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Gabarito da AP2 2016.2 Literatura na Formação do Leitor

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em Pedagogia- EAD
UNIRIO/CEDERJ
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio dee Janeiro
Gabarito AP2 – 2016.2
DISCIPLINA: LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR
QUESTÃO 1 (Valor 2 pontos) 
O gênero dramático apresenta, numa peça encenada, os elementos singularizantes como tempo, espaço, personagens (caracterização) e diálogos de um modo específico, a depender das escolhas feitas pelo encenador (diretor). 
Examine as duas imagens abaixo:
A imagem 1 traz uma cena de conjunto de A classe morta, de Tadeusz Kantor, artista polonês (Wielopole, 1915 - 1990), pintor, cenógrafo, encenador. 
A imagem 2 traz também uma cena de conjunto. Trata-se de cena da peça Oklahoma musical da Broadway (1999), com o ator Hugh Jackmann, o papel principal. 
Compare o aspecto geral das cenas apresentadas. Considerando apenas o que as imagens oferecem, aponte e explique duas características das personagens que envolvam também tempo e espaço, em cada uma das imagens (1 ponto).
Na primeira imagem temos um grupo parado de atores-personagens, parecendo adultos em pé em bancos de antiga classe. São pessoas estranhas, só um personagem está a sorrir, os outros apenas parecem aguardar alguma coisa. O primeira “aluno” à esquerda segura um dispositivo pendurado nos ombros. Pelo figurino parece se passar o quadro no século passado, em local frio, pelo tom escuro e qualidade pesada das roupas. Não há indicação do local a não ser pela frente do primeiro banco, que poderia se confundir, a nãoo ser pelo título da peça, A classe morta, com um banco de igreja. O título também parece indicar que os personagens ou estão mortos ou estão num outro tempo.
Na segunda imagem temos um grupo de homens vestidos como cowboys de filme americano postados à esquerda e à direita de uma estrutura de galpão, talvez um cenário para salão de dança. Estão armados e não dançam. São homens e se vê apenas uma mulher ao centro, que parece estar pedindo calma, talvez até interrompendo uma briga. As calças do homens e a vestimenta da mulher indica que a cena não é contemporânea.
 O que se pode observar da atmosfera e do ambiente da cena, olhando para o gestual e a expressão dos atores (1 ponto).
A primeira cena apresenta uma atmosfera pesada, rígida, onde não parece haver espaço para a alegria.
A segunda apenas indica movimento, tensão, possível potencial de briga.
QUESTÃO 2. (Valor 2 pontos) 
Carlos Drummond de Andrade, em “Literatura infantil, publicado em Confissões de Minas, fala a respeito da classificação de obras e a seleção de público. Diz o seguinte: 
“O gênero literatura infantil tem, a meu ver, existência duvidosa. Haverá música infantil? Pintura infantil? A partir de que ponto uma obra literária deixa de constituir alimento para o espírito da criança ou do jovem e se dirige ao espírito do adulto? Qual o bom livro para crianças, que não seja lido com interesse pelo homem feito?” [...] 
2.1. Por que a opinião de Drummond caminha na contramão do que em geral é defendido pela opinião de educadores?
Drummond quer chamar atenção sobre a relatividade da classificação das obras literárias, problematizar as segmentações. Pode-se pensar também que há crianças que, tendo adquirido muito cedo o bom hábito de leitura, se tornam leitores autônomos e por exemplo aos dez, doze anos selecionam seus livros nas estantes de adultos, escolhendo romance policiais, de aventuras, etc. Mas o que normalmente ocorre nas escolas é que a literatura infantil fica muito separada, por exemplo, da seção de contos e crônicas, tamém de leitura interessantes para crianças.
2.2. Que argumentos pode-se considerar para poder sustentar esta posição defendida por Drummond?
A discussão trazida pelo poeta aponta pelo menos dois aspectos: um que diz respeito à produção da obra, outro que diz respeito à sua recepção. Escreve-se para criança e exclui-se o adulto? Ele questiona. Não se pinta para criança nem se compõe para criança, segundo esta ótica exclusivista. Mas, contra argumentando, pode-se dizer que há sim uma música que traz maior número de referências do universo infantil, como fez Chico Buarque com Os saltimbancos. E pode-se contra argumentar que há escritores que se especializam em acompanhar o desenvolvimento e interesse da criança em seus livros. Cabe na mala, por exemplo, é uma coleção de livros pequenos, escritos em verso por Ana Maria Machado e ilustrados por Claudius para as crianças recém alfabetizadas. Mas os adultos se deliciam com esses livros. Como fazem com os poemas de OU isto ou aquilo, de Cecília Meireles. Mas o público “específico” destes livros é o infantil.
QUESTÃO 3. (Valor 2 pontos) 
“A legibilidade [uma qualidade que determina a facilidade de leitura de alguma coisa] foi definida de um ponto de vista interativo, isto é, que considera a leitura como uma interação entre texto e leitor ou, mais especificamente, entre a informação que o leitor capta do texto e o conhecimento prévio que ele tem armazenado em sua memória”. 
(Yara Goulart Liberato, no texto Perguntas sobre ‘compreensão’ e ‘interpretação’ e o aprendizado da leitura, in: A escolarização da leitura literária. Diversos autores (org), p.223)
3.1. De que modo a escolha de livros a serem oferecidos aos alunos pelo professor pode tornar legítima esta ideia de legibilidade expressa por Yara Liberato?
Imaginando-se que o livro não seja introduzido na sal de aula sem a prévia contextualização da obra, do autor, da época, de outros escritores que trataram o tema – de modo semelhante ou diverso – qualquer livro que se ofereça a um grupo de crianças ou adolescentes pode ser tornar legível, isto é adequado ao grau de compreensão do aluno fortalecendo a sua capacidade de estabelecer ligações, associações com outras leituras.
3.2. Para que tipo de leitura esta ideia aponta?
A ideia de que a leitura é um processo contínuo. Que o contingente de livros absorvidos pelo leitor vai ser agenciado a cada nova leitura e que quanto mais se estimule a leitura melhor leitor se estará formando. Leva à ideia de intertextualidade, de associação entre leituras.
Questão 4. (3 pontos)
Leia o excerto da peça de Machado de Assis Hoje avental, amanhã luva. Trata-se de uma comédia de um ato e dez cenas. Uma comédia de costumes, ligeira, 
PERSONAGENS: DURVAL, [um senhor rico da cidade que se muda para o campo. Um galanteador, que fora pretendente de Sofia, a patroa de ROSINHA, a criada que faz o papel principal e arma uma situação tendo o apoio de BENTO, o rapaz que conduzia a carruagem, sentado à boleia, dizia-se que tinha a profissão de boleeiro. 
Rio de Janeiro — Carnaval de 1859. (Sala elegante. Piano, canapé, cadeiras, uma jarra de flores em uma mesa à direita alta. Portas laterais no fundo.) 
Cena I 
ROSINHA (Adormecida no canapé); 
DURVAL (entrando pela porta do fundo) Onde está a Sra. Sofia de Melo?... Não vejo ninguém. Depois de dois anos como venho encontrar estes sítios! Quem sabe se em vez da palavra dos cumprimentos deverei trazer a palavra dos epitáfios! Como tem crescido isto em opulência!... mas... (vendo Rosinha) Oh! Cá está a criadinha. Dorme!... excelente passatempo... [...] (dá-lhe um beijo) 
ROSINHA (acordando) Ah! Que é isto? (levanta-se) O Sr. Durval? Há dois anos que tinha desaparecido... Não o esperava. 
 DURVAL Sim, sou eu, minha menina. Tua ama? 
ROSINHA Está ainda no quarto. Vou dizer-lhe que V. S. está (vai para entrar) Mas, espere; diga-me uma coisa. 
DURVAL Duas, minha pequena. Estou à tua disposição. (à parte) Não é má coisinha! 
ROSINHA Diga-me. V. S. levou dois anos sem aqui pôr os pés: por que diabo volta agora sem mais nem menos? 
DURVAL (tirando o sobretudo que deita sobre o canapé) És curiosa. Pois sabe que venho para... para mostrar a Sofia que estouainda o mesmo. 
ROSINHA Está mesmo? moralmente, não? 
DURVAL É boa! Tenho então alguma ruga que indique decadência física? 
ROSINHA Do físico... não há nada que dizer. 
DURVAL Pois do moral estou também no mesmo. Cresce com os anos o meu amor; e o amor é como o vinho do Porto: quanto mais velho, melhor. Mas tu! Tens mudado muito, mas como mudam as flores em botão: ficando mais bela. 
ROSINHA Sempre amável, Sr. Durval. 
DURVAL Costume da mocidade. (quer dar-lhe um beijo) 
ROSINHA (fugindo e com severidade) Sr. Durval!... 
DURVAL E então! Foges agora! Em outro tempo não eras difícil nas tuas beijocas.[...] 
ROSINHA Não quero graças. Agora é outro cantar! Há dois anos eu era uma tola inexperiente... mas hoje! 
DURVAL Está bem. Mas... 
ROSINHA Tenciona ficar aqui no Rio? 
DURVAL (sentando-se) Como o Corcovado, enraizado como ele. Já me doíam saudades desta boa cidade. A roça, não há coisa pior! Passei lá dois anos bem insípidos — em uma vida uniforme e matemática como um ponteiro de relógio: jogava gamão, colhia café e plantava batatas. Nem teatro lírico, nem rua do Ouvidor,[...] Solidão e mais nada [... (tenta um novo beijo) 
ROSINHA (fugindo) [...]
DURVAL Dize-me cá. Por que diabo sendo uma criada, tiveste sempre tanto espírito e mesmo... 
ROSINHA Não sabe? Eu lhe digo. Em Lisboa, donde viemos para aqui, fomos condiscípulas: estudamos no mesmo colégio, e comemos à mesma mesa. Mas, coisas do mundo!... Ela tornou-se ama e eu criada! É verdade que me trata com distinção, e conversamos às vezes em altas coisas. 
DURVAL Ah! é isso? Foram condiscípulas. (levanta-se) E conversam agora em altas coisas!... Pois eis-me aqui para conversar também; faremos um trio admirável. 
ROSINHA Vou participar-lhe a sua chegada. 
DURVAL Sim, vai, vai. Mas olha cá, uma palavra. 
ROSINHA Uma só, entende? 
DURVAL Dás-me um beijo? 
ROSINHA Bem vê que são três palavras. (entra à direita) 
[...] [entre estas cenas, DURVAL sobre a falar com SOFIA enquanto que no andar debaixo ROSINHA arranja com BENTO uma combinação para que este a ajude com Sr. DURVAL, para vingar-se do passado em que a tentava seduzir, sem querer compromisso... DURVAL convida Sofia para ir ao baile com o dominó rosa que está numa caixa que deixa sobre a cadeira. ROSINHA inventa ter recebido ramalhete de um cavalheiro espanhol que lhe faz a corte, e BENTO, bom de imitação, inventa uma letra nova e cria uma voz para passar pelo espanhol quando fosse necessário. ROSIHA dá a resposta do baile pela patroa, dizendo que ela não vai com DURVAL.
Cena VII DURVAL (passeando) É demais! E então quem fala! uma mulher que tem umas faces... Oh! é o cúmulo da impudência! É aquela mulher furta-cor, aquele arco-íris que tem a liberdade de zombar de mim!... (procurando) Rosinha! Ah! foi-se embora... (sentando-se) Oh! Se eu me tivesse conservado na roça, ao menos lá não teria dessas apoquentações!...Aqui na cidade, o prazer é misturado com zangas de acabrunhar o espírito mais superior! Nada! (levanta-se) Decididamente volto para lá... Entretanto, cheguei há pouco... Não sei se deva ir; seria dar cavaco com aquela mulher; e eu... Que fazer? Não sei, deveras! [...]
Cena IX 
DURVAL (só, indo buscar o ramalhete) Ah! ah! flores! A Sra. Rosinha tem quem lhe mande flores! Algum boleeiro estúpido. Estas mulheres são de um gosto esquisito às vezes! — Mas como isto cheira! Dir-se-ia um presente de fidalgo! (vendo a cartinha) Oh! que é isto? Um bilhete de amores! E como cheira! Não conheço esta letra; o talho é rasgado e firme, como de quem desdenha. (levando a cartinha ao nariz) Essência de violeta, creio eu. É uma planta obscura, que também tem os seus satélites. Todos os têm. Esta cartinha é um belo assunto para uma dissertação filosófica e social. Com efeito: quem diria que esta moça, colocada tão baixo, teria bilhetes perfumados!... (leva ao nariz) Decididamente é essência de magnólias! 
[...] [ROSINHA volta e vê que DURVAL recebeu de BENTO, disfarçado, um ramalhete].
DURVAL És encantadora! 
ROSINHA Isso é velho. E o que me dizem os homens e os espelhos. Nem uns nem outros mentem. 
DURVAL Sempre graciosa! 
[...] DURVAL Mas, fora com tanto tagarelar! Olha cá! Eu estou disposto a perdoar aquela carta; Sofia vem sempre ao baile? 
ROSINHA [...] Recusa. [...]
DURVAL Recusa! Não faz mal... Não quer vir, tanto melhor! Tudo está acabado, Sra. Sofia de Melo! Nem uma atenção ao menos comigo, que vim da roça por sua causa unicamente! Recebe-me com agrado, e depois faz-me destas! 
ROSINHA Boa noite, Sr. Durval. 
DURVAL Não te vás assim; conversemos ainda um pedaço. [...]
DURVAL Então por que se recolhe tão cedo a estrela d'alva? 
ROSINHA Não tenho outra coisa a fazer diante do sol. 
DURVAL Ainda um cumprimento! (vai à caixa de papelão) Olha cá. Sabes o que há aqui? um dominó. 
ROSINHA (aproximando-se) Cor-de-rosa! Ora vista, há de ficar-lhe bem. 
DURVAL Dizia um célebre grego: dê-me pancadas, mas ouça-me! — Parodio aquele dito: — Ri, graceja, como quiseres, mas hás de escutar-me: (desdobrando o dominó) não achas bonito? 
ROSINHA (aproximando-se) Oh! decerto! 
DURVAL Parece que foi feito para ti!... É da mesma altura. E como te há de ficar! Ora, experimenta.
[...] DURVAL Delicioso. Mira-te naquele espelho. (Rosinha obedece) Então! 
ROSINHA (passeando) Fica-me bem? 
DURVAL (seguindo-a) A matar! a matar! (à parte) A minha vingança começa, Sra. Sofia de melo! (a Rosinha) Estás esplêndida! Deixa dar-te um beijo? 
ROSINHA Tenha mão. 
DURVAL Isso agora é que não tem grata! [...]
ROSINHA Em que oceano de fitas e de sedas estou mergulhada! (dá meia-noite) Meia-noite! 
DURVAL Meia-noite! 
ROSINHA Vou tirar o dominó... é pena! 
DURVAL Qual tirá-lo! Fica com ele. (pega no chapéu e nas luvas) 
ROSINHA Não é possível. 
DURVAL Vamos ao baile mascarado. 
ROSINHA (à parte) Enfim. (alto) Infelizmente não posso. 
DURVAL Não pode? e então por quê? 
ROSINHA É segredo. 
DURVAL Recusas? Não sabes o que é um baile. Vais ficar extasiada. E um mundo fantástico, ébrio, movediço, que corre, que salta, que ri, em um turbilhão de harmonias extravagantes! [...] [BENTO, do lado de fora da porta, imita uma voz de espenhol que chama por ROSINHA e faz declarações, promessas de amor]
DURVAL (com explosão) Amor! E se eu te desse em troca daquele amor castelhano, um amor brasileiro ardente e apaixonado? Sim, eu te amo, Rosinha; deixa esse espanhol tresloucado! 
ROSINHA Sr. Durval! 
DURVAL Então, decide! 
ROSINHA Não grite! Aquilo é mais forte do que um tigre de Bengala. 
DURVAL Deixa-o; eu matei as onças do Maranhão e já estou acostumado com esses animais. Então? Vamos! Eis-me a teus pés, ofereço-te a minha mão e a minha fortuna! ROSINHA (à parte) Ah... (alto) Mas o fidalgo? 
BENTO (fora) É meia-noite e doze minutos! 
DURVAL Manda-o embora, ou senão, espera. (levanta-se) Vou matá-lo; é o meio mais pronto. 
ROSINHA Não, não; evitemos a morte. Para não ver correr sangue, aceito a sua proposta. 
DURVAL (com regozijo) Venci o castelhano! É um magnífico triunfo! Vem, minha bela; o baile nos espera! [...]
Após a leitura, responda às questões.
4.1. Apesar de curta, a comédia permite que se elabore o perfil de seus personagens.
Descreva o perfil social e a personalidade dos três envolvidos na trama. Baseie-se nas falas (1,5 pontos)
Rosinha a criada é espevitada, inteligente, astuciosa. Do seu jeito de criada, fingindo-se ingênua, vinga-se simultaneamente do que Durval lhe havia feito anos antes e do que fizera também com sua patroa.
Durval é um burguês sem noção do próprio ridículo. Tem autoestimaelevada, N~]ao percebe que está sendo enrolado pela criada da sua pretendida. Um homem mal acostumado às leviandades da cidade.
Bento é um boleeiro simpático à causa de Rosinha, por quem na verdade se interessa, por isso presta-se tão bem ao papel de pretendente espanhol. Também é astucioso.
4.2. Comente o perfil social da criada: o que há de inesperado na sua conduta, considerando tratar-se da sociedade do Rio de Janeiro do final do século XIX (0,5 pontos).
É uma sociedade com classe bastante marcadas, mas a patroa tinha uma espécie de confidente na criada, que acompanha suas situações amorosas. A criada ultrapassa esta função e para vingar-se do pretendente esnobe da patroa acaba se dando bem como uma burguesinha em baile marcarado de uma classe a que não pertencia.
4.3. Que recursos usam os personagens para interagir com a plateia, que davam um gosto especial a este tipo de comédia de situação (0,5).
Usando o recurso do chamado à parte, o personagem rompe a barreira da ilusão e dirige-se diretamente ao público que, com isto, torna-se “conivente” e a companham com mais interesse o desenrolar da trama. O recurso é muito popular e usado em peças para crianças com bastante efeito. Por exemplo, apesar de não haver indicação para isto, a fala inicial de Durval ao ver Rosinha dormindo “excelente passatempo” diz bem de suas intenções e pode ser dirigido à plateia
Questão 5. (1 ponto)
Você participou do Fórum sobre Balzac e a costureirinha chinesa. Manifeste aqui sua ideia sobre a importância da leitura literária a partir da experiência relatada no filme.
Aqui o aluno está livre para falar sobre o efito da censura e das limitações à leitura impostas pelo regime comunista de Mao observando não só a limitação dos camponeses que dependiam dos letrados para abrirem-lhes os horizonte ou referir às transformações ocorridas com a costureirinha depois que “leu” Madame Bovary pelos olhos dos rapazes.

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