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Transição Demográfica e Epidemiológica no Brasil: conceitos e desafios Elisabeth C Duarte eduarte@unb.br Sumário: Transição Demográfica Conceitos Situação do Brasil 2. Transição Epidemiológica Conceitos Situação do Brasil 3. Desafios para enfrentamento Conceitos processo de mudança da estrutura etária da população no sentido do seu envelhecimento. processo de mudança dos padrões de adoecimento e morte de uma população no sentido ou como consequência do seu envelhecimento Ocorrem interligadas com mudanças sociais, econômicas e culturais de uma sociedade. Transição demográfica: Transição epidemiológica: Transição Demográfica (teoria tradicional) Processo de modernização global a partir de um determinado padrão demográfico “tradicional” até sua conversão em um padrão demográfico “moderno” (Chesnias, 1992). Altos níveis de mortalidade precoce e de fecundidade Aumento da expectativa de vida, envelhecimento da estrutura etária e queda da fecundidade Transição Demográfica (teoria tradicional) Três postulados: Princípio da precedência no tempo da queda da mortalidade Transição reprodutiva Crescimento econômico e incremento no processo de queda de fecundidade Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV CGM~ 30-50 por mil CGN~ 30-50 por mil EVN~ 20 anos Crescimentopop. acelerado Limitação do crescimento Pop. estável e fecundidade ~ nível de reposição. CGM e CGN <10 Ex: == Ex: Haiti Ex: India, Brasil Ex: Espanha, UK Fase 5?: Alemanha (Warren Thompson) Gráf1 9 8 8 8.5 9 8 8 8.5 7.5 8 5 8.5 4.5 8 4 8.5 4 8 3.5 8.5 3 8 3 7.5 3 8 2.5 7.5 2.5 6 2 5.5 2 5.5 2.5 4.5 2 4 2 3.5 2 3 2 2 2 3 2 2 2 2 2 3 2 2 Mortalidade Fecundidade tempo coeficiente de fecundidade/mortalidade Estágios clássicos da transição demográfica Plan1 Mortalidade Fecundidade 1 9 8 2 8 8.5 3 9 8 4 8 8.5 5 7.5 8 6 5 8.5 7 4.5 8 8 4 8.5 9 4 8 10 3.5 8.5 11 3 8 12 3 7.5 13 3 8 14 2.5 7.5 15 2.5 6 16 2 5.5 17 2 5.5 18 2.5 4.5 19 2 4 20 2 3.5 19 2 3 20 2 2 19 2 3 20 2 2 20 2 2 19 2 3 20 2 2 Plan2 Plan3 Todos os países latino-americanos estão envolvidos em algum estágio de um processo de transição demográfica (Patarra, 1994) Como está o Brasil... Fonte: Adaptado de Paes, R. CGIAE/DASIS/SVS/MS. Saúde Brasil, 2008. Proporção da população segundo situação de residente (urbana e rural), 1940 a 2010 América Latina e Caribe: Região mais urbanizada do mundo ˜ 80% Brasil = 86,5% Projeção para 2020 ~90% (ONU-Habitat) Fonte adapatada: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. Tx de mortalidade: Número total de óbitos, por mil habitantes, na população residente (local e ano) Tx de mortalidade infantil: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente (local e ano) Brasil: 22/1000 Santa Catarina: 9,2/1000 Alagoas: 30,2/1000 Japão=2,6/1000 Afeganistão=136/1000 Esperança de vida ao nascer: Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente na população residente (local e ano) Idade mediana: idade que separa os 50% mais jovens dos 50% mais velhos na população residente (local e ano) Fonte adapatada: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. Ex. Moçambique: 16,8 anos; Portugal, 40,7 anos Tx de natalidade: Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente (local e ano) Fonte adapatada: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. Brasil, 1950-2010 Fonte adapatada: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. % Jovens (<15 anos) % Idosos (60 anos ou mais) BRASIL 1950 2000 2010 41,8% 29,6% 24,1% 4,3% 8,6% 10,8% Fonte adapatada: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. Pirâmide etária. Brasil, 1950-2010 Fonte: IBGE Transição Epidemiológica Olhar mais detalhado sobre os padrões de mudanças no perfil epidemiológico e, em particular, na mortalidade: Teoria da transição Epidemiológica tradicional (Omran, 1971) Teoria da transição Epidemiológica tradicional Postula que: Mudanças no padrão de mortalidade ocorrem as custas da progressiva substituição de doenças infecciosas por doenças crônico-degenerativas e causas externas (Omran, 1971). Teoria da transição Epidemiológica tradicional: Esta teoria baseou-se em um olhar dos países desenvolvidos, acreditando-se que todos os demais seguiriam o mesmo padrão de transição epidemiológica (era só uma questão de tempo...). Isso se confirmou? Apenas parcialmente… * Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais Fonte: Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003 pp. 293. Atualizado por CGIAE/DASIS/SVS Mortalidade Proporcional segundo causas, Brasil, 1930-2009* Fonte: Ministério da Saúde. Saúde Brasil, 2012. Fonte: Ministério da Saúde, Saúde Brasil, 2012. Ano Casos Óbitos 153.128 5.495 2009* 1.953 43 Número de casos de doenças imunopreveníveis selecionadas* em <5 anos de idade, Brasil, 1996 a 2009** Gráf1 6642 263 14009 297 8326 234 8756 191 8137 152 4283 132 3036 112 2842 85 2896 81 2574 59 2306 72 2596 49 2556 54 1953 43 Casos Óbitos Número de casos Número de óbitos 1996a2009 Doenças reduzíveis por ações de imunoprevenção em menores de 5 anos de idade Número de casos e óbitos Doenças Casos 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Tuberculose (A15 a A19) 2138 1817 2312 2,112 1,170 1928 1905 1633 1364 1365 1335 1237 1117 1078 1043 * 952 * 961 Tétano neonatal (A33) * 584 * 706 * 602 * 592 * 497 * 464 * 403 * 392 * 295 * 272 * 233 * 215 * 171 * 131 * 93 * 101 * 74 * 66 * 42 * 37 * 35 * 16 * 18 * 12 * 9 * 5 * 6 * 4 Outros tipos de Tétano (A35) 8 19 7 4 5 3 4 0.0 * 2 Difteria (A36) * 1,708 * 1,868 * 1,594 * 1,081 * 856 * 690 * 506 * 459 * 387 * 264 * 126 * 96 * 88 * 60 * 21 * 15 * 25 * 20 * 24 * 10 * 19 * 20 * 2 * 8 * 4 * 3 * 2 * 2 Coqueluche (A37) * 30,585 * 16,788 * 11,549 * 12,698 * 14,673 * 10,295 * 5,446 * 8,144 * 8,703 * 3,980 * 2,899 * 3,035 * 2,243 * 1,801 * 932 * 1,156 * 1,169 * 894 * 741 * 668 * 579 * 836 * 1,111 * 986 * 687 * 731 * 1,117 * 716 Poliomielite aguda (A80) * 1,290 * 122 * 69 * 45 * 130 * 329 * 612 * 196 * 106 * 35 Sarampo (B05) * 20,233 * 33,145 * 41,851 * 36,606 * 57,996 * 31,806 * 16,159 * 12,671 * 25,132 * 16,975 * 5,286 * 3,082 * 2,493 * 2,496 * 2,165 * 9,785 * 2,752 * 2,425 * 2,024 1** 1** 1** 0.0 1** 11** 0.0 0.0 0.0 Rubéola (B06) * 226 * 786 * 2,049 * 3,024 * 1,624 * 626 * 320 * 227 * 153 * 202 * 537 * 226 0.0 Hepatite B (B16) 43 44 38 29 32 153 124 209 201 190 179 224 212 183 * 167 * 194 Caxumba (B26.0) Meningite por haemophilus (G00.0) 624 774 455 662 863 1022 1244 1370 1326 1384 1259 1350 1605 1281 1510 1535 1206 464 265 155 103 105 65 92 86 * 61 * 61 Rubéola congênita (P35.0) 17 25 38 61 98 37 15 13 4 19 4 * 25 * 13 Hepatite viral congênita (P35.3) Casos * 1,290 * 122 * 53,179 * 53,176 * 56,500 * 51,761 * 75,296 * 44,314 * 23,642 * 22,945 * 35,887 * 22,817 * 9,928 * 9,825 * 8,205 * 8,449 * 6,642 * 14,009 * 8,326 * 8,756 * 8,137 * 4,283 * 3,036 * 2,842 * 2,896 * 2,574 * 2,306 * 2,596 * 2,556 * 1,953 Óbitos 263 297 234 191 152 132 112 85 81 59 72 49 54 43 Ano de 2007 - Dados preliminares **Casos importados de Sarampo 1996a2009 Casos Óbitos Anos Número de casos Número de óbitos Tendência de Doenças Imunopreviníveis, Brasil 1996 a 2007* 1980a2007 Doenças reduzíveis por ações de imunoprevenção em menores de 5 anos de idade Número de casos e óbitos Doenças Casos 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Tuberculose (A15 a A19) 2138 1817 2312 2,112 1,170 1928 1905 1633 1364 1365 1335 1237 1117 1078 952 Tétano neonatal (A33) * 584 * 706 * 602 * 592 * 497 * 464 * 403 * 392 * 295 * 272 * 233 * 215 * 171 * 131 * 93 * 101 * 74 * 66 * 42 * 37 * 35 * 16 * 18 * 12 * 9 * 5 Outros tipos de Tétano (A35) 8 19 7 4 5 3 4 Difteria (A36) * 1,708 * 1,868 * 1,594 * 1,081 * 856 * 690 * 506 * 459 * 387 * 264 * 126 * 96 * 88 * 60 * 21 * 15 * 25 * 20 * 24 * 10 * 18 * 16 * 2 * 8 * 4 * 3 Coqueluche (A37) * 30,585 * 16,788 * 11,549 * 12,698 * 14,673 * 10,295 * 5,446 * 8,144 * 8,703 * 3,980 * 2,899 * 3,035 * 2,243 * 1,801 * 932 * 1,156 * 1,169 * 894 * 741 * 636 * 534 * 815 * 1,052 * 829 * 681 * 624 Poliomielite aguda (A80) * 1,290 * 122 * 69 * 45 * 130 * 329 * 612 * 196 * 106 * 35 Sarampo (B05) * 18,406 * 31,163 * 39,867 * 34,621 * 56,011 * 29,819 * 14,171 * 10,672 * 23,145 * 14,984 * 3,296 * 1,089 * 592 * 501 * 306 * 6,521 * 351 * 426 * 7 * 1 * 1 * 1 * 1 * 11 Rubéola (B06) Hepatite B (B16) 43 44 38 29 32 153 124 209 201 190 179 224 212 146 Caxumba (B26.0) Meningite por haemophilus (G00.0) 624 774 455 662 863 1022 1244 1370 1326 1384 1259 1350 1605 1281 1510 1535 1206 513 262 151 102 103 64 93 75 Rubéola congênita (P35.0) 17 25 38 61 98 37 15 13 4 19 4 Hepatite viral congênita (P35.3) Casos * 1,290 * 122 * 51,352 * 51,194 * 54,516 * 49,776 * 73,311 * 42,327 * 21,654 * 20,946 * 33,900 * 20,826 * 7,938 * 7,832 * 6,304 * 6,454 * 4,783 * 10,519 * 5,139 * 4,708 * 3,145 * 2,625 * 2,361 * 2,497 * 2,608 * 2,264 * 2,110 * 1,813 Óbitos 263 297 234 191 152 132 112 85 81 59 72 49 Ano de 2007 - Dados preliminares * Dados 2007 preliminares. Tendência sem dados de rubéola 1980a2007 Casos Óbitos Anos Número de casos Número de óbitos Tendência de Doenças Imunopreviníveis, Brasil 1996 a 2007* óbitos Lista de causas de mortes Reduzíveis por ações de imunoprevenção em menores de 5 anos de idade Nº de óbitos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007* 2008 2009 1.1 Reduzíveis por ações de imunoprevenção 263 297 234 191 152 132 112 85 81 59 72 49 54 43 Tuberculose A15 a A19 75 103 63 63 59 51 46 44 46 23 29 29 24 13 Tétano neonatal A33 39 36 30 30 18 19 16 7 7 4 6 2 4 3 Outros tipos de tétano A35 8 4 7 3 0 1 2 1 1 1 1 2 0 0 Difteria A36 18 10 12 3 3 5 11 2 0 0 0 0 1 0 Coqueluche A37 18 18 22 24 27 10 12 19 19 21 20 13 16 15 Poliomielite aguda A80 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Sarampo B05 2 34 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Rubéola B06 2 3 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 Hepatite B B16 3 7 7 4 5 4 5 5 1 3 7 2 0 0 Caxumba B26.0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Meningite por Haemophilus G00.0 59 59 79 46 69 52 28 13 20 19 9 14 4 11 Rubéola congênita P35.0 35 26 7 13 16 17 9 9 3 0 0 5 5 1 Hepatite viral congênita P35.3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: SVS/MS * dados preliminares * Dados preliminares. óbitos Fonte: SIM - SVS/MS * dados preliminares Evolução do número de óbitos em menores de 5 anos por causas imunopreviníveis. Brasil, 1996-2009* Plan3 Na década de 40, acreditava-se que as doenças transmissíveis seriam em breve história do passado… Nos anos 70, julgava-se que elas não iam mais constituir problema de saúde coletiva. Estávamos enganados! Estávamos enganados! Exemplos… aparecimento de novas doenças (aids, Zika), recrudescimento de outras (cólera, dengue…), persistência prolongada de outras: Malária, tuberculose, hanseníase … principalmente como problema importantes de morbidade. Cólera, meningite meningocócica e diarreias como causa de morte em <1 ano em países pobres; Pandemias de DIP em escala mundial; Estávamos enganados! Regiões onde já não havia ocorrência de algumas doenças, começam a apresentar surtos, tais como: Surtos de hantavirose nos Estados Unidos e Brasil nos anos 90; Ressurgimento da dengue no Caribe, em 1997, e no Brasil a partir da reintrodução do vetor em 1967, Nova apresentação de velhos problemas como a raiva transmitida por outros animais, e transmissão oral da D. Chagas, Surto de FA Brasil 2017 Etiologia dessas difererentes transições … TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E DEMOGRÁFICA PAÍSES DESENVOLVIDOS: Processo iniciou com revolução industrial (1760–1840) com a transição de métodos de produção artesanais para máquinas + melhoria das condições de vida: urbanização, habitação, alimentação e lazer. A transição demográfica foi um processo lento (˜um século), favorecendo a adaptação dos países ao envelhecimento da população e mudanças do padrão de adoecimento. Deveu-se a mudanças estruturais nas condições de vida. PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: Processo inicia-se após a 2ª Grande Guerra (1939-1945), e é muito mais rápida (30 anos). Deveu-se fundamentalmente à transferência de tecnologia: vacinas, anti-hipertensivos, cardiotônicos, antibióticos, antineoplásicos. É considerada “artificial”, pela rapidez, dificultando a adapatação das instituições às mudanças ocorridas. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E DEMOGRÁFICA MORTALIDADE SEGUNDO CAUSAS (2010) (todas as idades): Os brasileiros morrem principalmente por D. Ap. Circulatório, Neoplasias, Causas Externas, D. Ap. Respiratório, e as Doenças Endócrinas, nutricionais e metabólicas Fonte: Ministério da Saúde, Saúde Brasil, 2012. Do que morrem os brasileiros? Fonte: Ministério da Saúde, Saúde Brasil, 2012. MORTALIDADE SEGUNDO CAUSAS (2010) (segundo grupos de idades): 20-29 anos: 30 a 39 anos: 40 a 49 anos: 50 a 59 anos: Homicidios Acidentes de Transporte Terrestre, Eventos Int Indeterminada, Suicídio Homicidios Acidentes de Transporte Terrestre D. HIV Cirrose e D Figado Acidentes de Transporte Terrestre, Homicidios D Isquêmica do Coração Cirrose e D Figado D Isquêmica do Coração, D Cerebrovasculares, Cirrose e D Figado. Acidentes de Transporte Terrestre 4 Principais causas específicas de mortalidade 20 e 59 anos (nesta ordem) HOMENS, 2010 20-29 anos: 30 a 39 anos: 40 a 49 anos: 50 a 59 anos: Acidentes de Transporte Terrestre, Homicídios, Gravidez, parto e puerpério, D. HIV D. HIV, Acidentes de Transporte Terrestre , Homicídio, D Cerebrovasculares D. Cerebrovascular, D Isquêmica do Coração, Ca de mama D. HIV D Isquêmica do Coração, D Cerebrovasculares, Diabetes Mellitus, Ca de mama 4 Principais causas específicas de mortalidade 20 e 59 anos (nesta ordem) MULHERES, 2010 Diferentes transições… Grandes diferenciais entre os países Surgimento de novos modelos de transição E o conceito clássico de transição foi revisto por vários autores Grandes diferenciais dentro do Brasil! Transição Epidemiológica (Frenk, 1991) Propõe novo modelo de Transição Epidemiológica: Para alguns países – e o Brasil - o modelo de transição epidemiológica observado se caracteriza pelo que foi denominado um: Modelo Polarizado Prolongado Modelo Polarizado Prolongado (Frenk, 1991) Características Superposição de etapas: manutenção da grande importância das D. infecciosas e ganho de importância das D. crônicas não transmissíveis. Contra-transição: Retorno de algumas doenças infecciosas já controladas. Transição prolongada: Estancamento em uma situação de morbi-mortalidade mixta – com caráter prolongado de coexistência de infecciosas e D. crônicas não transmissíveis Polarização epidemiológica Modelo Polarizado Prolongado (Frenk, 1991) Características Polarização epidemiológica Exacerbam-se as desigualdades sociais prévias Populações pobres são as que experimentarão em maior grau – e com as piores consequências - as duas categorias de transtornos (dupla carga de doenças): - Doenças infecciosas - D. crônicas não transmissíveis e causas externas Desafios para o enfrentamento Envelhecimento populacional acelerado, urbanização, queda da fecundidade Mortalidade por D. crônicas não transmissíveis supera a das doenças transmissíveis + Agenda não concluída das D. transmissíveis + Grandes iniquidades em saúde + Dupla carga de doenças Mudanças no padrao alimentar, redução da atividade física Difusão rápida de hábitos e padrões de comportamento Transição Demográfica Transição Epidemiológica Transição Nutricional Globalização Várias Transições e desafios ... Para o enfrentamento deste contexto: Transição da atenção a saúde (Frenk, 1991) Respostas sociais organizadas para enfrentamento dos velhos e novos problemas de saúde ... A sociedade atual deve comemorar a longevidade... Acolhendo as velhas e novas demandas de uma sociedade em desenvolvimento com crescente número de idosos. Referências bibliográficas: Vasconcelos Ana Maria Nogales, Gomes Marília Miranda Forte. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2012 Dez [citado 2016 Set 10] ; 21( 4 ): 539-548. * *
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