Relatório 8 - Estágio em Patologia

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Peterson Vinicius Elias da Silva 15/0064021
Relatório 8 do Estágio em Patologia – 05/05/2017
	 Dessa vez cheguei ao estágio às 8h, variando um pouco o dia e o horário de costume. Fui avisado que logo haveria uma necrópsia e até lá acompanhei a microscopia com a Professora Fabiana.
	O primeiro caso foi passado pelo R1. Não anotei dados dessa paciente. As lâminas eram de um lavado peritoneal para identificar a natureza de um tumor de ovário. A professora me explicou que as características que apontam malignidade nesses lavados são células com atipia e formações de aglomerados celulares tridimensionais. A análise das lâminas revelou apenas aglomerados em monocamadas de células mesoteliais, sem atipias e alguns leucócitos e macrófagos. Será realizada imunohistoquímica posteriormente com marcadores tumorais, porém, o resultado até o momento foi dado como negativo para malignidade.
	O segundo caso foi de M. G. N., 58 anos. Outro lavado peritoneal, por conta de um cisto complexo de ovário. A análise revelou apenas material proteináceo e alguns raros leucócitos e macrófagos, tendo um resultado inconclusivo.
	Terceiro caso: M. L. S., paciente feminina, 46 anos, foi submetida a uma colecistectomia aberta em que foi evidenciada uma neoplasia retroperitoneal. A microscopia revelou alguns grupamentos hipercromáticos de células, um sinal sugestivo de malignidade. Posteriormente será realizada imunohistoquímica com marcadores tumorais para laudo definitivo.
	O quarto caso foi veio com lâminas de uma biópsia da amígdala esquerda de H. P. S., paciente masculino de 28 anos. O órgão apresentava uma lesão expansiva, além de o paciente também apresentar linfonodomegalia bilateral. A principal suspeita diagnóstica é se tratar de um linfoma, por conta da idade do paciente. A microscopia revelou apenas uma grande área de necrose e o laudo acabou não sendo conclusivo.
O quinto caso era de uma paciente feminina de 29 anos sem risco para câncer. Ela apresentava um nódulo na mama direita e um na esquerda. Foi realizada uma citologia de ambos. A amostra do nódulo direito foi prejudicada por conta de um grande conteúdo hemorrágico, o que dificultou a sua análise. A do nódulo esquerdo revelou grupamentos de células epiteliais ductais sem atipias aparentes e núcleos desnudos (Núcleos sem citoplasma em volta), porém, não revelou grupamentos típicos de células estromais, que juntamente com os dois achados citados anteriormente, formam a tríade característica para o diagnóstico de fibroadenoma, como a professora me explicou.
	O sexto caso e último cao da microscopia foi de uma paciente feminina de 19 anos com um nódulo na mama direita, sem risco para câncer. A microscopia revelou a tríade típica do fibroadenoma: Os grupamentos de células ductais, os núcleos desnudos e os grupamentos estromais. Revelou também a presença de alguns macrófagos e de metaplasia apócrina.
	Após a microscopia fui acompanhar a necrópsia de um natimorto feminino. A mãe possuía diagnóstico de epilepsia há 12 anos e estava em uso de medicamentos. Foi evidenciada uma alteração no coração do feto ao ultrassom, que será investigada. O cadáver apresentava uma coloração vermelha e estava todo edemaciado, com a cabeça flácida preenchida por conteúdo líquido. Foi pesado e teve várias dimensões medidas para o preenchimento de uma ficha. Foi realizado primeiramente um corte com bisturi na linha mediana, abrindo o tórax e o abdome. As costelas foram cortadas também para evidenciar os órgãos internos do tórax. Após isso, os órgãos torácicos e abdominais foram removidos, separados e fixados em formol, como o coração, fígado, baço, bexiga e rins. O professor Takano explicou se tratar de uma maceração fetal de grau 2, onde ocorreu autólise do feto dentro do corpo da mãe há um certo período considerável de tempo, explicou também que o líquido na cabeça do bebê era devido à necrose liquefativa do SNC, que já havia ocorrido. Então, o bebê teve o tórax e abdome preenchido, o corte foi suturado e ele foi guardado novamente.
	O estágio do dia foi o mais diferente que já presenciei até então por conta dessa necrópsia. Achei proveitoso relembrar de alguns conhecimentos de embriologia e anatomia durante a análise do corpo do natimorto. Apesar de o procedimento ter se iniciado quase ao final do meu horário disponível, consegui visualizar muita coisa interessante a tempo. Agora a expectativa que segue é a de ter a oportunidade de acompanhar uma necrópsia de um indivíduo adulto até o final do estágio, um procedimento mais demorado e com mais coisas interessantes para se visualizar.