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A forma padrão para relatar a medição de uma grandeza física X é X = Xmelhor ± ΔX Que quer dizer: (Valor medido de x) = (melhor estimativa para x) ± (incerteza ou erro na medição) Esta declaração expressa nossa confiança de que o valor correto de X provavelmente está no intervalo de Xmelhor – ΔX até Xmelhor + ΔX Numa medida direta o erro na medição é o erro instrumental (ΔXinst) Se o instrumento é digital, o erro instrumental é igual a precisão Exemplo: balança digital com precisão 0,1g Medida da massa esfera m = 28,1 ± 0,1g Se o instrumento é analógico, o erro instrumental é metade da menor divisão da escala. Exemplos: (1) régua milimetrada, menor divisão = 0,1 cm → ΔXinst = 0,05g Medida da altura da mesa H = 90,00 ± 0,05 cm (2) paquímetro cuja menor divisão = 0,05mm →ΔXinst = 0,025 ~ 0,03mm Medida do diâmetro da esfera D = 14,00 ± 0,03cm Regra para declaração de incertezas Incertezas experimentais devem quase sempre ser arredondadas para um dígito significativo. Regra para declaração de respostas O último digito significativo em uma resposta deve geralmente ser da mesma magnitude (na mesma posição decimal) que a incerteza. Exemplos: (1) 5,03 ± 0,0432 m → 5,03 ± 0,04 m (2) 3,323 ± 0,4mm → 3,3 ± 0,4 mm (3) 1,5432 ± 1s → 2 ± 1 s (4) 3,267 x 103 ± 42 g cm/s → (3,27 ± 0,04) x 10-2 kg m/s Na repetição de medida direta o erro da medição é a soma do erro instrumental com o erro aleatório (ΔX = ΔXinst + ΔXale) O erro aleatório deve ser calculado como desvio padrão da média σm = √∑ (xi−x ̅ )2N (N−1) Exemplo: o tempo de queda da esfera medido com um cronômetro digital de precisão 0,001s. x (xi-x̅) (xi - x̅)2 0,429 0 0 0,430 0,001 0,000001 0,429 0 0 0,431 0,002 0,000004 0,428 -0,001 0,000001 x̅ = 0,429 ∑(xi - x̅)2 = 0,000006 Δtale = σm=√ 0,0000065(4) = 0,0005477 ~ 0,0005 s Δtinst = 0,001 s →Δt = Δtinst + Δtale = 0,002 s Portanto, o tempo de queda medido é 0,429 ± 0,002 s. Nas medidas indiretas usam-se as regras de propagação de erros Feitas as medidas: A = A̅ ± ΔA e B = B̅ ± ΔB Se: (a) X = A + B então X̅ = A̅ + B̅ e ΔX = ΔA + ΔB (b)Y = A – B então Y̅ = A̅ - B̅ e ΔX = ΔA + ΔB (c) Z = A x B então Z̅ = A̅ x B̅ e ΔA A´ + ΔB B̅ ΔZ= z´ ¿ ] (d)W = A÷B então W̅̅ = A̅÷B̅ e ΔW = ΔA A´ + ΔB B̅ W´ ¿ ] (1)Y = cte A então Y̅ = cte A̅ e ΔY = cte ΔA Exemplos: (1)Se a esfera é solta de uma altura h1 = 23,50 ± 0,05cm e sai da rampa numa altura h0 = 3,50 ± 0,05cm, medidas em relação à mesa. A altura de soltura é h = h1 – h0 = 20,00 ± 0,10cm. (2)Se a massa da esfera é 28,1 ± 0,1g, a energia potencial (mgh) associada a altura h= 20,00 ± 0,10cm é U̅ = 28,1 x 10-3 kg x 9,78 m/s2 x 20,00 x 10-2m = 0,0549636 J ΔU = 0,00047 ~ 0,0005 J Portanto, U = 0,0550 ± 0,0005 J. (3)Se o alcance é R = 61,5 ± 1,8 cm e o tempo de queda é t = 0,429 ± 0,002 s, a velocidade de lançamento na saída da rampa é V̅ = R̅/ t̅ = 143,357 cm/s ΔV = 4,8641 cm/s Portanto, V = 143 ± 5 cm/s
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