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Hipersensibilidade dentinária

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Helen P. Fenandes 
Cirurgiã-Dentista 
Hipersensibilidade dentinária 
 
Superfícies dentinárias expostas a estímulos térmicos, evaporativos, táteis, mecânicos 
ou osmóticos ocorridos na região cervical dos dentes, e que não pode ser atribuída a 
nenhuma forma de defeito ou patologia dental. 
Quando alguma porção da dentina esteja exposta ao ambiente oral, ou seja, o esmalte e 
o cemento que recobre a dentina tenham sido perdidos ou removidos. 
 
o Dentina é um tecido conjuntivo calcificado que possui milhares de 
canalículos por milímetro quadrado. 
o Os canalículos têm cerca de 1 micrometro de diâmetro em sua parte 
periférica e cerca de 3 micrometros na superfície pulpar. Os canalículos 
contém uma espécie de fluido extra-celular que cumulativamente 
representa uma fração significante do volume total da dentina (20 a 
30%). 
o As paredes dos canalículos são limitadas por uma dentina pericanalicular 
hipermineralizada ao longo de seu comprimento com excessão da parte 
do canalículo próximo à polpa. 
o Entre os canalículos é chamada de dentina intercanalicular (rica em 
matriz orgânica e menos calcificada do que a dentina pericanalicular). 
o A dentina próxima à polpa tem mais canalículos dentinários e menos 
matriz calcificada intercanalicular por unidade de área que a dentina 
periférica. 
 
 FATORES ETIOLÓGICOS: lesões com perda de estrutura dental (erosão, 
abrasão, abfração) e sem perda de estrutura dental (exposições radiculares). 
 Helen P. Fenandes 
Cirurgiã-Dentista 
 
 
 Dependendo do caso, conseguimos cobrir essa retração por intermédio de 
cirurgia da gengiva com técnicas especializadas para a retração de um ou no 
máximo dois dentes. São cirurgias de resultados não previsíveis, por isso a 
necessidade de um bom exame e planejamento. Em alguns casos, vale a pena 
tentar. Caso não haja possibilidade de realizar a cirurgia, devemos controlar a 
sensibilidade. 
 Dependendo da causa, haverá a necessidade de uma reeducação da técnica de 
escovação e troca da escova de dente por uma de cerdas macias, realização de 
uma limpeza profissional, ajuste oclusal, adequação das restaurações localizadas 
próximas à gengiva e até a necessidade de corrigir a má posição do dente com 
aparelho ortodôntico. Devido à exposição da raiz, os dentes ficam mais 
Abrasão 
Lesões angulares nas 
superfícies vestibulares 
dos caninos maxilares e 
pré-molares e também 
nas superfícies linguais 
dos molares. Devivo à 
técnica excessiva e 
inadequada de escovação 
dos dentes. 
Erosão 
Dissolução química 
resultante de ácidos 
extrínsecos ou intrínsecos. 
Como o ph crítico do 
esmalte dentário é de 
aproximadamente 5,5, 
qualquer solução com ph 
menor poderá causar 
erosão, especialmente se 
o ataque for de longa 
duração e repetir-se 
frequentemente . 
Abfração 
Carga de oclusão 
excêntrica leva à flexão de 
cúspides, originando lesão 
nas linhas de esmalte na 
linha gengival, com 
consequente 
enfraquecimento da 
estrutura dentária. 
entalhe cervical profundo 
em forma de V. 
Retração gengival 
Dentre as diversas hipóteses, a mais corriqueira é o traumatismo 
por escovação, isto é, aplicar muita força contra os dentes ao 
escová-los, principalmente se a escova possuir cerdas duras. 
Problemas periodontais, trauma oclusal (normalmente em dentes 
com mal posicionamento ou com restaurações “altas”), 
restaurações desadaptadas na região próxima à gengiva, posição 
alta dos freios labiais e lingual, movimentos ortodônticos 
realizados de maneira incorreta, dentes apinhados e pouca 
espessura do osso que recobre aquela raiz, também fazem parte 
das diversas possíveis causas. 
 Helen P. Fenandes 
Cirurgiã-Dentista 
sensíveis, portanto bochechos com soluções fluoretadas ou aplicações 
profissionais de flúor concentrado podem amenizar o problema. 
 
 
 
Durante os procedimentos de raspagem e alisamento radicular, indispensáveis ao 
tratamento da doença periodontal, ou até em pacientes que receberam tratamento 
periodontal cirúrgico, remove-se cemento e porções de dentina da superfície radicular, 
expõem-se os túbulos dentinários e, consequentemente, os prolongamentos de Tomes. 
Eventualmente, devido à retração gengival ocasionada pelo pós-operatório da raspagem, 
a superfície radicular e os túbulos dentinários abertos ficam expostos ao meio bucal e 
são submetidos a estímulos térmicos, osmóticos e elétricos, podendo conduzir uma 
hipersensibilidade dentinária, provocando dor ao paciente. 
 
A saliva é um dos fatores biológicos de maior importância na proteção dos tecidos orais. 
A diminuição do fluxo salivar e a capacidade de tamponamento são duas das 
propriedades mais importantes nesse processo. 
Causas 
Existem muitas causas associadas a essa condição bucal, incluindo: 
 Esmalte desgastado devido ao uso de escovas duras ou escovação muito forte; 
 Erosão dentária devido a alimentos e bebidas altamente ácidos; 
 Erosão dentária devido à bulimia ou doença do refluxo gastroesofágico (DRGE); 
 Retração da gengiva que deixa a superfície de sua raiz exposta. 
Obs.: Sensibilidade dentinária é a resposta normal do indivíduo a um estímulo, 
enquanto hipersensibilidade denota uma sensibilidade excessiva estando relacionada à 
abrasão, à erosão, à atrição ou a perdas de estruturas periodontais. 
• Proposta por Brännström na década de 1960. Segundo essa teoria, 
quando os túbulos dentinários são expostos ao meio bucal e há estímulo 
sobre a superfície dentária, o fluido no interior dos túbulos se desloca. 
Esse deslocamento do fluido intratubular pode ativar receptores 
mecânicos nos nervos, estimular e distorcer as fibras nervosas presentes 
entre os odontoblastos, gerando a sensação dolorosa 
Teoria hidrodinâmica 
Dor aguda e passageira. Dor ao ingerir alimentos frios, no ato de respirar ou de 
escovar os dentes. 
 
 
 
 Helen P. Fenandes 
Cirurgiã-Dentista 
 Utilização do fluoreto de sódio que, em contato com a dentina reage com o cálcio 
ionizado do fluido tubular, formando um precipitado de fluoreto de cálcio insolúvel 
responsável pela diminuição da condução hidráulica nos túbulos dentinários. Os 
dentifrícios com cálcio apresentam resultados mais efetivos na obliteração dos 
túbulos dentinários. Contudo, observou-se que o efeito das soluções fluoretadas é de 
curta duração, além de serem necessárias várias aplicações para obtenção de um 
resultado significativo na redução da dor. Medidas preventivas indicam o emprego 
de técnicas adequadas de escovação associadas aos dentifrícios menos abrasivos. 
Tanto a escovação dentária, quanto o dentifrício fluoretado parecem ser fatores 
relevantes influenciando a perda de superfície dentária. 
 Terapia com laser de baixa e de alta potência é utilizada no tratamento da 
hipersensibilidade dentinária, podendo serem observados, n têm ação sobre a 
transmissão nervosa, enquanto os de alta potência ocluem túbulos dentinários por 
fusãoa literatura, resultados promissores com lasers Nd:YAG, Er:YAG, CO2 e 
diodo. 
 laser HeNe, a intensidade da dor apresentava-se entre nula e mínima na totalidade 
dos casos. 
 Em lesões de abrasão, a atenção deve ser enfatizada para as orientações da técnica e da 
pressão utilizada na escovação, bem como para os tipos de escovas e de dentifrícios usado 
 Lesões por abfração, os procedimentos de controle e de prevenção são mais complexos, 
envolvendo ajustes oclusais e restaurações 
 O fluoreto de sódio está indicado como tratamento, mas não foi, ainda, confirmado que o 
fechamento dos túbulos dê-se em apenas uma sessão. Portanto, quando aplicado na 
superfície dentinária exposta, a indicação é de que o procedimento seja realizado por quatrominutos, uma vez por semana, durante quatro semanas, diminuindo, assim, a sensibilidade 
dos dentes tratados. 
 Os agentes dessensibilizantes, do tipo materiais adesivos, oxalato férrico, oxalato de 
potássio, nitrato de potássio, soluções de fosfato de cálcio, fluoretos, vernizes fluorados, 
possuem na literatura eficiência indiscutível. 
Fontes: 
Bervian, Juliane; Sandini Trentin, Micheline . Hipersensibilidade dentinária cervical: 
uma revisão da literatura. RFO UPF; 19(2)maio/agosto 2014.

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