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Auditoria e Demonstrativos Contábeis

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AULA 1-AUDITORIA
Podemos definir AUDITORIA como o conjunto de procedimentos ou técnicas aplicadas, de maneira completamente independente, a respeito de uma relação que envolve obrigação de responder por uma responsabilidade conferida. 
O objetivo é emitir um relatório de como essa obrigação está sendo cumprida. Desta forma, pode-se verificar se os relatórios e as informações decorrentes deles são justos e adequados.
De acordo com a INTOSAI, a auditoria pode ser definida como “o exame das operações, atividades e sistemas de determinada entidade, com vistas a verificar se são executados ou funcionam em conformidade com determinados objetivos, orçamentos, regras e normas”. 
Pode-se dizer, por fim, que auditoria é o ato de comparar a condição com o critério. 
Ou seja, confrontar o que se encontra com a situação ideal de determinada estrutura financeira empresarial.
Quando aquilo que for encontrado divergir do esperado, deve-se levar em conta as causas e os efeitos de tais desvios ou divergências. 
AULA 02
Mas você sabe de quem é a competência pela sua prática (AUDITORIA)?
Perez Júnior (2012) relata que é exclusiva do contador. 
Para que o profissional possa executar o exame das demonstrações financeiras de capital aberto, é necessário que:
• Ele seja registrado na CVM;
• Tenha registro no Conselho Federal de Contabilidade.
De acordo com a Resolução 1.328/11, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, e que tem como principal objetivo seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais, houve uma divisão das normas de auditoria da seguinte forma:
Artigo 3º.
II – Do auditor independente – NBC PA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;
 III – Do auditor interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos;
Artigo 4º.
III – De auditoria independente de informação contábil histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria, convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente, emitidas pela IFAC.
As normas de auditoria são diferentes dos procedimentos?
De acordo com Attie (2011) sim, uma vez que estas se relacionam com as ações a serem praticadas. 
Deste modo, as normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados mediante procedimentos.
As normas dizem respeito não somente às qualidades profissionais do auditor, mas também à sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido.
Para Araújo et al (2008, p. 73), “as normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, aos relatórios que devem ser elaborados e à qualidade do trabalho”.
Normas profissionais do auditor independente
Dispõem sobre a formação e a experiência profissional do auditor.
Normas técnicas relativas à execução do trabalho 
De acordo com Araújo et al (2008), estas normas  deverão compreender as análises e exames preliminares, para que seja definida a amplitude do exame a ser realizado, de acordo com objetivos realizados.
Normas técnicas relativas ao parecer de auditoria
Dispõem sobre os principais aspectos do parecer de auditoria.
AULA 03- 
Nesta aula, vamos apresentar as demonstrações contábeis passives de auditoria e entender a importância destas demonstrações para os tomadores de decisões. Assim, é necessário que estas demonstrações sejam verificadas para que sejam diminuídos ou eliminados problemas relativos à má-fé ou a erros comuns. Além disso, vamos demonstrar o planejamento de auditoria, etapa ligada à definição de estratégia. É nesta etapa que o auditor começa a traçar o processo de auditoria, sendo aí necessário o conhecimento da empresa, de suas particularidades e das áreas a serem auditadas. Bons estudos!
Princípios de Contabilidade
Por ser uma ciência, a Contabilidade possui alguns regramentos específicos e outros mais genéricos, os quais afetam todas as empresas de maneira irrestrita.
Até por isso, as demonstrações geradas não são apenas somas de valores, mas apresentam relacionamentos e dependência entre os diversos segmentos operacionais. 
Assim, é fundamental que se compreenda o conjunto de informações contábeis geradas pela Contabilidade, denominadas demonstrações contábeis.
Quando se geram informações contábeis, independentemente das intenções de seus responsáveis, elas podem conter incorreções. Estas correções podem ser por má-fé ou por erros comuns.
Elas têm o potencial de provocar análises equivocadas por parte dos gestores e, de maneira mais nociva, por parte de investidores externos às empresas.
É aqui que se percebe a importância de estas informações terem suas estruturas confirmadas por parte de entidades independentes, sendo contratadas pelas empresas que a geraram especificamente para este fim.
A contabilidade trabalha com a estrutura do patrimônio das entidades. 
É seu objetivo garantir:
• o registro;
• a comparação;
• a interpretação. 
O resultado de toda esta dinâmica patrimonial é o que se pode chamar de demonstração contábil. 
Ela é o produto final de todas as informações econômico-financeiras que foram ingressadas no sistema contábil das empresas, transformando-se em instrumento gerenciador dos negócios futuros das empresas.
Com relação ao que deve constar das demonstrações contábeis, a Deliberação CVM nº 595/09, que aprovou o pronunciamento técnico CPC 26, o qual trata da apresentação das demonstrações contábeis, definiu que estas devem assegurar a comparabilidade com períodos anteriores, além de permitir que sejam comparadas com outras empresas.
Tal pronunciamento, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, regulamenta os preceitos relacionados às demonstrações contábeis no Brasil. 
No Brasil, as demonstrações contábeis básicas, são elaboradas de acordo com os preceitos da Lei das Sociedades Anônimas – a Lei 6.404/76.
Essa lei estabelece que as demonstrações contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas empresas são:
- O balanço patrimonial;
- A demonstração do resultado do exercício;
- A demonstração dos lucros e prejuízos acumulados;
- A demonstração dos fluxos de caixa;
- A demonstração do valor adicionado.
Nenhuma das demonstrações possui, hierarquicamente, importância maior que outra, sendo cada uma delas componente igualitária do total das demonstrações de confecção e divulgação obrigatória por parte das empresas.
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
Vejamos agora a etapa do planejamento de auditoria.
Ela está ligada à definição da estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento da auditoria.
Durante este processo, o auditor tem que executar suas tarefas de acordo com as normas profissionais de auditor independente, sempre mantendo inalterados os outros compromissos assumidos com a empresa a ser auditada.
Para o planejamento, o ideal é que o auditor tenha conhecimento:
• das atividades;
• dos fatores econômicos e legislação aplicável; 
• das práticas operacionais da empresa;
• e do nível geral de competência aparentada pelos membros da administração.
Normalmente, o trabalho de auditoria requer a participação de não apenas um auditor, mas de uma equipe. 
Esta deve fazer parte do planejamento, que por sua vez deve prever a orientação e a supervisão do auditor, sendo este o responsável pelo conjunto dos trabalhos a serem executados.
Quando necessário, tanto o planejamento quanto os programas de trabalhos de auditoria devem sofrer revisões e atualizações que se julgarem necessárias.
FASE DE AVALIAÇÃO
Para o auditor, é extremamente importante que se tenha em mente que o planejamento de auditoria é um processo iniciado na fase de avaliação para a contratação dos serviços por parte da empresa a ser auditada.
Aqui, são levantadas informações:
• acerca do tipo de atividadedesempenhada pela empresa a ser auditada;
• do seu nível de complexidade;
• das eventuais legislações específicas; 
• dos relatórios passados emitidos;
• e das necessidades presentes de emissões de relatórios e/ou pareceres.
 
Por fim, pode-se determinar a natureza do trabalho a ser executado.
Este processo só é finalizado quando forem finalizados estes processos preliminares de análise.
Algumas áreas são foco nas visitas preliminares e são citadas na sequência:
• Análise do sistema de controle interno;
• Revisão de demonstrações intermediárias;
• Testes de receitas, de compras, de depreciações etc.;
• Resumos de atas;
• Atualização da pasta permanente de papéis de trabalho de auditoria.
AULA 4 – CONTROLE INTERNO
Introdução
Nesta aula, vamos abordar os aspectos relativos à ligação entre e o planejamento e controle interno. Vamos enfatizar especificamente a importância do controle interno, seus principais objetivos e as suas funções. Vamos identificar também os tipos de controle que devem ser adotados e sua importância dentro do contexto empresarial, uma vez que cada item compõe uma parte do conjunto, e sem este, o todo não funciona. Por fim, vamos diferenciar os tipos de controle interno, bem como apresentar um questionário que demonstra como é feita sua validação. Bons estudos!
Ligação entre o planejamento de auditoria e o controle interno
Na etapa de planejamento, o auditor deve levar em conta diversos fatores ligados à execução das tarefas.
Mas que fatores seriam esses?
Fatores estes relacionados a:
• conhecimentos de práticas contábeis;
• sistema contábil e de controles internos;
• identificação de riscos e de áreas importantes; 
• conteúdo dos relatórios e do parecer a ser emitido ao fim dos trabalhos.
Algumas áreas, foco das visitas preliminares, são baseadas na análise do sistema de controle interno.
A seguir, vamos ver por que o controle interno é tão importante para a auditoria, seus objetivos e suas principais funções.
O que compreende o controle interno?
Segundo PEREZ, JUNIOR, 2012, P. 79 compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.
Já para Attie (2011), citando o AICPA, os controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto coordenado de métodos e medidas adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio e verificar a exatidão e a fidedignidade dos dados contábeis. 
Promovem assim a eficiência operacional e o encorajamento à política traçada pela administração.
“A auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação do trabalho, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno refere-se aos procedimentos e à organização adotados como planos permanentes da empresa”. (ATTIE, 2011, p. 375)
Antes de elaborar o plano ou programa de auditoria, é necessário observar como se encontram os controles da empresa, abordando assim, os seguintes aspectos:
 • Quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho;
• Quanto menor o controle, mais cuidado é exigido na execução dos trabalhos.
“O AICPA, American Institute of Certified Public Accountants (Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados), por meio de Relatório Especial da Comissão de Procedimentos de Auditoria, definiu o controle interno como sendo “o plano da organização e todos os métodos e medidas coordenados, aplicados a uma empresa, a fim de proteger seus bens, conferir a exatidão e a fidelidade de seus dados contábeis, promover a eficiência e estimular a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas”
Attie (2011) afirma que, pela análise dada pela definição de controles internos, é possível observar a existência de alguns fatores, que necessitam ser clara e objetivamente expostos. São eles:
Plano de organização – É o modo pelo qual se organiza um sistema.
A estrutura organizacional necessita corresponder a uma divisão adequada e balanceada de trabalho, de forma que sejam estabelecidas as relações de autoridade e responsabilidades entre os vários níveis, atribuídas pelas parcelas de trabalho exigidas para a consecução dos objetivos da empresa, definindo de forma clara as responsabilidades e autoridades dos diversos níveis.
Métodos e medidas – São responsáveis por estabelecer os meios de comparação e julgamento para se chegar a determinado fim, mesmo que não tenham sido preestabelecidos formalmente.
O planejamento de um sistema gera que este seja eficiente, prático, econômico e útil, levando em consideração os procedimentos especificamente destinados a promover o controle sobre as operações e as atividades, de preferência com a utilização de manuais.
Proteção do patrimônio – Compreende a forma pela qual são salvaguardados e defendidos os bens e direitos da empresa.
Dentro deste conceito, a definição e o estabelecimento de independência das funções de execução operacional, como por exemplo, custódia, controle e contabilização dos bens patrimoniais, conjugada a um sistema de autorizações, de acordo com as responsabilidades e riscos, possibilitam uma forma eficiente de salvaguardar os interesses da empresa.
Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis – Compreendem a adequada precisão e observância aos elementos dispostos na contabilidade.
É significativo para uma fiel escrituração contábil partir da utilização de uma estrutura formal de contas, seguida de um plano de contas que facilite o seu registro, bem como a utilização de um manual descritivo de uso das contas aliado à definição de procedimentos que possibilitem a análise, a conciliação e a solução em tempo hábil de qualquer divergência.
Eficiência operacional – Compreende a ação ou força a ser posta em prática nas transações realizadas pela empresa.
Um exemplo é a definição de um adequado plano de organização, aliada aos métodos e procedimentos bem definidos.
Outro é a observação de normas que servem para o cumprimento dos deveres e funções, com a existência de pessoal qualificado e treinado para resolver suas atividades adequadamente, sendo supervisionados por seus responsáveis e que, desta forma, tendem a efetuar a desejada eficiência nas operações.
Políticas administrativas – Compreendem o sistema de regras relativas à direção dos negócios e à prática dos princípios, normas e funções, para a obtenção de determinado resultado.
Operações/informações x custos/benefícios
Sendo assim, Crepaldi (2011) afirma que a diferenciação entre empresas terem ou não controles adequados poderá ser feita ao analisar a eficiência do binômio:
Ou seja, as empresas devem analisar a vantagem de ter controles rígidos que auxiliem na eficiência e confiabilidade de suas operações.
Um bom exemplo é dado por Attie (2011). Ao relatar a importância do controle interno, o autor analisa o crescimento e a diversificação de uma empresa. 
Na fase inicial, o dono é o ponto referencial para o controle; é quem analisa e controla todos os segmentos da empresa, verificando, por exemplo, a pontualidade dos funcionários da empresa, a fabricação e o padrão de qualidade dos produtos, o despacho e a entrega aos clientes, bem como o pedido e o contas a pagar aos fornecedores, as contas a receber e o recebimento dos clientes.
Assim, quanto maior vai ficando a organização, parte das atividades controladas pelo dono vai sendo delegada a outros funcionários, dos quais se espera compromisso e capacitação igual à que era empenhada pessoalmente na gestão do negócio.
A partir deste momento, para o controle eficiente das operações e poder de análise, é necessário existirem relatórios, indicadores e outros índices, que mostrem como a gestão das operações pelos funcionários contratados tem funcionado, assim como o atendimento aos planos e metas traçados.
Estes mesmos funcionários podem extrapolar suas funções e se beneficiarem em seu próprio proveito, causando prejuízosà entidade social, por erros intencionais ou ainda dolosos?
Por isso é necessário um adequado sistema de controle interno. Ele limitará a prática destes atos.
O que é necessário para que os auditores conheçam os controles internos?
Em um primeiro momento, o conhecimento do sistema.
Mas para Perez Júnior (2012), o conhecimento do controle interno parte da leitura de manuais de procedimentos da empresa auditada, ou ainda, o que é mais comum, a realização de entrevistas com o responsável pela operação.
A descrição do sistema deve ser arquivada nos papéis de trabalho:
• para servir de consulta nos trabalhos seguintes; 
• para servir de evidência para o trabalho realizado.
AULA 5- PROCEDIMENTO DE AUDITORIA
Mas o que é necessário para atingir esse objetivo?  
O autor ainda afirma que o auditor necessita planejar seu trabalho de forma adequada, avaliando o sistema de controle interno relacionado com a parte contábil.
Ele deve também proceder à revisão analítica das contas de ativo, passivo, receita e despesa, a fim de estabelecer a natureza, datas e a extensão dos procedimentos de auditoria, colher evidências comprobatórias das informações e avaliá-las.
Perez Júnior (2012) cita que os procedimentos de auditoria representam trabalhos executados pelo auditor para que sejam conhecidas evidências de auditoria que darão suporte à opinião emitida. 
Na etapa de planejamento de auditoria, e será complementada à medida que o trabalho for sendo executado.
Quanto à extensão e à profundidade dos testes para suportar a opinião dos auditores, é preciso compreender que a complexidade e também o volume das operações realizadas pela empresa farão com que os procedimentos de auditoria sejam diferentemente aplicados por meio de:
• provas seletivas; 
• testes;
• amostragem.
Attie (2011) afirma que cabe ao auditor, baseado nos elementos de juízo de que disponha, determinar o número da profundidade das operações a serem examinadas, de forma a obter elementos comprobatórios que sejam válidos para o todo.
Crepaldi (2011) afirma que, para colher evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações contábeis, o auditor emprega vários métodos chamados de técnicas de auditoria.
Mas o que são técnicas de auditoria?
As técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir aquelas evidências citadas anteriormente. As técnicas não são provas em si; elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor emitir um parecer bem fundamentado (Crepaldi, 2011, p. 326).
AS TÉCNICAS DE AUDITORIA MAIS USUAIS SÃO:
• Exame e contagem física
Que ele é geralmente utilizado em contas do ativo.
Consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras, sendo que os seguintes ativos, conforme afirma Crepaldi (2011), passam por contagem física de:
- Dinheiro em caixa; Estoques; Títulos (ações, títulos de aplicações financeiras etc.) e Bens do ativo imobilizado.
• Circularização;
Esse é um procedimento utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de cartas, bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações, conforme relata Crepaldi (2011):
- Dinheiro em conta bancária; Contas a receber dos clientes; Estoque em poder de terceiros; Títulos em poder de terceiros; Contas a pagar a fornecedores; Empréstimos a pagar.
• Conferência de cálculos;
Crepaldi (2011) afirma que este procedimento é voltado para a constatação da adequação das operações aritméticas. Você sabia...
Que a conferência é uma técnica amplamente utilizada em virtude da quase totalidade das operações da empresa estar voltada para este processo contábil? O autor afirma que a soma dos livros de registro inicial, os saldos das contas do razão, as multiplicações e as somas dos inventários, os cálculos de depreciação, devedores duvidosos, assim como muitos outros cálculos que exigem verificação.
• Inspeção de documentos;
“É o procedimento de auditoria voltado para a comprovação de transações que por questões legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios da efetividade destas transações” (Crepaldi, 2011, p.330).
- Se o documento é legítimo e autêntico;
- Se se refere realmente à operação escriturada;
- Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa;
- Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário, cálculos e outros dados intrínsecos;
- Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e se está refletida contabilmente em contas apropriadas.
• Averiguação;
Mesmo o auditor sendo um profissional experiente, podem surgir dúvidas a respeito de transações e procedimentos de controle, assim ele deverá esclarecê-las por meio de formulação de perguntas aos funcionários da empresa-cliente. Desta forma, a averiguação consiste, justamente, em fazer perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas questões que podem conduzir a um incremento na profundidade da auditoria (Crepaldi, 2011).
• Correlação. 
Segundo Crepaldi (2011), ela deriva do método das partidas dobradas, sendo que, durante o seu trabalho, o auditor certamente executará serviços que terão relação com outras áreas do balanço ou do resultado do exercício.
Assim, à medida que for sendo observado o relacionamento entre as áreas, o auditor estará efetuando a correlação das informações obtidas.
AULA 6 – PAPEIS DE TRABALHO
Crepaldi (2011) afirma que o auditor deve documentar as questões consideradas importantes para proporcionar a evidência. Com isso, visa fundamentar seu parecer e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
Para Attie (2011), os papéis de trabalho formam um conjunto de formulários e documentos que apresentam informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu trabalho. Também apresentam as provas e descrições dessas realizações, que constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento da opinião do auditor.
Os exames praticados pelo auditor, em sua totalidade, precisam ser indicados nos papéis de trabalho, que devem ser autoexplicativos.
Attie (2011) afirma que há exceção para casos onde há evidência completa e suficiente por si só da indicação do exame. Por exemplo: uma confirmação obtida diretamente de fonte externa. Já os demais casos necessitam de comprovação de onde foram obtidos os valores.
Assim, se houve por parte do auditor a conferência de um determinado valor com um documento, ou se foi conferido um dado com os registros contábeis, isso é considerado um trabalho praticado e precisa ser evidenciado.
Para saber mais sobre a indicação dos exames clique aqui.
Para o autor, existem grandes diferenças entre os papéis de trabalho, mas alguns são usados, de forma geral, em todos os tipos de trabalhos:
• Análise de contas;
• Lançamento de acertos;
• Conciliações;
• Balancetes;
• Pontos para recomendações;
• Programas de auditoria.
AULA 7 - ASPECTOS CONTÁBEIS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA NA AULA
Os aspectos contábeis e os procedimentos de auditoria das áreas de uma determinada empresa, ou ainda de partes de uma determina demonstração contábil, envolvem não somente o conhecimento de fundamentos, objeto e técnicas de auditoria.
Envolvem também a colocação em prática de tudo que já foi obtido por trabalhos anteriores com a consequente aplicação destes conhecimentos pelos diversos segmentos auditados (Attie, 2011).
AUDITORIA DO ATIVO
Para a aplicação dos procedimentos contábeis e verificação das contas, é preciso inicialmente definir que grupos serão auditados.
Pensando em um primeiro momento no ativo, devem ser observados os seguintes aspectos, conforme determina Crepaldi (2011):
- Verificar se foram seguidos os princípios de contabilidade, em bases uniformes;
- Avaliar se está corretamente classificado nas demonstrações contábeis e se demonstrações cabíveis foram divulgadas nas notas explicativas;
- Apurar se realmente existem todas as disponibilidadescitadas no balanço;
- Assegurar que existem todas as disponibilidades que deveriam existir;
- Assegurar que os títulos negociáveis e as inversões financeiras realmente existem e são de propriedade da empresa em exame;
- Avaliar se todos os rendimentos produzidos foram devidamente recebidos e contabilizados;
- Apurar se as contas a receber de clientes são autênticas e têm origem com transações relacionadas com vendas;
- Verificar se os valores apresentados são efetivamente recebíveis;
- Assegurar que os estoques existem fisicamente e são de propriedade da empresa;
- Verificar a existência e propriedade de procedimentos aplicados a investimentos relevantes.
AUDITORIA DO PASSIVO
Para o autor, o auditor precisará estabelecer a importância das contas patrimoniais a serem testadas, verificando se as dívidas foram registradas de forma devida na contabilidade. Estas dívidas estão classificadas no passivo circulante e no não circulante.
As obrigações, de modo geral, são os seguintes grupos de contas:
• Empréstimos a pagar;
• Fornecedores de mercadorias;
• Impostos a recolher;
• Salários a pagar;
• Outras obrigações
• Provisões.
• Determinar se são pertencentes à empresa;
• Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade;
• Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações com o passivo;
• Determinar se estão classificados de forma correta no balanço patrimonial e se as divulgações foram devidamente feitas nas notas explicativas.
No que diz respeito ao passivo circulante, este diz respeito à origem dos investimentos e de vencimento de curto prazo.
AUDITORIA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Attie (2011) relata que a auditoria do patrimônio líquido tem as seguintes finalidades:
• Determinar se as ações ou o título de propriedade do capital foram adequadamente autorizados e emitidos;
• Determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações legais e sociais foram cumpridas;
• Determinar a utilização dos princípios de contabilidade;
• Determinar a existência de restrições de uso das contas patrimoniais;
• Determinar se o patrimônio líquido está classificado de forma correta no Balanço Patrimonial e se as divulgações foram expostas em notas explicativas.
Segundo Crepaldi (2011, p. 648), o patrimônio líquido representa “a parcela de ativos financiada pelos acionistas”. Ele é composto, de acordo com o artigo 182 da Lei 6.404/76, pelos seguintes grupos:
• Capital social;
• Reservas de capital;
• Ajustes de avaliação patrimonial;
• Reserva de lucro;
• Prejuízos acumulados.
AUDITORIA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Perez Júnior (2012, p.157) define o resultado do exercício como a “diferença entre as receitas realizadas e as despesas incorridas durante o exercício”. Para o autor, as receitas são o produto da venda ou de prestação de serviços e aplicações financeiras.
Já as despesas representam gastos incorridos na aquisição ou produção dos bens vendidos e que geraram receitas. Além disso, existem os gastos necessários para vender os bens, além de administrar e financiar a atividade geradora de recursos.
O interessante é observar as áreas correlatas com este grupo de resultados, para que o auditor saiba exatamente o que deverá buscar para seu processo de verificação:
Perez Júnior (2012) ressalta que os principais objetivos da auditoria de contas de resultado é assegurar que as receitas e despesas referem-se a operações normais da empresa e que todas estão devidamente registradas no período.
Além disso, que as receitas estão avaliadas pelo valor auferido na venda dos bens ou na prestação dos serviços e que as despesas estão avaliadas pelo valor dos gastos incorridos na geração das receitas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Desta forma, conforme afirma o autor, os procedimentos utilizados devem ser:
• Cruzamento de valores com os apresentados em outras áreas;
• Exame da documentação de despesas e receitas;
• Cálculo dos impostos;
• Cálculo das participações societárias;
• Procedimentos diversos de revisão analítica.
Aqui abordamos, de forma didática, alguns grupos do balanço patrimonial e de resultado. Porém, a auditoria pode abranger todas as contas do balaço e todas as áreas da empresa, dependendo do tipo executado.
AULA 8
Nesta aula, vamos ver como o auditor define o que realmente vai auditar. Pense em uma empresa com muitos grupos contábeis ou ainda com muitas operações.
É fundamental que o auditor tenha certeza de poder cobrir o máximo possível de informações em seu trabalho. Mas se a estrutura ou os grupos forem muito complexos, ficará inviável ou até mesmo impossível, uma vez que o auditor também terá que lidar com o fator tempo em seu trabalho.
Para isso, foi criada a amostragem em auditoria. Assim, vamos ver como funciona este tópico e como é importante que seja usada a amostragem de forma correta, para que o trabalho do auditor consiga validar o máximo de informações possíveis, atestando, pelo uso de amostras representativas, a veracidade das informações contábeis.
Segundo a NBC TA 530, sobre amostragem de auditoria, o principal objetivo da utilização desta técnica “(...) é o de proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada”.
Crepaldi (2011) afirma que a amostragem em auditoria é um processo para a obtenção de dados aplicáveis a um conjunto, conhecido como universo ou população, pelo exame de uma parte deste conjunto, que é conhecido como amostra.
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditor concluir sobre toda a população (NBC TA 530).
Podemos dizer que a amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta, ou classe das transações.
O objetivo é permitir que o auditor avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens selecionados, no auxílio a uma conclusão sobre a população.
Além de entender o que é amostragem, é preciso compreender que ela está dividida em dois tipos: a amostragem estatística e a não estatística, que podem ser assim definidas, conforme Crepaldi (2011):
Estatística
É aquela em que a amostra é selecionada de forma científica, de acordo com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto, de acordo com a teoria da probabilidade ou regras estatísticas.
O emprego deste tipo de estatística é recomendável quando os itens da população apresentam características homogêneas, ou seja, quando são semelhantes.
Não estatística (por julgamento)
Aquela em que a amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e reconhecimento da entidade.
Quando o auditor escolhe utilizar um ou outro método, ele deve planejar e selecionar a amostra de auditoria, aplicar a esta amostra procedimentos de auditoria e avaliar resultados, de forma que estes providenciem evidências de auditoria de forma suficiente e apropriada.
A amostra selecionada deverá ter relação direta com o volume de transações relacionadas pela entidade na área ou na transação objeto do exame, como também com efeitos nas posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deverá levar em consideração, segundo Crepaldi (2011), os seguintes aspectos:
• Os objetivos específicos de auditoria;
• A população da qual o auditor deseja extrair a amostra;
• A estratificação da população;
• O tamanho da amostra;
• O risco de amostragem;
• O erro tolerável;
• O erro esperado.
Segundo a NBC TA 530, “POPULAÇÃO é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir”.
Crepaldi (2011) afirma que o auditor precisa determinar se a populaçãoda qual a amostra será extraída é apropriada para o objetivo de auditoria específico.
Assim, é preciso compreender que, se o objetivo do auditor é testar, por exemplo, a existência de superavaliação de contas a receber, a população pode ser definida como a listagem de contas a receber.
Por outro lado, se o objetivo for testar a subavaliação de contas a pagar, a população não deverá ser a listagem de contas a pagar, mas sim de pagamentos subsequentes, faturas que não foram pagas, extratos de fornecedores, relatórios de recebimento de mercadorias e de outras populações que forneçam evidências de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas.
AULA 9
Durante a revisão de todas as folhas dos papéis de trabalho, são também alcançados os documentos neles anexados.
Assim, deverá ser verificada não só a parte formal do preenchimento dos papéis, como títulos corretos, colunas apropriadas, vistos, sinais, cruzamentos, indicações, capas, arquivamento correto e outros detalhes, conforme já abordamos.
Além disso, Crepaldi (2011) apresenta outros aspectos que devem ser observados:
• Abrangência dos programas;
• Análise das contas;
• Ajustes propostos;
• Conclusões anotadas;
• Procedimentos executados.
De acordo com Crepaldi (2011), o programa de auditoria é responsável por dar indicações básicas, necessárias aos procedimentos utilizados na revisão.
 
Também poderá incluir os procedimentos decorrentes da revisão final que irão auxiliar nas conclusões de auditoria, a formação da opinião do auditor, a emissão do parecer e a elaboração de relatórios complementares para o cliente.
A tarefa do auditor é verificar se tudo isso está contido nos papéis de trabalho, e na sequência, se obedeceu aos padrões e normas aplicáveis.
Revisão com o cliente 
Para Crepaldi (2011), para finalizar a revisão, depois de executado todo o programa de auditoria, é recomendável que o auditor se reúna com as pessoas responsáveis do cliente.
Ele então as confronta com suas conclusões, discrepâncias, ajustes e outros pontos em que a auditoria não concordou inteiramente com os registros e demonstrações que foram submetidas.
Ainda na etapa de finalização dos trabalhos de auditoria, um dos procedimentos que podem ser elaborados é a carta de responsabilidade da administração.
Este documento deve ser emitido pelos administradores da entidade cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas.
Dentro da carta de responsabilidade da administração, deverá ser obtida pelo auditor a evidência de que a administração reconhece a sua responsabilidade pela preparação e apresentação adequada.
Também deve ser obtida a aprovação das demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, bem como a observância das normas que sejam necessárias nas circunstâncias.
Local e data (mesma data do parecer dos auditores independentes)
 À 
(NOME DA FIRMA DE AUDITORES INDEPENDENTES OU DO AUDITOR PESSOA FÍSICA)
 Endereço do escritório que está emitindo o parecer
 Prezados senhores:
 Com relação ao seu exame das demonstrações contábeis da Cia XX relativas aos exercícios XX e YY, reconhecemos que a apresentação desta carta de responsabilidade constitui-se num procedimento de auditoria requerida pelas normas de auditoria aplicáveis no Brasil, para permitir-lhes formar uma opinião sobre se as demonstrações contábeis mencionadas e a seguir identificadas refletem, com adequação todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, os resultados das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens de aplicações de recursos da companhia XX nos exercícios XX e YY, de acordo com as normas contábeis exigidas no Brasil (ou outro conjunto de normas que tenha sido aplicável.
 Para fins de identificação, as Demonstrações Contábeis examinadas por Vossas Senhorias, apresentam os seguintes valores básicos:
 XX/YY/ZZ
Total do ativo
Total das exigibilidades 
Patrimônio Líquido 
Lucro Líquido exercício findo em __/__/__
AULA 10 – RELATÓRIO DE AUDITORIA
Nardon (2013) faz uma observação bastante importante que após as mudanças ocorridas com a adoção da NBC TA 700 houve a troca do termo Parecer do(s) Auditor (es) Independentes (s) para Relatório dos Auditores Independente (s). 
O autor explica que internacionalmente houve a troca do termo “Auditor’s Opinion” por “Auditor’s Report”, ou “Auditor’s Independent Report”, desta forma, como explica o autor o título do documento em português deve ser: 
Relatório do (s) Auditor (es) Independente (s), adaptando-se se o auditor é pessoa física ou uma firma de auditores (NARDON, 2013).
Segundo Perez Júnior (2012) o Relatório dos Auditores Independentes é um documento formal e, por meio dele, o auditor expressa de maneira direta e padronizada a opinião acerca das Demonstrações Contábeis que passaram pelo processo de auditoria. 
Quando se diz que o Relatório representa a opinião do auditor, não é a opinião pessoal do mesmo que está sendo avaliada e, sim, a opinião sobre a aderência em relação às normas e preceitos legais previstos para a elaboração de tais demonstrações.
As normas de auditoria vigentes no Brasil (NBC TA's), emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tratam sobre todos os detalhes que devem ser seguidos pelo auditor durante o processo de auditoria de demonstrações contábeis.
O relatório deve ser elaborado de acordo com o estabelecido pela NBC TA 700, a qual versa sobre a normatização da opinião do auditor acerca das demonstrações contábeis. 
Esta norma estabelece que o Relatório deve conter o destinatário do relatório, um parágrafo introdutório, deve enfatizar a responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis, também deve definir a responsabilidade e a opinião do auditor, além de especificar local, data e possuir as devidas assinaturas validadoras. 
Dentro das condições de normalidade, o Relatório deve ser destinado aos acionistas da empresa auditada, aos seus cotistas ou, ainda, a seus sócios, ao conselho de administração ou a respectiva diretoria ou órgão que o valha (PEREZ JÚNIOR, 2012).
O Relatório deve, obrigatoriamente, conter informações sobre as demonstrações contábeis que sofrem o processo de auditoria, além do nome da entidade auditada, os períodos financeiros que serão analisados e as datas em que os procedimentos de auditoria foram realizados.
Perez Júnior (2012) afirma que como o próprio nome diz, é aqui que o auditor expressa a opinião acerca das demonstrações contábeis auditadas. Aqui também deve ser considerado o texto presente na norma de auditoria.
Depois de citar todos os pontos legais que devem ser considerados no parágrafo de opinião, é o momento de o auditor expressar a opinião propriamente dita, a qual pode ser sem modificações (sem ressalvas), com modificações (ou ressalvas), sendo adversa ou com abstenção de opinião e a última possibilidade, que é relatório adverso.

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