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* DOENÇA NODULAR DA TIREÓIDE Profa. Luciana Naves Clínica Médica 1 * DOENÇA NODULAR DA TIREÓIDE Aumento nodular clinicamente evidente da Tireóide, resultante do crescimento excessivo e transformação estrutural e/ou funcional de uma ou várias áreas tireoidianas * DOENÇA NODULAR DA TIREÓIDE 95% dos nódulos são benignos Estados Unidos Framingham, 1954: 6,4% mulheres 1,6% homens Wickham, 1977: 5,3% mulheres 0,8% homens Av. Ultrassom: 20-30% população geral Brasil Incidência 24 casos por 100.000 habitantes População geral Exame Físico: 4 a 7% mulheres e 1% dos homens Ecografia: até 68% em mulheres idosas * 140 PACIENTES SEGUIDOS POR 15 ANOS, SEM TRATAMENTO: EVOLUÇÃO NATURAL: AUMENTO DO NÓDULO-13% MANUTENÇÃO DO VOLUME-54% REDUÇÃO DE VOLUME-23% Kuma et al, 1992 * AUMENTO DO VOLUME TIREOIDIANO * PATOGÊNESE DO AUMENTO DO VOLUME TIREOIDIANO TEORIAS AUMENTO DO TSH 1) Distúrbio na Síntese Hormonal Raramente os níveis de TSH são elevados 2) Perda de ciclicidade na secreção de TSH Estímulo constante – aumento de volume 3) Aumento da sensibilidade ao TSH Níveis mínimos de TSH- Estímulo trófico * TEORIAS CLONES CELULARES DIFERENTES Folículos mais ou menos responsivos ao TSH OUTROS FATORES ESTIMULADORES Imunoglobulinas Estimuladoras Fatores de Crescimento * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES DA TIREÓIDE * NÓDULOS DE TIREÓIDE Ciclo celular G G1 M G2 S COMPETÊNCIA FGF PROGRESSÃO EGF, TGF TARDIOS TGFb,IGF * Nódulos de Tireóide * Proliferação normal da célula tireoidiana CONTROLE POSITIVO ADENILATO CICLASE FOSFOLIPASE C EGF e IGF-1 CONTROLE NEGATIVO Proteínas Supressoras: Retinoblastoma P53 TGF-beta * Proliferação anormal da célula tireoidiana Alteração na Expressão FATORES DE CRESCIMENTO EGF TGF beta Alteração Primária ESTÍMULO CONSTITUTIVO Proteína Ras (50%) Proteína gsp (10%) Proteína RET (20%) Proteína trk (20%) * RISCO AUMENTADO DE MALIGNIDADE Crescimento rápido do nódulo Fixação a estruturas adjacentes Nódulo muito endurecido Paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo Adenomegalia regional ipsilateral História de irradiação de cabeça e/ou pescoço Historia familiar de Câncer de tiróide ou NEM Câncer: * Exames Laboratoriais TSH Anticorpos Ultrassonografia PAAF Raramente: CT, PET, RMN Cintilografia se TSH< 001 * * * * Cintilografia de Tireóide Importante na avaliação funcional 80 a 95 % dos nódulos são frios Risco de malignidade varia de 8% a 25% * Cintilografia de Tireóide * Cintilografia de Tireóide * Ultrassonografia de Tireóide Detecta 5 vezes mais nódulos que a palpação Prevalência de nódulos varia de 17 a 67% da população geral Hipoecogenicidade, microcalcificações, margens irregulares, aumento do fluxo nodular= sugerem malignidade * ECOGRAFIA COM DOPPLER * Tomografia ou RMN de Tireóide Avaliação da extensão subesternal de Bócios Mergulhantes Avaliação da presença de metástases * PAAF Exame mais específico na avaliação da Doença Nodular de Tireóide Reduziu em 50% as tireoidectomias Alta sensibilidade Não distingue lesões foliculares benignas das malignas * Indicações PAAF * Avaliação Citológica * Diagnóstico Citológico * TRATAMENTO LESÃO NODULAR BENIGNA 1) OBSERVAÇÃO Nódulos podem regredir ou desparecer espontâneamente Ultrassom de 6 em 6 meses Repuncionar se houver crescimento * TRATAMENTO LESÃO NODULAR BENIGNA 2) TRATAMENTO SUPRESSIVO COM T4 Pacientes podem apresentar redução do volume pela supressão do T4 sobre o TSH 30-50% reduzem de tamanho espontâneamente Hipertireoidismo subclínico: arritmias cardíacas e osteoporose * TRATAMENTO LESÃO NODULAR BENIGNA 3) CIRURGIA Sintomas compressivos Fatores estéticos Taxa de recidiva do nódulo é de 10% em 10 a 20 anos * TRATAMENTO LESÃO NODULAR BENIGNA 4)ESCLEROTERAPIA COM ETANOL Redução do volume do nódlo em 50% dos casos Em uma única injeção Redução em 80% dos casos em múltiplas aplicações Injetar 1,3 ml/ml do nódulo, não excedendo a 20% do volume total do nódulo a cada sessão * TRATAMENTO LESÃO NODULAR BENIGNA 5)FOTOCOAGULAÇÃO COM LASER Redução de volume em até 46% dos pacientes em 6 meses Redução dos sintomas compressivos * Câncer Diferenciado de Tireóide * Câncer de Tireóide Carcinoma Papilar Carcinoma Folicular Carcinoma Medular Carcinoma Anaplásico * Carcinoma Papilífero Indivíduos jovens 40 a 70% dos cânceres de tireóide Crescimento lento, disseminação linfática Multicêntrico, 25% metástases locais, 20% invasão extratireoidiana, 5% metástase à distância * Carcinoma Folicular Mais comum na 5ª. Década de vida Mais freqüente em mulheres (3:1) Disseminação hematogênica Metástases à distância: pulmão, fígado, ossos, raramente linfonodos * Carcinoma Medular Qualquer idade, ambos os sexos 70% são esporádicos; 20-30% familiares, autossômico dominante NEM 2 A NEM 2 B CMT Feocromocitoma Hiperpara Neuromas Mucosa * Carcinoma Anaplásico -5% das neoplasias de tireóide Idosos (65 a 70 anos) 3 mulheres/1 homem 90% dos pacientes falecem em 6 meses * TRATAMENTO CÂNCER TIREÓIDE CIRURGIA- TIREOIDECTOMIA TOTAL IODO RADIOATIVO TERAPIA SUPRESSIVA COM T4 Dosagem de Tireoglobulina 6/6 meses Pesquisa de Corpo Inteiro anual Tg> 5 ng/ml (sob T4) ou TG > 10 ng/ml (s/ T4) = Iodo 131 * Câncer Diferenciado de Tireóide FATORES PREDITIVOS DE RISCO ELEVADO Idade <15 ou > 45 anos Sexo masculino História Familiar de Câncer de Tireóide Tumor > 4 cm Doença bilateral ou extratireoidiana Invasão vascular Histologia: Hurtle, Células altas, Esclerose Difusa ou Variante Insular * Câncer Diferenciado de Tireóide FATORES PREDITIVOS DE RISCO MODERADO Idade 15 - 45 anos Doença unilateral Ausência de extensão extratireoidiana Microcarcinoma papilífero ou encapsulado Presença de anticorpos anti-tireoidianos * Marcadores Moleculares Expressão da Proteína NIS Proteína ras (oncogene) Gene p53 BRAF * Perspectivas terapêuticas Inibidores da expressão da proteína ras Antagonistas receptores de tirosinakinases (ret) Terapia anti-angiogênica Indutores de Apoptose Terapia gênica para rediferenciação do CA: Gene NIS, reintrodução de p53- aumenta expressão da TPO
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