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RESÍDUOS SÓLIDOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE CAPÍTULO 6 INTRODUÇÃO Os RSS hoje englobam hospitais, clinicas veterinárias, clinicas em geral, laboratórios de análises clínicas, etc. Existem resíduos passiveis de serem reciclados, outros com patogenicidade e toxidade diferentes que torna relevante a separação dos mesmos. CLASSIFICAÇÃO A. GRUPO A RSS com provável presença de agentes biológicos que, em razão de suas características de maior virulência, são passíveis de apresentar risco de infecção. B. GRUPO B RSS contendo substancias químicas passiveis de apresentar risco ao meio ambiente ao a saúde pública, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade. C. GRUPO C Materiais com radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação nas normas da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. D. GRUPO D RSS que não apresentam risco, sendo equiparados aos resíduos domiciliares. E. GRUPO E Materiais perfurocortantes ou estratificantes. GERENCIAMNETO DOS RSS Deve-se separa-los na fonte geradora. Uma vez que a mistura destes resíduos pode aumentar a quantidade de perigosos, infectante, e aumentar o custo de gerenciamento. Feito a devida separação e classificação dos resíduos deve-se preparar o transporte interno correto e armazenamento interno, para posterior destinação e transporte as unidades de tratamento/disposição final mais adequada para o RSS em questão. A adoção da tecnologia de esterilização por SF-CO2 na gestão dos resíduos sólidos clínicos pode reduzir exposição aos resíduos infecciosos, redução de trabalho, etc. É de competência do gerador de RSS elaborar um Plano de Gerenciamento de RSS. TÉCNICA DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL Depende diretamente da classificação do RSS. Em geral as técnicas de tratamento e disposição final residem no uso de autoclave, micro-ondas, aterro sanitário, incineração e demais formas de tratamento térmico, para desinfecção química. - Desinfecção Química: Os agentes antimicrobianos da desinfecção química agem em níveis celular e molecular. A eficácia de um determinado agente químico é função de Ph, temperatura, da presença de outros compostos, etc. Uma diversidade de produtos químicos pode ser utilizada: álcoois, ácidos, fenóis, etc. GRUPO A Não podem ser reciclados, reutilizados ou reaproveitados. O processo de anativação microbiana chama-se redução de Carga Microbiana. De acordo com a resolução CONAMA, nível III de inativação microbiana, é a inativação de vírus lipofílicos e hidrofílicos, fungos, bacterias vegetativas, parasitas e etc. Grupos A1 e A2 deve ser submetido ao tratamento de nível III de inativação microbiana. Grupo A3 deve ser encaminhado para sepultamento em cemitério ou tratamento por incineração. Grupo A4 podem ou não ser encaminhados para tratamento prévio. Grupo A5 deve ser submetido a tratamento orinetado pela ANVISA. GRUPO B Se apresnetarem caracteristicas de periculosidade, quando não forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento e disposição final especificos. Os RSS sólidos não tratados devem ser dispostos em aterro de residuos perigosos. Se não apresentarem caracteristicas de periculosidade eles não precisam serem tratados. GRUPO C Com radionuclídeos superiror ao especificado na norma CNEN-NE-6.02, são considerados rejeitos radioativos (Grupo C), e devem obedecer ás exigencias definidas pela CNEN.A resolução CONAMA, preconiza que os rejeitos radioativos não podem ser considerados residuos ate que seja decorrido o tempo de decaimento necessário ao atingimento do limite de eliminação e assim passam a ser tratados como residuos de categoria biologica, quimica ou residuo comum e é tratado como tal. GRUPO D Deve ser encaminhado para aterro sanitário se não for passivel de reutilização ou recuperação, caso contrario deve ser deve atender as normas legais de descontaminação e higienização do CONAMA. GRUPO E Deve possuir tratamento em conformidade com a contaminação quimica, radiológica ou biológica. TRATAMENTO TÉRMICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CAPÍTULO 7 INCINERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS A incineração é uma tecnologia de tratamento de RSU por meio de uma combustão dos RSU na presença de Oxigênio e com um combustível auxiliar, em sistema fechado, do qual resultam sólidos (cinzas), gases e líquidos. Vantagens: Redução do volume a ser destinados aos aterros, 80-90%; Redução imediata de resíduos; Instalações mais próximas da geração de RSU, o que acarreta redução do custo de transporte; Custo compensado com a venda de energia gerada; A emissão de gases pode ser controlada para atender os valores limites. Desvantagens: Não deve ser incinerado alguns materiais; Práticas operacionais insuficientes e a presença de cloro nos RSU pode levar a emissão que contenham Dioxinas e Furanos, que são altamente tóxicos; Controle de emissões de metais pode ser complexo; Alto custo de incineradores e operadores treinados tornando alto o custo operacional; Os combustíveis complementares são obrigatóprios. Dioxinas e Furanos Explicação da forma estrutural de Dioxina e Furano, pág 180. São formadas em incineradores devido a algumas razões as quais são: a) Combustão incompleta de resíduos orgânicos; b) Cloro e metais dos RSU incorporados em cinzas volantes em temperaturas baixa, entre 250 e 400°C; c) Percursores orgânicos+cinza volante+zona de pós combustão+reações catalisadas por metais leva a formação de Dioxinas e Furanos. NORMAS E CARACTERÍSTICAS LICENCIAMENTO AMBIENTAL PIRÓLISE TECNOLOGIA DE PLASMA OUTRAS FORMAS DE TRATAMENTO TÉRMICO DISPOSIÇÃO FINAL DOS RS COM APROVEITAMENTO ENERGÉTICO CAPÍTULO 9 1. ATERROS SANITÁRIOS DE RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS É uma forma de tratamento e disposição final para resíduos Classe II A e Classe II B, conforme classificação da ABNT NBR 10004. Consiste em uma solução sanitariamente segura à saúde da população e ao meio ambiente, isto porque existem requisitos de projeto, ao licenciamento e operação devidamente normalizados. REQUISITOS DE PROJETO Localização; Condições topográficas, hidrogeológicas e geotécnicas; Sistema de monitoramento de águas subterrâneas; Sistema de drenagem com queima de gases; Sistema de tratamento percolado; Recobrimento interno; Plano de fechamento, etc. LICENCIAMENTO Apresentar EIA/RIMA do projeto, em conformidade com a região; Dispensa-se o EIA/RIMA para aterros de pequeno porte (Rs<20t), segundo o CONAMA n° 404/2008; Em caso de população sazonal ou flutuante deve-se prever no projeto as medidas de controle adicionais para a operação do aterro; Licenciamento deve ser feito SEMPRE com o conhecimento e anuência da população. EIA/RIMA: Estudo de impacto ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. OPERAÇÃO Compactação dos RS; Recobrimento diário dos resíduos com argila compactada; Manutenção dos acessos, instalações e equipamentos; Programa de monitoramento de águas subterrâneas; Análise dos resíduos – não haver risco de disposição inadequada, de resíduo perigoso; Os aterros são bastantes simples comparados com a incineração, no entanto apresenta algumas DESVANTAGENS: vida útil limitada; avaliação continua da área, mesmo após adesativação do aterro; área desativada não pode utilizada para construção de edificações, pois o solo não apresenta propriedade de sustentação das fundações além de parcela não drenada do biogás migrar para caixas ou estruturas subterrâneas. 1.1 CRITÉRIOS DE PROJETO E OPERAÇÃO ABNT NBR 13896/97 recomenda vida útil de projeto de 10 anos. Para aterros de pequeno porte as diretrizes de projeto, operação, implantação e encerramento constam na ABNT NBR 15849/2010, e a vida útil mínima é de 15 anos. ABNT NBR 13896/97 e ABNT NBR 15849/2010 recomendam que o monitoramento de águas subterrâneas deve ser composto por no mínimo 4 poços. -> 1 a montante e 3 a jusante no sentido de escoamento do lençol freático. Ainda preconiza diâmetro mínimo de 101,06mm (4pol). Testes t de Student para todos os parâmetros, excetuando-se o pH e no mínimo 4 vezes no ano. ABNT NBR 13896/97 trata de tratamento do líquido percolado, que deve ser monitorado 4 vezes no ano. O sistema de tratamento pode ser constituído por uma lagoa de estabilização de matéria orgânica, como uma lagoa aeróbia. 1.1.1 Localização Um aterro deve possuir condições favoráveis do ponto de vista hidrogeológico, geotécnico e topográfico; Estar distante de centro populacionais. ABNT NBR 13896/97 e ABNT NBR 15849/2010 recomendam 500 m das residências; Terrenos em declividades entre 1 e 30%; Solo com coeficiente de permeabilidade menor que 10-6cm/s, zona saturada com espessura menor que 3m; Distância mínima de 200m de qualquer recurso hídrico; NBR 15849/2010 faz menção a 4 formas de construção de aterros de pequeno porte: Em valas, trincheiras, encosta e área. EM VALAS EM TRINCHEIRAS EM ENCOSTA EM ÁREA LARGURA Variável Sem limitação Utilizam os taludes existentes, com altura de no máx 5 m. Áreas planas acima da cota natural, com altura de no máx 5m. PROFUNDIDADE Limitada Sem limitação CONFINAMENTO Todos os lados 3 lados OPERAÇÃO Não mecanizada Mecanizada NBR 15849/2010 – ISOLAMENTO DO ATERRO deve ser feito com barreira física e faixa de proteção sanitária. 1.1.2 Impermeabilização Deve ser implantado caso não atenda a declividade da norma; Usar solo naturalmente pouco permeáveis. 1.2 DRENAGEM E DESTINO DOS GASES E CHORUME Deve ser dimensionado a fim de evitar uma lâmina de liquido percolado maior que 30 cm sobre a impermeabilização. Deve construir um sistema de drenagem de água não contaminada e desvio de águas das chuvas. Deve prever lagoas de contenção de sólidos do escoamento superficial. 1.3 GERENCIAMNETO E OPERAÇÃO Condições: treinamento de operadores; recebimento de resíduos, impedir entrada de resíduo de classe que não seja a destinada ao aterro; disposição dos resíduos no aterro, descarregados, espalhados e compactados; controle e monitoramento. 1.4 MANUTENÇÃO E UTILIZAÇÃO DA ÁREA APÓS ENCERRAMENTO DAS OPERAÇÕES Monitoramento durante 20 anos das águas subterrâneas e 10 anos para aterros de pequeno porte. E a manutenção do sistema de coleta de gases e de drenagem deve ser feito até o término de sua geração. I. DIMENSIONAMENTO DE ATERRO SANITÁRIO a) Geração diária de Resíduos Sólidos G RS diária = Pop I Pop é a população e I a geração per capita de RS. b) Produção anual V RS anual compactado = Ds anual / Drs V RS anual estabilizado = Ds anual / Drse Ds anual é a geração anual de resíduos e Drs é a densidade de RS, 450 kg/m³ para operação manual; Drse é a densidade de sólidos estabilizados, 600 Kg/m³. c) Volume de aterro estabilizado mc = Vrs anual compactado x 0,20 Vrs = mc + Vrs anual compactado Mc é o matéria d eocbertura e Vrs é o volume de aterro estabilizado. d) Área do aterro Ars = Vrs / h rs Hrs é a profundidade média da vala em metros. e) Área total At = Ars x (1+F) Onde F é um fator de aumento para área adicional, 30%. f) Volume na trincheira V trincheira = (t x Grsdiária x (1+mc)) / Drs V diário trincheira = (Grs diário x (1+ mc ) / Drs T é a vida útil da trincheira em dias. 2. FUNDAMENTOS DA GESTÃO ANAERÓBICA Se dá por dois caminhos: a oxidação e a fermentação da matéria orgânica. Existem 4 rotas que descrevem o processo de digestão anaeróbia: Hidrólise, redução de polímeros orgânicos complexos a moléculas solúveis simples; Compostos reduzidos são convertidos pelas bactérias fermentativas a uma mistura de ácidos graxos voláteis de cadeia curta e outros produtos; bactérias acetogênicas posteriormente convertem ácidos orgânicos a acetatos, co2 , que são substratos diretos para a produção de metano; Metanogênese consome o acetato epara produzir o metano. RESIDUOS INDUSTRIAIS CAPÍTULO 8 RCRA – LEI DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE RECURSOS 1. GERAÇÃO E DIVERSIDADE “Existe uma grande diversidade de geração de resíduos sólidos. ” A USEPA por meio do RCRA dispensa 3 categorias de resíduos industriais, para o qual a definição de RS não se aplica: a)Resíduos utilizados como matéria prima; b)Resíduos utilizados como substituto de produto; c)Resíduos de retorno para o processo industrial. A USEPA defini como resíduos sólidos materiais que forem reciclados, eliminados, queimados para recuperação de energia, produção de combustíveis, ou contendo dioxina. 2. IDENTIFICAÇÃO, TRANSPORTE INTERNO E ARMAZENAMENTO De modo geral um gerador de RSI deve seguir os seguintes passos: I. Gestão Adequada II. Prevenção e Preparação III. Plano de emergência IV. Treinamento de pessoal Procedimentos para o transporte interno: I. Utilização de embalagens adequadas II. Procedimentos de etiquetagem Manifesto de RSI – Garante que todos os envolvidos rastreiem a movimentação dos resíduos perigosos. Imprescindível que o gerador tenha um programa de minimização de resíduos. 3. TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO FÍSICO, QUÍMICO E BIOLÓGICO Tratamento para transformar resíduos perigosos em não perigosos. Tem-se 9 tipos de tecnologias: Biodegradação: Compostos orgânicos em menos tóxicos feito por microorganismos; Redução Química: Redução da concentração de metais e constituintes inorgânicos; Combustão: Queima que destrói resíduos orgânicos; Desativação: Remoção da característica de inflamabilidade, corrosividade e reatividade; Macroencapsulamento: Aplicação de material de revestimento que impede o vazamento do lixiviado; Neutralização: Menos ácidos ou menos alcalinas; Preicpitação: Remove metais e sólidos inorgânicos a partir de resíduos líquidos; Recuperação de metais: troca iônica, osmose reversa, etc; Recuperação de compostos orgânicos: Remoção física direta; Estabilização: Agentes estabilizadores que reduz a capacidade de lixiviação. 4. ATERRO DE RESÍDUOS PERIGOSOS Duplo sistema de impermeabilização; Plano de emergência, de inspeção e de fechamento; Proteção de águas subterrâneas, antes, durante e depois do aterro;
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