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RESUMÃO – EMPRESARIAL 4 Recuperação Judicial: Conjunto de providências econômicas, financeiras, produtivas, organizacionais e jurídicas que visam o restabelecimento da capacidade lucrativa e produtiva da empresa (devedor), através de um plano (contrato). NJ: contrato judicial com feição novativa (modifica cláusulas). Legislação específica: Lei 11.101/05. Falência: Medida judicial destinada a constatar a insolvência, decretar a falência, organizar a arrecadação de bens e o pagamento dos credores. Concurso universal de credores. Juízo Competente: local principal de concentração dos negócios da empresa devedora. Juízo Competente para Empresário Estrangeiro: local do principal estabelecimento do devedor ou da filial da empresa com sede no exterior. PRINCÍPIOS 1. Preservação da empresa: sempre se tentará manter a atividade produtiva, pois a empresa é fonte de riqueza, trabalho, etc. 2. Par conditio creditorum: os credores da mesma classe tem que ser tratados de maneira igual. Sem desigualdades. 3. Juízo universal da falência/Indivisibilidade do juízo falimentar: uma vez decretada a falência, todos as ações que envolvam bens devem ser propostas no juízo falimentar. 4. Universalidade de bens: Uma vez decretada a falência, todos os bens do devedor tem que integrar a massa falida objetiva. 103 5. Universalidade de credores: Uma vez decretada a falência, todos os credores são chamados à massa falida objetiva. 115 ÓRGÃOS ATUANTES 1. Administrador Judicial. 22 - Quem o nomeia/substitui? O juiz. - Na Rec. Judicial: fiscaliza o Recuperando. - Na falência: administra a massa falida. - Pode ser substituído. - Pode ser destituído somente em caso de irregularidade, devendo prestar contas, com responsabilidade civil, inclusive. - Quem o remunera? A Recuperanda ou a Massa Falida. - Quanto é a remuneração? 24 Máximo de 5% do passivo (Rec. Jud) ou do ativo (Falência); Máximo de 2% se EPP ou ME. 2. Assembleia Geral de Credores. 35 - Deliberações importantes na Rec. Jud. e na Falência. - É convocada pelo juiz por edital publicado no D.O. com antecedência de 15 dias. - É composta por 4 Classes de credores: 1. Trabalhistas ou acidentários; 2. Garantia real (penhor, hipoteca, etc); 3. Quirografários (decorrentes da simples vontade das partes); 4. ME ou EPP. - Quórum de instalação: 1ª convocação: credores de + da metade dos créditos de cada classe; 2a convocação: qualquer número. 3. Comitê de Credores: - Fiscalização do processo falimentar e judicial. - Órgão facultativo. - Funciona até o encerramento. 63, IV - Regra: os membros não são remunerados. Exceção: caso recebam não será com patrimônio da massa falida. - Regime de responsabilidade dos administradores. - Impedimentos: Administrador judicial RECUPERAÇÃO JUDICIAL A) ORDINÁRIA B) ESPECIAL C) EXTRAJUDICIAL A) ORDINÁRIA 1) Requisitos: a) Substanciais: Legitimidade Ativa Ordinária: (Quem pode requerer a Rec. Jud.) Aquele com os seguintes requisitos cumulativos: - Empresário ou sociedade empresária regularmente ativo há mais de 2 anos. - Não ser falido; - Não ter obtido Rec. Jud. há menos de 5 anos; - Não ter condenação por crime falimentar Legitimidade Ativa Extraordinária: (Também podem requerer) Cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. Excluídos: (Quem não pode requerer a Rec. Jud.) Empresa pública, sociedade de economia mista, instituição financeira pública/privada e outros. Legitimidade Passiva: (Quem pode ter a falência decretada) O empresário ou sociedade empresária que tenham os mesmos requisitos do Legitimado Ativo Ordinário, já que o empresário/empresa pode ser Ativo (quem requer a Rec. Jud.) e Passivo (quem pode ter a falência decretada) ao mesmo tempo. b) Formais: requisitos da petição inicial de Rec. Jud. 51 2) Créditos: Incluídos na Rec. Judicial: - Todos aqueles existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 49 Não incluídos: - Tributos - Valores de adiantamento a contrato de câmbio. 49, §4º 3) Procedimento para deferimento do processamento: Ao ajuizar a petição inicial de Rec. Jud., o seu processamento pode ser indeferido ou deferido. Se for deferido, eis os efeitos: 1. Nomeação de um administrador judicial; 2. O recuperando continua na condução da atividade; 3. Inicia o prazo para a apresentação do Plano de Rec. Jud. 4. Inicia o prazo de suspensão por 180 dias as ações em curso. 5. Publicação da relação de credores; 6. Carrega o título “Em Recuperação Judicial”. 4) Recurso: À sentença que indeferir o processamento da Rec. Jud.: Apelação À sentença que deferir a Rec. Jud: Irrecorrível 5) Pedido de desistência: Não pode haver desistência do pedido de Rec. Jud. após o deferimento, salvo se obtiver aprovação da desistência na Assembleia Geral de credores. 6) Plano de Recuperação Judicial 53, 55 - Uma vez publicada a decisão de deferimento do processamento da Rec. Jud., o Recuperando tem 60 dias para apresentar o Plano de Recuperação. - Após o plano apresentado, será publicado o Rol dos credores, que terão 30 dias para se manifestarem com ou sem objeções. Sem objeções, o juiz concederá a Rec. Jud. Com objeções, o juiz convocará a Assembleia Geral de Credores para deliberar sobre o plano de recuperação. Obs: Cram Down: O juiz poderá conceder a Rec. Jud. com base em plano NÃO aprovado, desde que presentes os seguintes requisitos cumulativos: 58, §1º. I. Voto de credores de mais da metade dos créditos presentes à Assembleia, independentemente de classes; II. Aprovação de 2 das classes de credores ou, havendo somente 2 classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 delas; III. Na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3. Obs: O plano de Rec. Jud. não poderá prever prazo maior que 1 ano para pagar dos créditos trabalhistas ou acidentários vencidos até a data do pedido de Rec. Jud. 54 6.1) Cumprimento do Plano: → Sendo reprovado, há convolação da Rec. Jud. em Falência. Nesse caso, os créditos deverão ser pagos na seguinte ordem: Primeiro, os créditos Extra Concursais (84): 1. Administrador judicial, trabalhistas e acidentários; 2. Quantias que os credores fornecem à massa; 3. Despesas com arrecadação, administração, distribuição do produto e custas processuais; 4. Custas de Execuções contra a massa falida; 5. Obrigações de outros atos prestados durante ou após a Rec. Jud. e tributos posteriores à falência; Depois, os créditos Concursais (83): 1. Trabalhistas (até 150 salários) e acidentários; 2. Garantia real; 3. Tributários; 4. De Privilégio especial (assim definido por lei); 5. De privilégio geral (assim definido por lei); 6. Quirografários; 7. Multas e penas pecuniárias; 8. Subordinados (os que sobrarem). → Sendo aprovado, é concedida a Rec. Jud.: 63 - Contra a decisão que concede a Rec. Jud. cabe Agravo. 59, §2º. - Nesse caso, o devedor terá 2 anos para cumprir todas as obrigações previstas no plano. - Durante esses 2 anos, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência! E tem mais: - Após esses 2 anos, no caso de descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano, qualquer credor poderá requerer a execução específica ou a falência! - Por outro lado, após os 2 anos, se cumpridas todas as obrigações, o juiz decretará o encerramento da Rec. Jud. e determinará: I. Pagamento do administradorjudicial; II. Apuração do saldo das custas judiciais; III. Apresentação de relatório do administrador judicial em 15 dias; IV. Dissolução do Comitê de Credores e exoneração do adm. jud.; V. Comunicação ao Registro Público de Empresas. B) ESPECIAL 70 à 72 1) Requisitos: - Só pode ser utilizada para EPP ou ME. - Abrange todos os tipos de créditos. - Créditos excluídos: os mesmos excluídos da Rec. Jud. Ordinária. - Mesmos requisitos formais da petição inicial de Rec. Jud. 51 - Pagamento da dívida parcelado em 36 vezes. - Não acarreta suspensões. - Não é convocada Assembleia para deliberar sobre o plano. C) EXTRAJUDICIAL 161 à 167 Idem à Rec. Jud. Ordinária, contudo, seu plano de recuperação é negociado e aprovado extrajudicialmente com os credores. Após, é levado ao juiz para homologação. 1) Requisitos: Subjetivos: (cumulativos!) - Ser empresário regular há 2 anos; - Não ser falido; - Não ter obtido Rec. Jud. há menos de 5 anos; - Não ter condenação por crime falimentar Objetivos: O plano de recuperação não poderá conter pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos. Especiais: O plano de Rec. uma vez homologado, obriga a todos os credores das espécies por ele abrangidas, exclusivamente em relação aos créditos constituídos até a data do pedido de homologação. 2) Créditos: Incluídos na Rec. Judicial: - Todos aqueles existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 49 Não incluídos: 161 §1º - Tributários, trabalhistas e acidentários. - Valores de adiantamento a contrato de câmbio. 49, §4º - Credor fiduciário de bens, arrendador mercantil, proprietário de imóvel com cláusula de irrevogabilidade ou venda com reserva de domínio. 3) Requerimento: Hipótese 1: O devedor requer a homologação do plano, juntando sua justificativa, termos e condições, com as assinaturas de todos os credores que a ele aderiram. Hipótese 2: O devedor requer a homologação do plano, desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 dos credores de cada espécie. Obriga a todos os credores por ele abrangidos. 4) Procedimento para Homologação do Plano: Efeitos: 1. Se indeferido o plano, os créditos permanecem. 2. Esta Rec. NÃO gera suspensões, e não impede a decretação de falência a pedido de credores não sujeitos ao plano. 3. O indeferimento da Rec. Extrajud. não se convola em falência e não impede apresentação de novo pedido de Recuperação. 5) Recurso: Da sentença cabe apelação sem efeito suspensivo. 164,§7º 6) Pedido de desistência: Não pode haver desistência, salvo com a anuência expressa dos demais signatários. FALÊNCIA 1) PROCESSO TRIFÁSICO a) Fase de Conhecimento: Pré falimentar. b) Fase de execução propriamente dita: Decretação de quebra c) Fase de encerramento 2) PRESSUPOSTOS a) Materiais: - Insolvência - Ter legitimidade passiva: PN: empresário individual; PJ: EIRELI ou sociedade empresária b) Formais: Decretação de quebra por sentença constitutiva. 3) LEGITIMADOS Legitimidade Ativa Ordinária: Quem pode requerer a falência. Próprio devedor (Autofalência). Legitimidade Ativa Extraordinária: Também podem requerer. Cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante, cotista/acionista do devedor ou qualquer credor. E a Fazenda Pública, pode requerer a falência do devedor? Discussão doutrinária. Doutrina predominante: Não pode, pois a Fazenda tem prerrogativas que o credor não tem. Ademais, o Estado preza pela preservação da empresa tendo a função de regulador e indutor da atividade econômica. Obs: Caso um credor seja empresário, ele poderá requerer a falência de outro empresário, desde que esteja em situação regular. 97§1º 4) CAUSAS DE INSOLVÊNCIA: 94 a) Impontualidade: O devedor, sem razão, não paga suas obrigações líquidas de títulos ou títulos protestados cuja soma ultrapasse 40 salários. - O protesto é essencial para cobrar o devedor direto. É necessária a identificação da pessoa que recebeu a notificação do protesto. Súm 361 STJ. Obs: Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer os 40 salários exigidos para o pedido de falência. b) Execução frustrada: O devedor, executado por quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes; - Tal pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a respectiva execução. 94§4º c) Atos de Falência: o devedor pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de Rec. Jud. Rol taxativo 94, III: 1. Faz liquidação precipitada de ativos ou utiliza fraude para fazer pagamentos; 2. Realiza ou tenta realizar, para atrasar pagamentos/fraudar credores, negócio simulado ou alienação de seu ativo a terceiro; 3. Transfere estabelecimento a terceiro sem o consentimento dos credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 4. Simula a transferência de seu principal estabelecimento para fins ilícitos; 5. Dá/reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; 6. Ausenta-se sem deixar representante com recursos suficientes para pagar credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se; 7. Não cumpre, no prazo devido, obrigação do plano de Rec. Jud. Observações importantes! Obs1: Citado, o devedor poderá apresentar contestação em 10 dias. Obs2: Nos pedidos baseados em Impontualidade e Execução Frustrada, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito (acrescido de correção, juros e honorários). Nesse caso, a falência não será decretada e, se procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor. Tal depósito, chamado elisivo, trata-se de defesa pré falimentar. 98 e § único. Obs3: Recurso: Sentença que decreta a falência = Agravo de Instrumento Sentença de improcedência da falência = Apelação. Obs4: Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, a indenizar o devedor. 101 5) ARRECADAÇÃO E CUSTÓDIA DOS BENS DA MASSA A partir da arrecadação, forma-se a: 108 Massa falida objetiva: todos os bens que formam a massa. Massa falida subjetiva: os credores concursais. - Não serão arrecadados os bens impenhoráveis. 833 CPC. - Os bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável desvalorização ou de conservação arriscada/dispendiosa, poderão ser vendidos antecipadamente, após a arrecadação e a avaliação, mediante autorização judicial, ouvidos o Comitê e o falido em 48 horas. 113 6) LIQUIDAÇÃO DOS ATIVOS NA FALÊNCIA Logo após a arrecadação, será iniciada a realização do ativo. 139 7) FORMAS ORDINÁRIAS DE ALIENAÇÃO DO ATIVO A alienação dos bens será realizada de uma das seguintes formas, observada a seguinte ordem de preferência: 140 I. Alienação da empresa (venda dos estabelecimentos em bloco); II. Alienação da empresa (venda de filiais/unidades produtivas); III. alienação em bloco (bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor); IV. alienação dos bens individualmente considerados. 8) MODALIDADES DE ALIENAÇÃO: 142 a 145 Ordinárias: I. leilão, por lances orais; II. propostas fechadas; III. pregão. Extraordinárias: 144 e 145 I. Havendo motivos justificados, o juiz poderá autorizar, mediante requerimento do administrador ou Comitê, modalidades de alienação judicialdiversas das citadas acima. II. O juiz homologará qualquer outra modalidade de realização do ativo, desde que aprovada pela assembléia-geral de credores, inclusive com a constituição de sociedade de credores ou dos empregados do próprio devedor, com a participação, se necessária, dos atuais sócios ou de terceiros. 9) ORDEM DE PAGAMENTO DOS CRÉDITOS 1º: Trabalhistas vencidos nos 3 meses anteriores à falência de até 5 salários por trabalhador. 2º: Restituição em dinheiro. Art 86 3º: Extraconcursais (citados na folha 1). 84 4º: Trabalhistas (até 150 salários) e acidentários (qualquer valor). 5º: Com garantia real. 6º: Tributários. 7º: Com privilégio especial (EPP e ME). 8º: Com privilégio geral (debêntures). 9º: Quirografário. 10º: Multas administrativas. 11º Subordinados ou Subquirografários. 10) PEDIDO DE RESTITUIÇÃO 85 e ss Ordinária: O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. Especial: restituição em dinheiro. Hipóteses: I. Se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição; II. Adiantamento a contrato de câmbio para exportação. Obs: Só serão pagos após os trabalhistas (1º lugar da ordem de pagamento). 11) EFEITOS DA SENTENÇA DE DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA: 99 a) Para o falido: - Ele mantém seus direitos civis, porém esses atos não podem refletir em seus bens sujeitos à massa falida. - Ele perde a administração dos bens. É o administrador que será responsável por sua gestão. - Ele fica inabilitado para exercer atividade empresarial até o trânsito em julgado da sentença extintiva de suas obrigações. - Se sujeita às obrigações do Art. 104. b) Em relação aos bens do falido: - Com o desapossamento do falido sobre seus bens, se forma a massa falida. - O administrador efetuará a arrecadação e custódia dos bens e documentos. - A decretação de falência suspende o direito de retenção sobre os bens sujeitos a arrecadação e o direito de retirada/recebimento do valor patrimonial de sua participação societária pelos sócios da falida. 116, I c) Em relação aos credores: - Vencimento antecipado dos créditos. 77 - Suspensão das ações e execuções individuais. 99, V e VI. Exceções: dívidas ilíquidas, demandas trabalhistas e execuções fiscais. - Formação da massa falida subjetiva (massa de credores). - Cessação da fluência dos juros. - Há suspensão do prazo prescricional da obrigação. Art 6º. Só recomeça a contagem após o trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência. Exceção: Não haverá suspensão para os coobrigados, decadência e contra a massa. Credor concorrente: participa do processo falimentar e tem seus créditos declarados no passivo. Credor concursal: todos que tem o direito de participar do processo de falência, mesmo que nunca o faça. Credor reivindicante: não desfruta de crédito do falido, mas titulariza bens ou valores arrecadados em poder do devedor. Tal credor deverá pedir restituição. Credor extraconcursal: Não se sujeita ao concurso falimentar, pois são credores da massa falida e não do falido. Credor não admitido: credores de obrigações a título gratuito e credores de despesas realizadas para tomar parte na recup. judicial/falência, salvo custas judiciais oriundas de litígio com o devedor. d) Em relação aos contratos do falido: - Quanto aos unilaterais, podem ser cumpridos com autorização do Comitê e nas hipóteses do Art. 118. - Contratos de conta corrente são considerados cancelados. - Quanto aos bilaterais, a decretação da falência não será causa de sua resolução, porém, havendo interesse em continuidade, será exigida autorização do Comitê de Credores. 117 - Contrato de trabalho não se resolve pela falência, mas sim pela cessação da atividade, segundo o STJ. - Se uma Concessionária de serviço público falir, tem o contrato de concessão extinto. 12) INEFICÁCIA DOS ATOS REALIZADOS PELO FALIDO - Atos ineficazes: 129 - Atos revogáveis: aqueles praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se a fraude e o prejuízo sofrido pela massa falida. 130. - Ação revocatória: deverá ser proposta pelo administrador judicial, qualquer credor ou MP em 3 anos contados da decretação da falência. Pode ser promovida contra os legitimados do Art 133. 13) EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DO FALIDO - Extingue as obrigações do falido: I. O pagamento de todos os créditos; II. O pagamento de mais de 50% dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; III. Passados 5 anos, contados do encerramento da falência, não havendo condenação por crime falimentar. IV. Passados 10 anos, contados do encerramento da falência, havendo condenação por crime falimentar. - Configurada uma dessas hipóteses, o falido poderá requerer a extinção de suas obrigações por sentença. Obs: Poderão haver oposições a este pedido em 30 dias. - Findo o prazo, o juiz, proferirá sentença declarando extintas as obrigações na sentença de encerramento. 14) FASE DE ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA 154 e ss 1º) Concluída a realização de todo o ativo, e distribuído o produto entre os credores, o Administrador fará a Apresentação das Contas ao juiz em 30 dias, as quais poderão sofrer impugnação em 10 dias. Após, o MP se manifestará em 5 dias. Havendo impugnação ou parecer contrário do MP, o Administrador será ouvido. Então, o juiz julgará as contas por sentença. Sendo rejeitadas, o Administrador terá responsabilidades. Sendo aprovadas, vai para o 2º passo: 2º) O Administrador apresentará o Relatório Final de Falência em 10 dias. 3º) Apresentado o relatório, o juiz encerra a falência por sentença. Obs: O Administrador poderá ser chamado em outros momentos para prestar contas. Não somente no citado acima. 15) SENTENÇA DE ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA: - Quando ela transitar em julgado reiniciam-se os prazos prescricionais. 157 - Dela cabe apelação. 156 1º Resultado possível: Ativo e passivo se equivaleram. Sentença denominada LEVANTAMENTO. Tem duplo efeito: Encerramento da falência e extinção das obrigações do falido. Obs: subsiste a condenação penal. 2º Resultado possível: Ativo superou o passivo. Saldo positivo. Sentença denominada LEVANTAMENTO. Tem duplo efeito: Encerramento da falência e extinção das obrigações do falido. Obs: O saldo será entregue ao falido. 153 3º Resultado possível: Passivo superou o Ativo. Subsiste débito a ser pago. Vai declarar o encerramento da falência e fixará o saldo devedor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
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