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Exame Físico Geral 
 
Nos exames físicos, é importante observar nos animais, se os olhos são 
brilhantes ou apagados e se a cabeça está normalmente erguida. A cabeça e a cauda 
caídas, assim como as asas nas aves, costumam ser sinais de certas enfermidades. 
Nos animais de grande porte que não se sentem bem, mostram tendência para 
afastar-se do rebanho, no pasto e no curral, sempre que o espaço o permitir. 
Geralmente esses animais enfermos, não se preocupam com a comida; a falta de 
apetite e o vômito após a refeição podem ser os primeiros sinais de uma doença. 
O aspecto geral da pelagem deve ser sadio, atraente, limpo e brilhante, com 
pêlos cerrados, lisos e sem falhas e não formando placas. Os animais novos são vivos 
e brincalhões, salvo nos momentos de comer e de descansar. Os movimentos 
anormais, diferentes dos costumeiros, podem indicar dor, como acontece nos casos 
de manqueira, de cólicas, etc.. 
Um dos dados mais importantes do exame do estado de saúde de um animal é 
a tomada de temperatura por meio de um termômetro inserido no reto. O aparelho 
deve ser cuidadosamente introduzido, às vezes com uso de lubrificantes, de modo que 
fique em contato com a mucosa do intestino (o reto), pois o contato com algum resíduo 
fecal altera sua aferição. Como muitos animais oferecem resistência à tomada de 
temperatura é conveniente que a operação dure pouco tempo, com o emprego de 
termômetros clínicos que em poucos segundos marcam a temperatura corretamente. 
A introdução jamais deve ser forçada a fim de que o animal não se assuste e quebre o 
aparelho com movimentos violentos. 
Em geral, a temperatura é mais elevada nos indivíduos mais novos ou após um 
exercício de alta intensidade, nas horas mais quentes do dia e nas vacas de alta 
produção leiteira. É mais baixa nos animais mais idosos e nos que se apresentam em 
estado de coma e de caquexia. 
A elevação de temperatura acima do normal indica febre, geralmente 
caracterizada por outras perturbações, como aceleração do pulso, dos movimentos 
repertórios e calafrios. 
O pulso de um animal indica os movimentos de seu coração. As contrações 
cardíacas produzem ondas de pressão que avançam pelos vasos sanguíneos e que 
podem ser sentidas pelo observador que ponha os dedos sobre o ponto em que o 
vaso cruza a superfície dura do osso. Os movimentos do próprio coração podem ser 
auscultados com a colocação do ouvido (geralmente não indicada) ou do estetoscópio 
sobre o costado do animal, na área cardíaca. 
O pulso de um animal é bastante regular quando possui um bom estado de 
saúde, mais rápido nos indivíduos muito jovens e acelerado depois de um exercício. 
Dentro de uma mesma espécie, o pulso é tanto mais rápido quanto menor o porte e 
mais novo o animal. A debilidade retarda a pulsação, enquanto a febre acelera. 
O número de pulsações deve ser contado pelo menos durante meio minuto, da 
seguinte maneira: no cavalo, no maxilar inferior, no ponto em que a artéria maxilar 
externa passa sobre o bordo da mandíbula, ou então na parte interna da articulação 
do jarrete; no boi, na face externa do maxilar inferior; no cão e gato, sobre a artéria 
femural. 
OUTRAS OBSERVAÇÕES: 
 O exame das mucosas é facilmente realizado e com o mínimo de stress ao 
paciente, além de dar importantes informações sobre o estado em que se encontra o 
animal. 
 As mucosas inspecionadas são a bucal, a ocular, a vulvar, prepudal e anal. 
Em geral as mucosas tem coloração rósea clara, em alguns animais elas são 
pigmentadas, e em fêmeas no cio a mucosa vulvar apresenta-se hiperêmica, por isso 
quando uma coloração anormal for observada em uma mucosa e as outras devem ser 
examinadas, e os resultados associados a anamnese e histórico do animal para um 
diagnóstico preciso. As colorações anormais encontradas são: 
 Palidez: é causada por uma hipoperfusão dos capilares, exemplo: 
desidratação e anemia; 
 Congestão: ocorre devido ao ingurgitamento dos vasos, que podem ser 
processos inflamatórios ou infecciosos; 
 Cianose: ocorre devido a falta de oxigenação da hemoglobina 
(desoxihemoglobina) que confere ao sangue uma cor escura e a mucosa 
apresenta-se azulada; 
 Icterícia: é a cor amarelada das mucosas devido a deposição de bilirrubina 
nos tecidos. 
Também devem ser observados corrimentos anormais pelas narinas, boca e 
outras aberturas. A presença de sangue nas dejeções e a emissão de urina de 
coloração anormal, assim como a secreção de leite com aspecto estranho, devem ter 
suas causas investigadas. 
 Segue ao lado os principais 
parâmetros para a realização de um 
exame físico em cães e gatos. 
 Para estimar a hidratação do 
paciente levamos em conta: 
 Turgor cutanêo: pinçando a pele 
com os dedos e puxando-a, a pele 
normal é elástica e deve voltar à 
posição inicial em até 2 segundos; 
 Umidade de mucosas e focinho: em pacientes com desidratação não 
aparente, até 5%, as mucosas apresentam-se úmidas e sadias sem serem 
ressecadas, e o focinho úmido; 
 Tempo de 
preenchimento capilar 
(TPC): é realizado 
através de uma 
compressão digital na 
gengiva do animal, a 
pressão realizada 
interrompe o fluxo 
capilar e deixa o local 
pálido, em animais com 
desidratação não 
aparente o retorno da coloração inicial se dá em até 2 segundos pela 
reperfusão sanguínea; 
 Globo ocular: em animais com desidratação não aparente ele se apresenta 
normal e brilhante. 
 O sistema linfático constitui uma via acessória onde os líquidos podem fluir 
do espaço intersticial para o sangue, além de transportar partículas que não podem 
ser removidas por absorção capilar, além disso bactérias podem passar pelas células 
endoteliais dos vasos linfáticos e adentrar a linfa, quando a linfa passa pelos 
linfonodos essas partículas são removidas e destruídas. 
 A hipertrofia anormal dos linfonodos ocorre na maioria dos processos 
inflamatórios e infecciosos, na área em que ele drena. O exame dos linfonodos pode 
nos indicar em que região tal alteração acontece, ou se o processo é sistêmico, para 
avaliação dos linfonodos. Deve- se levar em conta, quais linfonodos estão reativos 
(aumentados e/ou irregulares), se 
apresentam dor durante a palpação e se 
estão aderidos ou flutuantes.

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