vitalício, uma vez que 
esta qualidade só lhe será conferida após 05 (cinco) anos do 
fim de seu mandato. 
Alternativa errada. Justificativa no item B. 
 
Questão 7 
As alternativas a seguir possuem algumas das competências 
da Subseção do Conselho Seccional da OAB, à exceção de 
uma. Assinale-a: 
 
A) Decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e 
estagiários. 
Alternativa correta. Esta atribuição é do Conselho Seccional, 
conforme art. 58, VII, do Estatuto da OAB. 
B) Dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB. 
Alternativa errada. Atribuição da Subseção do Conselho 
Seccional da OAB, conforme, de acordo com o art. 61, I, do 
Estatuto da OAB. 
C) Desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral 
ou por delegação de competência do Conselho Seccional. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
4 
Alternativa errada. Atribuição da Subseção do Conselho 
Seccional da OAB, conforme, de acordo com o art. 61, IV, do 
Estatuto da OAB. 
D) Representar a OAB perante os poderes constituídos. 
Alternativa errada. Atribuição da Subseção do Conselho 
Seccional da OAB, conforme, de acordo com o art. 61, III, do 
Estatuto da OAB. 
 
Questão 8 
A advogada Marcela recebeu uma notificação do Conselho de 
Ética da OAB para oferecer defesa prévia em processo 
disciplinar instaurado de ofício. Com base na situação descrita, 
nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a 
alternativa correta: 
 
A) Marcela deverá apresentar a defesa prévia no prazo 
máximo de 20 (vinte) dias e poderá postular a extinção do 
processo, uma vez que o processo disciplinar somente poderia 
ser instaurado mediante representação dos interessados. 
B) Marcela deverá apresentar a defesa prévia no prazo 
máximo de 15 (quinze) dias e não poderá postular a extinção 
do processo em decorrência de sua instauração de ofício, 
posto que esta é uma hipótese permitida pelo Código de Ética 
e Disciplina da OAB. 
C) Marcela deverá apresentar a defesa prévia no prazo 
máximo de 15 (quinze) dias e poderá postular a extinção do 
processo, uma vez que o processo disciplinar somente poderia 
ser instaurado mediante representação dos interessados. 
D) Marcela deverá apresentar a defesa prévia no prazo 
máximo de 20 (vinte) dias e não poderá postular a extinção do 
processo em decorrência de sua instauração de ofício, posto 
que esta é uma hipótese permitida pelo Código de Ética e 
Disciplina da OAB. 
Alternativa correta é a letra A. Nos termos do Código de Ética 
e Disciplina da OAB, o prazo para apresentação de defesa 
prévia é de 15 (quinze) dias (art. 52) e a instauração do 
processo disciplinar pode se dar de ofício ou mediante 
representação dos interessados, que não pode ser anônima 
(art. 51, caput). (responde as demais). 
 
 
Questão 9 
Luiz é procurado por Sara que, tendo se desentendido com a 
advogada que a representa em uma ação trabalhista, decidiu 
constituir outro patrono para defender seus interesses. À luz 
das normas aplicáveis, é correto afirmar que: 
 
A) Luiz não pode aceitar procuração de Sara, em nenhuma 
hipótese, sem o prévio conhecimento da advogada já 
constituída. 
Alternativa errada. O art. 11 do Código de Ética e Disciplina 
da OAB permite que o advogado aceite procuração de quem 
possui patrono constituído sem o prévio conhecimento deste 
por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais 
urgentes e inadiáveis. 
B) Luiz poderá aceitar procuração de Sara, mesmo sem o 
conhecimento da advogada desta, uma vez que a 
comunicação com a advogada já constituída é escolha da 
cliente. 
Alternativa errada. O conhecimento da patrona constituída é 
exigência para que o advogado aceite a procuração, nos 
termos do art. 11 do Código de Ética e Disciplina da OAB, não 
cabendo opção ao cliente. 
C) Luiz somente poderá aceitar a procuração de Sara sem o 
conhecimento da advogada já constituída na hipótese de 
adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
Alternativa errada. Motivo justo também é uma exceção à 
regra de exigência de conhecimento do patrono constituído, 
nos termos do art. 11 do Código de Ética e Disciplina da OAB. 
D) Luiz não poderá aceitar procuração de Sara sem o prévio 
conhecimento da advogada já constituída, salvo se por motivo 
justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e 
inadiáveis. 
Alternativa correta. De acordo com o art. 11 do Código de 
Ética e Disciplina da OAB. 
 
Questão 10 
Daniel, advogado regularmente inscrito na OAB, concorre às 
eleições para deputado federal. Caso seja eleito, é correto 
afirmar que: 
 
A) Daniel não poderá exercer a advocacia, em nenhuma 
hipótese, durante seu mandato, em razão de 
incompatibilidade. 
Alternativa errada. A hipótese é de impedimento, sendo que 
Daniel apenas não poderá exercer a advocacia “contra ou a 
favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, 
entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público”, nos termos do art. 30, II, 
do Estatuto da OAB. 
B) Daniel não poderá exercer a advocacia contra pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, dentre outros, em razão de impedimento. 
Alternativa correta. De acordo com o art. 30, II, do Estatuto 
da OAB. 
C) Daniel não poderá exercer a advocacia contra pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, dentre outros, em razão de 
incompatibilidade. 
Alternativa errada. A hipótese é de impedimento e não de 
incompatibilidade. 
D) Daniel não poderá exercer a advocacia, em nenhuma 
hipótese, durante seu mandato, em razão de impedimento. 
Alternativa errada. Apesar de a hipótese ser de 
impedimento, o item está errado ao mencionar “em 
nenhuma hipótese”, já que os impedidos não podem exercer 
a advocacia apenas nas situações especificadasno art. 30, do 
Estatuto da OAB. 
 
Filosofia Jurídica 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
5 
Questão 11 
Em sua “Luta pelo Direito”, Rudolph von Ihering aborda dois 
conceitos do termo Direito, um de ordem objetiva e outro de 
ordem subjetiva. 
O conceito de ordem objetiva “abrange todos os princípios da 
lei aplicados pelo estado; é a ordem legal da vida”. Já o 
conceito de ordem subjetiva, que é o principal para o exercício 
de sua luta, é no sentido de ser 
 
A) “a profunda mudança no seio social” 
Alternativa errada. As questões de Filosofia do Exame de 
Ordem são quase sempre muito difíceis, e é isto que 
tentamos reproduzir aqui. No caso, seria preciso ter ou um 
bom conhecimento da obra de Ihering, ou muita atenção ao 
direcionamento dado pelo enunciado. Se o conceito de 
ordem objetiva se relaciona com a sociedade como um todo, 
o de ordem subjetiva haveria de ser diferente e por isso não 
poderia ser atinente ao “seio social”. 
B) “a transformação da regra abstrata ao direito legal concreto 
da pessoa” 
Alternativa certa. Segundo Ihering, a luta pelo Direito 
Subjetivo se traduz na transformação da regra abstrata em 
concreta para a pessoa, é o que se chama de subsunção. 
C) “o respeito a categoria jurídicas preconcebidas” 
Alternativa errada. Alternativa de redação aleatória que 
nada tem a ver com a obra. 
D) “a viabilidade de se formar um Estado Social” 
Alternativa errada. Outra alternativa de redação aleatória 
sem relação com a obra. 
 
Questão 12 
Na “Crítica da Razão Pura”, Immanuel Kant busca solucionar 
uma questão extremamente complicada: O que é Direito? 
Para o autor iluminista, é preciso abandonar conceitos 
empíricos e buscar apenas na razão a fonte de tal conceito. 
Em seguida, associando as ideias de obrigação e moral, o 
autor diz ser o Direito 
 
A) “a soma das condições sob as quais a escolha de alguém 
pode ser unida à escolha de outrem de acordo com uma lei 
universal de liberdade” 
Alternativa certa. Novamente uma tentativa de se reproduzir 
uma questão difícil. É preciso que o candidato tenha pré-
compreensão da obra kantiana, que não é muito lida pela 
sua complexidade. Kant busca descobrir o que é Direito da 
mesma forma que tenta descobrir o que é Verdade. Segundo 
o autor não é possível atingir este conceito a partir de 
métodos empíricos: “a menos que abandone esses princípios 
empíricos por enquanto e busque as fontes desses juízos 
exclusivamente na razão, visando estabelecer a base para 
qualquer produção possível de leis positivas”. Contudo, a fim 
de não deixar sua obra sem um conceito definido, ele traduz 
um conceito criado a partir não da razão mas da 
razoabilidade, conceito este que é ligado a liberdade. 
B) “um mero conjunto de normas criadas por concidadãos a 
fim de tornar suportável a vida no seio social” 
Alternativa errada. Conforme dito, Kant não queria utilizar 
métodos empíricos para definir o que é Direito pois tal 
método conduziria a uma resposta simplória como a dada 
pela alternativa, que relaciona Direito tão somente a normas 
locais. 
C) “a força política que o Estado dispõe para fazer prevalecer a 
vontade geral sobre a vontade individual” 
Alternativa errada. A ideia esboçada na alternativa se liga ao 
contratualismo, pensamento que Kant não rechaçava, mas 
também não era adepto. 
D) “um prescrever de condutas dirigidas a consecução do 
bem-estar social” 
Alternativa errada. Esta seria uma definição que pode ser 
dada a norma, em especial se tomada a filosofia de Kelsen, 
mas não é suficiente para definir o que é Direito. 
 
Direito Constitucional 
Questão 13 
Determinada lei municipal, editada em 1986, tem causado 
grande dúvida quanto a possível ofensa ao princípio da 
separação dos poderes contido na Constituição Federal de 
1988. Entendendo não haver qualquer violação e no intuito de 
resolver de vez a controvérsia, o Governador do Estado no 
qual se localiza o município pretende ajuizar ação 
constitucional em face da lei municipal. 
Nesse caso, assinale a alternativa que apresenta a ação cabível 
e o órgão do Poder Judiciário competente para julgamento. 
 
A) Ação Declaratória de Constitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
Alternativa incorreta. Só pode ser objeto de Ação 
Declaratória de Constitucionalidade leis ou atos 
normativos federais editados durante a vigência da 
Constituição Federal de 1988. Ademais, exige-se que haja 
controvérsia judicial quanto à lei ou ato normativo 
impugnado. 
B) Mandado de Segurança coletivo perante o Tribunal de 
Justiça local. 
Alternativa incorreta. O mandado de segurança não pode ser 
utilizado para exclusivamente questionar a 
constitucionalidade de lei em tese, já que não produz efeito 
erga omnes. Além do mais, o Governador de Estado não é 
legitimado para propor mandado de segurança coletivo. Nos 
termos do artigo 5ª, LXX, da Constituição Federal, o 
mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados. 
C) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
perante o Supremo Tribunal Federal. 
Alternativa correta. A arguição de descumprimento de 
preceito fundamental é o único instrumento de controle 
concentrado de constitucionalidade que pode ter por objeto 
leis e atos municipais em face da Constituição Federal. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
6 
Ademais, é também o único apto a auferir a legitimidade de 
normas editadas antes da Constituição Federal de 1988. Nos 
termos do artigo 102, §1º, CF, cabe somente ao STF o 
julgamento da ADPF. 
D) Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de 
Justiça local. 
Alternativa incorreta. Não cabe Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, ainda que a lei municipal seja 
impugnada em face da Constituição Estadual, uma vez que 
tal instrumento de controle de constitucionalidade abrange 
somente as leis editadas durante a vigência da Constituição 
Federal de 1988. 
 
Questão 14 
A empresa X foi surpreendida com a notícia de que constaria 
como exploradora de mão-de-obra análoga à escravidão no 
banco de dados do Ministério do Trabalho. Inconformada com 
tal situação, já que sempre respeitou as leis trabalhistas e 
nunca sofreu qualquer tipo de condenação, a empresa solicita 
a retificação dos dados tendo o pedido negado em todas as 
instâncias administrativas. 
Considerando que a última decisão partiu do Ministro do 
Trabalho, a empresa X poderá: 
 
A) impetrar habeas data perante o Superior Tribunal de 
Justiça. 
Alternativa correta. Nos termos do artigo 5º, LXXII, da 
Constituição Federal, o habeas data é destinado a garantir o 
direito de acesso aos registros relativos à pessoa do 
impetrante, constantes de registro ou banco de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público e o direito 
de retificação desses registros. A lei 9.507/97 acrescenta 
ainda como hipótese de cabimento a garantia do direito de 
anotação nos assentamentos do interessado, de contestação 
ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que 
esteja sob pendência judicial ou amigável. Tal remédio 
constitucional poderá ser impetrado por qualquer pessoa 
física, brasileira ou estrangeira, bem como por pessoa 
jurídica. Contudo, trata-se de ação personalíssima, somente 
podendo ser impetrada pelo titular das informações. 
Acrescenta-se que, segundo a súmula Nº 2 do STJ, o habeas 
data somente poderá ser impetrado diante de prévia recusa 
de autoridade administrativa do acesso ou retificação das 
informações. Por fim, nos termos do artigo 105, inciso I, “b”, 
a Constituição Federal, compete ao STJ processar e julgar 
os habeas data contra ato deMinistro de Estado. 
B) impetrar habeas data perante o Tribunal Superior do 
Trabalho. 
Alternativa incorreta. Nos termos do artigo 114, IV, da 
Constituição Federal, compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar os habeas data quanto o ato questionado 
envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Todavia, não é o 
órgão competente no caso do enunciado, tendo em vista que 
o banco de dados pertence ao Ministério do Trabalho e a 
negativa partiu de Ministro de Estado. 
C) impetrar mandado de segurança perante o Superior 
Tribunal de Justiça. 
Alternativa incorreta. Como o enunciado trata de uma 
situação ensejadora do habeas data, a empresa X não 
poderá impetrar mandado de segurança, tendo em vista que 
esse remédio constitucional é sujeito ao requisito da 
subsidiariedade, no qual só poderá ser impetrado na 
proteção de direito líquido e certo não amparado 
pelo habeas corpus e habeas data (artigo 5º, LXIX, CF). 
D) impetrar mandado de injunção perante o Superior Tribunal 
de Justiça. 
Alternativa incorreta. O mandado de injunção somente é 
cabível nos casos de inviabilização de direito, liberdade, ou 
prerrogativa prevista na Constituição Federal, decorrente da 
falta de regulamentação de norma constitucional (artigo 5º, 
LXXI, CF/88). Não é o caso da questão, pois não há qualquer 
inviabilidade de direito por falta de norma regulamentadora. 
O direito à retificação de dados pessoais constantes em 
bancos de dados, públicos ou privados de caráter público, é 
assegurado pela própria Constituição por meio do habeas 
data (artigo 5º, LXIX, CF). 
O mandado de injunção somente é cabível nos casos de 
inviabilização de direito, liberdade, ou prerrogativa prevista 
na Constituição Federal, decorrente da falta de 
regulamentação de norma constitucional (artigo 5º, LXXI, 
CF/88). Não é o caso da questão, pois não há qualquer 
inviabilidade de direito por falta de norma regulamentadora. 
O direito à retificação de dados pessoais constantes em 
bancos de dados, públicos ou privados de caráter público, é 
assegurado pela própria Constituição por meio do habeas 
data (artigo 5º, LXIX, CF) cuja regulamentação já é feita pela 
Lei 9.507/97. 
 
Questão 15 
Fernando, colunista de um jornal conhecido por veicular 
fofocas de pessoas públicas, escreveu um artigo a respeito de 
Felipe, deputado estadual, imputando-lhe a prática de vários 
atos imorais, dentre os quais, o de que o político frequentava 
casas de prostituição. Indignado com tal publicação, Felipe 
ajuizou ação de danos morais em face do colunista, sob o 
argumento de que a publicação violava o seu direito à honra. 
Em sede de contestação, Fernando alegou que, num Estado 
Democrático, a liberdade de impressa e o direito à informação 
sempre prevalecem em relação a determinados direitos 
fundamentais. 
Nesse caso, a afirmação dada por Fernando: 
 
A) é correta, devendo o juiz, no caso de conflito de direitos 
fundamentais, dar primazia àquele hierarquicamente superior. 
Alternativa incorreta. Não existe hierarquia entre os direitos 
fundamentais. Desse modo, em caso de conflito, deve o 
intérprete realizar o juízo de ponderação, a fim 
de harmonizar a incidência de tais direitos, evitando, assim, 
sacrifício total de um em detrimento de outro. Contudo, a 
prevalência de um direito fundamental sobre o outro só é 
possível a partir da análise do caso concreto. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
7 
B) é incorreta, uma vez que não existe hierarquia de direitos 
fundamentais, já que tais direitos possuem a natureza jurídica 
de regras. 
Alternativa incorreta. De fato, inexiste hierarquia de direitos 
fundamentais. Contudo, tais direitos não possuem natureza 
jurídica de regras, mas sim de princípios. Somente em função 
dessa natureza principiológica que é possível a concordância 
prática de vários direitos fundamentais no caso concreto. 
C) é correta, tendo em vista que o direito à informação é 
direito fundamental de primeira dimensão. 
Alternativa incorreta. A classificação dos direitos 
fundamentais em dimensões não leva em consideração a 
superioridade de alguns direitos em relação aos outros, uma 
vez que inexiste hierárquica entre tais direitos. Tal 
classificação leva em conta o momento do surgimento e do 
reconhecimento pelos ordenamentos constitucionais. Na 
doutrina de Paulo Bonavides, o direito à informação integra 
o campo dos direitos fundamentais da quarta dimensão, que 
correspondem à última fase de institucionalização do Estado 
social. 
D) é incorreta, pois não há nenhum direito fundamental que 
dispõe de caráter absoluto, contudo, por possuírem natureza 
principiológica, deve o juiz identificar aquele que deve ter 
primazia no caso concreto. 
Alternativa correta. Os direitos fundamentais possuem 
natureza de princípios, tendo, portanto, caráter relativo. 
Sendo assim, somente diante de um caso concreto, poderá 
haver a prevalência de um direito fundamental sobre o 
outro, a partir de um juízo de ponderação a ser realizado 
pelo intérprete. 
 
Questão 16 
Um grupo de estudantes, do curso de Engenharia da 
Computação, decidiram criar uma associação para a troca de 
conhecimentos da área de estudo. Ocorre que, após 
investigações iniciadas por denúncia anônima, apurou-se que 
os associados atuavam como hackers, furtando milhares de 
reais de diversas contas bancárias. 
Com base na hipótese narrada, segundo a Constituição 
Federal, assinale a alternativa correta. 
 
A) A associação somente será dissolvida compulsoriamente 
após decisão transitada em julgado. 
Alternativa correta. A Constituição Federal permite a criação 
de associações para fins lícitos, vedada o caráter paramilitar. 
Contudo, na hipótese de finalidade ilícita, a associação 
poderá ser compulsoriamente dissolvida somente mediante 
decisão transitada em julgado (CF, art. 5º, XIX). 
B) A associação poderá ter as suas atividades suspensas por 
decisão administrativa. 
Alternativa incorreta. A suspensão das atividades de uma 
associação somente poderá ocorrer mediante decisão 
judicial. Ressalta-se que, nesse caso, a Constituição Federal 
não exige que a decisão tenha transitado em julgado. 
C) A criação da associação é nula já que não houve autorização 
do Poder Público. 
Alternativa incorreta. Segundo a Constituição Federal, em 
seu artigo 5º, inciso XVIII, a criação de associações e, na 
forma da lei, de cooperativas independe de autorização. 
D) Por vedação constitucional de intervenção do Estado no 
funcionamento das associações, a suspensão de suas 
atividades dar-se-á somente por decisão judicial transitada em 
julgado. 
Alternativa incorreta. É verdade que a Constituição Federal 
veda a intervenção estatal no funcionamento das 
associações. Contudo, tal vedação não abrange a atuação 
jurisdicional do Estado, podendo o Poder Judiciário 
determinar a suspensão das atividades ou a dissolução 
compulsória das associações nos casos de finalidade ilícita ou 
do caráter paramilitar. Contudo, para a suspensão das 
atividades não se exige que a decisão judicial seja definitiva. 
Tal exigência refere-se somente à dissolução compulsória. 
 
Questão 17 
Durante uma entrevista com determinada emissora de 
televisão, o Presidente da República desferiu uma série de 
comentários difamatórios contra João, líder de um partido 
político de oposição. Indignado com o ocorrido, João decide 
ajuizar ação penal contra a conduta praticada pelo Presidente 
da República. 
De acordo com a sistemática constitucional, nesse caso: 
 
A) O Presidente da República não poderá ser responsabilizado 
por suas palavras, opiniões e manifestações no exercício da 
função presidencial, tendo em vista que é protegido pelo 
manto da imunidade material. 
Alternativa incorreta. O Presidente da República não faz jus à 
imunidade material. Trata-se de prerrogativa atribuída 
somente aos membros do Poder Legislativo:senadores, 
deputados federais, deputados estaduais e vereadores. 
B) Após autorização do Congresso Nacional, o julgamento da 
queixa-crime caberá ao Supremo Tribunal Federal. 
Alternativa incorreta. A autorização não se dá pelo 
Congresso Nacional, mas sim pela Câmara dos Deputados, 
mediante o voto de dois terços de seus membros (CF, art. 
86, caput) 
C) O Presidente da República não poderá ser responsabilizado 
por tal conduta durante a vigência do seu mandato. 
Alternativa incorreta. A imunidade temporária à persecução 
penal contida no artigo 86, §4º, da Constituição Federal, diz 
respeito somente aos crimes não funcionais praticados no 
curso do mandato presidencial. Não é o caso apresentado 
pelo enunciado da questão, já que os atos foram praticados 
na condição de Presidente da República. 
D) Por força da imunidade formal, o Presidente da República 
somente estará sujeito à prisão por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
Alternativa correta. Trata-se de regra prevista pelo artigo 86, 
§3º, da Constituição Federal. Contudo, a imunidade formal 
relativa à prisão diz respeito somente ao cometimento de 
crimes comuns praticados em razão do exercício da função 
presidencial. Ressalta-se que o STF entendeu que tal regra 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
8 
não pode ser estendida aos Governadores de Estado, ao 
Governador do DF e aos Prefeitos por atos normativos 
próprios. Segundo a Corte Constitucional, trata-se de regra 
processual cuja competência legislativa é exclusiva da União, 
nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal. 
 
Questão 18 
Gabriela é Chefe do Poder Executivo da República Federativa 
do Brasil em primeiro mandato. Fernando, seu esposo, 
também pretende ingressar na vida política, mas 
precisamente no âmbito do Distrito Federal. Contudo, tem 
dúvida se concorre ao cargo de deputado federal ou ao de 
Governador. 
Sobre tal caso, com base no que dispõe o sistema jurídico-
constitucional brasileira, assinale a alternativa correta. 
 
A) Fernando poderá candidatar-se somente ao cargo de 
deputado federal. 
Incorreta. CRFB: § 7º São inelegíveis, no território de 
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da 
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro 
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
Sendo assim, Fernando não poderá candidatar-se ao cargo de 
deputado federal como estreante na vida política. Seria 
necessário que já fosse eleito, para buscar a reeleição. 
B) Fernando não poderá candidatar-se a qualquer dos cargos 
eletivos, mas caso Gabriela queira candidatar-se à reeleição 
deverá renunciar ao cargo presidencial seis meses antes do 
pleito eleitoral. 
Incorreta. Não há nenhuma disposição legal que obrigue o 
presidente a renunciar para disputar novo pleito. 
C) Fernando poderá candidatar-se a qualquer um dos cargos 
caso se divorcie de Gabriela durante o mandato presidencial. 
Incorreta. Súmula Vinculante 18. A dissolução da sociedade 
ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição 
Federal. 
D) Caso Gabriela renuncie seis meses antes do pleito eleitoral, 
Fernando poderá candidatar-se a qualquer um dos cargos, 
inclusive ao cargo de Presidente da República, caso Gabriela 
não concorra na disputa. 
Correta. Lei Complementar nº 5 de 1970. Art. 1º - São 
inelegíveis: 
II - para Presidente ou Vice-Presidente da República: 
a) o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 
terceiro grau, ou por adoção, do Presidente da República ou 
de quem o haja substituído nos 6 (seis) meses anteriores ao 
pleito; 
Sendo assim, se Gabriela renunciar em até 06 meses antes 
das eleições, seu esposo torna-se elegível. 
 
Questão 19 
O Tribunal de Contas da União, ao fiscalizar determinados 
contratos celebrados por uma autarquia federal, apurou que a 
entidade realizava contratações por modalidade licitatória não 
prevista na Lei 8.666/93. Em razão disso, a Corte de Contas 
assinalou prazo de quinze dias para que Mônica, dirigente da 
autarquia e responsável pelas contratações, promovesse a 
anulação dos respectivos contratos. Entendendo não haver 
qualquer ilegalidade, Mônica interpôs pedido de reexame, 
alegando que o artigo 20, do regulamento interno para 
contratação de obras e serviços da autarquia, previa a 
modalidade licitatória adotada. Todavia, o Plenário do 
Tribunal de Contas da União negou provimento ao pedido, 
declarando a inconstitucionalidade do artigo suscitado. 
No tocante às suas atribuições constitucionais, o Tribunal de 
Contas da União 
 
A) por não exercer atividade jurisdicional, não possui 
competência para realizar o controle difuso de 
constitucionalidade. 
Incorreta. Súmula 347 do Supremo Tribunal Federal. O 
Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode 
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder 
Público. 
B) não poderá realizar exame prévio de validade de contratos 
administrativos celebrados pelo Poder Público. 
Incorreta. Dispõe a Lei nº 8.666/1993 em seu artigo 113 § 2º 
que: “Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do 
sistema de controle interno poderão solicitar para exame, 
até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento 
das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, 
obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração 
interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, 
em função desse exame, lhes forem determinadas”. 
C) agiu de forma incorreta, tendo em vista que, em virtude de 
sua autonomia administrativa e financeira, as autarquias 
possuem capacidade para editar as suas próprias normas de 
contratação. 
Incorreta. Lei 8.666 de 1993. 
Art. 1o Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, 
além dos órgãos da administração direta, os fundos 
especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e 
fundações públicas e demais entidades controladas direta ou 
indiretamente pela União e pelas entidades referidas no 
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente 
publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. 
Sendo assim, as autarquias submetem-se a Lei 8.666, não 
possuindo regulamentos próprios para licitação. 
D) como órgão subordinado ao Poder Legislativo, não poderá 
promover a sustação dos contratos administrativos, cabendo 
ao Congresso Nacional adotar tal medida. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
9 
Correto. CRFB. Art. 71. O controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União, ao qual compete: 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade; 
O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar 
contratos administrativos, possui competência, consoante o 
art. 71, IX, da CF, para determinar à autoridade 
administrativa que promova a anulação de contrato e, se for 
o caso, da licitação de que se originara. 
 
Direitos Humanosss 
Questão 20 
Artur conseguiu que a Corte Interamericana de Direitos 
Humanos reconhecesse que o Estado brasileiro praticou 
violação ao seu direito de ir e vir em decorrência de uma 
ordem ilegal de prisão. 
Contudo, não ficou claro do teor da sentença a quem se 
dirigiria a verba compensatória por tal ato, se o próprio Artur 
ou se entidade beneficente da área. 60 dias após a prolação 
da sentença e não tendo a Uniãoefetuado o pagamento da 
quantia sob a alegação de dúvida acerca do destinatário, Artur 
pediu a corte que esclarecesse quem seja. 
Neste caso, o pedido de esclarecimento de Artur é 
 
A) intempestivo, pois segundo o Pacto de San José da Costa 
Rica, o pedido de esclarecimento se sujeitara a mesma regra 
do recurso equivalente no processo civil interno do Estado, 
qual seja, 5 dias. 
Alternativa errada. O prazo para interposição de recurso é 
dado pelo próprio Pacto, não havendo que se falar em 
equivalência com embargos de declaração. 
B) tempestivo, pois em se tratando de apuração de violações a 
Direitos Humanos, a Corte não estabelece prazo certo de 
pedido de esclarecimento, sendo, portanto, adeternum. 
Alternativa errada. Não há que se falar em possibilidade de 
solicitar esclarecimentos de sentença eternamente. O prazo 
é previsto no Pacto. 
C) intempestivo, pois o prazo máximo do pedido de 
interpretação de sentença da Corte é de 50 dias. 
Alternativa errada. O recurso na verdade é tempestivo, já 
que o prazo estabelecido no pacto não é de 50 dias. 
D) tempestivo, pois é de 90 dias o prazo máximo de pedido de 
interpretação de sentença da Corte Interamericana de Justiça. 
Alternativa certa. Nos termos do artigo 67 do Pacto de San 
José da Costa Rica, o prazo para solicitar esclarecimento e 
interpretação de sentença proferida pela Corte 
Interamericana de Direitos Humanos é de 90 dias. 
 
Questão 21 
O Estado Internacional Y, interpretando a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, estatuiu em observância ao 
direito de associação e de não permanecer associado, que 
todo cidadão que fizer parte de uma associação e depois 
abandoná-la, não poderá mais fazer parte de qualquer 
associação pelo prazo de 10 anos. 
Alguns nacionais que viriam a ser prejudicados pela medida, 
procuraram a ONG para qual você advoga, que por sua vez 
pediu a elaboração de um parecer. Em seu parecer, deve ser 
destacado que 
 
A) a medida é válida, pois a Declaração prevê o direito de 
associar e de não permanecer associado, mas relega aos 
Estados a interpretação que julgarem mais apropriada para tal 
dispositivo. 
Alternativa errada. Realmente a Declaração prevê tanto o 
direito de associar quanto o de desassociar, mas a 
interpretação não pode ser dada livremente pelos Estados. 
B) a medida é inválida, pois a Declaração prevê que não 
poderá ser dada interpretação destinada a destruir direitos e 
liberdades nela enunciados. 
Alternativa certa. No caso narrado, o Estado estaria 
desrespeitando o direito de associação e de desassociação, 
sob a justificativa de que esta seria uma interpretação válida 
dada à Declaração. Contudo, a própria Declaração em seu 
artigo 30 impede interpretações voltadas a destruir direitos e 
liberdades nela enunciados. 
C) a medida é válida, pois percebe-se do teor da Declaração 
que o que se pretendia era justamente limitar que pessoas 
pudessem associar-se e desassociar-se indistintamente 
quantas vezes quiserem. 
Alternativa errada. Não há que se falar que o teor da 
Declaração permita limitar tais direitos, tal interpretação 
incorreria justamente no vício que se visava evitar, qual seja, 
destruir direitos e liberdades. 
D) a medida é inválida, pois a Declaração descreve 
minuciosamente o direito de todo e qualquer cidadão poder 
se associar e desassociar sempre que quiser. 
Alternativa errada. A Declaração é exortativa e não descreve 
minuciosamente nem o direito de associação, nem qualquer 
outro direito, relegando a interpretação aos Estados. 
Contudo, a interpretação não pode destruir direitos e 
liberdades. 
 
Questão 22 
A Casa de Recuperação do Infrator do Estado X é considerada 
referência no atendimento satisfatório dos presos. Ocorre que 
acaba de chegar um novo recluso de origem indiana. Sabendo 
que não há parentes próximos que possam lhe fazer visitas, o 
diretor da instituição lhe procura na condição de advogado em 
busca de uma solução alternativa. 
Atento a regras internacionais de Direitos Humanos do preso, 
você deve informar ao diretor que 
 
A) será preciso garantir a este preso facilidades razoáveis para 
a comunicação com representantes diplomáticos ou 
consulares da Índia 
Alternativa certa. De acordo com o artigo 38.1 da Convenção 
sobre Regras Mínimas para Tratamento de Presos, quando o 
preso for nacional de outro Estado e não tiver parentes em 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
10 
território nacional, deve lhe ser garantido em compensação 
facilidades para comunicação com as autoridades 
diplomáticas. 
B) não havendo parentes residentes no Brasil, não há nada 
que possa ser feito, de forma que este recluso ficará sem 
comunicar-se com o mundo exterior. 
Alternativa errada. Não se pode relegar o preso a condição 
de incomunicável por não possuir parentes que vivam em 
território nacional. E as Regras Mínimas garantem ao menos 
a comunicação com autoridades diplomáticas. 
C) o recluso de origem indiana não pode permanecer preso se 
não tiver quem o visite, devendo ser colocado em liberdade 
condicional. 
Alternativa errada. Não há que se falar em liberdade 
condicional pura e simplesmente pela ausência de parentes, 
o que deve ser feito é garantir a comunicação com 
autoridades diplomáticas. 
D) o Estado brasileiro deve custear o translado de parentes 
que vivam em outros lugares para que visitem o recluso ao 
menos mensalmente. 
Alternativa errada. O Estado não é obrigado a custear o 
translado de visita dos parentes ao preso. Só o que pode ser 
feito no caso é garantir a comunicação com as autoridades 
diplomáticas. 
 
Direito Internacional 
Questão 23 
Tiago e Maria, brasileiros, são noivos e residem na Austrália há 
dois anos. Pretendendo contrair casamento que gere efeitos 
no Brasil, entram em contato com você, na condição de 
advogado, para se esclarecerem acerca de tal possibilidade. 
No caso, é preciso informar o casal que: 
 
A) não será possível realizar o casamento nestas 
circunstâncias, devendo o casal voltar ao Brasil para oficializar 
a relação matrimonial. 
Alternativa errada. Não há necessidade que o casal regresse 
ao Brasil para oficializar sua união, vez que a LINDB prevê a 
possibilidade de realização de casamento consular perante a 
autoridade consular brasileira. 
B) é possível a realização do casamento perante autoridade 
consular brasileira situada no país em que estão. 
Alternativa certa. Nos termos do art. 7º, § 2º, da LINDB, 
brasileiros residentes em outro país podem contrair 
matrimônio reconhecido no Brasil perante a autoridade 
consular brasileira em atividade na circunscrição. 
C) não será possível realizar o casamento, pois só é permitido 
o casamento de brasileiros fora do território nacional em 
países lusófonos. 
Alternativa errada. Não há qualquer vedação quanto ao 
idioma praticado no país para fim de matrimônio. Havendo 
autoridade consular brasileira, será possível a oficialização 
do casamento. 
D) é possível a realização do casamento perante a autoridade 
do país que residem e depois de encaminhamento de ofício ao 
Registro de Pessoas Civis da capital brasileira. 
Alternativa errada. O casamento somente perante a 
autoridade estrangeira não surtirá efeito no Brasil, não 
havendo que se falar em encaminhamento de ofício ao 
Registro de Pessoas Civis da capital brasileira. 
 
Questão 24 
James, britânico, 30 anos, solicita junto à autoridade consular 
brasileira situada em seu país de origem, a expedição de visto 
de turismo para ingresso no Brasil. 
Ocorre que James responde por lesão corporal culposa na 
direção de veículo automotor, que é passível de extradição, 
estando solto beneficiado por liberdade provisória. 
Verificando que a documentação é toda positiva e que há 
conveniência e oportunidade para expedição do visto, a 
autoridade: 
 
A) poderá conceder o visto, vez que não há qualquer 
impeditivo,mesmo em face de pessoas que tenham cometido 
qualquer espécie de crime. 
Alternativa errada. O Estatuto do Estrangeiro veda a 
concessão de visto para pessoas que tenham cometido 
crimes, desde que a conduta tenha sido dolosa e que o tipo 
se afigure entre aqueles que autoriza a extradição. 
B) não poderá ser concedido o visto, vez que a lei veda 
qualquer forma de ingresso de pessoas que estejam 
respondendo criminalmente no país de origem. 
Alternativa errada. Só será vedada a expedição de visto e 
consequentemente o ingresso da pessoa que tiver praticado 
crime doloso, e ainda que este crime doloso seja sujeito a 
extradição. 
C) poderá conceder o visto, vez que a lei brasileira proíbe a 
concessão por processamento apenas de crimes dolosos. 
Alternativa certa. O art. 7º do Estatuto do Estrangeiro trata 
da expedição de visto de ingresso de estrangeiros no Brasil. 
Segundo a lei, será negado o visto àqueles que cometerem 
crimes dolosos sujeitos à extradição. Não sendo o caso, já 
que o enunciado deixa claro que o crime é culposo, é possível 
a expedição de visto. 
D) não poderá ser concedido o visto, já que além de 
conveniência e oportunidade se requer que o postulante seja 
de país de língua portuguesa. 
Alternativa errada. Patente alternativa esdrúxula, vez que 
seria inconcebível pensar que o Brasil só expede visto para 
nacionais de países lusófonos. Além do que, nacionais desses 
país sequer precisam de visto pra ingressar no território 
nacional. 
 
Direito Tributário 
Questão 25 
No dia 15 de setembro de 2016, a União instituiu empréstimo 
compulsório por meio de lei ordinária para custear despesas 
de um terremoto que assolou determinada região do país. 
Naquele diploma legal, ficou previsto que o empréstimo 
compulsório passaria a ser exigido já no mês de outubro de 
2016. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
11 
Sobre a situação hipotética acima, assinale a alternativa 
correta: 
 
A) A União agiu corretamente ao instituir empréstimo 
compulsório por meio de lei ordinária; 
O art. 148 da CF/1988 dispõe que o empréstimo compulsório 
deverá ser instituído por meio de lei complementar, e não lei 
ordinária; 
B) A União agiu corretamente ao instituir empréstimo 
compulsório por meio de lei ordinária mas não agiu 
corretamente ao exigir o imposto no mês subsequente à sua 
instituição; 
O art. 148 da CF/88 dispõe que o empréstimo compulsório 
deverá ser instituído por meio de lei complementar. No 
mesmo sentido, o art. 150, §1º da CF/1988 determina que o 
empréstimo compulsório poderá sim ser exigido já no mês 
subsequente, não se submetendo à vedação do princípio da 
anterioridade nonagesimal. 
C) A União agiu incorretamente ao instituir empréstimo 
compulsório por meio de lei ordinária e corretamente ao 
exigir o imposto no mês subsequente à sua instituição; 
A União agiu incorretamente ao instituir empréstimo 
compulsório por meio de lei ordinária, já que este só pode 
ser instituído por meio de lei COMPLEMENTAR (art. 148 da 
CF/88) e, por outro lado, agiu corretamente ao exigir o 
referido imposto já no mês subsequente, consoante previsão 
contida no art. 150, §1º da CF/88. 
D) A União não agiu corretamente ao exigir o empréstimo 
compulsório no mês subsequente à sua instituição; 
A União agiu corretamente ao exigir o imposto no mês 
subsequente (art. 150, §1º CF/88); 
 
Questão 26 
Luiz Ricardo, prefeito da cidade X, inconformado com uma 
decisão prolatada pelo Juízo da Comarca da sua Cidade, em 
um processo particular, resolve, no uso de suas atribuições 
legais e por meio de sua procuradoria municipal, propor uma 
ação de execução fiscal em face do Poder Judiciário local, 
sustentando, em síntese, o não recolhimento de impostos 
municipais e estaduais por parte do Tribunal de Justiça 
daquele Estado. 
Pleiteia, em sede liminar, a desocupação imediata de todos os 
servidores do Fórum local, pelas razões acima expostas. 
Diante desta situação, assinale a alternativa correta: 
 
A) É legítima a tese apresentada pela procuradoria municipal 
que atua na Cidade X, já que os órgãos e entes federativos 
também se submetem ao regime de tributação previsto na 
CF/88 e no Código Tributário Nacional; 
Os entes federativos não se submetem ao regime de 
tributação de uns dos outros, consoante previsão 
constitucional do art. 150, VI, alínea “a” da CF/1988; 
B) É legítima a tese apresentada pela procuradoria municipal 
da Cidade X, tendo em vista que os servidores do Poder 
Judiciário local devem honrar com suas obrigações legais de 
recolhimento de tributos; 
Os servidores do Poder Judiciário devem honrar com suas 
obrigações pessoais de tributação, não podendo ser 
alcançados pela ocupação profissional que ocupam no 
serviço público. O Art. 150, inciso II, da CRFB/88, reconhece a 
isonomia como uma limitação ao poder de tributar. O 
referido artigo é expresso ao proibir “qualquer distinção em 
razão da ocupação profissional ou função por eles 
[contribuintes] exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”. 
Portanto, a concessão de benefício fiscal ou a exigência de 
tributos para um determinado grupo, em razão da função 
por ele exercida, viola o princípio de isonomia. 
C) É ilegítima a execução fiscal pois trata-se de situação 
particular do Prefeito da Cidade X, devendo ser solucionada 
através de mecanismos judiciais cabíveis aplicáveis a espécie, 
não podendo o Prefeito utilizar-se de seu cargo público para 
valer de interesses pessoais, sob pena de improbidade 
administrativa e violação aos princípios constitucionais da 
moralidade e impessoalidade; 
A alternativa quis confundir o candidato levando-o a pensar 
que o prefeito estaria infringindo o princípio da 
impessoalidade ao utilizar-se do seu cargo público para 
resolver um problema particular. No entanto, o que o 
candidato deveria pensar é que realmente o prefeito feriu o 
princípio constitucional da impessoalidade ao usar seu cargo 
de PREFEITO para resolver um processo judicial particular 
seu, porém, utilizou-se de medida totalmente ilegítima, ilegal 
e sem guarida, vez que os Entes Federados não podem exigir 
impostos uns dos outros, nos termos do art. 150, VI, alínea 
“a” da CF/88; 
D) É ilegítima a execução fiscal apresentada pela procuradoria 
municipal, vez que Art. 150, inciso VI, alínea “a”, da CRFB/88, 
reconhece a imunidade tributária recíproca entre os entes 
federativos. A garantia constitucional da imunidade recíproca 
impede a incidência de tributos sobre o patrimônio e a renda 
dos entes federados. Os valores investidos e a renda auferida 
pelo membro da federação é imune de impostos. A imunidade 
tributária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do 
postulado da isonomia dos entes constitucionais, sustentado 
pela estrutura federativa do Estado brasileiro e pela 
autonomia dos Municípios. 
É ilegítima a execução fiscal apresentada pela procuradoria 
municipal, vez que Art. 150, inciso VI, alínea “a”, da CRFB/88, 
reconhece a imunidade tributária recíproca entre os entes 
federativos. A garantia constitucional da imunidade 
recíproca impede a incidência de tributos sobre o patrimônio 
e a renda dos entes federados. Os valores investidos e a 
renda auferida pelo membro da federação é imune de 
impostos. A imunidade tributária recíproca é uma 
decorrência pronta e imediata do postulado da isonomia dos 
entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa 
do Estado brasileiro e pela autonomia dos Municípios. 
 
Questão 27 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
12 
No dia 15 de Julho de 2017 o Estado Y editou lei concedendo 
isenção de custas judiciais a todos os servidores do Poder 
Judiciário. 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) As custas judiciais estão sujeitas às limitações do poder de 
tributar; 
As custas judiciaissão taxas remuneratórias de serviço 
público específico e divisível e, como tais, estão sujeitas às 
limitações constitucionais ao poder de tributar (Art. 150 da 
CRFB/88: legalidade, isonomia, irretroatividade, 
anterioridade, etc.). 
B) As custas judiciais não estão sujeitas às limitações do poder 
de tributar; 
As custas judiciais são taxas remuneratórias de serviço 
público específico e divisível e, como tais, estão sujeitas às 
limitações constitucionais ao poder de tributar (Art. 150 da 
CRFB/88: legalidade, isonomia, irretroatividade, 
anterioridade, etc.). 
C) É legítima a isenção de custas judiciais aos servidores do 
poder judiciário; 
O Art. 150, inciso II, da CRFB/88, reconhece a isonomia como 
uma limitação ao poder de tributar. O referido artigo é 
expresso ao proibir “qualquer distinção em razão da 
ocupação profissional ou função por eles [contribuintes] 
exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos”. Portanto, a concessão de 
benefício fiscal para um determinado grupo, em razão da 
função por ele exercida, viola o princípio de isonomia. 
D) É legítima a isenção de custas judiciais aos servidores do 
poder judiciário, contudo, estas custas estão sujeitas às 
limitações do poder de tributar; 
A primeira parte do enunciado está errada já que a isenção 
concedida a determinado grupo em razão da ocupação 
profissional que ocupa fere o princípio da isonomia (art. 150, 
II da CF/88). A segunda parte do enunciado está correta, já 
que as custas judiciais são taxas remuneratórias do serviço 
público e, como tais, estão sujeitas às limitações do poder de 
tributar. 
 
Questão 28 
São formas de suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário: 
 
A) A decadência; 
A decadência consiste na perda do direito propriamente dito 
e não forma de suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário; 
B) A prescrição; 
A prescrição é a perda do direito de ação pelo decurso do 
tempo. Não é forma de suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário. Está disciplinada no artigo 174 do CTN; 
C) A moratória; 
A moratória está prevista nos artigos 152 a 155 do CTN e, 
consiste na prorrogação do prazo ou a outorga de novo 
prazo, se já findo o original, para o cumprimento da 
obrigação principal. 
D) A isenção; 
A isenção é forma de exclusão do crédito tributário, artigo 
175 do CTN; 
 
Direito Administrativo 
Questão29 
Após regular procedimento licitatório, a União contratou a 
empresa W para a duplicação de determinada rodovia federal. 
No contrato, ficou estabelecido que a obra deveria ser 
entregue no prazo de doze meses, contados da data de 
celebração do ajuste. 
Com base no fragmento, assinale a alternativa correta. 
 
A) A União poderá alterar unilateralmente o contrato quando 
conveniente a substituição da garantia de execução. 
Incorreta. Lei nº 8.666, Art. 65. Os contratos regidos por esta 
Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos 
seguintes casos: 
II - por acordo das partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de 
execução; 
B) A empresa W poderá suspender a execução da obra caso a 
União atrase os pagamentos por mais de sessenta dias. 
Incorreta. Lei nº 8.666/93: 
“Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
(…) 
XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos 
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços 
ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou 
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave 
perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao 
contratado o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a 
situação;” 
C) No caso de atraso injustificado na entrega da obra, a União 
poderá, na forma prevista no instrumento convocatório ou no 
contrato, aplicar sanção de multa à empresa W, situação em 
que estará exercendo o seu poder disciplinar. 
O Poder Disciplinar consiste em um sistema punitovo interno 
e por isso não se pode confundir com o sistema ounitivo 
exercido pela justiça penal muito menos com o exercício do 
Poder de Polícia. As pessoas que são atigindas por esse poder 
possuem uma sujeiçãoespecial, um vínculo com a 
Administração Pública. 
Assim sendo, os servidorese aqueles que possuem contrato 
com a administração são sujeitos da aplicação do Poder 
Disciplinar. 
D) O contrato poderá ser sustado pelo Tribunal de Contas da 
União caso, no prazo fixado pelo órgão de controle externo, a 
União não adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei. 
Incorreta. CRFB. Art. 71. O controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União, ao qual compete: 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
13 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade; 
O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar 
contratos administrativos, possui competência, consoante o 
art. 71, IX, da CF, para determinar à autoridade 
administrativa que promova a anulação de contrato e, se for 
o caso, da licitação de que se originara. 
 
Questão 30 
Pedro, servidor público estável de uma autarquia federal, é 
aprovado em concurso público para o cargo de analista da 
Receita Federal. Contudo, tendo assumido posse no último 
cargo, Pedro não foi aprovado no estágio probatório. 
Á luz da Lei 8.666/92, é correto afirmar que Pedro será: 
 
A) exonerado 
B) reconduzido 
C) demitido 
D) reintegrado 
Lei 8.112 de 1990. Art. 20. § 2o O servidor não aprovado no 
estágio probatório será exonerado ou, se estável, 
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 29. 
 
Questão 31 
Determinada pessoa jurídica de direito privado sem fins 
lucrativos, dedicada à promoção do desenvolvimento social e 
combate à pobreza, preenche todos os requisitos legais para 
receber a qualificação de Organização da Sociedade Civil de 
Interesse Público. 
Nesse caso, é correto afirmar que: 
 
A) a pessoa jurídica não é uma instituição religiosa. 
Correto. Lei 9.790 de 1999. Art. 2o Não são passíveis de 
qualificação como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma 
às atividades descritas no art. 3o desta Lei: 
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação 
de credos, cultos, práticas e visões devocionais e 
confessionais; 
B) o requerimento da qualificação como OSCIP deverá ser 
formalizado perante o Ministério do Desenvolvimento Social. 
Incorreto. Lei 9.790 de 1999. Art. 5o Cumpridos os requisitos 
dos arts. 3o e 4o desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado 
sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificação 
instituída por esta Lei, deverá formular requerimento escrito 
ao Ministério da Justiça, instruído com cópias autenticadas 
dos seguintes documentos: 
C) a qualificação como OSCIP se dá por meio de um ato 
discricionário. 
Incorreto. Lei 9.790 de 1999. Art. 1o § 2o A outorga da 
qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao 
cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei. 
D) a entidade privada se encontra em funcionamento regular 
há, no mínimo, dois anos. 
Incorreto. Lei 9.790 de 1999. Art. 1o Podem qualificar-se 
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as 
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que 
tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento 
regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os 
respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam 
aos requisitos instituídos por esta Lei. 
 
Questão 32 
Patrícia tomou conhecimento de que o terreno vizinho à sua 
residência seria desapropriado, pelo Município, para a 
construção de um Centro de Esporte e Lazer. Vislumbrando a 
extraordináriavalorização imobiliária que ocorreria com a 
construção do Centro na região, Patrícia fez planos de colocar 
o seu imóvel à venda alguns meses depois da entrega da obra. 
Contudo, com a publicação do decreto expropriatório, Patrícia 
é surpreendida com a notícia de que seu imóvel também será 
objeto de desapropriação, muito embora a construção do 
Centro ocorrerá somente no terreno vizinho. 
Nesse caso, à luz da legislação de regência, é correto afirmar 
que: 
 
A) O Município só poderá desapropriar o imóvel caso Patrícia 
concorde com o valor da indenização. 
B) A desapropriação do imóvel de Patrícia é ilegal, uma vez 
que o Município somente pode desapropriar a área destinada 
à construção do Centro de Esporte e Lazer. 
C) Em caso de extraordinária valorização a decorrer da 
realização do serviço, o Município pode desapropriar o imóvel 
de Patrícia para posterior venda a terceiros, desde que haja 
menção na declaração de utilidade pública de que tal imóvel 
destina-se à revenda. 
D) O imóvel de Patrícia apenas poderá ser objeto de 
desapropriação caso seja necessário para o desenvolvimento 
da obra do Centro de Esporte e Lazer, ocasião em que 
ocorrerá a desapropriação indireta, 
Conforme Decreto-Lei nº 3.365. Art. 4o A desapropriação 
poderá abranger a área contígua necessária ao 
desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se 
valorizarem extraordinariamente, em consequência da 
realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de 
utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se 
quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se 
destinam à revenda. 
 
Questão 33 
A fim de explorar determinada atividade econômica de 
relevante interesse coletivo, o Estado de Goiás editou lei 
específica autorizando a criação de empresa pública, cujas 
despesas com pessoal serão pagas com recursos financeiros 
do ente controlador. 
Nesse caso, a empresa pública 
 
A) responderá de forma subjetiva pelos danos que seus 
agentes causarem a terceiros. 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
14 
Correta. Segundo a Constituição Federal, artigo 37, § 6º : 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Segundo José Marcos: Para melhor compreensão, é 
necessária a divisão das pessoas jurídicas de direito privado 
em duas categorias: 
a) as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço 
público (têm responsabilidade objetiva em regra) 
b) as pessoas jurídicas de direito privado que não prestam 
serviço público (têm responsabilidade subjetiva). 
Ora, as empresas públicas (EP) e as sociedades de economia 
mista (SEM) que exploram atividade econômica, por não 
prestarem serviços públicos, têm responsabilidade subjetiva 
(item b do esquema anterior). Exemplifiquemos: a Caixa 
Econômica Federal (CEF) é uma EP e pessoa jurídica de 
direito privado. 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista que 
exploram atividade econômica respondem pelos danos que 
seus agentes causarem a terceiros conforme as mesmas 
regras aplicadas às demais pessoas jurídicas de direito 
privado que não prestam serviços públicos. 
B) fará jus à imunidade tributária reciproca. 
Incorreto. Por realizar atividade econômica a empresa não 
gozará de imunidade recíproca. 
STF. A imunidade tributária recíproca pode ser estendida a 
empresas públicas ou sociedades de economia mista 
prestadoras de serviço público de cunho essencial e 
exclusivo. Precedente: RE 253.472, Rel. Min. Marco Aurélio, 
Redator para o acórdão Min. Joaquim Babosa, Pleno, DJe 
1º.02.2011. 
A Corte já firmou o entendimento de que é possível a 
extensão da imunidade tributária recíproca às sociedades de 
economia mista prestadoras de serviço público, observados 
os seguintes parâmetros: a) a imunidade tributária recíproca 
se aplica apenas à propriedade, bens e serviços utilizados na 
satisfação dos objetivos institucionais imanentes do ente 
federado; b) atividades de exploração econômica, destinadas 
primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de 
particulares, devem ser submetidas à tributação, por 
apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem 
a salvo a autonomia política; e c) a desoneração não deve ter 
como efeito colateral relevante a quebra dos princípios da 
livre concorrência e do livre exercício de atividade 
profissional ou econômica lícita. Precedentes: RE nº 
253.472/SP, Tribunal Pleno, Relator para o acórdão o 
Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/11 
C) é dispensada da realização de concurso público para 
contratação de pessoal. 
Incorreta. CRFB. Art. 37. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas 
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
D) não está sujeita ao teto remuneratório previsto na 
Constituição Federal. 
Incorreta. CRFB. Art. 37. 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do 
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos; 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e 
às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que 
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral. 
 
Questão 34 
A Administração Pública, segundo a Constituição Federal de 
1988, deve seguir os seguintes princípios: 
 
A) Legitimidade, pessoalidade, proporcionalidade, separação 
dos poderes. 
B) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência 
C) Externalidade, isenção, probidade, pessoalidade. 
D) Legalidade, moralidade, impessoalidade, proporcionalidade 
e eficiencia. 
Conforme CRFB. Art. 37. A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
 
Direito Ambiental 
Questão35 
A União realizou unilateralmente zoneamento de locais de uso 
estritamente para indústrias petroquímicas, por portaria do 
Ministro do Meio Ambiente. 
Ocorre que as zonas demarcadas circunscreviam áreas de 
perímetro urbano do Município X. Percebendo os severos 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
15 
impactos que as atividades das indústrias lá instaladas traziam 
na vida dos munícipes, o prefeito lhe procurou, na condição 
de advogado. 
Na situação, será possível demandar judicialmente 
 
A)compensação financeira da União em favor do Município, 
vez que tendo sido realizado o zoneamento industrial este não 
pode mais ser desfeito. 
Alternativa errada. Se o zoneamento foi feito por portaria, é 
perfeitamente possível que seja desfeito mediante a 
anulação judicial da portaria. 
B) a inversão da competência de licenciamento ambiental 
para o município, já que este sofrerá mormente os impactos 
ambientais, deve também ser o responsável por avaliar os 
projetos ambientais propostos pelas indústrias. 
Alternativa errada. Esdrúxula, não há que se falar em 
inversão de competências para zoneamento. Em se tratando 
de zoneamento industrial petroquímico, sempre será de 
competência da União. 
C) a anulação da portaria de zoneamento, pois embora a 
União seja o ente competente para tanto, foi feito em local 
que não dispõe de elevada capacidade de suporte de poluição, 
bem como não foram ouvidos o Estado e o Município. 
Alternativa certa. Além do ente competente, o zoneamento 
deve ser feito de acordo com os demais requisitos da lei, um 
destes requisitos é “situar-se em áreas que apresentem 
elevadas capacidade de assimilação de efluentes e proteção 
ambiental, respeitadas quaisquer restrições legais ao uso do 
solo” (Lei nº 6.803, art. 2º, § 1º, inciso I). O enunciado deixa 
claro que a área não tem grande potencial de suporte de 
poluição, de forma que a portaria é nula. 
D) que parte dos lucros das empresas petroquímicas lá 
instaladas sejam vertidos aos cofres municipais, como forma 
de compensação do impacto ambiental causado. 
Alternativa errada. A compensação por danos ambientais 
pode até acontecer, mas é uma medida administrativa e não 
judicial. 
 
Questão 36 
Jonas é brasileiro, mas viveu por anos no Canadá. Lá, 
aprendeu a arte da caça de animais silvestres. 
Até então, era amador. Mas no regresso ao seu país de 
origem, pretende se profissionalizar. 
Buscando em você, na condição de advogado, orientação 
jurídica, Jonas narra que conhecera muitos caçadores 
profissionais quando em terras canadenses. 
No caso, como consultor de Jonas, é preciso informar que 
 
A) a concessão de licença para caça profissional no Brasil é ato 
discricionário, e mesmo preenchendo todos os requisitos sua 
solicitação pode vir a ser denegada. 
Alternativa errada. No Brasil não é permitido o exercício de 
caça profissional, de forma que não há a possibilidade 
jurídica de uma autoridade administrativa conceder uma 
licença para caça profissional. 
B) ao contrário de muitos outros países, o Brasil só admite a 
caça amadora de animais silvestres, nunca profissional. 
Alternativa certa. Nos termos do art. 2º da Lei nº 5.197/67, é 
vedada a caça profissional em território brasileiro. 
C) para a prática da caça profissional no Brasil é necessário 
que já tenha sido caçador profissional em outros países, tendo 
sido apenas amador, lhe será denegada. 
Alternativa errada. Sendo vedada a caça profissional no 
Brasil, não importa que o pretenso caçador profissional 
tenha exercido caça como profissão em outros país, sempre 
lhe será proibida em território nacional. 
D) uma vez cumpridos todos requisitos legais, a autoridade 
não tem margem de oportunidade e conveniência, devendo 
ser expedida a licença de caça profissional. 
Alternativa errada. Não há que se falar em ato vinculado 
para expedição de licença para caça profissional, vez que no 
Brasil é expressamente vedada pela lei exercer a caça 
enquanto profissão. 
 
Direito Civil 
Questão 37 
Após ter adquirido seu primeiro apartamento, Maria recorreu 
às lojas de móveis a fim de comprar alguns objetos de mobília. 
Na Casa & Cia, uma das lojas visitadas, Maria ficou em dúvida 
se comprava duas cadeiras ou duas poltronas. Apesar disso, 
celebrou contrato de compra e venda com a pessoa jurídica, 
ficando acordado que a entrega dos móveis deveria ocorrer 
dentro do prazo de 15 dias. No contrato ficou estabelecido 
que poderiam ser entregues ou duas cadeiras ou duas 
poltronas, não havendo, contudo, qualquer previsão quanto a 
quem caberia a escolha. 
Considerando a narrativa acima, assinale a alternativa correta. 
 
A) Por se tratar de obrigação alternativa, a escolha cabe à Casa 
& Cia, sendo-lhe facultada a entrega de uma cadeira e uma 
poltrona. 
Alternativa incorreta. Muito embora se trate de obrigação 
alternativa, consoante determinação do artigo 252, §1º, do 
Código Civil, o devedor não pode obrigar o credor a receber 
parte em uma prestação e parte em outra. 
B) Se a entrega de duas cadeiras não for mais possível sem 
que haja culpa de Maria ou de Casa & Cia, extingue-se o 
contrato de compra e venda. 
Alternativa incorreta. Sem que haja causa imputável a 
nenhuma das partes, se uma das prestações se tornar 
impossível, a obrigação se concentra na prestação 
remanescente (CC, art. 253). Logo, Casa & Cia ainda fica 
obrigada a entregar duas poltronas. 
C) Como se trata de obrigação alternativa, caberá à Casa & Cia 
optar por duas cadeiras ou duas poltronas, uma vez que o 
contrato não atribuiu a escolha à Maria. 
Alternativa correta. Com normas pertencentes ao Capítulo IV 
do Código Civil, as obrigações alternativas se caracterizam 
por compreenderem dois ou mais objetos, extinguindo-se 
com a prestação de apenas um. Assim, nos termos do artigo 
252, do CC, nessa espécie de obrigação, caso nada seja 
 
 
 
 SIMULAJURIS - 1a FASE –EXAME DE ORDEM DA OAB 
 
16 
estipulado no contrato, a escolha cabe ao devedor. Desse 
modo, Casa & Cia poderá escolher entregar duas poltronas 
ou duas cadeiras. 
D) Trata-se de obrigação facultativa, cuja inadimplência por 
Casa & Cia, por sua exclusiva culpa, enseja à Maria o direito 
aos valores dos últimos móveis que se impossibilitaram de 
serem entregues mais perdas e danos. 
Alternativa incorreta. Não se trata de obrigação facultativa, 
uma vez que essa espécie obrigacional se caracteriza por ser 
devida uma única prestação, sendo facultado exclusivamente 
ao devedor se exonerar mediante cumprimento de prestação 
diversa e predeterminada. Ademais, referem-se à obrigação 
alternativa os direitos de Maria decorrentes da 
inadimplência de Casa & Cia, por culpa exclusiva, 
mencionados na assertiva, cuja previsão se encontra no 
artigo 255, do Código Civil. 
 
Questão 38 
A fim de comemorar o aniversário de 30 anos de atividade, LK 
Empreendimentos decidiu realizar uma grande festa no dia 24 
de junho. Planejando tornar a festa memorável, a empresa 
contratou Janaína, uma famosa cantora de música sertaneja. 
No contrato, LK empreendimentos se obrigou ao pagamento 
de R$ 50.000,00, com multa de igual valor no caso de não 
comparecimento da profissional. Ficou acordado, ainda, que a 
cantora deveria se apresentar durante duas horas, devendo 
chegar ao local no máximo às 21hs30min, uma vez que a festa 
perduraria somente até a meia-noite. A presença da cantora 
no evento chegou ao conhecimento de todos os convidados, 
causando, evidentemente, grande expectativa. Chegado o 
grande dia, todos, eufóricos, aguardavam a chegada da 
cantora. Contudo, Janaína chegou ao local do evento somente 
às 02hs35min do dia 25 de junho, deparando-se apenas com 
os prestadores de serviço que faziam a limpeza do local e 
recolhiam a estrutura utilizada na festa. 
Considerando que no contrato há cláusula eximindo a 
responsabilização nas hipóteses de caso fortuito e motivo de 
força maior, é correto afirmar que: 
 
A) Janaína adimpliu com sua obrigação de comparecer ao local 
do evento, razão pela qual não deve nada a título de multa. 
Alternativa incorreta. Consoante se extrai da narrativa, 
Janaína se obrigou a comparecer à festa no máximo às 
21hs30min do dia 24 de junho. Desse modo, comparecendo 
somente às 02hs35min do dia seguinte, Janaina incorreu no 
descumprimento absoluto da obrigação, devendo, portanto, 
efetuar o pagamento da multa. 
B) A cláusula penal é abusiva,

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