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Resumo PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO Plano cruzado O plano cruzado foi um plano anti-inflacionário que se baseou na hipótese de que o problema central da inflação brasileira era o componente inercial. O plano não desconhece a importância de outros fatores inflacionários, porém, admitiam que a influência desses era secundária. Eles procuraram abolir as práticas que eram na época, arraigadas na conduta da generalidade dos agentes econômicos, a solução imaginada foi a do chamado choque heterodoxo que tinha quatro itens principais: o fim da indexação informal, a criação de nova unidade monetária, a conversão dos salários em cruzados pela média real dos últimos seis meses e o congelamento dos preços por certo período. Os resultados do Plano Cruzado foram efetivos, porém, pouco duradouros, a inflação mensal manteve-se abaixo de 2% durante sete meses, entretanto, depois de outubro a inflação retornou com vigor redobrado, superando no primeiro semestre de 1987, a marca era de 20% ao mês. Outros planos Depois do plano cruzado, diversos outros planos anti-inflacionários foram desenvolvidos e postos em prática, são eles: Plano Bresser(1987) Plano Verão(1989), Plano Collor(1990) e Plano Collor II(1991).Os efeitos desses planos foram cada vez menos duradouros. Esses planos foram uma mistura variada de ações de contenção de demanda com tentativas de desindexação da economia e podem ser vistos como uma medida do desejo da população pela estabilização de preços. Plano Real O Plano Real teve elementos em comum com o plano cruzado, mas se diferenciou em dois aspectos importantes o primeiro foi que não se partiu da ideia que a inflação fosse essencialmente inercial e a segunda, foi em relação aos pagamentos externos, a situação do balanço de pagamento brasileiro era bastante confortável, diferente do que ocorreu nos anos 80. Um fato é que a média do saldo positivo da conta financeira brasileira passou de US$ 1,8 para 9,6 bilhões entre 1989 e 1994. Esse fato possibilitou a manutenção da taxa de câmbio relativamente fixa facilitando as importações. A implantação do plano real foi precedida de duas partes, a primeira melhorava a situação fiscal do governo, evitando que déficits orçamentários aumentassem a oferta de moeda. A segunda medida tinha como objetivo conquistar a confiança do público e o principal recurso utilizado foi a garantia realçada de que não haveria choques e nem surpresas. Os principais elementos fixados no Plano Real foram: a eliminação da indexação formal, a criação da unidade de conta (URV), a conversão dos salários em URVs e a determinação de que novos contratos fossem estabelecidos em URVs. Nota-se que o objetivo das medidas era promover a passagem de uma moeda velha para uma moeda nova imune de deterioração. No caso anterior a conversão de uma moeda era compulsoriamente, enquanto da URV havia apenas uma forte indução pois havia um prazo para negociação, o pressuposto básico era que todos passassem a usar a nova moeda, sem sofrer perdas com a passagem. A implantação do plano foi também acompanhada de uma política monetária restritiva associada a drástica redução de impostos inflacionários. Não há um consenso sobre qual teria sido o instrumento de política mais importante entre os postos em prática no Plano Real é fato de que conseguiu eliminar maior parte da cultura inflacionária que antes prevalecia.
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