Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 7 pg. 65 Morfologia Humana I Esqueleto Axial: Esqueleto Apendicular: Coluna Vertebral – 26 Crânio – 22 Membros Superiores – 64 Objetivo da Aula Conhecer o esqueleto humano, abordando tópicos fundamentais como: função, di- visão anatômica e a classificação morfofuncional dos ossos. Sistema Esquelético Osteologia significa “estudo dos ossos”. Os ossos são estruturas “vivas”, sendo formados por um conjunto de tecidos com diferentes funções. Entre eles, destacam-se o tecido ósseo (em maior quantidade), cartilaginoso, epitelial, tecidos formadores de san- gue, nervoso e adiposo. Por esta razão, cada osso individual é considerado um órgão. Partindo-se do princípio de que um conjunto de órgãos que atua com o mesmo objetivo funcional constitui um sistema, pode-se concluir que o conjunto formado pelos ossos dará origem ao Sistema Esquelético. O esqueleto humano é interno e relaciona-se diretamente com os músculos. É constituído por um eixo (esqueleto axial), dois membros superiores e dois inferiores (es- queleto apendicular), que são divididos em partes articuladas, possibilitando a locomoção e preensão. O crânio é a extremidade expandida do eixo. No esqueleto do adulto há 206 ossos distintos, como: 1. Conceito Aula 7 pg. 66 Morfologia Humana I Osso hioide – 1 Membros Inferiores – 62 Costelas e esterno – 25 Ossículos da orelha – 6 Total - 74 Total – 132 Aula 7 pg. 67 Morfologia Humana I Diversos são os fatores que podem influenciar no número de ossos que cada indi- víduo possui. Dentre eles podemos destacar: Idade — O número de ossos diminui com o passar do tempo, pois, com o desen- volvimento, alguns deles se soldam, tornando-se um único osso. Exemplo: osso frontal (localizado no crânio). Fatores individuais — Em alguns indivíduos ocorre a presença de ossos que se formam onde normalmente não existiriam. Eles são chamados de heterotópicos ou extra- numerários, termo que também se refere a ossos que não se fundiram na idade adulta. 2. Funções do sistema esquelético Sustentação e conformidade — Os ossos funcionam como arcabouço es- trutural para o corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo um ponto de aderência para os tendões de grande parte dos músculos esqueléticos, fazendo com que o corpo mantenha a sua forma. Proteção — O arranjo ósseo determina a proteção de diversos órgãos vitais. Por exemplo, os ossos do crânio protegem o encéfalo, as vértebras protegem a medula espinal e o gradil costal (caixa torácica) protege as vísceras do tó- rax, como o coração e os pulmões. Participação no movimento/alavancagem — O movimento é produzido quan- do os músculos esqueléticos exercem tração sobre os ossos no momento de sua contração. Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na de- terminação do tipo e da amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como a própria anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis. Homeostasia mineral — O tecido ósseo armazena vários minerais, especial- mente cálcio e fósforo, que contribuem para fortalecer a estrutura óssea. O osso pode liberar minerais na corrente sanguínea quando os níveis desses minerais estiverem abaixo dos valores necessários. Produção de células sanguíneas — Dentro de certas partes dos ossos, um Aula 7 pg. 68 Morfologia Humana I tecido conjuntivo chamado medula óssea vermelha produz, por meio de um processo chamado hematopoese, as células que vão fazer parte do sangue. Estas células são: os eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos), os leucó- citos (glóbulos brancos) e as plaquetas (fragmentos celulares). Armazenamento de triglicérideos — No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e está envolvida na hematopoese. Entretanto, com o avançar da idade, a produção de células sanguíneas diminui e a maior parte da medula passa a ser formada por adipócitos, e por isso chamada de medula óssea amarela. 3. Divisão do esqueleto Esqueleto Axial — O esqueleto axial é constituído pelos ossos localizados no eixo longitudinal do corpo que acomodam órgãos do Sistema Nervoso Cen- tral sendo, portanto, chamado de neuroeixo. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: os ossos do crânio, coluna vertebral, ossículos da orelha, osso hioide, costelas e esterno. Esqueleto Apendicular — O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que compõem os membros superiores e inferiores, mais os ossos que for- mam os cíngulos, que conectam os membros ao esqueleto axial. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: Membros superiores Segmento braço: úmero; Segmento antebraço: rádio e ulna; Segmento mão: ossos do carpo (escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme, hamato, capitato, trapézio e trape- zoide), metacarpos e falanges (nos dedos); Cíngulo superior: clavícula e escápula. Membros inferiores Segmento coxa: fêmur; Segmento perna: tíbia, fíbula e patela; Segmento pé: ossos do tarso (calcâneo, tálus, navicular, cuboide, cuneiforme medial, intermédio e lateral), me- tatarsos e falanges (nos dedos); Cíngulo inferior: ossos do quadril. Aula 7 pg. 69 Morfologia Humana I 4. Classificação morfológica dos ossos 5. Classificação funcional dos ossos Os ossos podem ser classificados de acordo com a forma que apresentam, obser- vando-se as dimensões de comprimento, largura e espessura. Ossos Longos — Os ossos longos são aqueles cujo comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Cada osso longo tem um corpo chamado de diáfise (onde existe a cavidade medular que acomoda a medula óssea), e duas extremidades articulares, que são mais largas que o corpo e chamadas de epífises. Os ossos longos são encontrados na divisão apendicular do esqueleto, mais especificamente nos membros superiores (exem- plo: úmero) e inferiores (exemplo: fêmur). As diáfises são revestidas internamente pelo endósteo e externamente pelo periósteo, duas membranas conjuntivas que contribuem para a irrigação, drenagem, inervação e crescimento do osso em espessura. Ossos Curtos — As principais dimensões de um osso curto são aproximadamente iguais. Encontrados nas mãos e nos pés, tendo na patela, osso anterior do joelho, o seu exemplo mais característico. Ossos Planos — Nos ossos planos a espessura é muito menor do que as outras dimensões. A característica diferencial dos ossos planos é a presença de duas camadas de osso compacto com uma camada intermediária de osso esponjoso e medula óssea (exemplo: parietais). A camada interposta nos ossos da calvária (região superior do crânio) é chamada díploe. Ossos Irregulares – Os ossos irregulares são aqueles que não podem ser adequa- damente incluídos em outras classificações. Estes ossos possuem projeções que partem do seu corpo. Compreendem muitos ossos do crânio, as vértebras e os ossos do quadril. Funcionalmente, alguns ossos podem ser classificados como sesamoides e pneu- máticos. Ossos Sesamoides — São ossos encontrados embutidos em tendões e que apre- sentam função de roldana, alterando o ângulo de tração de alguns desses tendões. A patela é o principal exemplo desta classificação. Aula 7 pg. 70 Morfologia Humana I Ossos Pneumáticos — São ossos que possuem cavidades revestidas por epitélio respiratório e preenchidas por ar. Alguns ossos do crânio, como o frontal, a maxila, o etmoide e o esfenóide, são exemplos de ossos pneumáticos. Suas cavidades são chama- das de seios paranasais. 6. Acidentes ósseos Os ossos apresentam diversas “alterações” em sua superfície, denominadas “aci- dentes ósseos”, que possuem nomenclatura bastante diversificada. Seguem alguns exem- plos: Forame: Abertura oupassagem natural por meio de um osso. Sulco: Depressão em forma de vala. Meato: Canal tubular abrindo-se em um osso. Seio: Cavidade cheia de ar dentro de um osso. Fossa: Área oca ou deprimida. Fóvea: Pequeno orifício ou depressão. Incisura: Incisão ou chanfradura. Cabeça: Extremidade expandida ou principal parte de um órgão ou osso. Colo: Porção estreita próxima à cabeça do osso. Processo: Proeminência ou projeção em um osso. Côndilo: Projeção arredondada de um osso, geralmente para uma articulação com outro osso. Epicôndilo: Proeminência em um osso geralmente acima de seu côndilo. Eminência: Projeção de um osso. Aula 7 pg. 71 Morfologia Humana I Face: Superfície plana. Tubérculo: Nódulo ou pequena proeminência, especialmente aquelas sobre um osso para ligação de um tendão. Tuberosidade: Elevação em um osso ao qual se prende um músculo. Trocânter: Grande proeminência para a fixação de um músculo. Linha: Listra ou marca estreita na superfície de uma estrutura. Crista: Elevação de uma superfície. Espinha: Projeção longa e fina. Aula 7 pg. 72 Morfologia Humana I VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2002. TORTORA, G. J. Princípios da Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991. DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. GRAY, H. Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, s/d. MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Referências Morfologia Humana I Anotações
Compartilhar