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PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DA METODOLOGIA DMAIC NA ÁREA DE PRODUÇÃO DE SÓLIDOS ORAIS DE UMA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS: UM ESTUDO DE CASO Alice Betim Borges (FAESA) alice_betimborges@yahoo.com.br VIVIANE LETICIA SANTIAGO FERREIRA (FAESA) VIVISANTIAGO@YAHOO.COM.BR Rodolfo Cola Santolin (FAESA) rcsantolin@yahoo.com.br A acirrada concorrência no mercado tem feito com que as indústrias farmacêuticas busquem aprimorar seus procedimentos e processos para diminuir desperdícios e custos operacionais. Neste contexto, a justificativa desta pesquisa fundamenta-se no propósito de manutenção da empresa no mercado atual, tendo como parâmetro a tomada de decisão baseada em dados e fatos, melhoria dos processos e satisfação dos clientes. Para este propósito o objetivo geral deste trabalho foi propor a implementação da metodologia DMAIC na área de produção de sólidos orais de uma indústria farmacêutica. Utilizou-se como metodologia a pesquisa aplicada caracterizada como estudo de caso. Neste trabalho, aplicaram-se princípios Seis Sigma e a metodologia DMAIC para modelagem de uma linha de fabricação de medicamentos sólidos orais. Estas técnicas viabilizaram determinar os gargalos XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 2 produtivos e identificar as linhas com baixa eficiência. A partir destas descobertas, estratificaram-se os motivos das paralizações das linhas e, através de ferramentas investigativas, as principais causas foram determinadas. Em seguida, um novo modelo de trabalho foi proposto, focando na redução das falhas que afetavam a produtividade da linha de maneira mais relevante. Finalmente, o modelo vigente foi comparado com modelo proposto. Os resultados demonstraram a melhoria no desempenho dos processos e na utilização dos recursos. Palavras-chave: Medicamentos, DMAIC, Seis Sigma. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 3 1. Introdução A principal característica do mercado de medicamentos, do ponto de vista da demanda, é a sua baixa elasticidade. Isto significa dizer que, se alguém toma um medicamento de uso crônico, não irá suspender sua compra devido ao aumento de preços, nem poderá substituir o produto por outra classe terapêutica de preço diferente (SANTOS; NAVES; SILVER, 2001). Em virtude da acirrada competitividade, as empresas têm buscado melhorar seus procedimentos administrativos e estratégicos com o propósito de ampliar sua agilidade na tomada de decisões, reduzir de custos e prazos de entrega, conforme Barrilari e Pádua (2008). A empresa foco deste estudo está localizada na região sudeste e possui portfólio voltado para a produção e comercialização de medicamentos similares de prescrição. As operações da unidade em estudo se restringem ao mercado nacional e, recentemente, vem sofrendo crescente pressão da diretoria executiva para redução dos custos operacionais e aumento de produtividade, devido à situação econômica do país. Atualmente, é possível notar que os recursos produtivos são subutilizados e, por isso, há ociosidade nas linhas de produção. Dessa forma, o presente estudo buscou responder a seguinte pergunta problema: Como a metodologia DMAIC pode auxiliar na identificação das causas da subutilização dos recursos produtivos e na proposição de melhorias para incrementar a capacidade realizada da empresa? A hipótese a ser considerada é que, com a implementação da metodologia DMAIC, a empresa possa reduzir a ociosidade das linhas com base num melhor aproveitamento de seus recursos produtivos, uma vez que o referido método possibilita levantar as exigências de melhoramento do processo e propor soluções factíveis com a realidade da empresa. A justificativa desta pesquisa fundamenta-se no propósito de manutenção da empresa no mercado competitivo atual, tendo como parâmetro a tomada de decisão baseada em dados e fatos, melhoria dos processos e satisfação dos clientes. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 4 Assim, o objetivo geral deste trabalho é propor a implementação da metodologia DMAIC na área de produção de sólidos orais de uma indústria farmacêutica e, para isso, os seguintes objetivos específicos foram definidos: Modelar a situação atual da empresa se baseando na metodologia DMAIC; Propor um novo modelo de trabalho utilizando as oportunidades de melhoria levantadas durante o estudo; Comparar a situação atual com o modelo proposto. 2. Referencial teórico 2.1 Indústria farmacêutica A indústria farmacêutica é responsável pela produção de medicamentos, incluindo as atividades de pesquisa, desenvolvimento, comercialização e distribuição. Segundo Correia (2006), a produção de medicamentos é constituída pelo conjunto de atividades complexas que estão sujeitas a leis e regulamentos rígidos e específicos para assegurar a qualidade dos medicamentos segundo sua aplicação. De acordo com a PROGENERICOS (2016) o setor farmacêutico movimentou 55,89 bilhões de reais no Brasil entre janeiro e setembro de 2015 - um crescimento de 15,01% ante os mesmos meses de 2014. No período, foram comercializadas 2,53 bilhões de caixas de medicamentos no país – um aumento de 7,99% ante os nove primeiros meses do ano passado. 2.2 Seis sigma e DMAIC Pizdek (2003) definiu o Seis Sigma como uma aplicação rigorosa, focada e altamente eficaz de princípios e técnicas de qualidade com o objetivo de promover a melhoria no desempenho dos processos e a eliminação de erros, permitindo que os funcionários entreguem maior valor para clientes e proprietários. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 5 Segundo Werkema (2013) a condução dos projetos Seis Sigma de melhoria de desempenho de produtos e processos segue uma abordagem padrão baseada no método DMAIC, de modo que podemos considerá-lo como um dos elementos de infraestrutura do Seis Sigma. O uso integrado de diversas ferramentas da qualidade às etapas de DMAIC transforma-o em um método sistemático pelo qual os resultados estratégicos da empresa podem ser atingidos. A metodologia DMAIC inclui cinco etapas: Define (definir), Measure (medir), Analyze (analisar), Improve (melhorar) e Control (controlar). Pizdek (2003) definiu estas etapas da seguinte forma: - O D (Definir) representa a fase na qual o escopo do projeto é definido com precisão. Nesta fase ocorre o mapeamento do processo, a elaboração de fluxogramas, a abertura formal do projeto e a seleção das ferramentas que serão utilizadas; - O M (Medir) compreendea fase de coleta e de medição de dados contínuos e discretos, a definição de escalas de medida e avaliação geral da variabilidade do processo com o propósito de determinar a localização ou foco do problema; - O A (Analisar) consiste em determinar a causa do problema identificado. Nesta etapa são utilizadas ferramentas descritivas e exploratórias de análise e seleção de dados, como o Controle Estatístico do Processo (CEP), Cartas de Controle, a análise de Capacidade do processo, análise de Correlação e Regressão, Diagrama de causa e Efeito, Árvore de Falhas e métodos estatísticos não paramétricos; - O I (Improve, ou seja, Melhorar) abrange a fase em que as soluções para cada problema prioritário são propostas, avaliadas, selecionadas e implementadas. Nesta fase ocorre a gestão de projeto, avaliação de risco, simulação de processos, planejamento de experimentos (DOE), desenho de processos robustos (princípios Taguchi) e otimização de processos; - O C (Controle) corresponde ao planejamento de controle de processo, a fim de assegurar o alcance das metas propostas em longo prazo. Nesta fase, os resultados encontrados são comparados com as metas propostas, as melhorias são padronizadas e indicadores de acompanhamento são definidos permitindo a verificação e acompanhamento dos progressos. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 6 Segundo Bernardi, Santolin e Santos (2015), é possível identificar falhas e propor melhorias aplicando-se a metodologia DMAIC obtendo-se, com isso, aumento da produtividade. Aguiar, Morales e Oro (2012) afirmam que a utilização da ferramenta Seis Sigma possibilita a otimização de processos, reduzindo-se a variabilidade de dados operacionais, mantendo a qualidade do produto final e reduzindo os custos da organização. Além disso, também mostram que os passos do DMAIC são efetivos na estratégia de melhoria contínua, podendo ser utilizada em diversos segmentos de negócios. Com a implementação da metodologia DMAIC Marchizelli, Sousa e Taroco (2012) demonstraram redução de 82% de perdas durante processo produtivo e Oliveira et al (2015) apresentaram redução em 33% do tempo total de setup, além de aumentar a eficiência do processo em 15%. 3. Metodologia Uma pesquisa pode ser classificada quanto aos fins e quanto aos meios (VERGARA, 2014, p.42). Quanto aos fins, a presente pesquisa é aplicada, pois tem finalidade prática visando resolver um problema concreto. Quanto aos meios, foi realizado um estudo de caso na área de sólidos orais de uma fábrica de medicamentos, tendo como base a metodologia DMAIC. Com vista a melhorar a eficiência dos processos, na pesquisa foi aplicado o método DMAIC dividido em três etapas: Modelar a situação atual da empresa; Propor um novo modelo de trabalho; Comparar a situação atual com o modelo proposto. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 7 3.1 Modelar a situação atual da empresa A modelagem da situação atual da empresa foi delineada a partir da elaboração de um fluxograma contendo as principais etapas de fabricação, seguida da coleta de dados documentados nos livros de registros. A partir dos registros foram levantados os inícios e términos de turno, as pausas para alimentação e treinamento, bem como as paradas para intervenções de manutenção preventiva, corretiva, calibração de instrumentos, o tempo de espera por materiais, entre outros. Os dados foram dispostos em uma tabela, de modo a permitir o cálculo das capacidades disponível, efetiva e realizada. Ao final, os cálculos foram apresentados graficamente a fim de facilitar a análise. Adicionalmente, foi determinado o tempo médio de processamento de cada produto em cada centro de trabalho, de modo a permitir a definição dos gargalos produtivos e assim fornecer um critério de priorização do trabalho. Foram consideradas no estudo as salas responsáveis pela fabricação de sólidos orais, ou seja, foram tomados os dados das salas de granulação, compressão, revestimento e blistagem referentes ao período de abril a junho de 2015. O período de amostragem foi definido considerando o intervalo no qual todas as salas dispusessem de livros encerrados, ou seja, livros que pudessem ser retirados da área de produção sem que isso trouxesse prejuízo ao registro atual de informação. 3.2 Propor um novo modelo de trabalho Após a coleta e tratamento, os dados foram analisados para identificação das linhas menos eficientes e dos gargalos. Como o propósito do trabalho é aumentar a produtividade das linhas de sólidos orais, optou-se por priorizar as intervenções que permitissem a maior disponibilidade do centro de trabalho identificado como gargalo para o processo. Para isso, foi construído um gráfico de Pareto com os principais motivos de parada do centro de trabalho selecionado e as respectivas causas-raízes foram determinadas a partir da utilização do Diagrama de Causa e Efeito. Uma vez determinadas as causas, uma equipe XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 8 multidisciplinar envolvendo as áreas de Produção, Qualidade e Engenharia foi reunida para levantar prováveis soluções para as principais causas de paradas e, assim, propor um novo modelo de trabalho. 3.3 Comparar a situação atual com o modelo proposto Na última fase, o fluxograma do processo inicial e o fluxograma do processo remodelado foram comparados para avaliação dos ganhos. A comparação foi realizada com base nos parâmetros grau de utilização e índice de eficiência, definidos por Peinado e Graeml (2007), conforme abaixo: Grau de utilização = (Capacidade efetiva / Capacidade disponível) Índice de eficiência = (Capacidade realizada / Capacidade efetiva) A partir do processo remodelado, os dados de capacidade foram recalculados e comparados com os valores obtidos para a situação atual. Após comparação, o novo modelo foi apresentado ao Comitê Gestor para análise da viabilidade de sua implementação. Importante observar que, em virtude da duração deste trabalho, não serão consideradas a etapa de implementação da fase M (melhoria) e da fase C (controle) da metodologia DMAIC. 4. Resultados e discussão 4.1 Modelagem da situação atual da empresa baseada na metodologia DMAIC O escopo deste trabalho se restringiu às etapas de fabricação de medicamentos sólidos orais (comprimidos) denominados para fins de trabalho como Produto A, Produto F e Produto H, que correspondem a 90% da produção da planta. O acompanhamento e observação das etapas fabris permitiram esquematizar o processo produtivo em um fluxograma (Figura 01) que resume como os produtos atualmente são obtidos. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 9 Figura 01 - Fluxograma de processo de fabricação de comprimidos revestidos Fonte:Elaborado pelos autores (2016) XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 10 Toda indústria farmacêutica dispõem de livros de registro nas salas produtivas, nos quais todas as intervenções relacionadas ao processo são apontadas. Estes registros permitiram calcular o tempo de processamento de cada produto em cada centro de trabalho. O tempo de processamento, o turno, os dias trabalhados e a disponibilidade por centro de trabalho foram sumarizados na Tabela 01. Tabela 01 -Tempo de processamento de cada produto em cada centro de trabalho (em horas) Fonte: Elaborado pelos autores (2016) A demanda mínima mensal, em lotes, dos Produtos A, F e H é, respectivamente, 11, 15 e 6 lotes. A partir desta demanda mínima, dos tempos de processamento de cada produto e da disponibilidade de cada centro de trabalho foi calculada a capacidade produtiva máxima por centro, considerando o número máximo de lotes que se consegue fabricar, conforme Tabela 02. Tabela 02: Capacidade produtiva mensal máxima por centro de trabalho (em lotes) XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 11 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) O centro com maior ocupação total é a granulação, com 720h. O gargalo produtivo foi atribuído à etapa de blistagem, que produz o menor número de lotes quando comparada as demais etapas, ou seja, o gargalo corresponde ao centro de menor produtividade, conforme figura 02. Assim, serão priorizadas as medidas que intervenham no processo de blistagem a fim de elevar o número de lotes processados neste centro. Figura 02: Esquematização do gargalo produtivo em número de lotes GRANULAÇÃO 39 LOTES COMPRESSÃO 40 LOTES REVESTIMENTO 46 LOTES BLÍSTER 35 LOTES Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Os dados dos livros de registro permitiram tabular todas as paradas planejadas e não planejadas dos centros de trabalho e, a partir destas informações, foram calculados os valores de capacidade efetiva e realizada. Os resultados por centro de trabalho foram apresentados na Figura 03 e na Figura 04, revelando grau de utilização variando de 56% (Blíster 2) a 90% (Granulação), bem como índices de eficiência que variam de 55% (Blíster 2) a 96% XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 12 (Granulação). Estes índices evidenciaram elevado número de intervenções planejadas e não planejadas na linha de blistagem, ambos afetando significativamente a produtividade da empresa. Figura 03: Representação de capacidade por centro de trabalho XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 13 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Figura 04: Dados de grau de utilização e índice de eficiência dos equipamentos da fábrica XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 14 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) 4.2 Proposta de um novo modelo de trabalho Uma vez identificado na etapa de modelagem que as intervenções na linha de blistagem eram as de maior relevância para a produtividade da linha de comprimidos, os motivos de parada foram estratificados em diagramas de Pareto considerando as causas de parada de cada Blíster. Conforme ilustrado na figura 05, a estratificação dos dados através da ferramenta de Pareto revela que 66% dos motivos de paralização da linha da Blíster 1 estão relacionados a “ajustes de máquina”, “refeição / toalete”, “aguardando material” e “sem programação”. Figura 05: Diagrama de Pareto com os motivos de parada da Blíster 1 XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 15 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Quando se considera a Blíster 2, o gráfico de Pareto demonstra que as paradas “sem programação” e “aguardando material” se destacam por serem intervenções não planejadas e juntas representarem 63% das paralisações (Figura 06). Essas paradas são comuns às descritas para a Blíster 1 e, por isso, serão consideradas na mesma análise para identificação das causas. Figura 06: Diagrama de Pareto com os motivos de parada da Blíster 2 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) A figura 07 demonstra o diagrama de causa e efeito para identificação das paradas por ajuste de máquina. Figura 07: Diagrama de causa e efeito para identificação das causas de paradas por Ajuste de Máquina XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 16 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) As paradas por ajuste de máquina (Figura 07) são bastante evidentes na Blíster 1. Isso se deve, principalmente, ao fato de se tratar de um equipamento compartilhado (é utilizado para embalagem do Produto A e do Produto H). Esse compartilhamento implica em maior tempo de setup devido às trocas de ferramental e, por isso, o ajuste de máquina se torna mais frequente. Para melhorar o desempenho do equipamento podem ser destacadas as seguintes ações: aumentar o número de lotes da campanha na linha, promover treinamento de reciclagem para os operadores ou criar equipes especializadas em setup dos produtos em linha. Os materiais de embalagem e utilidades também têm influência sobre os ajustes de máquina e, consequentemente, processo. Materiais de embalagem de má qualidade podem resultar em frequentes ajustes por aumentarem a probabilidade de má formação dos blísteres, furos e problemas na selagem e vedação. Os mesmos problemas podem ser resultantes de falhas em utilidades (água de resfriamento e ar condicionado), pois alteram o desempenho operacional do equipamento. Uma ação importante seria desenvolver novos e bons fornecedores de materiais e prestadores de serviços para operação e manutenção das utilidades da fábrica. O fato de o equipamento ser antigo e a falta de ferramentas adequadas também afetam o tempo de ajuste e resultam em processos mais longos. Nesse caso é necessário avaliar a possibilidade de adquirir novo equipamento e novas ferramentas que atendam melhor às necessidades da fábrica. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0,manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 17 A figura 08 demonstra o diagrama de causa e efeito para identificação das paradas para refeição e uso toalete. Figura 08: Diagrama de causa e efeito para identificação das causas de paradas para refeição e uso do toalete Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Com relação às paradas para refeição e uso do toalete (Figura 08), pode-se verificar que a baixa automação do equipamento torna o processo mais dependente da interferência humana. A falta de mão de obra acrescida da característica de baixa automação do equipamento faz com que as pausas para atendimento das necessidades fisiológicas dos operadores afetem diretamente a operação da linha. Para esse tipo de parada se propõe capacitar diferentes operadores para as blísteres a fim de implementar um sistema de rodízio, além de um melhor acompanhamento por parte da gestão e da conscientização dos funcionários sobre o impacto destas pequenas paradas na produtividade / lucratividade da empresa. A figura 09 demonstra o diagrama de causa e efeito para identificação das paradas aguardando material. Figura 09: Diagrama de causa e efeito para identificação das causas de paradas aguardando material XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 18 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Quando se consideram as paradas de linhas aguardando material (Figura 09), observa-se uma falta de comunicação entre as áreas, acarretando em atraso na entrega dos insumos decorrente tanto de problemas de emissão de ordem de produção, quanto da separação e envio dos materiais a produção. Nesse aspecto é interessante a utilização de um sistema de kanban para que sejam diminuídos os ruídos de comunicação entre as áreas de Almoxarifado, Controle de Qualidade, Planejamento e Produção. A figura 10 demonstra o diagrama de causa e efeito para identificação das paradas por fala de programação. Figura 10: Diagrama de causa e efeito para identificação das causas de paradas sem programação Fonte: Elaborado pelos autores (2016) XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 19 O tempo aguardando material (Figura 09) e a falta de programação (Figura 10) são problemas de paradas comuns tanto à Blíster 1, quanto à Blíster 2. Este tipo de parada está intimamente relacionado a problemas de planejamento e automatização, respectivamente, do processo de compra e do plano de produção. Dessa forma, a automação do processo e compra e a compra de um software para sequenciamento da produção certamente gerariam bons resultados na melhoria da produtividade. Estas paradas também podem ser decorrentes da falta de produto proveniente de outras linhas produtivas, ou seja, devido à falta de pulmão para processamento na etapa de blistagem. Para esse item é importante avaliar a necessidade e/ou possibilidade de produção de estoque de segurança para que o equipamento seja o mais produtivo possível considerando as restrições já mencionadas. A análise dos dados apresentados revelou que as linhas de blistagem operam em um turno mais curto que as demais linhas, apesar de serem gargalos produtivos. A partir desta constatação, uma medida a ser avaliada para aumento de produtividade da linha é a extensão do turno de trabalho tanto da Blíster 1 quanto da Blíster 2. 4.3 Comparação entre a situação atual e o modelo proposto Nesta fase, o plano de implementação das melhorias foi apresentado, considerando ganhos, custos e prazos de execução (Quadro 01). Quadro 01: Plano de implementação das melhorias propostas XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 20 Ação Processo inicial Processo remodelado Custo de implementação Prazo para implementação Ganho estimado Ampliar o turno da blistagem . A bl istagem opera em dois turnos perfazendo um período diário de 11h/máquina. Remanejar horário de trabalho dos operadores de modo a ampliar o segundo turno da blistagem e obter uma operação diária de 14h/máquina. R$ 0,00 1 mês 132h de aumento da disponibilidade da bl istagem. Aumentar nº de lotes em campanha. As campanhas são de 2 lotes. Is to significa que a cada 2 há uma nova l impeza e setup de sa la. Campanhas com 4 lotes. R$ 0,00 3 meses 50% de redução nas paradas por a justes e limpeza em todos os equipamentos. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 21 Ação Processo inicial Processo remodelado Custo de implementação Prazo para implementação Ganho estimado Desenvolver novos fornecedores de material de embalagem. Materiais de qualidade mediana. Adquirir materiais de embalagem de melhor qualidade. R$ 0,00 1 ano 5 % de redução nas paradas por a juste. Treinar operadores. Anualmente os operadores participam de treinamentos de reciclagem voltados a sua função. Aumentar a frequência dos treinamentos de reciclagem para semestral. Incluir nestes treinamentos colaboradores que trabalharão como backups da l inha. R$ 0,00 3 meses 5% de redução nas paradas por ajuste. Estabelecer rodízio de operadores. Atualmente há operadores dedicados a operação de cada equipamento Contratar 2 operadores e estabelecer um programa de treinamento mais abrangente, de modo a formar colaboradores que trabalharão como backups da l inha favorecendo seu funcionamento sem interrupção. R$ 80.000/ ano 3 meses 100% de redução nas paradas para refeição e uso de toa lete em todos os equipamentos. Criar equipe dedicada à limpeza e setup das salas. A l impeza e os ajustes iniciais são realizados pelo operador da l inha. Contratar 2 operadores para compor uma equipe dedicada a l impeza e setup das sa las. R$ 80.000/ ano 3 meses 50% de redução nas paradas por a justes e limpeza em todos os equipamentos. Treinar operadores e manutentores das utilidades. Anualmente os operadores e matutentores participam de treinamentos de reciclagem voltados à sua função. Aumentar a frequência dos treinamentos de reciclagem para semestral. R$ 0,00 3 meses 3% de redução nas paradas por ajuste. Aquisição de ferramental mais adequado aos ajustes e operação das máquinas de blistar. As máquinas operam com ferramentais que não são originais. Adquirir ferramentais originais. R$ 80.000/ ano 1 ano 5% de reduçãonas paradas por ajuste. 10% de redução nas paradas por quebra das máquinas de Bl ís ter. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 22 Ação Processo inicial Processo remodelado Custo de implementação Prazo para implementação Ganho estimado Aquisição de máquinas de blíster mais modernas e com maior automação. As máquinas atuais são antigas e possuem l imitações de automação, dificuldade de ajuste e baixa velocidade de operação. Aquisição de 1 máquina de blíster mais moderna, com maior automação e velocidade de operação. Descomissionar as atuais máquinas de Bl ís ter. R$ 2 Mi lhões 2 anos 5% de redução nas paradas por ajuste. 95% de redução nas paradas por quebra das máquinas de Bl ís ter. 200% de aumento na velocidade do processo. Implementar sistema de Kanban entre as áreas. Não há sistema formal de comunicação entre as áreas. Os operadores das diferentes áreas se orientam pelo plano de produção para rea lizar as atividades. A comunicação é via email e telefone. Implementar um s istema de comunicação via Kanbam. R$ 500,00 3 meses 10% de redução nas paradas por fa l ta de material em todos os equipamentos. Estabelecer um estoque de segurança (pulmão) para as etapas críticas de processo (gargalos). Não há estoque de segurança entre fases. Ou seja, um centro de trabalho aguarda o centro imediatamente anterior enviar o material que i rá processar. Estabelecer um estoque de segurança (pulmão) para as etapas críticas de processo (gargalos). R$ 0,00 3 meses 50% de redução nas paradas por fa l ta de material. Automatizar o planejamento da produção. MRP não está ativo no ERP da empresa. Não há software de sequenciamento de produção. Todo o planejamento de aquisição de materiais e fabricação de produtos é realizado em planilhas de Excel. . Ativar a ferramenta de MRPI e MRPII no ERP da empresa. . Adquirir um software de sequenciamento. R$ 0,00 3 meses 30% de redução nas paradas por fa l ta de material em todos os equipamentos 100% de redução de paradas do equipamento garga lo e 15% de redução de paradas dos outros equipamentos por fa l ta de planejamento. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 23 Fonte: Elaborado pelos autores (2016 Considerando os ganhos e os mais baixos custos de implementação, foram selecionadas as seguintes ações: Ampliar o turno da blistagem; Aumentar número de lotes em campanha; Treinar operadores; Estabelecer rodízio de operadores; Criar equipe dedicada à limpeza e setup das salas; Implementar sistema de Kanban entre as áreas; Estabelecer um estoque de segurança (pulmão) para as etapas críticas de processo (gargalos); Automatizar o planejamento da produção. A ampliação do turno das máquinas de blistar afetou diretamente a capacidade disponível da fábrica aumentando o número de lotes fabricados de 35 (processo inicial) para 43 (processo remodelado). Através da Tabela 03 é possível observar os efeitos da ampliação do turno. Tabela 03: Capacidade produtiva máxima por centro de trabalho (em lotes) após ampliação do turno da blistagem XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 24 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Nestas condições, o gargalo passa a ser a granulação com a fabricação de 39 lotes, conforme evidenciado na Figura 11: Figura 11: Esquematização do gargalo produtivo remodelado em número de lotes GRANULAÇÃO 39 LOTES COMPRESSÃO 40 LOTES REVESTIMENTO 46 LOTES BLÍSTER 43 LOTES Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Apesar das ações corretivas serem originadas de um plano voltado ao aumento de produtividade das linhas de blistagem, foi evidenciado que a implementação do modelo proposto proporciona uma forma de trabalho em que há melhor utilização de todos os recursos da empresa. O índice de utilização da Blíster 1 teve um acréscimo de 19% e o da Blíster 2, de 36%. A eficiência destes equipamentos também sofreu aumentos de 11% e 31%, respectivamente, conforme Tabela 4: Tabela 04: Representação de capacidade por centro de trabalho, após remodelagem XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 25 Fonte: Elaborado pelos autores (2016) Esses ganhos em produtividade podem ser refletidos em termos de custo, como observado na Tabela 05. Considerando um aumento na produção de 08 lotes mensais, estima-se a fabricação de cerca de 1,6 milhões de unidades a mais que, a uma margem de lucro de R$8,00 a unidade, representa um acréscimo de R$13.311.744,00/ano no resultado da empresa. Tabela 05: Representação do custo da margem de lucro dos produtos/lote Fonte: Elaborado pelos autores (2016) XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 26 5. Conclusão A aplicação da metodologia DMAIC permitiu a identificar a etapa de Blistagem como o gargalo produtivo, bem como todas as causas de perdas produtivas. A estratificação pela ferramenta de Pareto evidenciou os “ajustes de máquina”, “refeição / toalete”, “aguardando material” e “sem programação” como principais motivos de parada do gargalo. Com esses dados, foi possível determinar as causas da perda de eficiência da linha, como o elevado número de setups, falta de equipes especializadas para limpeza e setup, falta de um sistema de rodízio de operadores e falhas no planejamento dos recursos. A partir das causas, um plano de ação foi proposto considerando a melhor relação custo benefício de implementação, nos quais foram adotadas medidas para ampliar o turno da blistagem, aumentar nº de lotes em campanha, treinar operadores e manutentores, estabelecer rodízio de operadores, criar equipe dedicada à limpeza e setup das salas, implementar sistema de Kanban entre as áreas, estabelecer um estoque de segurança (pulmão) para as etapas críticas de processo (gargalos) e automatizar o planejamento da produção. O prazo de implementação das medidas é de 3 meses, a um custo aproximado de R$160.500,00/ano. A comparação dos cenários demonstra que o novo modelo proporciona uma melhor utilização de todos os recursos da empresa, com ampliação da capacidade realizada, dos índices de utilização e eficiência dos equipamentos.O resultado tangível estimado é de R$13.311.744,00/ano (96 lotes/ano), mas o ganho intangível vai muito além, pois haverá um aumento de 1,5 milhões de unidades disponibilizadas para tratar enfermidades e reduzir o sofrimento de seres humanos. Com base neste estudo, é possível concluir que é possível ampliar a produtividade e a eficiência de uma linha de fabricação de medicamentos, a partir aplicação estruturada da metodologia DMAIC. Como parte do ciclo de melhoria continua, recomenda-se aplicar a metodologia DMAIC para estudar oportunidades de aumento da eficiência da etapa de granulação, que após a remodelagem do processo assumiu a posição de gargalo produtivo (39 lotes/mês). XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017. 27 6. Referências AGUIAR, D.F.; MORALES, D.; ORO, A.C.P. Aplicação da metodologia lean Seis Sigma em um processo industrial de leite de soja. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XIX, 2012, São Paulo. Anais..., Maringá: UEM, 2012. PROGENERICOS. Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos. Disponível em: <http://progenericos.org.br/>. Acesso em: 19/09/2016 BARRILARI, T.F.; PÁDUA, F.S.M. Atualização do sistema MRP como fator competitivo na organização. Interface Tecnológica. São Paulo, v.5, n.1, p. 105-114, 2008. BERNARDI, W.M.; SANTOS, F.B.; SANTOLIN, R.C. Modelagem do processo de descarga de navios no terminal de praia mole: Um estudo de caso. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXII, 2015, São Paulo. 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