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Excelentíssimo senhor Doutor Juiz da vara civil da comarca de Bauru/SP 
 VIAÇÃO METEORO LTDA, já qualificada nos autos da ação em epígrafe proposta por CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA - ME, vem respeitosamente por meio de seu procurador abaixo assinado com fundamento no artigo 335 do código de processo civil, oferecer: CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
 I - SÍNTESE DOS FATOS 
A autora alega ter sofrido, no dia 11 de fevereiro de 2017, um acidente automobilístico na rodovia BR, devendo ser indenizado material pelos danos sofridos, em razão de supostas condutas praticadas pelos réus. 
 Em síntese resenha que no dia 11/02/2017, a representante dirigia o Veículo Ford Ranger, placa GGG 1123, na rodovia BR 345, KM 447, quando o mesmo veio a derrapar, permanecendo no mesmo sentido da via, sem invadir a pista contrária, devido a uma camada de óleo que cobria a pista associada às más condições climáticas com uma chuva torrencial e densa neblina. 
 Declara ainda o preposto da autora tentou levar o veículo até o acostamento para evitar um acidente mais grave, quando se assustou com um ônibus, placa GPW 1336, de propriedade da Ré que trafegava sentido contrário da rodovia. O motorista do ônibus, funcionário da ré, pisou no freio e perdeu o controle do veículo vindo a colidir frontalmente com a pick-up da autora, jogando o veículo por aproximadamente 10 metros até o barranco da pista. 
 II - DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA 
 Com fundamento nos artigos 186,927,932,402 e 403 do Código Civil, juntamente com os artigos 28,29,34 do Código de Trânsito Brasileiro, pede condenação da Ré no importe de R$ 35.000,00 pelo pagamento de indenização por danos materiais referente a paralisação do veículo por consequência do acidente e a impossibilidade da prática, 10.000,00 pelos danos decorrentes causados, no fechamento do valor de R$ 75.000,00.
 
 III - DAS PRELIMINARES 
a) ERRO NO VALOR DA CAUSA 
 Com fundamentação no Código de Processo Civil, artigo 293, divergir a Ré a opor-se o valor da causa.
 Conceder a Autora á causa o valor de R$ 1.000,00 porém, “in casu”, o valor da causa deve corresponder a soma dos valor de todos eles no pedido cumulado, sendo o correto, o valor de R$ 75.000,00 conforme determina o Código de Processo Civil, artigo 292, VI “in verbis” 
 Artigo 292 - “ O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será”: 
 VI- “na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia corresponde á soma dos valores de todos eles” 
 
 O valor da causa deve ser corrigido por Vossa Excelência nos termos do artigo 292, § 3, do Código de Processo Civil, determinando o complemento das custas no prazo legal sob pena de indeferimento da inicial (CPC, art. 321, parágrafo único). 
b) INCOMPETÊNCIA DA PARTE, DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO OI FALTA DE AUTORIZAÇÃO; 
 Conforme o disposto no CPC, artigo 337, inciso IX, ressalta a Ré a ausência da juntada da procuração e dos atos constitutivos da autora por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, devendo Vossa excelência permitir a parte a possibilidade de juntar os documentos no prazo legal, sob pena de extinção do feito. 
IV - DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
 Segundo o Código de Processo Civil, determina ser aceitável a denunciação á lide, chamando terceiro ao processo, conforme artigo 125, inciso II, quando: 
 Artigo 125 - “ É admissível a denunciação a lide, promovida por qualquer das partes.
 II- “aquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo”. 
Em concordância ao citado artigo, requer, preliminarmente, que seja citada, para integrar a lide, a denunciada SEGURADOR TRAFEGAR LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n (...) com sede na rua (...) n (...), com a suspensão do feito, designando-se a data para a realização da audiência para prosseguir do processo, até o final do julgamento. 
 V- DO MÉRITO DA CONTESTAÇÃO 
a) DA INEXISTÊNCIA DE PROVA 
 A ação é improcedente, dada a total ausência de provas, de culpa e consequentemente falta de responsabilidade legal da ré, bem como a culpa exclusiva da autora, observando o artigo 373, inciso I e II “in verbis” .
 Artigo 373. “O ônus da prova incumbe”.
 I- ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito”.
 II- “ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificado oi extintivo do direito do autor. 
 A petição inicial cita que a pista estava coberta por óleo, chovia muito e havia uma forte neblina e em decorrência disso o veículo da autora derrapou, permanecendo na pista, sem invadir a pista contrária. Ao tentar conduzir o veículo para o acostamento, surpreendeu-se com a invasão do ônibus que trafegava na mão contrária. Ao contrário narrado, o que realmente aconteceu, é que o motorista da Viação Meteoro LTDA trafegava normalmente pela via, quando p veículo da Autora perdeu o controle na curva, indo direção ao ônibus, totalmente fora de controle. Tentou ainda o preposto da Ré efetuar uma manobra brusca para evitar colisão, porém não teve sucesso, fato esse que pode ser confirmado pelas testemunhas que estavam nos primeiros acentos, pra arroladas.
 O laudo pericial (em anexos) realizados pelos peritos da polícia rodoviária federal foi inconclusivo em relação ao gerador do acidente, o que é hábil para afastar eventual responsabilidade da ré, haja vista a incapacidade de impor culpa. O relatório da Seguradora Trafegar Ltda (anexo) indicava que a perícia policial foi inconclusiva, não tinha como afirmar o que foi dito na inicial do processo, cita ainda outra versão parra o acidente baseado na posição dos veículos e na descrição dos passageiros. 
b) RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
A autora concedeu a responsabilidade subjetiva á Ré trazendo aos autos o artigo 186 do código Civil. Todavia não foi comprovada a existência do elemento culpa no fato jurídico, elemento básico para gerar o dever do ofensor de reparar o dano. 
 CONFORME Oliveira (2009): a culpa, para os defensores da teoria da responsabilidade civil subjetiva, é o elemento básico que gera o dever do ofensor de reparar o dano. Portanto, para que determinada pessoa seja obrigada a compensar o prejuízo ocasionado a outrem, por sua atitude, é necessário que esta se apresente em estado de plena consciência, ou seja, que tenha sido intencional, caracterizando, com isso, o dolo; ou mesmo, que esta pessoa tenha descumprido seu dever de parte familiar, agindo, então, com negligência, imprudência e imperícia (culpa). Todavia, se o dano não tiver emanado de uma atitude dolosa (culpa lato senso) ou culposa (culpa em sentido estrito) do agente, compete à vítima suportar os prejuízos, como se tivessem sido causados em virtude de caso fortuito ou força maior.
 C- CULPA EXCLUSIVA DA AUTORA 
 
 Sendo assim, culpa exclusiva da autora. Todavia já relatado na inicial pela própria, e também trazido pela ré na síntese dos fatos, a pista estava coberta por uma camada de óleo, chovia muito e havia uma forte neblina, condições climáticas que contribuíram para que o preposto da autora perdesse o controle do veículo que conduzia, indo em direção ao ônibus Viação Meteoro, o que pode ser constatado por meio de depoimentos das testemunhas catalogados, concorrendo assim a autora exclusivamente pela culpa.
 Miguel Maria de Serpa Lopes trás seu entendimento sobre o tema: “Há culpa da vítima quando o prejuízo por ela sofrido decorre, não do próprio autor material do fato, senão de fato oriundo exclusivamente da vítima” . Entende que no caso da culpa for exclusiva da vítima existe uma confusão entre o agente e a vítima, não havendo responsabilidade alguma. 
Rui Stoco, no Tratado de Responsabilidade Civil, chama a atenção para esse fato, da não existência de instituto específico para a culpa exclusiva da vítima, remetendo ao mesmo entendimento relatado anteriormente, mostrando que “a doutrina eo “trabalho pretoriano” construíram a hipótese” . E ainda: “Da idéia da culpa exclusiva da vítima, que quebra um dos elos que conduzem à responsabilidade do agente (nexo causal) (…) ”.
 
VI- RECONVENÇÃO 
 A Ré propõe, juntamente com a contestação, reconvenção nos termos do artigo 343 § 1 e 2 do Novo Código de Processo Civil que relata:
 Art. 343.
Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
 Diante disso, é notório que a ré não pode ser responsabilizada pelos danos derivados do acidente que por hora pleiteia a autora. Contrária, a ré deve ser indenizada materialmente pelos danos ocorridos em seu veículo relacionado no fato acontecido. No montante de R$ 22.000,00 sendo este o de menor valor, apresentando pela empresa OFICINA RODOCAR LTDA entre os orçamentos em anexos. 
VII- PEDIDOS 
 
 Diante do exposto solicito:
 A- sejam produzidas todas as provas permitidas por
Direito, em especial a oitiva de testemunhas;
B- seja a autora intimada para sanear os vícios apontados em preliminares;
C- sejam intimadas as testemunhas caso frustada a notificação realizada pela parte;
D- sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela autora, condenando a arcar com os ânus sucumbenciais e honorários advocatícios;
E- seja julgado totalmente procedente o pedido formulado pela ré, em sede de reconvenção, a fim de condenar a autora a indenizar materialmente a ré no valor de R$ 22.000,00 
 
Da se a reconvenção o valor de 22.000,00 
Anexo a contestação os documentos:
1- boletim de ocorrência 
2- relatório da seguradora trafegar LTDA 
3- relatórios do motorista 
4- laudo pericial da polícia rodoviária federal. 
5- 03 orçamentos referente ao conserto do ônibus 
 
I- Lauro Carlos Santos, Rg ... cpf ... endereço .....
II- Maria Moreira, Rg... cpf .... endereço .... 
PEDE DEFERIMENTO
BAURU,... De .... de ....
 
_________________________________________ OAB/SP....

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