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Caso Concreto 2 História a) O que é uma Carta Foral? R: Uma carta de foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a uma povoação onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento. É concedido como uma carta de privilégio, concedendo aos moradores da terra que a recebe um estatuto privilegiado ou de exceção. O seu nome origina-se de um documento régio que estabelecia os foros (direitos, deveres, liberdades e garantias) dos povoadores ou habitantes de uma terra a ser fundada, ou que recebia mercê nova por seu desenvolvimento. Assim, cada carta de foral estabelecia direitos e deveres particulares desses colonos, habitantes ou povoadores na vida municipal, exercício da Justiça, privilégios da terra, organização social e administrativa, etc. Definia, ainda, o que pertencia à Coroa e ao senhor donatário, quando o houvesse. No caso em tela, a Carta Foral era um tipo de documento muito utilizado em Portugal que estabelecia normas, entre outras coisas, para o pagamento de tributos pelos colonos. Geralmente, se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e laudêmio? R: Com base no direito e, no caso, o Foral de Olinda de 1537. Isto porque possui este força jurídica para fundamentar a cobrança exigida pela Prefeitura. Com efeito, o instituto do direito ao foro só pode ser extinto através de acordo entre aforador e senhorio, o que não ocorreu no caso em tela. Assim sendo, não possui razão, devendo o mesmo José e seus descendentes continuarem pagando o foro anual e, no caso que couber, laudêmio. Thais dos Santos Pires 201801169586
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