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Sumário Considerações Iniciais ABIA Processamento Beneficiamento Elaboração Conservação Armazenamento Controle de Qualidade Estudo de Caso – Cerveja Considerações Finais Referências 2 Considerações Iniciais Após a fixação à terra, o homem dedicou-se às lavouras e à pecuária. Com o desenvolvimento de técnicas que permitiram o aumento da produção de alimentos, e com o crescimento da população que aumentou a sua demanda, desafiantes problemas se originaram. Entre eles, a geração de produtos excedentes, o que tornou obrigatória a troca de alimentos entre diferentes grupos. O principal empecilho para a troca de alimentos era a rápida deterioração da maioria dos alimentos, ou seja, não seria possível estocar os produtos excedentes tempo o suficiente para serem consumidos. Então meios empíricos de conservação de alimentos foram aos poucos introduzidos. Com o passar dos anos, a necessidade de consumir ganhou maior importância e, por consequência, a de produção também. Esse cenário inspirou a criação e o progresso da indústria de alimentos e do desenvolvimento da tecnologia de alimentos. O valor da indústria de alimentos consiste em sua finalidade de, através de processos físicos, químicos e biológicos, transformar matérias-primas alimentares, em produtos adequados ao consumo humano e de longa vida de prateleira. 3 Indústria de Alimentos DEFINIÇÃO DE ALIMENTO: De acordo com o Código Nacional de Saúde, Decreto-Lei 986/1969, alimento é toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outro adequado, que objetiva fornecer ao organismo humano os elementos normais ao seu processo nutricional. As matérias-primas alimentícias, por sua vez, são materiais de origem vegetal, animal ou outra, comestíveis em estado natural ou transformados, cuja composição química satisfaz às necessidades nutricionais do homem. ALIMENTOS PROCESSADOS: Um objetivo principal do processamento de alimentos é retardar sua deterioração e prolongar sua vida útil, retendo seus nutrientes por maior período de tempo 4 MATÉRIA-PRIMA INDUSTRIAL 1. As matérias-primas podem ser classificadas de acordo com sua estabilidade em: 2. As matérias-primas são divididas em três grupos principais: Indústria de Alimentos Perecíveis Semiperecíveis Não Perecíveis Origem animal Origem vegetal Origem mineral 5 TIPOS DE INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS Embora não seja fácil encontrar uma classificação para as diferentes atividades industriais relacionadas com os alimentos, podem ser consideradas: Indústrias que preparam alimentos frescos, incluindo os abatedouros e as empresas que selecionam e embalam vegetais para venda; Indústrias de conservas; Indústrias que fabricam produtos que servem para preparar alimentos, como a moagem ou o fabrico de sal de cozinha; Indústrias que fabricam alimentos prontos para consumir. Indústria de Alimentos 6 Principal interlocutora da Indústria da Alimentação no diálogo com o Poder Público, organismos internacionais e a sociedade, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) foi fundada em 1963 e representa atualmente cerca de 70% do setor em valor de produção. Dentre suas preocupações estão: assegurar uma legislação adequada às constantes evoluções tecnológicas do alimento processado; incentivar o uso de melhores técnicas de produção; promover o fortalecimento econômico-financeiro do setor; e estimular o desenvolvimento da indústria da alimentação no Brasil, com foco no interesse do consumidor e na defesa do meio ambiente. ABIA 7 A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) distingue os setores da produção de alimentos industrializados da seguinte forma: 1. Alimentos calóricos – Proteicos – SAPRO 2. Açúcar 3. Bebidas 3.1. Alcoólicas 3.2. Refrigerantes 3.3. Sucos 3.3.1. Sucos concentrados 3.3.2. Pós para sucos 3.4. Vinagres 4. Café 5. Chá 6. Carnes, embutidos etc. 7. Cereais 8. Chocolates, cacau e balas 9. Condimentos 10. Desidratados e liofilizados ABIA 11. Dietéticos 12. Frutas e legumes 13. Lacticínios e derivados 14. Massas, biscoitos, congêneres 15. Óleos, gorduras, azeites, margarinas e maioneses 16. Pescado e derivados 17. Sopas e caldos 18. Sorvetes 19. Supergelados 20. Afins 20.1. Aromatizantes 20.2. Embalagens 20.3. Matéria-prima para alimentos 20.4. Diversos 8 ABIA 9 ABIA 10 ANVISA Legislação de Boas Práticas de Fabricação As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e pelos serviços de alimentação, a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos e serviço de alimentação, e também específico, voltadas às indústrias que processam determinadas categorias de alimentos. Compete aos Serviços de Vigilância Sanitária Estaduais e Municipais o estabelecimento de normas complementares, de forma a abranger aspectos sanitários mais específicos à sua localidade, não podendo contrariar as normas federais. 11 ANVISA 12 ALIMENTOS 1. AMMAC - fabricante dos salgadinhos de milho Snack e Mittos, pipocas doces e caramelizadas. 2. BROTHER’S - fabricante de produtos de panificação. 3. CIEX - atua na industrialização e exportação de produtos amazônicos, com ênfase para a castanha-do-Brasil, óleo essencial de pau-rosa e copaíba. 4. DULEITE - companhia amazonense de produtos Lácteos. 5. FAZENDINHA - indústria de Laticínios. 6. GLACIAL – fabricante de sorvetes. 7. JACK'S AMAZÔNIA - fabricante de salgadinhos de milho. 8. LISBOMASSA - fabricante de bolacha, biscoitos, macarrão e salgadinhos de milho. 9. MODELO - fabricante de bolacha, biscoitos e macarrão. 10. TRIGOLAR - unidade moageira de trigo e de outros cereais. 11. YOFRUT - indústria de Laticínios. BEBIDAS 1. AMAZON REFRIGERANTES – fabricante de refrigerantes 2. GRUPO SIMÕES - tem a concessão da marca Coca-Cola na região, além de ser fabricante do guaraná Tuchaua e água mineral Belágua. 3. MAGISTRAL - é responsável pela fabricação e comercialização de refrigerantes e água mineral. 4. MINALAR - envasamento de água. 5. SANTA CLÁUDIA – responsável pela produção de refrigerantes e sucos, e pelo envase de água. Indústria de Alimentos - Manaus 13 Beneficiamento 1º Etapa da utilização da matéria prima selecionada Separação do material a ser utilizado Recolhimento das partes rejeitadas e emprego na preparação de subprodutos 14 Beneficiamento Colheita Vegetais Maturidade Tamanho Integridade Abate animais Peso Contaminantes Tecnologia do Alimento, José evangelista,2009. 15 Beneficiamento Limpeza Separação física de resíduos provenientes da colheita Armazenamento Excedentes Granel/Lotes Evitar desperdícios Temperatura Classificação Subdivisão por tamanho/granulometria Seleção Qualidade Cor /Defeitos Avaliação do destiro 16 Elaboração Descascamento Químico Térmico Físico Manual 17 Elaboração Corte Moagem Fatiadeiras Cubetadoras Facilitar a extração, secagem, branqueamento. 18 ElaboraçãoEquipamentos de moagem Nos alimentos sólidos utilizamos os seguintes equipamentos: 19 Elaboração Separação Centrifugação Osmose Filtração 20 Elaboração Centrifugação Há duas aplicações principais de centrifugação: separação de líquidos não imiscíveis, o líquido mais denso move-se para as paredes do recipiente e o mais leve para a parte anelar mais interna da centrífuga e, separação de sólidos de líquidos 21 Elaboração Filtração É uma operação amplamente utilizada na indústria em geral; no caso particular da indústria de alimentos, três características definem a filtração. O primeiro incluem suspensões contendo significante quantidade de sólidos insolúvel que, quando filtrado, forma um bolo no meio filtrado, obtendo o sólido filtrado. Outra filtração típica, incluem suspensões com pouca quantidade de sólidos insolúveis reduzidos e, usualmente a filtração é chamada de clarrificação. Finalmente, outro tipo de filtração é a microfiltração, ocorre quando as dimensões das partículas sólidas não ultrapassam o tamanho de 0,1 mm. Os tipos de filtros mais utilizados na indústria de alimentos são os de pressão-placas, filtros a vácuo. 22 Elaboração Operações Utiliza-se em líquidos e semi- líquidos Extração Prensagem Química Mistura Mistura para bolos e Sobremesas em pó 23 Elaboração Operações Mistura Mecanicamente os misturadores e agitadores são utilizados na formulação e fabricação de uma grande variedade de produtos alimentícios. Os principais objetivos dessa operação são: 1. Promover a transferência de massa entre sólidos e líquidos e/ou as reações químicas entre os ingredientes da formulação; 2. Manter os componentes dispersos uniformemente, para evitar a decantação, cristalização aglomeração; 3. Dissolução adequada das particulas sólidas (açucar, sal, amidos) nos componentes líquidos; 4. Estabelecer uma distribuiçao das partículas uniforme quando o produto for transferido para a próxima operação unitária; 24 Elaboração 25 Elaboração Osmose A maior aplicação na insdústria de processamento de alimentos de osmose inversa é na concentração e recuperação de sub-produtos na produção de queijos,e, também na filtração do leite para a alteração da lactose na fabricação de sorvetes. 26 Elaboração Operações de aplicação de calor Tratamento térmico, é um dos métodos mais importante utilizados no processamento de alimentos com o objetivo de eliminar os efeitos indesejáveis e/ou eliminar os microorganismos e nativação das enzimas presentes no alimento. São os seguintes: • Branqueamento • Pasteurização • Esterilização 27 Elaboração Pasteurizador 28 Elaboração Equipamento de esterelização 29 CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS Procura prevenir o alimento contra a ação desses agentes. BIOLOGICOS AGENTES QUIMICOS MICROORGANISM OS E ENZIMAS FISICOS LUZ E CALOR OXIGÊNIO E ÁGUA 30 Impedir as contaminações microrgânicas Manter os produtos sem germes Obstar os processos enzimáticos desfavoráveis Evitar as reações químicas prejudiciais Impossibilitar as alterações provocadas pro animais Sustar as possibilidades de alterações originadas por choques Eliminar os microrganismos Deter a proliferação de flotas patogênicas Reduzir, casos previstos, o número de germes Destruir ou inativar as enzimas inconvenientes Atrasar as reações químicas favorecedoras de oxidações PREVENTIVOS METODOS DE COMBATE Existem dois tipos de processos de conservação: CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS 31 AÇÃO DIRETA SOBRE O MICROORGANISMO POR CALOR POR RADIAÇÃO RADURIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO TINDALIZAÇÃO BRANQUEAMENTO DEFUMAÇÃO RADICIAÇÃO RADAPERTIZAÇÃO CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS 32 Conservação por Calor: Branqueamento O Branqueamento (blanching) é o processo térmico de curto tempo de aplicação, sendo empregado geralmente em vegetais e frutas; As operações de branqueamento podem ser realizadas por água quente ou a vapor; Pode demorar de 2 a 10 minutos, a uma temperatura de 70° a 80°C; Geralmente precede o início de outros processos como o congelamento e a desidratação. 33 Conservação por Calor: Tindalização É feito de maneira descontínua, em recipiente fechado, a temperatura entre 60°C a 90°C; O processo deve ser repetido por vária vezes (3 a 12) e deve durar apenas alguns minutos; Eficaz na manutenção dos nutrientes e das propriedades organoléticas; Possui maior custo e demora. 34 Conservação por Calor: Pasteurização A temperatura não ultrapassa 100°C ; Pode ser obtido por água quente, por calor seco, vapor, corrente elétrica e por radiação; Especialmente indicada para o leite, manteiga, frutas, sorvetes, embutidos e cerveja; A pasteurização pode ser dividida em dois tipos: Pasteurização lenta e de temperatura baixa (63°C durante 30 minutos); Pasteurização rápida e de temperatura alta (72°C durante 15 segundos). 35 Conservação por Calor: Esterilização A esterilização provoca a destruição total floras normal e patogênica; A temperatura de esterilização, por convenção, é alcançada ao eliminar a bactéria Clostridium botulinum; O processo de esterilização comercial alcança um índice de 99,99% de eliminação absoluta de microrganismos. 36 Esterilização: Apertização A esterilização feita em unidades envasadas é conhecida por apertização; Para alimentos líquidos, a penetração de calor ocorre por convecção, para sólidos ocorre por condução. 37 Esterilização: Fora das Embalagens Proporciona o processamento térmico de alimentos em massa, e maior rendimento de tempo e custo; Faz uso de trocadores de calor adaptados às características do alimento; Para alimentos muitos viscosos : Trocadores de calor de superfície. Para alimentos pouco viscosos: Trocadores de calor de placa, de vapor de água de tubo espiral Os principais métodos de esterilização fora de envases são o “Flash 18”, o “Dole” e o “UHT” (ultra high temperature). 38 Conservação por Calor: Defumação Geralmente é realizada com outros processos, como a salga e a dessecação; As carnes são os produtos em que mais se utilizam a defumação; Em contato com o calor e a fumaça, as carnes perdem água e ficam ressecadas. 39 Conservação por Radiação Organizações internacionais como a FAO e OMS incentivam o emprego da conservação por radiação; A aplicação comercial já ocorre nos Estados Unidos, Japão, Índia, Canadá, Israel, Suécia e Turquia; Fontes de energia radioativa: Cobalto 60; Césio 137; Aceleradores de elétrons; O processo de radiação não aumenta o nível de radioatividade normal dos alimentos; 40 Conservação por Radiação Processos de Radiações de Alimentos Processo Características Radurização Doses baixas: 5 a 100 Krads Utilização: produz a inivição do brotamento da cebola, batata e alho; retarda o período de maturação e deterioração de frutas e hortaliças; age sobre insetos, infestadores de cereais e leguminosas. Radicidação Ação de pasteurização. Dose média: 100 a 1000 Krads Utilização: empregada em sucos de frutas; controla a presença de salmonelas; retarda a deterioraçã ode pescado. Radapertização Ação de esterilização (comercial)Dose altas: 4,5 a 5,6 Mrads Utilização: em carnes 41 AÇÃO INDIRETA SOBRE O MICRORGANISMO POR ADIÇÃO DE ELEMENTOS POR FERMENTAÇÃO POR SECAGEM POR FRIO POR OSMOSE POR AÇÃO DE EMBALAGENS REFRIGERAÇÃO CONGELAÇÃO SUPERGELAÇAO NATURAL( Sal) ARTIFICIAL(Desidrata ção INSTANTANEIZAÇ ÃO GASES ACÉTICA LÁCTICA ADTIVOS SALGA E CURA REVESTIMENTO GRAXOA CONCENTRAÇÃO AÇÚCAR ALCÓOLICA LIOFILIZAÇÃO 42 Conservação por Frio Altas e baixas temperaturas com o propósito de manter, a maior quantidade possível de nutrientes indispensáveis para sua ingestão. Inibe e destrói microrganismos. 43 Conservação por Frio Conservação por Frio: Refrigeração Temperatura compreendida entre -1ºC e 10ºC Objetiva manter a qualidade original Retarda atividades contaminantes. Impede surgimento de novos agentes deteriorantes. Conservação por Frio: Pré-Refrigeração Um tratamento de refrigeração em curto prazo Finalidade de dotar o produto de condições necessárias para melhor suportar o meio ambiente antes de ser consumido. 44 Conservação por Frio: Congelação Tratamento destinado aos alimentos que necessitam maior período de conservação. Alimentos devidamente embalados, para q não ocorra desidratação e posteriormente alteração das características do alimento. Conservação por Frio: Supergelação É o tratamento de congelação rápido, aplicada a uma temperatura e tempo fixo, não havendo formação de cristais que afetaram a estrutura das fibras. 45 Conservação por Frio Conservação por Frio Refrigeração Congelação Supergelação Temperatura -4◦C ou mais -10◦C a -18◦C Congelação abaixo de 0◦C e pressão de 4,7 mm de Hg Qualidade Qualidade Original. Manutenção da qualidade do produto e conservação de seus caracteres organoléticos. Quase as mesmas caracteristicas da congelação. Açao antimicrorganica Atraso da multiplicação microbiana e de alterações bioquímicas. Suspensão total do crescimento microrganico, retardamento e suspensão da atividade metabólica. Quase as mesmas caracteristicas da congelção. 46 Conservação por Frio: Liofilização Processo Misto, que associa a congelação junto a desidratação. Caracteristicas nutritivas e orgnoléticas quase intactas. Necessidade de uma embalagem “especial”, para o alimento conservado por esse metodo. 47 Conservação por Secagem Consiste na desidratação do alimento, havendo um aumento da pressão osmótica e consequentemente é contido a proliferação de microorganismos; também nessa situação enzimas que provocam alterações perdem sua atividade. 48 Conservação por Secagem: Natural e Artificial Natural: Método tradicional de exposição ao sol. No qual são controladas a umidade relativa do ar e a temperatura do ar, para que não haja a formação de uma película dura sobre o alimento. Artificial Procedimento de secagem dos alimentos, baseado na extração da água, por aquecimento, evaporação e sublimação, sob condições controladas 49 Conservação por Fermentação Procedimento controlado pelo homem; Ocorre um processo bioquímico em que os microrganismos retiram do meio em que vivem o material nutritivo de que necessitam, ao mesmo tempo em que, sob ação catalítica de enzimas, produzem substância das quais se utiliza a indústria. Através do antagonismo entre as espécies microbianas, ocorre extinção de uma ou mais espécie através da competição por nutrientes ou pela formação de um produto obtido a partir do substrato do alimento. 50 Conservação por Osmose Através do mecanismo osmótico, se obtêm água potável, a partir da água do mar; e purificação e concentração de vários produtos. 51 Conservação por Adição de Elementos Consiste na adição do sal e dos agentes de cura, havendo um aumento na pressão osmótica do alimento, extinguindo a atividade microrgânica. Fundamental Coadjuvantes Agentes de cura Cloreto de sódio Nitrato Nitrito Açúcar Especiarias Glicerina, etc. 52 Aditivos e Coadjuvantes: Classe Segundo a origem: Natural: Obtidos por processos extrativos. Semi-sintético: Obtidos de substâncias naturais, por fracionamento ou síntese. Sintético: Obtidos em laboratórios, por processo de síntese. 53 Aditivos e Coadjuvantes: Classe Segundo o modo em que se apresentam nos produtos alimentícios: Aditivos intencionais: É toda substância ou mistura de substancias, dotadas ou não de valor nutritivo, juntada ao alimento, com finalidade de impedir alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor, sabor, modificar ou manter seu estado físico geral, ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação de alimentos. 54 Aditivos e Coadjuvantes: Classe Optativos Obrigatórios Carácter facultativo, que não influencia na estrutura do produto (Ex.: corantes) Se incorporam ao produto, passando a fazer parte de sua estrutura (Ex.: umectantes) Aditivos incidentais: Substâncias residuais ou migradas encontradas nos alimentos, gerados a partir da fase de beneficiamento. 55 Aditivos e Coadjuvantes: Classificação Adtivos Funções Acidulante Comunica ou Intensifica o gosto acídulo dos alimentos. Antiespumífero Influi na tensão superficial dos alimentos. Antioxidadante Retarda o surgimento de processos oxidativos. Antiumectante Diminui as caracteristicas higroscopias dos produtos. Conservador Impossibilita ou atrsa a deterioração microrganica ou enzimatica, dos alimentos. Corante Confere ou intensifica a cor dos produtos. Edulcorante Transmite sabor doce. Espessante Eleva a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões. Espumifero Modifica a tensão superficial dos alimentos Estabilizante Ajuda e conserva as caracteristicas fisicas das emulsões e suspensões. Aromatizante e Flavorizante Confere e intensificam o sabor e o aroma dos alimentos. Umectante Evita a perda de umidade dos alimentos. 56 Aditivos e Coadjuvantes: Classificação Coadjuvantes: Tem como função melhorar a ação dos aditivos. Principais coadjuvantes empregado nos alimentos: açúcar, condimentos e outras substanciam de excitação sensorial. 57 Embalagens dos Alimentos As embalagens tem como funções: Proteger o conteúdo do produto, sem por ela ser atacado Resguardar o produto, contra os ataques ambientais Favorecer ou assegurar os resultados dos meios de conservação Evitar contatos inconvenientes do produto Melhorar a apresentação do produto Possibilitar melhor observação do produto Favorecer o acesso ao produto Educar o consumido do produto Facilitar o transporte do produto 58 A embalagem designada para produtos alimentícios terá de possuir requisitos imprescindíveis, para exercer suas funções. Manter condições de segurança contra agentes: Microrgânicos e enzimático; físicos e químicos; ambientais. Ser isenta de toxicidade. Não Causar incompatibilidade com o produto. Ser adequada à forma, tamanho e peso do produto. Por sua aparência e poder visual propiciar a venda do produto. Embalagens dos Alimentos 59 Contribuir o menos possível, para o agravamento do problema da poluição Qualidades funcionais: Fácil transporte e armazenamento do produto; desembaraço em seus sistemas de fechamento eabertura; dispositivos de observação de seu conteúdo. Fora dos casos excepcionais, ser de baixo custo. Educar o consumidor para a compra e uso do produto. Indicar a origem do produto, seu fabricante e seu padrão de qualidade. Embalagens dos Alimentos 60 Embalagens dos Alimentos 61 Controle de Qualidade O controle de qualidade assegura, ao industrial, a fabricação de alimento de excelente padrão e propicia, ao consumidor, um produto em boas condições de consumo. Aumento nas despesas; Maior valor agregado; Melhoria continua no processo; Evita perdas de matéria prima; Maior aceitação no mercado. 62 Estudo de Caso - Cerveja A Ambev nasceu, em 1999, da união entre as centenárias Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica. 63 64 Produção de Cerveja 65 Produção de Cerveja O processo bioquímico da produção de cerveja é constituído de pelo menos quatro etapas: 1. a formação de malte, 2. a preparação do mosto, 3. a adição de leveduras ao mosto e 4. a fermentação alcoólica do mosto. 66 Produção de Cerveja 1 - Formação de malte LIMPEZA DE GRÃOS RETIRADA DE DETRITOS. MACERAÇÃO AUMENTO DA UMIDADE (45%); AERAÇÃO DOS GRÃOS. GERMINAÇÃO CONDIÇÕES CONTROLADAS DE AERAÇÃO E UMIDADE; FORMAÇÃO / ATIVAÇÃO DE ENZIMAS; FORMAÇÃO DA RADÍCULA (PONTO FINAL DA GERMINAÇÃO). SECAGEM USO DE AR QUENTE (TEMPERATURA É ELEVADA GRADUALMENTE PARA EVITAR A VITRIFICAÇÃO DO GRÃO E INATIVAÇÃO DAS ENZIMAS). 67 Produção de Cerveja 68 Produção de Cerveja 2 - Preparação do mosto A mosturação consiste na preparação do meio nutriente para as leveduras. O malte é misturado com água e macerado permitindo a ação das enzimas hidrolíticas sobre a amilose, a amilopectina e a celulose formando maltose, glicose e outros glicídios simples, solúveis em água. 69 Produção de Cerveja 70 Produção de Cerveja 2 - Fermentação alcoólica do mosto Fermentação: transformação dos açúcares simples em álcool, gás carbônico e liberação de calor. Levedura: microrganismo unicelular responsável pela fermentação alcoólica do mosto. Diacetil: subproduto de fermentação mais conhecido na indústria cervejeira. Propagação: multiplicação da levedura sob condições ideais 71 Produção de Cerveja 72 Composição da Cerveja 1 - 93% de água. 2 - Álcool (etanol) 3,4 - 9%. 3 - Hidratos de carbono 2% a 3%. 4 - Calorias. 33 cl de uma cerveja normal contêm cerca de 150 quilocalorias. 5 - Gorduras. Zero. 6 - Magnésio (48 mg, 12% da DDR - Dose Diária Recomendada) e silício (6 mg). 7 - Potássio (190 mg, 12% da DDR). 8 - Vitamina B12 (0,8 mcg, 48% da DDR). 9 - Vitamina B2 - Riboflavina (8% da DDR). 10 - Vitamina B5 - Ácido Panthoténico (4% da DDR). 11 - Vitamina B3 - Niacina (6 mcg, 8% da DDR). 73 Composição da Cerveja 1 - 93% de água. 2 - Álcool (etanol) 3,4 - 9%. 3 - Hidratos de carbono 2% a 3%. 4 - Calorias. 33 cl de uma cerveja normal contêm cerca de 150 quilocalorias. 5 - Gorduras. Zero. 6 - Magnésio (48 mg, 12% da DDR - Dose Diária Recomendada) e silício (6 mg). 7 - Potássio (190 mg, 12% da DDR). 8 - Vitamina B12 (0,8 mcg, 48% da DDR). 9 - Vitamina B2 - Riboflavina (8% da DDR). 10 - Vitamina B5 - Ácido Panthoténico (4% da DDR). 11 - Vitamina B3 - Niacina (6 mcg, 8% da DDR). 74 75 Considerações Finais A indústria alimentícia é extremamente importante para a sociedade, porque está diretamente em contato com as necessidades básicas do consumidor, ela é responsável por transformar matérias-primas em produtos alimentícios de qualidade, mesmo que seja necessário a redução dos valores nutritivos. O processo de industrialização do alimento contribuiu com o melhor aproveitamento das matérias primas alimentícias, aumentando a eficiência e reaproveitando resíduos, e ao mesmo tempo aumentando a produtividade e vida útil dos produtos. Conclui-se que a indústria de alimentos representa uma grande área de atuação para o engenheiro químico, uma vez que necessita de processos químicos, físicos e biológicos no processamento dos alimentos, ou seja, grande parte das habilidades inerentes à engenharia química podem ser empregadas na indústria. 76 Referências SHREVE, R. N.; BRINK JR., J.A. Indústrias de Processos Químicos. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara. EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos. 2ª edição. São Paulo: Atheneu, 2008. ABIA. Relatório anual 2016. Disponível em: http://www.abia.org.br/vsn/temp/z2017417RELATORIOANUAL2016.pdf. Acessado em maio de 2017. PRINCÍPIOS DAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS NO PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS, 2010. Disponível em: http://ppgcta.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/documentos/Opera%C3%A7%C3%B5es% 20unit%C3%A1rias%20no%20processamento%20de%20alimentos.pdf. Acessado em maio de 2017. ANVISA. Regularização de Empresas – Alimentos. Boas Práticas de Fabricação. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e- autorizacoes/alimentos/empresas/boas-praticas-de-fabricacao. Acessado em maio de 2017. TRINDADE, Vera Maria Treis. A bioquímica da produção de cerveja. Disponível em: https://abioquimicacomoelae.com.br/6-numeros-anteriores/numero-2/4-espaco- dos-convidados/a-bioquimica-da-producao-de-cerveja/. Acessado em maio de 2017. Produção de cerveja. Escola de Química – UFRJ. Disponível em: http://www.eq.ufrj.br/biose/nukleo/aulas/Microbiol/eqb353_aula_13.pdf. Acessado em maio de 2017. 77
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