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2. ROTEIRO EXAME FÍSICO - SINAIS VITAIS

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PROPEDÊUTICA – SINAIS VITAIS 
 
 
 
São esses os sinais vitais que devem ser sempre avaliados de maneira que o 
mais importante é saber interpretá-los. 
1. PULSO: palpação de pulso radial principalmente. A radial situa-se entre a 
apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores. Para apalpá-la utiliza-se 
a polpa dos dedos: indicador e médio. A radial é a artéria mais utilizada por 
ser superficial e também por ter a facilidade de ter os 2 pulsos. 
CARACTERES SEMIOLÓGICOS DA PALPAÇÃO DOS PULSOS: Estado da 
parede arterial (normal – facilmente depressível – sem tortuosidades – 
eslásticas/quando encontrar uma parede endurecida, irregular e tortuosa é 
sinal de uma vasculopatia chamada de ARTERIOSCLEROSE. MANOBRA DE 
OSLER: palpa-se a artéria radial após insuflar o manguito acima da pressão 
sistólica. Se a artéria for palpável, mas estiver sem pulsações, a manobra é 
positiva. Isso ocorre nos idosos e em pacientes com hipertensão.), ritmo 
(regular ou irregular – A irregularidade do pulso indica alteração do RITMO 
CARDÍACO – palpitações – ex: arritmia sinusal, extra-sístole ventricular, 
bloqueio átrio-ventricular, fibrilação atrial – este último observa-se déficit 
de pulso.), amplitude (magnus exemplo: Insuficiência aórtica – mediano – 
parvus exemplo: Estenose aórtica), tensão ou dureza (faz-se compressão 
progressiva da artéria, classificando o pulso em mole ou duro - é duro 
quando precisa de uma pressão mais forte para a interrupção da onda 
sanguínea. A dureza depende da pressão diastólica), freqüência 
(bradisfigmia 60 – 100 taquisfigmia bpm.), tipos de onda (Características 
das ondas pulsáteis), comparação com a artéria homóloga (averiguação de 
igualdade ou desigualdade dos pulsos radiais palpando 
SIMULTANEAMENTE as duas artérias radiais. Procura-se comparar a 
AMPLITUDE das pulsações). 
OBS: Causas fisiológicas de taquisfigmia: exercício, emoção, gravidez(no 3º 
trimestre de gestação ocorre um aumento da volemia e conseqüentemente 
 PULSO; 
 P.A.; 
 F.R.; 
 TEMPERATURA. 
um aumento da freqüência cardíaca). Causas patológicas de taquisfigmia: 
estados febris, hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca, taquicardia 
paroxística, miocardite, colapso periférico, hipovolemia. 
Causas fisiológicas de bradisfigmia: atletas (onde a força de contração é 
maior). Causas patológicas de bradisfgmia: febre tifóide, viroses, 
hipertensão intra-craniana, icterícia, comprometimento do nó sinusal, 
bloqueio atrioventricular). 
CARACTERES PROPEDÊUTICOS DA PALPAÇÃO DOS PULSOS SÃO 
DETERMINADOS POR: Volume de ejeção do ventrículo, velocidade de 
ejeção, complacência e capacidade do sistema arterial e pressão arterial. 
O volume de sangue que sai do ventrículo permite que a artéria se distenda 
a medida que o sangue passa e assim é possível perceber o pulso do paciente. 
1. Insuficiência Cardíaca diminui a volemia diminuindo o pulso. 
2. Desidratação diminui volemia e diminui o pulso. 
3. Choque séptico mantém volemia, porém o sangue fica mais “espalhado” 
(dilatação) e ai diminui volume de ejeção e diminui o pulso. 
4. Aumento da freqüência (devido a SÍNDROMES HIPERCINÉTICASa) 
cardíaca promove uma diástole não correta, com diminuição do débito 
cardíaco, diminuição de pressão arterial e diminuição do pulso. 
a. SÍNDROMES HIPERCINÉTICAS = arritmias, drogas, medicamentos 
(anfetaminas), febre (aumento do metabolismo basal das células), 
infecções (aumento do metabolismo basal das células com maior 
necessidade de oxigenação e nutrientes), hipertireoidismo, anemias 
severas (a falta de hemoglobina diminui perfusão dos tecidos e 
aumenta freqüência cardíaca para compensar). 
5. Artérias de maior calibre possuem maior camada elástica para 
absorver o impacto da pressão com que o sangue sai do ventrículo 
esquerdo. Com isso, as artérias podem se tornar mais rígidas levando 
a um quadro de ATERIOSCLEROSE. Ocorre fibrose em vasos de 
idosos e as artérias ficam mais rígidas (situação não patológica). 
6. Aumento da pressão arterial faz com que o pulso fique mais amplo. 
Isso ocorre em casos de choques sépticos, hemorrágicos, etc. 
DÉFICIT DE PULSO = sinal clínico relacionado a situação patológica onde o 
número de batimentos cardíacos é maior do que o número de pulsações da 
artéria radial. Isso pode ocorrer em arritmias que não fazem a contração 
correta do ventrículo esquerdo de modo que não ejeção de um volume de 
sangue necessário para gerar ondas de pulso. 
2. PRESSÃO ARTERIAL: é a força exercida pelo sangue sobre as 
paredes dos vasos. 
 
 
FATORES DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL: 
a) Pressão diastólica: 1. resistência periférica dependendo da ação do 
SN Simpático – por meio dos receptores - α é vasoconstritor e β é 
vasodilatador – e por meio de hormônios – angiotensina e 
catecolaminas fazem vasoconstrição e prostaglandinas e cininas 
fazem vasodilatação. 2.Volemia (desidratação e hemorragias 
promovem queda de PA. Glomerulonefrite aguda promovem aumento 
de PA. 3. Viscosidade Sanguínea (anemias graves promovem queda de 
PA e policitemias promovem aumento da viscosidade e aumento de PA. 
b) Pressão sistólica: 1. Elasticidade da parede dos grandes vasos ( uma 
diminuição da elasticidade da aorta em idosos resulta em um aumento 
da PA sistólica sem elevação concomitante da diastólica. 2. Volemia. 3. 
Viscosidade sanguínea. 
FATORES REGULADORES DE PA: 
1.Córtex cerebral 2. Hipotálamo (por ação do ADH) 3. Centro vasomotores 
4. S.N. Autônomo (simpático e parassimpático) 5. Supra-renais (aldosterona 
e corticóides) 6. Rins (angiotensina e renina) 7. Barorreceptores. 
RECOMENDAÇÕES PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL: 
Métodos> DIRETO (por meio de manômetros intra-arteriais) e INDIRETO 
(utiliza a técnica de ausculta). 
PA = DC x RVP 
DC = Vsit x FC 
ESFIGMOMANÔMETRO: o manguito de tamanho adequado tem 2/3 do 
comprimento do braço, tem de 14 a 20 cm de largura por 35 a 40 cm de 
comprimento. 
 
 
 
 
 
TÉCNICA: Paciente deve estar em repouso mínimo de 3 minutos, num local 
tranqüilo, pode estar sentado, deitado ou em pé sendo que em qualquer 
posição a artéria braquial deve estar ao nível do coração (4ºEIC). O 
paciente deve estar em uma posição confortável , com o braço ligeiramente 
flexionado, apoiado em uma mesa firme, com a palma da mão voltada para 
cima. 
 O aparelho deve estar calibrado e o manômetro deve estar em plano 
perpendicular ao plano visual. 
 O observador deve ser uma pessoa com treinamento, estar em 
posição confortável e colocar o estetoscópio exatamente sobre a artéria 
braquial. 
Para aferir a pressão deve-se inicialmente localizar as artérias: braquial e 
radial. Após a localização, colocar o manguito 2 a 3 cm acima da fossa 
cubital,e insuflar o manguito até parar de sentir o pulso radial (esse é o 
método palpatório utilizado para evitar o hiato auscultatório). Quando pára 
de sentir o pulso radial tem-se o valor da pressão sistólica. Depois disso, 
deve soltar todo o ar do manguito e insuflar novamente mais ou menos 30 
mmHg a mais do que foi achado na pressão sistólica. Colocar o estetoscópio 
sobre a artéria braquial e soltar o ar na razão de 3 mmHg/seg até o 
completo esvaziamento da câmara. O primeiro som ouvido é o da pressão 
sistólica e o último é o valor da pressão diastólica. 
FASES DE KOROTKOFF: ruídos que ocorrem devido a passagem de sangue 
pela artéria que antes fora colabada pela insuflação do manguito. 
O MANGUITO ESTREITO 
IRÁ MEDIR UMA PA MAIS 
ALTA QUE A REAL. 
O MANGUITO LARGO IRÁ 
MEDIR UMA PA MAIS 
BAIXA QUE A REAL. 
FASE I: O primeiro som é claro, é o valor da pressão SISTÓLICA. 
FASE II: Batimentos com murmúrios na parede dos vasos sangüíneos.FASE III: Os batimentos são mais audíveis e mais acentuados de maneira 
que os murmúrios da fase anterior desaparecem. 
FASE IV: Os batimentos tornam-se menos acentuados, com abafamento dos 
sons. 
FASE V: Desaparecimento dos sons pois restabelece o calibre normal da 
artéria e o sangue não promove mais ruídos perceptíveis à ausculta da 
artéria radial. 
HIATO AUSCULTATÓRIO: É o desaparecimentos dos sons durante a 
última parte da FASE I e na FASE II. Ele pode cobrir uma faixa de 30 a 40 
mmHg podendo subestimar a pressão sistólica ou superestimar a pressão 
diastólica. Para evitá-lo é feito o método palpatório antes do auscultatório. 
PRESSÃO SISTÓLICA DIASTÓLICA 
ÓTIMA < 120 < 80 
NORMAL < 130 < 85 
LIMÍTROFE 130 - 139 85 - 89 
HA 1 140 - 159 90 - 99 
HA 2 160 - 179 100 - 109 
HA 3 > 180 > 110 
H SIST. ISOLADA > 140 < 90 
A hipertensão sistêmica isolada é comum em idoso (devido á rigidez de 
artérias) = aterosclerose. 
A hipertensão arterial sistêmica causa principalmente AVC’s. 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
PA em crianças: usar um manguito de tamanho ideal, evitar aferir a pressão 
com a criança chorando, em crianças muito pequenas o método palpatório é 
melhor para a determinação da pressão sistólica e devido a dificuldade de 
ouvir ruídos em crianças, muitas vezes a pressão diastólica é determinada 
na fase IV de Korotkoff. 
PA em idosos: devido à hipotensão postural freqüente, é recomendado 
aferir a pressão em 2 posições diferentes (sentada e deitada/deitada e em 
pé), realizar a manobra de Osler que provavelmente levará ao diagnóstico de 
uma pseudo-hipertensão arterial), freqüentemente existe esclerose, 
calcificação e endurecimento da artéria braquial em idosos, de modo que 
pode levar a um aparecimento de “pseudo-hipertensão”, na qual os valores 
reais da pressão arterial são menores que os obtidos pelo 
esfigmomanômetro. 
PA em gestantes: A partir do 3º trimestre de gravidez a posição da mulher 
pode alterar a pressão arterial, por isso a aferição é feita em decúbito 
lateral esquerdo, com o braço ao nível do coração. 
3. TEMPERATURA: A temperatura central do corpo (interna) tem uma 
variação de 0,6ºC enquanto a temperatura externa do corpo está 
sujeita a variações de acordo com o ambiente. 
A temperatura corporal obedece um ritmo circadiano com MÁXIMO 
entre 18 e 22 horas e MÍNIMA entre 2 e 4h. 
Os valores térmicos estão aumentados em certas condições tais como 
refeições, exercícios físicos intensos, gravidez ou ovulação. 
É importante notar a pressão de pulso pois ela remete à perfusão 
tecidual periférica. 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA E VALORES 
NORMAIS: 
1.axilar 2.oral 3.retal 4.timpânico 5.arterial pulmonar 6.esofágico 
7.nasofaringiano 8.vesical 
AXILAR: necessidade de higienizar a axila e o termômetro (excesso de pêlo 
pode alterar a temperatura) – higiene do termômetro com álcool ou solução 
anti-séptica. 
ORAL: coloca-se o termômetro na região sublingual, tem que ser um 
termômetro individual, verificar se não ingeriu alimentos quentes ou frios, a 
respiração deve ser feita pelo nariz. 
RETAL: fornece uma aproximação maior da temperatura central, o 
termômetro é colocado na ampola retal, o termômetro deve ser individual (o 
bulbo é redondo), é pouco usado pois causa incômodo ao paciente e é 
culturalmente rejeitado. 
MEMBRANA TIMPÂNICA: mede exatamente a temperatura central 
(passam artérias que irrigam o centro termorregulador). 
LOCAL TEMPERATURA 
AXILAR 35,5 - 37 
ORAL 36 - 37,4 
RETAL 36 - 37,5 
 
4. FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA: tem controle autônomo (centros 
respiratórios do bulbo da medula) e voluntário. Existe 
quimioreceptores para a pressão de O2, CO2 e H. 
A FR normal é de 15 a 21 movimentos/minuto. 
 Ritmo: regular ou irregular 
 Freqüência: TAQUIPNÉIA (> 24 mpm) e BRADIPNÉIA (< 14 mpm) 
Deve-se observar os movimentos respiratórios do paciente (expansão da 
caixa torácica/abdominal) sem tossir ou falar (o paciente também não 
deve perceber que sua respiração está sendo contada – alterações).

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