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caderno de acertos processo penal militar

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CADERNOS DE ACERTOS DE PENAL MILITAR E PROCESSO PENAL MILITAR
DPU Analista Técnico
Situação hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade sediada em Porto Alegre praticou crime militar na Argentina, durante exercício militar. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o CPPM, o crime deverá ser processado na Auditoria da capital federal, sediada em Brasília – DF.
Marquei “Errado”, porque achei que seria processado em Porto Alegre. Errei, contudo, porque os crimes praticados fora do território nacional (todo lá fora), nos termos do art. 91, do CPPM, serão julgados na Capital Federal :Art 91 CPPM - Os crimes militares cometidos fora do Território Nacional serão, de regra, processados em Auditoria da Capital da União (…)
Jonas, praça das Formas Armadas, foi denunciado pelo crime de concussão em concurso com outros agentes militares e, após regular transcurso do processo, com a observância de todas as regras procedimentais e garantias constitucionais asseguradas aos réus, foi o feito levado a julgamento. Na sessão de julgamento, ao apreciar os fatos e provas apresentados pelas partes, entendeu o CPJ que deveria dar ao fato imputado a Jonas nova definição jurídica, diversa da que constava na denúncia, definição esta que resultaria em aplicação de sanção penal mais severa que a até então prevista.
Nessa situação hipotética, o CPJ equivocou-se ao dar nova classificação jurídica para aplicar pena mais grave ao réu, uma vez que a emendatio libelli no sistema processual castrense exige formulação expressa do MPM em alegações escritas, além de oportunidade de resposta por parte da defesa. 
Marquei Errado, porque fiz uma analogia com o processo penal comum. Contudo, o processo penal castrense tem regra própria: Art. 437. O Conselho de Justiça poderá:
a) dar ao fato definição jurídica diversa da que constar na denúncia, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave, desde que aquela definição haja sido formulada pelo Ministério Público em alegações escritas e a outra parte tenha tido a oportunidade de respondê-la;
A Associação Nacional de Sargentos do Exército (ANSAREX), em nome próprio e na defesa estatutária de seus associados, ofertou representação ao Ministério Público Militar (MPM) em face da conduta de um oficial que era comandante de batalhão de infantaria motorizada, superior hierárquico de 20 sargentos desse batalhão, todos associados à ANSAREX, uma vez que ele, diuturnamente, tratava seus subordinados com rigor excessivo; punira alguns militares com rigor não permitido por lei; ordenara que dois militares em prisão disciplinar ficassem sem alimentação por um dia; e ofendia os subordinados, constantemente, com palavras. Decorridos dois meses da representação, sem que tivesse havido manifestação do MPM, a associação promoveu ação penal privada subsidiária da pública perante a Justiça Militar da União, pedindo conhecimento da demanda e, ao final, a total procedência dos pedidos, com consequente aplicação da pena correspondente pelos delitos, além da anulação das sanções disciplinares injustamente aplicadas, com a respectiva baixa nos assentamentos funcionais. Considerando essa situação, é correto afirmar que é da Justiça Militar da União a competência para julgar ações judiciais contra atos disciplinares militares e que, mesmo sem previsão no CPM e CPPM, se admite a ação penal privada subsidiária da pública no processo penal militar, bem como seu exercício pela pessoa jurídica, no interesse dos associados, com legitimação concorrente nos crimes contra a honra de servidor militar.
Marquei Certo, porque foquei na possibilidade de ação penal privada subsidiária da pública no processo penal militar. Isso eu acertei, mas há outros erros na questão. 
1. é correto afirmar que é da Justiça Militar da União a competência para julgar ações judiciais contra atos disciplinares militares: ERRADO -Justiça Militar da União compete processar e julgar os crimes militares. Somente a justiça Militar Estadual é competente para julgar as ações judiciais contra atos disciplinares militares. Como se trata de militar das forças armadas, a competência para questionar ato disciplinar é da justiça federal comum, não da Justiça Militar da União.
2. e que, mesmo sem previsão no CPM e CPPM, se admite a ação penal privada subsidiária da pública no processo penal militar - nesse ponto, a questão está correta.
3. bem como seu exercício pela pessoa jurídica, no interesse dos associados. ERRADA: posicionamento do STF: esta Suprema Corte não tem reconhecido, a entidades civis e sindicais, legitimação ativa “ad causam” para, agindo em sede penal, ajuizarem, em substituição processual ou em representação de seus associados, ação penal, inclusive aquelas denatureza cautelar ou tendentes a uma sentença condenatória.
4. com legitimação concorrente nos crimes contra a honra de servidor militar. ERRADA: crime contra a honra de servidor militar não comporta legitimação concorrente. Trata-se de crime de ação penal pública incondicionada, diferentemente do processo penal comum. A legitimidade é exclusiva do MP, salvo ação penal privada subsidiára da pública!
Juiz TJSP
Considere o caso hipotético. Uma viatura descaracterizada da Polícia Militar, composta pela guarnição do Tenente “X”(encarregado) e Soldado “Z”(motorista), conduzindo a civil “Y” (passageira), ao transitar pela Rodovia dos Imigrantes teve a sua passagem obstruída por um caminhão, precipitando-se numa ribanceira, lesionando gravemente a passageira (civil “Y”).
Marquei errado, porque considerei certa a opção “compete à Polícia Judiciária Comum (Polícia Civil) a apuração do fato, em razão de tratar-se de crime de trânsito.”, já que não vislumbrei possibilidade de ser crime militar. Incrivelmente, contudo, o gabarito é “Certo”, na medida em que poderia, sim, constituir crime militar. 
À luz do direito processual penal militar, em nenhuma hipótese, o Conselho de Justiça poderá decidir sobre recebimento da denúncia.
Marquei errado, porque achei que a resposta certa fosse “questões prejudiciais”. Mas errei, porque quem recebe a denúncia é o juiz auditor (singular), após o que é convocado o Conselho de Justiça. 
Consumado o crime de deserção, o Comandante ou o primeiro Oficial em Serviço que tomar conhecimento do fato, lavrará o respectivo Termo de Deserção que deverá ser remetido à Justiça Militar Estadual. 
Marquei Certo, porque achei que fosse esse o trâmite. E de fato é, mas errei, porque o art. 451 do CPP não falar do “primeiro oficial de serviço”, mas apenas do comandante, autoridade correspondente ou superior. 
O termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer os elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor à prisão. 
Marquei Errado, porque achei que o desertor não necessariamente seria sujeitado à prisão. Mas errei, porque essa é a literalidade do art. 452, do CPP. 
II - As ações judiciais contra atos disciplinares militares serão julgadas pelo Juiz de Direito do Juízo Militar, de forma monocrática. 
Marquei Errado, porque achei que seriam julgadas pelo Conselho de Justiça. Contudo, errei, porque “Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.” (Art. 125. (…) § 5º)
III - Aos Conselhos de Justiça, Permanente ou Especial, competem o julgamento de policiais militares ou bombeiros militares por crimes militares cometidos contra militares, e, ainda, por crimes militares praticados em desfavor de civis, excetuados os delitos dolosos contra a vida, de competência do Tribunal do Júri.
Marquei “Certo”, mas está errado, porque essa competência é do Juiz singular. O conselho só julga quando não há civil como vítima. 
DPU OUSE SABER
Suponha que um sargento da aeronáutica, estando defolga, discute com seu vizinho, policial militar, sobre assunto não relacionado à atividade militar, acabando por causar-lhe lesão corporal. Neste caso, tendo em vista a condição de militar de ambos os envolvidos, a lesão corporal em questão, conforme previsão do CPM, é crime militar 
Eu marquei “Errado”, porque achei que o fato de o assunto não ser relacionado à atividade militar excluiria o fato da competência militar, apesar de conhecer o CPM, que, em sua literalidade, considera como crime militar o crime praticado por militar em atividade contra militar em atividade, independente da motivação do delito ou de suas circunstâncias. O gabarito foi dado como correto, tendo em vista a previsão do CPM, mas ele mesmo ressalvou entendimento diverso da jurisprudência, que entende necessária a relação com a atividade militar. 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado sargento da aeronáutica, de folga com outros militares em vila militar, em comemoração de seu aniversário, venha a se embriagar. Ainda embriagado, acaba por se envolver em discussão e lesiona a faca outro sargento da aeronáutica. Nesta situação, caso seja condenado pelo crime de lesão corporal, em que pese a embriaguez não ter sido preordenada, ainda assim incidirá contra ele circunstância que agrava a pena, em virtude de seu estado embriaguez no momento do crime. 
Marquei Errado, porque no DP não seria agravante. Contudo, ao contrário da legislação comum, o CPM agrava a pena pela mera embriaguez voluntária, ou seja, não seja proveniente de caso fortuito, engano ou força maior. Desta forma, a alternativa se encontra correta. Vale dizer que, em relação ao não militar, possui regra semelhante à da legislação comum, considerando como agravante apenas a embriaguez preordenada. Assim, no caso de civil, a assertiva estaria correta. 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado soldado, reincidente, seja condenado pelo crime de furto a uma pena de 01 ano de reclusão, condenação já transitada em julgado (02.02.2013). Nesta situação, tendo em vista que a prescrição para a pena de 01 ano ocorre em 04 anos, conforme prevê o Código Penal Militar, e não tendo ainda sido iniciado o cumprimento da pena nem incidido qualquer causa de interrupção/suspensão, a prescrição da pretensão executória incide na espécie, devendo ser declarada extinta a punibilidade. 
Marquei “Errado”, porque achei que o prazo fosse de 2 anos. Mas só é de 2 anos se o máximo da pena for menor que 1. Se for igual a 1 ano, a prescrição de 4 anos. 
Note-se que, ao contrário da legislação comum, não há no CPM previsão de aumento do prazo prescricional em razão da reincidência, motivo pelo qual a prescrição ocorre realmente em 04 anos 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado soldado do exército, utilizando-se de seu facebook, publica crítica respeitosa a uma resolução do governo. Nesta hipótese, tendo em vista a garantia da liberdade de expressão e não ter havido qualquer desrespeito, não há a ocorrência da prática de crime militar pelo soldado. 
Marquei CERTO, porque achei que prevaleceria a liberdade de expressão. Contudo, o Código Penal Militar prevê figura típica de publicação ou crítica indevida: Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo. 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado militar, após prestar serviço militar obrigatório tenha sido licenciado e que, por erro da Administração, continuou a receber os valores mensais de soldo, após licenciado. Nesta situação, mesmo não se tratando mais de militar, a competência para julgamento do delito de apropriação de coisa havida por erro é da Justiça Militar. 
Marquei errado, porque achei que se não fosse mais militar, não poderia ser julgado na Justiça Militar. Inicialmente cumpre salientar que o militar licenciado, para fins de aplicação da legislação penal militar, é considerado civil. O civil, no âmbito da Justiça Militar da União pode sim ser processado nesta especializada, ao contrário do que ocorre na Justiça Militar dos Estados. Assim, como o crime em questão foi praticado em detrimento da Administração Militar, violando assim os pilares da hierarquia e da disciplina militares, visto que afetam os interesses morais e organizacionais da Administração Militar, trata-se de crime militar, devendo ser julgado pela Justiça Militar. 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinando tenente do exército, em missão na Argentina, pratica homicídio contra civil em comissão de natureza militar. Nesta situação, à luz da literalidade do CPM, deverá o tenente ser julgado pela Justiça Militar do Brasil, em face do princípio da extraterritorialidade. 
Marquei Certo, porque achei que fosse crime militar, de extraterritorialidade incondicionada. Assim, como o crime foi praticado por militar em comissão de natureza militar contra civil, seria crime militar e, pelo princípio da extraterritorialidade, seria julgado pela Justiça Militar 
Ocorre que dispõe o parágrafo único do art. 9º dispõe que: Parágrafo único.  Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº 12.432, de 2011) Logo, sendo um crime doloso contra a vida, será crime comum e, logicamente, não será julgado pela Justiça Militar, não se aplicando a extraterritorialidade. 
DPU OUSE SABER
A contagem prescrição da pretensão executória, conforme dispõe o Código Penal Militar, se inicia com o trânsito em julgado, para a acusação, da sentença condenatória. 
Marquei certo, porque achei que fosse o mesmo tratamento do CP, mas não é. o CPM tem disposição própria sobre o tema, diferente da legislação comum: Art. 126. A prescrição da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança que a substitui (art. 113) regula-se pelo tempo fixado na sentença e verifica-se nos mesmos prazos estabelecidos no art. 125, os quais se aumentam de um têrço, se o condenado é criminoso habitual ou por tendência. § 1º Começa a correr a prescrição: a) do dia em que passa em julgado a sentença condenatória ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; Nesta toada, a legislação especial deve ser aplicada, estando, portanto, incorreto o enunciado. 
O STF já se posicionou neste sentido: A prescrição da pretensão executória tem como marco inicial o trânsito em julgado para ambas as partes, nos termos do art. 126, § 1º, do CPM, que, como lei especial, aplica-se, não tendo incidência, no caso, o art. 112, I, do CP. [RMS 31.834, rel. min. Cármen Lúcia, j. 22-4-2014, 2ª T, DJE de 5-5-2014.] 
DPU OUSE SABER
O instituto da reabilitação também possui previsão na legislação militar, divergindo da legislação penal comum em relação ao prazo para realização do pedido, que neste último caso é de 02 anos, em regra. 
Marquei Errado, porque desconhecia o tratamento do CPM. No CP é de 02 anos, no CPM é de 05 anos. 
Art. 134, §1º- A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em que fôr extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou da medida de segurança aplicada em substituição (art. 113), ou do dia em que terminar o prazo da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, desde que o condenado 
DPU OUSE SABER
Petros, soldado do exército, foi denunciado e processado pelo crime de furto, tendo em vista ter subtraído a quantia de R$ 50,00 de seu colega, no alojamento do quartel. Caso provada a ocorrência do furto, tendo em vista que não se aplica no âmbito da Justiça Militar o princípio da insignificância, Petros necessariamente será condenado a uma pena privativade liberdade. 
Marquei “Certo”, porque sei que no CPM não há pena de multa, pelo que achei que lhe restou a pena privativa de liberdade. Contudo, o art. 240, §1º, do CPM, dispõe que a infração pode ser tratada como disciplinar, desde que o agente seja primário e a coisa seja de pequeno valor ou tenha restituído a coisa ou reparado o dano antes de instaurada a ação penal. 
Ainda, devo estar atento que a Justiça Militar não repudia a aplicação do princípio da insignificância em todos os delitos (não sabia disso). Apenas tem reiterada jurisprudência de não aplicação do princípio no crime de Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar (lembrar que tráfico e uso tem mesma pena no CPM! É um crime só – art. 290, do CP). 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado réu solto, esteja sendo processado no âmbito da Justiça Militar da União. Neste caso, de acordo com a letra da lei do CPPM e ressalvada a jurispurdência do STF, se não comparecer a um ato processual, quando devidamente convocado, será considerado revel, sendo nomeado curador para acompanhar os atos processuais, incumbindo ao curador a defesa do revel, não podendo, no entanto, conforme dispõe expressamente o CPPM, apelar da sentença condenatória. 
Errei, porque achei um absurdo o CPPM prever que o revel não poderia apelar. Mas essa é a literalidade do CPPM
Defesa do revel. Recursos que pode interpor Art. 414. O curador do acusado revel se incumbirá da sua defesa até o julgamento, podendo interpor os recursos legais, excetuada a apelação de sentença condenatória. 
O STM concordou com essa tese em acórdão muito antigo (1986.01.044747-4), mas o STF decidiu que a norma viola o princípio da ampla defesa (HC 70112). Então, atenção: o enunciado está correto ao explorar o texto expresso do CPPM. Mas, à luz da jurisprudência do STF, estaria errado. 
DPU OUSE SABER
No rito ordinário do processo penal militar, levando-se em consideração que no dia da sessão de julgamento há previsão de manifestação oral da acusação e da defesa, em que poderão apresentar suas teses, entende-se que a apresentação de alegações escritas, tanto pela acusação como pela defesa é ato facultativo, não gerando nulidade sua não apresentação. 
Marquei Correto, porque sabia que as alegações finais defensivas eram prescindíveis (diferente do CPP). Contudo, o Código prevê dois momentos para que acusação e defesa apresentem seus argumentos finais com a finalidade de convencimento do órgão julgador: as alegações escritas e a manifestação oral em audiência. Neste sentido, discute-se na doutrina a obrigatoriedade da apresentação de alegações escritas, em virtude da possibilidade de apresentação posterior dos argumentos oralmente. Em relação à acusação, o tema é pacífico, sendo obrigatória a apresentação da manifestação escrita, até para que se possa delimitar a acusação (as alegações escritas delimitam a acusação no processo penal militar). 
No que tange à defesa, o tema não é pacífico em sede doutrinária, havendo tendência a se entender pela possibilidade de não apresentação. No âmbito jurisprudencial, o STF já decidiu pela possibilidade da defesa apresentar das teses de defesa somente em sede de manifestação oral (HC 80251). 
DPU OUSE SABER
À luz da jurisprudência, a sessão de julgamento no âmbito do processo penal militar será pública. A deliberação dos votos se dá em sessão secreta. 
Marquei Certo, por conta da redação expressa do CPPM (art. 434), que diz exatamente o que fala o enunciado. Contudo, doutrina e jurisprudência são uníssonas em afirmar a inconstitucionalidade do dispositivo que prevê a sessão para deliberação de forma secreta, por violação à expressa disposição constitucional. 
DPU OUSE SABER
Júnior, oficial da marinha, estando de serviço no interior do Estado de Goiás, decide se deslocar do quartel no veículo oficial para comprar lanche para os praças. Nesta situação, caso Júnior deixe seu armamento no automóvel, em local em que não poderia ver o veículo, não tomando as cautelas necessárias, e ao retornar não mais entra seu equipamento, deverá responder pelo crime de extravio, cuja pena é de reclusão. 
Marquei Certo, mas está errado, porque a pena da modalidade culposa não é de reclusão, mas de detenção. 
Art.  265. Fazer desaparecer, consumir ou extraviar combustível, armamento, munição, peças de equipamento de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizado: Pena - reclusão, até três anos, se o fato não constitui crime mais grave. Modalidades culposas Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis meses a dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do pôsto de um a três anos, ou reforma; se resulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma. 
DPU OUSE SABER
Suponha que dois militares da aeronáutica, Souza e Oliveira, com unidade de desígnios, decidem subtrair do colega Diógenes sua carteira, sabedores que o colega havia deixado a carteira no armário e saído. Souza aguarda vigiando a entrada do alojamento, enquanto Oliveira adentra para efetuar a subtração. Ocorre que, ao chegar dentro do alojamento, Oliveira é surpreendido por Diógenes. Oliveira então, para não ser preso, decide executar Diógenes com golpes de faca. Nesta situação, tendo em vista que o CPM não adota o instituto da participação dolosamente distinta, Souza e Oliveira responderão pelo mesmo delito. 
Marquei Errado, porque achei um absurdo o CPM não prever o instituto da cooperação dolosamente distinta, mas a legislação militar não contempla expressamente tal instituto, motivo pelo qual não há que se falar, pelo menos de acordo com o CPM em sua aplicação, em que pese a existência de defensores da aplicação, com fundamento no art. 12 do CP.
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado militar, estando de serviço com mais outros 03 militares, resolve abandonar o posto por um pequeno espaço de tempo, para visitar sua namorada. Se demonstrado no processo que a conduta praticada não gerou qualquer risco para a unidade, tendo em vista que os outros militares estavam de prontidão, mesmo assim resta configurado o crime de abandono de posto, por ser crime de perigo abstrato. Ademais, a jurisprudência do STM e do STF sequer tem admitido a atipicidade do crime de abandono de posto pela aplicação do princípio da insignificância, mesmo que muito curto o tempo de 62 abandono ou presença de outros militares de sentinela. 
Marquei errado, porque achei cabível o princípio da insginificância no crime de abandono de posto. Contudo, trata-se de delito de perigo abstrato, motivo pelo qual tanto STF como STM têm entendimento consolidado de que não há que se falar na aplicação do princípio da insignificância, mesmo em situações como a do enunciado 
DPU OUSE SABER
Júlio, militar, foi condenado pela justiça castrense à pena de 01 ano de detenção, com oferecimento do sursis penal. Durante o cumprimento do sursis, a defesa interpõe petição requerendo a extinção da punibilidade pelo indulto. Da decisão que indefere o pedido de reconhecimento do indulto cabe recurso de agravo em execução, por se tratar de fase da execução penal. 
Marquei Certo, porque achei que na execução penal militar o recurso seria agravo em execução. Contudo, Na execução que tramita na Justiça castrense, não há aplicação direta da lei de execução penal, tendo em vista expressa disposição legal da LEP. Desta forma, por ser uma decisão que negou a extinção da punibilidade em processo de execução, é cabível recurso em sentido estrito, em consonância com o art. 516, “m” do CPPM. 
DPU OUSE SABER
Não cabe prisão temporária no âmbito de inquéritos policiais militares. 
Marquei errado, porque imaginei que houvesse. Vacilei. A legislação processual penal militar prevê quase todas as hipóteses de prisão da legislação comum. Uma das exceções é exatamente a prisão temporária,tendo em vista que conforme preceitua a Lei 7960/89, esta somente se aplica aos crimes expressamente elencados. 
OBS.: Tortura não é crime militar (porque não está previsto no CPM!). Logo, se o militar pratica tortura, mesmo em ambiente militar, ele vai ser julgado pela Justiça Comum. 
DPU OUSE SABER
Assim como na legislação comum, a coação resistível é atenuante que pode ser aplicada pelo juiz no âmbito do processo penal militar 
Marquei Errado, porque achei que o tratamento não fosse semelhante. No caso posto, de fato, a coação resistível á atenuante genérica na legislação comum (art. 65, III, c, CP). No âmbito da legislação militar, a coação resistível também é atenuante, só que prevista especificamente no âmbito do instituto da coação (não é genérica)
DPU OUSE SABER
No direito penal militar é possível a aplicação da pena de morte, devendo, em regra, antes da execução da pena, ocorrer comunicação ao Presidente da República. Também surge como requisito à necessidade de efetivação da pena que a sentença capital tenha sido decretada por Juiz-Auditor e confirmada pelo Conselho Superior de Justiça, em caso de praça. 
Marquei Errado, mesmo sem conhecer a matéria. Errei, contudo. 
O CPM também traz regras relativas à pena de morte, in verbis: 
Comunicação Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunicação. Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares. 
A pena de morte, por somente ser aplicada em período de guerra, deverá o crime que comina a pena ser julgado pelos órgãos de Justiça que funcionam neste período. A lei 8457/92, sobre estes órgãos, dispõe: Art. 89. Na vigência do estado de guerra, são órgãos da Justiça Militar junto às forças em operações: I - os Conselhos Superiores de Justiça Militar; II - os Conselhos de Justiça Militar; III - os Juízes-Auditores 
Realizada esta abordagem geral sobre a pena de morte, verifica-se que o item encontra-se correto em sua primeira parte, por realmente haver a exigência, em regra, da comunicação da pena de morte ao Presidente da República. Por outro lado, a segunda parte também está correta, pois quem julga praça em época de guerra é o Juiz-Auditor (quem julga o oficial é o Conselho de Justiça), sendo o Conselho Superior de Justiça o responsável por julgar eventual apelação contra esta decisão 
DPU OUSE SABER
No âmbito do processo penal militar de primeira instância, não é cabível a interposição de embargos de declaração para atacar sentença. 
Marquei Errado, porque jamais iria imaginar que seria incabível a oposição de Embargos de Declaração contra sentença primeiro grau. Entretanto, o CPPM não prevê a possibilidade de interposição de embargos de declaração contra sentença de 1º grau. Apenas prevê o manejo de tal recurso no âmbito do Tribunal. (art. 538, CPPM). 
DPU OUSE SABER
A legislação processual penal militar, ao contrário da legislação processual penal comum, prevê a apresentação de alegações finais escritas como regra no procedimento ordinário, e não como exceção. 
Marquei Errado, porque interpretei mal a questão. Interpretei como se dissesse respeito à apresentação de alegações finais, e não quanto à forma de apresentação. De fato, as alegações finais escritas no procedimento ordinário da Justiça Militar devem ser interpostas após a finalização de toda a produção da prova (inclusive após eventuais diligências finais requeridas), o que torna o enunciado correto. Essa é a regra da legislação processual penal militar, que difere da legislação comum, que prevê, como regra, que as alegações finais sejam na forma oral.
DPU OUSE SABER
No procedimento especial para apuração do crime de insubmissão, as alegações escritas devem ser interpostas após o fim da fase de produção das provas, devendo a Defensoria Pública da União ser intimada pessoalmente para apresentação, caso atue no processo. 
Marquei Certo, sem conhecer a matéria. Aqui temos uma questão sobre um dos ritos especiais previstos no CPPM, no caso o rito do crime de insubmissão. Conforme prevê o art. 465, no que tange à instrução, aplicam-se os dispositivos do processo especial de deserção, também previsto no CPPM. Da análise dos dispositivos atinentes à matéria, nota-se que nos processos de deserção e insubmissão não há previsão das alegações finais na forma escrita, tendo em vista a intenção do legislador em abreviar ao máximo o rito. 
DPU OUSE SABER
Conforme dispõe o CPM, as medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença para direção de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de freqüentar determinados lugares. As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco. 
Marquei Errado, porque achei que as medidas de segurança não detentivas seriam o tratamento ambulatorial. Mas o enunciado da questão é a cópia literal do art. 110, do CPM. 
DPU OUSE SABER
Suponha que um grupo de militares esteja preso em virtude de infração disciplinar, Nesta situação, caso se amotinem perturbando a disciplina do recinto de prisão, responderão no âmbito penal, pelo crime de amotinamento 
Marquei Certo, porque achei que fosse crime de amotinamento. 
Amotinamento Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar
É crime contra a autoridade ou disciplina militar, de concurso necessário, em que militares presos se agrupam para perturbar a disciplina na prisão. Nesta toda, somente o preso decorrente de processo penal (provisório ou definitivo) se amolda ao tipo em questão, tendo em vista que a doutrina adota uma interpretação restritiva do tipo. Assim, o preso disciplinar não pratica tal crime, podendo sua conduta ser enquadrada em outra espécie típica, mas não no delito em questão. 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado sargento da aeronáutica tenha sido condenado à suspensão do exercício do posto, por dois meses, tendo em vista a prática do crime de rigor excessivo, no ano de 2016, já tendo cumprido a suspensão. Se, já em 2017, é novamente condenado, agora à pena privativa de liberdade de 01 ano pelo crime de furto, com trânsito em julgado da pena em 2016, não há qualquer óbice legal à concessão da suspensão condicional da pena, se preenchidos todos os outros requisitos legais, mesmo possuindo o militar uma condenação anterior transitada em julgado. 
Marquei Errado, porque achei que a reincidência impedisse o sursis. Enquanto no direito penal comum exige-se que o condenado não seja reincidente em crime doloso (podendo ser reincidente em crime culposo), no direito penal militar exige-se que o sentenciado não seja reincidente em crime punido com pena privativa de liberdade (que tanto pode ser doloso como culposo). Neste caso, como a primeira condenação não foi a uma pena privativa de liberdade, não há óbice à concessão da suspensão condicional da pena! 
OBS.: Não cabe Ação Penal exclusivamente privada na Justiça Militar. 
DPU OUSE SABER
O militar que frauda licitação em prejuízo da Fazenda Nacional, impedindo a livre concorrência de outros fornecedores, deve ser responsabilizado, não por crime militar, mas por crime comum, tendo em vista que a lei de licitações é lei especial que prevê condutas que não têm regra idêntica no Código Penal Militar. 
Marquei Errado, porque jamais iria imaginar que crime de licitações seria militar. Contudo, Ao contrário do afirmado no enunciado, o Código Penal Militar prevê a seguinte figura típica (art. 339,CPM). Neste caso, havendo figura típica, deve ser o fato considerado como crime militar e, consequentemente, ser a Justiça Militar o órgão competente para processamento. 
DPU OUSE SABER
A legislação processual penal, no âmbito militar, prevê uma figura semelhante à emenda à inicial da legislação civil, quando determina, por exemplo, que o juiz, antes de rejeitar a denúncia, a remeta ao órgão acusador para sanar irregularidades. 
Marquei Errado, porque achei inusitado e contra a principiologia que rege o Direito Penal. Contudo, os requisitos formais da denúncia, quando não preenchidos, devem ser regularizados pelo MPM, a pedido do magistrado. 
Preenchimento de requisitos § 1º No caso da alínea a  (se não contiver os requisitos expressos no artigo anterior), o juiz antes de rejeitar a denúncia, mandará, em 53 despacho fundamentado, remeter o processo ao órgão do Ministério Público para que, dentro do prazo de três dias, contados da data do recebimento dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o tenham sido 
DPU OUSE SABER
Suponha que determinado insubmisso esteja em cumprimento de menagem no quartel, enquanto responde ao processo penal pela insubmissão. Nesta hipótese, caso seja condenado, com pendência de análise do recurso de apelação do réu, se ainda presentes os requisitos autorizadores da menagem, deverá o réu continuar cumprindo a medida constritiva. 
Marquei Errado, sem conhecer a matéria. Contudo, havendo sentença condenatória, é obrigatória a cessação da menagem, o que torna incorreta a assertiva. Cessação da menagem Art. 267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado 
DPU OUSE SABER
A prisão preventiva pode ser decretada, em qualquer fase da persecução penal, pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a requerimento do MP ou por representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar. 
Marquei Errado, porque achei que só quem pudesse decretar a preventiva seria o Conselho de Justiça. Entretanto, a decretação de prisão preventiva é de competência, tanto do Juiz-Auditor como do Conselho de Justiça. Há neste caso, uma espécie de competência concorrente. 
DPU 2015
Se um oficial das Forças Armadas cometer crime de furto simples, ele ficará sujeito à declaração de indignidade para o oficialato, qualquer que seja a sua pena.
Marquei “Errado”, porque achei muito severo o regramento (qualquer que seja a pena). Contudo, é exatamente o que diz o CPM-  Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. Art. 240= furto
DPU 2015
Júlio, praça das Forças Armadas, foi denunciado pelo crime de furto de armamentos da unidade militar em que servia, em concurso com outros agentes civis. No curso da instrução do processo, a DP ingressou com pedido de reconhecimento de questão prejudicial, atinente ao estado da pessoa: menoridade de um dos corréus. O CPJ reputou que a alegação era irrelevante no momento e que, na verdade, a arguição não era séria nem fundada, pois tinha por escopo procrastinar a persecução penal e alcançar eventual prescrição da pretensão punitiva.
Nessa situação hipotética, poderá o CPJ prosseguir com a instrução do feito e submeter os réus a julgamento, uma vez que, no sistema processual penal militar, as questões prejudiciais, ainda que fundadas no estado civil de pessoa (menoridade) envolvida no processo, não redundam em suspensão obrigatória do processo. 
Marquei errado, mesmo sabendo do regramento. Foi uma questão de interpretação. Continuaria marcando errado e ainda não descobri porque está certo. 
NO CPPM:
Estado civil da pessoa
 Art. 123. Se a questão prejudicial versar sôbre estado civil de pessoa envolvida no processo, o juiz:
  a) decidirá se a argüição é séria e se está fundada em lei;
 Alegação irrelevante
  b) se entender que a alegação é irrelevante ou que não tem fundamento legal, prosseguirá no feito;
 Alegação séria e fundada
  c) se reputar a alegação séria e fundada, colherá as provas inadiáveis e, em seguida, suspenderá o processo, até que, no juízo cível, seja a questão prejudicial dirimida por sentença transitada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição de testemunhas e de outras provas que independam da solução no outro juízo.
DPU 2015
O arresto tem por finalidade a satisfação do dano causado pela infração penal ao patrimônio sob a administração militar, podendo ser decretado, de ofício, pela autoridade judiciária, em qualquer fase da persecução penal, desde que exista certeza da infração e fundada suspeita da sua autoria.
Marquei Certo, mesmo achando estranho o “em qualquer fase”, porque coloquei na cabeça que o CPM e o CPPM eram mais gravosos. A questão está errada pois dispõe que o arresto pode ser decretado, de ofício, pela autoridade judiciária, em qualquer fase da persecução penal. Na fase da persecução penal antes da denúncia, só pode ser decretado se o solicitar, com fundado motivo, o encarregado do inquérito ou o MPM, ou seja, na fase de IPM não é possível a autoridade judiciária militar decretar o arresto de ofício. 
DPU 2015
A liberdade provisória mediante o pagamento de fiança é concedida somente aos civis, pois, para os militares, há outros instrumentos jurídicos que obstam a custódia desnecessária, como a menagem, por exemplo.
Marquei Certo, porque achei que não houvesse fiança no DPPM. Estava certo, mas errei por falta de atenção. A questão está errada porque não há previsão de fiança para o militar ou para civil, mas pode-se aplicar a Menagem para ambos. 
DPU 2010
Em caso de concessão da menagem a militar da reserva ou reformado, o cumprimento deverá ocorrer no interior do estabelecimento castrense coincidente com a sede do juízo de apuração do crime, devendo o militar ficar subordinado às normas de caráter geral da caserna e sendo vedado seu afastamento dos limites do estabelecimento militar.
Marquei Certo, mas errei, por conta do art. 264, CPPM- Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no lugar em que residia quando ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o estiver apurando, ou, atendido o seu pôsto ou graduação, em quartel, navio, acampamento, ou em estabelecimento ou sede de órgão militar. A menagem a civil será no lugar da sede do juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o entender necessário a autoridade que a conceder. 
DIREITO PENAL MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR
A Justiça Militar se subdivide na JMU e na JME. 
A JMU julga os crimes militares (art. 124, CF) e a JME julga os militares nos crimes militares e atos disciplinares (art. 125, CF).
A Justiça Militar da União pode, portanto, julgar civis (mas não julga atos disciplinares), o que não ocorre na JME. 
Em que pese a JMU julgue civis, o STF vem restringindo esse leque cada vez mais, à luz do brocardo: “os pares julgam seus pares”. 
Na JMU, temos 4 órgãos, a saber, o STM, as Auditorias de Correição; os Conselhos de Justiça e os Juízes Auditores Militares (titulares e substitutos). 
Em primeira instância teremos o Conselho de Justiça Permanente, bem como o Conselho Especial de Justiça, que são colegiados compostos por um Juiz Auditor e 4 militares. 
O juiz auditor é civil, togado e concurso, ao passo que os Militares são Militares da Ativa (inclusive, a depender da situação, Oficiais Superiores e Generais). 
O Conselho de Justiça Permanente julga os não oficiais e o Conselho Especial de Justiça é formado para julgar os Oficiais. 
Lembremos que o CJP é instituído para funcionar durante 1 trimestre por ano, ao passo que o CEJ somente vai ser formado quando se iniciar um processo contra determinado Oficial. 
O juiz auditor participa do processamento e julgamento dos crimes militares (integrando o conselho), mas ele tem algumas atribuições monocráticas:1- relaxamento da prisão em flagrante
2- recebimento da denúncia
A DPU tenta desenvolver uma tese no sentido de que o civil deveria ser julgado monocraticamento pelo juiz auditor, mas essa tese não vem sendo aceita (O civil, por não ser oficial, sempre vai ser julgado pelo CJP).
Da decisão de 1ª instância da JMU cabe recurso para o STM; da decisão do STM cabe recurso para o STF. 
Há, ainda, um outro órgão: Auditoria de Correição. Trata-se de um juiz auditor nomeado pelo PR, que vai fazer a correição dos processos; é o juiz auditor corregedor. 
O CJP e o CEJ, além de processar e julgar, tem outras funções, como a decretação da prisão preventiva (não é monocrática do juiz auditor!). 
E os crimes dolosos contra a vida de civil?
Na JME isso não existe. 
Na JMU pode, mas isso vem sendo cada vez mais restringido.
A JMU é dividida por circunscrições militares.
 Aplicação da Lei Penal Militar
O tema vem sendo muito cobrado, sobretudo porque tem algumas diferenças com o Direito Penal Comum. 
Semelhanças: Princípio da Legalidade, abolitio criminis e lei excepcional e temporária (previsão idêntica ao Direito penal); Tempo do Crime (teoria da atividade, tal qual o DP); a súmula 711 se aplica também ao DPM (a que versa sobre crime permanente. O crime de deserção, propriamente militar, é tido pela doutrina como crime permanente. Se alguém consumou o crime de deserção em 10/04/2017 e ainda não foi capturado, nem se apresentou, esse crime está se consumando constantemente; se ele completou 21 anos durante a permanência, ele não teria a seu favor a redução do prazo prescricional, já que o tempo do crime seria o tempo da cessação). 
Diferenças
Lugar do Crime: O DP se vale da teoria da ubiquidade. O DPM se vale da teoria da ubiquidade para os crimes comissivos; mas para os omissivos vale a teoria da atividade (isso cai muito!)
Princípio da Territorialidade -
Princípio da Extraterritorialidade- Sempre incondicionada. 
Lei Penal no tempo:
O art. 3º do CPM trata da aplicação das medidas de segurança (diz que a que vale a lei da sentença, mas prevalece aquela vigente ao tempo da acusação.  Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. A doutrina critica esse dispositivo, porque, em tese, a lei da execução pode ser mais gravosa ao réu). 
Classificação dos crimes militares
Crimes Propriamente Militares (somente podem ser praticados por militares – ex.: Deserção) se Crimes Impropriamente Militares (podem ser praticados por militares ou civis – ex.: furto, nos termos do art. 240, do CPM) 
O art. 9º, do CPM, que é muito cobrado. 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
Trata dos crimes impropriamente militares (podem ser praticados por militares ou civis)
        II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados:
Trata dos Crimes Militares Impróprios (o que não é o mesmo que crime impropriamente militar). Crimes Militares Próprios (que têm previsão somente no CPM) e Militares Impróprios (previstos no CPM, com tipos análogos no CP). 
   a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; 
Cuidado! Militar em atividade (que está na ativa, é dizer, não está na reforma -incapacidade física- ou reserva - aposentado) é diferente de militar em serviço (que está efetivamente na hora do trabalho). O STF vem restringindo o alcance dessa hipótese, deixando somente quando ferir interesse militar. Mas se cair a literalidade do dispositivo, é para marcar verdadeiro. 
(…)
   III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
        a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;
Um exemplo típico desse inciso é o crime de estelionato. É o filho maior e civil, que não tem direito à pensão, que após o óbito do pai continua sacando o soldo equivocadamente depositado, fraudando documentos para tanto. Isso é crime de estelionato previdenciário e vai ser julgado pela JMU. 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; 
O típico caso de alguém que pratica o delito contra um militar, dentro de um estabelecimento militar, a exemplo do civil que agride um militar, no exercício de suas funções, dentro do Hospital Militar. 
O art. 10 trata dos crimes militares em tempo de guerra. 
Cuidado! Um crime pode ser militar próprio (estar no CPM) e ser impropriamente militar (ser praticado por militar ou civil) a exemplo do art. 302, do CPM – crime de ingresso clandestino
Ingresso clandestino
Art. 302. Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Extinção da punibilidade (art. 123, do CPM)
Art. 123. Extingue-se a punibilidade:
        I - pela morte do agente;
        II - pela anistia ou indulto;
        III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
        IV - pela prescrição;
        V - pela reabilitação;
        VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).
Muito semelhante ao CP, mas há algumas diferenças.
1- Perdão Judicial (não é previsto como causa de extinção de punibilidade no art. 125, mas ele é previsto no crime de receptação culposa -art. 255, do CPM - Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um décimo do salário mínimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena.)
PRESCRIÇÃO
Diferenças:
Crimes com pena inferior a um ano – CP = 3 anos e CPM = 2 anos (tal qual era no CP antes da alteração legislativa). 
Redução do prazo prescricional para maiores de 70 anos. No CP, o marco é a data da sentença, enquanto no CPM o marco temporal é a época do fato. 
Interrupção do prazo de prescrição:
    Interrupção da prescrição
        § 5º O curso da prescrição da ação penal interrompe-se:
        I - pela instauração do processo;
        II - pela sentença condenatória recorrível.
Não há no CPM a previsão do Acórdão condenatório (como há no CP), ao menos textualmente. 
OBS.: A prescrição da pena de reforma é de 4 anos. 
Em relação às penas acessórias, o CPM prevê expressamente a imprescritibilidade, mas isso é criticado pela doutrina e jurisprudência, que entendem que as penas acessórias prescrevem no mesmo prazo das principais. 
Casos específicos: Crime de insubmissão e deserção (muito mais gravoso o tratamento!).
  Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos. 
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. 
O desertor trânsfuga não tem contra si o prazo prescricional correndo. Assim, o STM entende que a regra do art. 132 só se aplica ao trânsfuga e não ao desertor que foi capturado ou se apresentou em serviço (para ele segue a regra geral). 
E o prazo da primeira deserção fica suspenso se o desertor desertar por uma segunda vez? Não. Mesmo nesses casos não se aplica o art. 132, segundo o STF. 
Tipos de penas principais (depois serão vistas as acessórias)
Nãoexiste pena de multa no CPM! (cai bastante)
A pena de morte é prevista no CPM para 30 delitos (todos em caso de guerra declarada, por evidente, conforme CF), que é executada por fuzilamento. 
Reclusão e detenção e prisão
Impedimento
Suspensão de exercício do posto
Reforma
O art. 58 do CPM prevê o mínimo e o máximo das penas (de forma subsidiária, claro, já que o tipo pode prever um lapso diverso)
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos.
Cumprimento da pena pelo civil
O civil sempre vai cumprir pena em estabelecimento prisional civil, ainda que condenado por crime militar. 
A exceção é o crime praticado por civil em tempo de guerra
Penas acessórias (art. 98 do CPM)
Penas Acessórias
        Art. 98. São penas acessórias:
        I - a perda de pôsto e patente;
        II - a indignidade para o oficialato;
        III - a incompatibilidade com o oficialato;
        IV - a exclusão das fôrças armadas;
        V - a perda da função pública, ainda que eletiva;
        VI - a inabilitação para o exercício de função pública;
        VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
        VIII - a suspensão dos direitos políticos.
As mais famosas são a II - a indignidade para o oficialato e III - a incompatibilidade com o oficialato. 
Essas duas penas são previstas especificamente para o Oficial, mas só podem ser efetivadas em processo próprio. Assim, se o oficial acusado for condenado pelos crimes referidos no art. 100 (isso já foi cobrado pela CESPE), a indignidade para o oficialato não é automática, só podendo ser levada a efeito mediante decisão do STM em processo próprio. 
  Incompatibilidade com o oficialato
        Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos crimes dos arts. 141 e 142.
Distintamente, os praças condenados a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, é excluído automaticamente das Forças Armadas, ex vi do art. 102, do CPM (não precisa de processo próprio)
 Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua exclusão das fôrças armadas. 
Crime continuado
O CPM prevê uma regra muito gravosa para o crime continuado, que é a soma das penas, com uma diminuição ao final. O STM vem entendendo desarrazoada essa regra, determinando-se a aplicação da regra do art. 71, do CP. 
Processo Penal Militar
Possibilidade do CPP aos crimes militares. 
O art. 3º, a, do CPPM dispõe a possibilidade da suplementariedade do CPP:
Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos:
        a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar
b) pela jurisprudência;
        c) pelos usos e costumes militares;
        d) pelos princípios gerais de Direito;
        e) pela analogia.
Questões recorrentes:
art. 366, do CPP, que trata da citação por edital. O acusado na JM que for citado por edital, suspende o processo e o prazo prescricional? A jurisprudência pacífica entende que não, porque o processo vai correr à revelia do acusado, já que o código de processo penal militar não é omisso nesse ponto
Obs.: O STF entendeu que o interrogatório deve ir para o último ato do processo, mesmo tendo em conta o que dispõe o art. 400, do CPPM. 
Medidas cautelares diversas da prisão
A Alteração legislativa do CPP se aplica ao CPPM? O STM tem entendido que não, porque não há, na visão do STM, que se falar em omissão, porque o CPPM prevê liberdade provisória e uma medida alternativa, que é a menagem (recolhiemnto do acusado em estabelecimento próprio militar ou sua residência). O STF, todavia, tem decisões episódicas no sentido de que é possível aplicar outra medida cautelar, mas, segundo o professor, não decidiu expressamente sobre isso. 
Inquérito Policial Militar
Para investição de militares existe um inquério conduzido pela própria unidade militar; por militares. 
O art. 7º e o art. 8º tratam da competência da Polícia Judiciária Militar
O IPM é conduzido por um Oficial (encarregado), que tem que ter posto superior ao do acusado. Se for do mesmo posto, o encarregado tem que ser mais antigo. 
O art. 7º cai demais! Tem que ler!
  Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos têrmos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
        a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em todo o território nacional e fora dêle, em relação às fôrças e órgãos que constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão oficial, permanente ou transitória, em país estrangeiro;
        b) pelo chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas, em relação a entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição;
        c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos, fôrças e unidades que lhes são subordinados;
        d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos órgãos, fôrças e unidades compreendidos no âmbito da respectiva ação de comando;
        e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos territórios;
        f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e serviços que lhes são subordinados;
        g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos ou serviços previstos nas leis de organização básica da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
        h) pelos comandantes de fôrças, unidades ou navios;
        Delegação do exercício
         § 1º Obedecidas as normas regulamentares de jurisdição, hierarquia e comando, as atribuições enumeradas neste artigo poderão ser delegadas a oficiais da ativa, para fins especificados e por tempo limitado.
         § 2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela recair em oficial de pôsto superior ao do indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
         § 3º Não sendo possível a designação de oficial de pôsto superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial do mesmo pôsto, desde que mais antigo.
         § 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade de pôsto.
Designação de delegado e avocamento de inquérito pelo ministro
§ 5º Se o pôsto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da reserva de pôsto mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se êste estiver iniciado, avocá-lo, para tomar essa providência.
É possível Delegar a condução do IPM? Sim (isso cai muito), mas a delegação tem que se dar por prazo determinado (não é indeterminado!). 
Prazo para conclusão do IPM
20 dias- se preso
40 dias- se solto (prorrogável por mais 20)
  Prazos para terminação do inquérito
        Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver prêso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito.
        Prorrogação de prazo
         § 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo.
Prisão
O art. 5º, LXI possibilita a prisão por crime propriamente militar, mesmo se não estiver em flagrante ou por ordem escrita e fundamentadada autoridade. 
 Art. 243. Qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem fôr insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito. 
Vale dizer que a prisão preventiva tem requisitos que devem ser atendidos, mas o CPPM traz outros requisitos, tal qual a hierarquia e disciplina
Menagem
É instituto próprio do CPPM. É o recolhimento do acusado em estabelecimento próprio militar ou em sua residência. É uma liberdade provisória condicionada e um meio termo entre liberdade total e prisão preventiva (já que o CPPM não traz previsão de outras medidas cautelares diversas). 
Obs.: Se a menagem for cumprida no estabelecimento militar, ela vai ser contada para fins de detração. Mas se ela for cumprida na residência do acusado, não servirá aos fins da detração. 
Obs.:  1º O Ministério Público será ouvido, prèviamente, sôbre a concessão da menagem, devendo emitir parecer dentro do prazo de três dias. 
A autoridade militar deve ser ouvida, quando a menagem for deferida para ser cumprida no estabelecimento militar. 
Processos em Espécie
Diferente do CPP, no CPPM não há ritos ordinário e especial. No CPPM há procedimentos especiais e o processo ordinário (não há processo sumário, tampouco sumaríssimo – não se aplica a lei 9099). 
O processamento dos crimes de deserção e insubmissão são processos especiais. 
O processo se inicia com o recebimento da denúncia (previsão expressa no CPPM). Recebida a denúncia, designava-se audiência de qualificação e interrogatório do acusado, mas isso mudou, por conta do recente entendimento do STF. Assim, são ouvidas as testemunhas de acusação para só entaõ conferir prazo à defesa para apresentar suas testemunhas. Após, haverá o interrogatório do acusado. Após, serão apresentadas as alegações finais escritas (memoriais). 
No caso da defesa, o CPPM dispõe que as alegações finais escritas não são obrigatórias (diferença grande para o CPP), na medida em que a defesa pode se reservar estrategicamente para se manifestar somente em plenário (tal qual o júri – isso porque o julgamento na JM parece muito com o júri). 
A ausência do indiciado determina o adiamento do julgamento, mas só por uma vez. 
Na sessão de julgamento, há os debates, após o que o juiz auditor vota (primeira a votar), sendo seguido pelos demais julgadores. Se todos querem condenar e houver divergência pela aplicação da pena, considera-se a média da pena. Se a condenação se der por fundamentos distintos, todos esses fundamentos devem constar da sentença. 
Há uma possibilidade de haver uma audiência exclusivamente para leitura da sentença, o que demonstra a pompa e a formalidade da JM. 
No processo de deserção, há diferença de rito para o oficial e o praça. Em segundo lugar, para que se processe o acusado de deserção, ele tem que possuir a condição de militar quando do início do processo (é uma condição de procedibilidade do processo). 
E a perda da condição de militar acarretaria a extinção do processo por perda superveniente da condição de procedibilidade? O STM e o STF entendem que não. 
O processo do desertor só pode ser iniciado se o acusado for capturado ou se apresentar espontaneamente. 
Competência territorial (muda muito para o CPP)
A regra do CPPM é o local da infração
Crimes militares praticados no estrangeiro
A competência é do Distrito Federal
Possibilidade de desaforamento
NO CPP, o desaforamento é instituto do Júri. No CPPM, o desaforamento pode ser aplicado para qualquer tipo de delito. Ele será realizado perante o STM

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