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direito do trabalho 2 e 3

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Rio de Janeiro
DIREITO DO TRABALHO I 
Professor: José Carlos Leite
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 Aula II
 Relação de Trabalho e Emprego
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Relação de Trabalho e a EC/45/2004
Ampliação da competência da justiça do trabalho para processar e julgar ações oriundas das relações de trabalho.
Art. 114, da CF/1988.
Após a EC/45 passou a justiça do trabalho julgar qualquer relação de trabalho e não só relação de emprego. – atua em sentido amplo.
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Relação de Trabalho e Emprego
Relação de trabalho é toda relação jurídica caracterizada por ter sua prestação essencial centrada em uma obrigação de labor humano.
Relação de trabalho é gênero e relação de emprego é espécie.
Relação de trabalho
Relação de emprego
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Relação de Emprego
Toda relação de emprego é portanto, uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é um relação de emprego.
A CLT alcança e faz a proteção jurídica somente os empregados detentores de subordinação – (relações de emprego).
Só será empregado o trabalhador que reunir todos os requisitos essenciais a esta relação.
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Requisitos da relação de emprego
1.Pessoalidade;
2.Subordinação;
3.Onerosidade;
4.Não eventualidade;
5.O empregado não corre o risco do negócio.
“Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física, que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário.”
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1. Pessoa Física / Pessoalidade 
O contrato de emprego é pessoal, indivíduo escolhido pelas suas qualificações pessoais.
Contrato é firmado com pessoa certa e determinada.
Pessoalidade ou caráter intuitu personae.
A pessoalidade refere-se ao contrato (empregado) e não ao serviço. O empregador pode fazer substituição o empregado que não pode! Atenção!
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2. Subordinação 
Subordinação: imposição de ordem, submissão, dependência, hierarquia. É o requisito mais importante da relação de emprego.
O empregador é dotado de poder diretivo.
A subordinação varia em grau mínimo e máximo, dependendo da natureza do trabalho.
A subordinação adotada no Brasil é a subordinação jurídica ou hierárquica!!!!!!!!!!!!!!
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3. Onerosidade
Onerosidade significa vantagens recíprocas – pois o contrato de trabalho é bilateral. Tendo duas obrigações na relação de emprego.
EMPREGADO
EMPREGADOR
PRESTA SERVIÇOS
PAGA SALÁRIO
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4. Não eventualidade
O trabalhador não eventual é aquele que trabalha de forma repetida e permanente nas atividades permanentes da empresa, integrando seus fins sociais.
Não eventual, é diferente de contínuo. Ex. se trabalha todo final de semana na mesma empresa é empregado não eventual.
NÃO EVENTUALIDADE = HABITUALIDADE = PERMANÊNCIA
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5. Risco do negócio do empregador
Se o empregado corre o risco do negócio, empregado não será. Veja:
Se o empregado faz grandes investimentos na empresa, a relação de emprego pode deixar de existir, caracterizando-se uma sociedade empresária.
Diferente do art. 7º, XI, CF que prevê a participação do empregado nos lucros da empresa.
“Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” 
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Trabalhadores Especiais
1. Trabalhador eventual;
2. Trabalhador avulso – portuário e não portuário.
3. Trabalhador autônomo;
4. Trabalhador voluntário;
5. Representante comercial;
6. Trabalhador cooperado;
7. Estagiário.
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1. Eventual 
Em regra é um trabalho caracterizado pela descontinuidade; caráter temporário; não relacionado com a atividade fim da empresa.
 Faz “bicos”, sem habitualidade.
Exemplo: um eletricista é chamado para trocar os fios da universidade, mesmo que o trabalho demore 3 meses, ele é eventual, pois é um serviço acidental, não é uma necessidade permanente da empresa.
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2. Avulso
É uma subespécie do trabalhador eventual. Pois também oferece sua mão de obra para curtos períodos de tempos, a distintos tomadores. 
A diferença é que aqui existe a necessária intermediação do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) ou Sindicato.
Os avulsos possuem os mesmo direitos dos empregados permanentes, garantia dada pela CF – (Art.7º, XXXIV)
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Avulso portuário e não portuário
PORTUÁRIO
Lei nº 12.815/2013 – Art. 40 – trabalho de estiva, conferência de carga, vigilância de embarcação, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício e por trabalhadores avulsos.
O operador portuário deve criar o OGMO para fazer o controle da mão de obra. O OGMO arrecada e repassa aos beneficiários os valores devidos pelos operadores relativos à remuneração.
Cabe ao OGMO, recrutar, selecionar, treinar, cadastrar, registrar, organizar, escalar e REMUNERAR o trabalhador portuário.
NÃO PORTUÁRIO
-É o trabalhador avulso não intermediado pelo OGMO e sim por sindicato da categoria profissional.
-São os trabalhadores avulsos em atividades de movimentação e mercadorias em geral – Lei nº12.023/2009.
-exemplo: carga e descarga de mercadoria, limpeza.
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3. Autônomo 
É o trabalhador que explora seu ofício ou profissão com habitualidade, por conta e risco próprio, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. 
Exemplo: taxistas, e os profissionais liberais de maneira geral que podem possuir curso superior ou técnico.
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MP 808/2017 = ATENÇÃO 
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4. Trabalhador Voluntário
É nos termos do art. 1º da lei 9.680/1998 “...atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social...”
NÃO EXISTE AQUI INTENÇÃO ONEROSA É SERVIÇO BENEVOLENTE.
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5. Trabalhador Cooperado
Cooperativa é a associação voluntária de pessoa que contribuem com seus esforços pessoas e suas econômicas, a fim de obter para si as vantagens que o grupamento possa propiciar. Podem ser de crédito, consumo e produção.
Não há portanto, relação de emprego entre a cooperativa e seus cooperados, salvo quando ele cumular também a função de empregado. Cooperado é trabalhador autônomo.
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7. Estagiário
Estágio é a modalidade de relação de trabalho regulada pela Lei nº 11.788/2008, o art.1º diz:
O estágio pode ser obrigatório ou não obrigatório, variando em cada curso. Art. 2º
“Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.”
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Estágio e vínculo de emprego
O estágio, se regular, não cria vínculo de emprego com o tomador. Os requisitos para configuração do estágio lícito - Art.3º da lei.
Art. 3o  O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: 
I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; 
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; 
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. 
§ 1o  O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parteconcedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final. 
§ 2o  O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. 
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Direitos do estagiário:
Seguro contra acidentes pessoais – art.9º, IV;
Limitação de jornada, que deve ser compatível com as atividades escolares – art.10.
A duração do estágio não pode ser superior a 2 anos, exceto se for portador de deficiência – art.11.
É obrigatória a concessão de auxílio transporte, vedado o seu desconto. Art.12
A concessão de transporte, alimentação e saúde não configura vínculo de emprego. Art. 12, §1º.
Recesso de 30 dias para estágios iguais ou superiores a 1 ano. Art. 13
Direito a garantia de segurança e saúde do trabalhador – Art.14.
Ensino F e E= 4h/d e Ens. S e M. 6h/d
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Direito do Trabalho I – Aula III Sujeitos do Contrato de Trabalho: Empregado 
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Conceito de Empregado
É pessoa física que presta serviço a outrem, serviços estes caracterizados pela pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação.
Deve ser extraído da interpretação conjugada entre os artigos 2º e 3º da CLT.
FALTANDO QUALQUER REQUISITO NÃO SE CONFIGURARÁ A RELAÇÃO DE EMPREGO
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Isonomia de Emprego
Art. 3º, § Ú da CLT
Art. 7º, XXXII, CF
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
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Empregado em Domicílio
Refere-se ao local da prestação do serviço.
Para a configuração do vínculo de emprego, não importa o local onde serão prestados os serviços. Nova redação do Art. 6º da CLT:
Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
Parágrafo único.  Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
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Exemplo:
Costureira presta serviço em seu domicílio a diversas empresas de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede de cada empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção e qualidade das peças.
ATENÇÃO: EXISTE VÍNCULO DE EMPREGO COM AS EMPRESAS, POIS NÃO INTERESSA PARA A CARACTERIZAÇÃO DO VÍNCULO O REQUISITO DA EXCLUSIVIDADE, SALVO CLÁUSULA CONTRATUAL PREVENDO.
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TELETRABALHO – LEI 13467/2017
‘Art. 75-A.  A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.’ 
 
‘Art. 75-B.  Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
  
Parágrafo único.  O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.’ 
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‘Art. 75-C.  A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. 
§ 1º  Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.  
§ 2º  Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.’ 
TELETRABALHO – LEI 13467/2017
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‘Art. 75-D.  As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.  
Parágrafo único.  As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.’ 
TELETRABALHO – LEI 13467/2017
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‘Art. 75-E.  O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.  
Parágrafo único.  O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.’”  
TELETRABALHO – LEI 13467/2017
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Empregados de Confiança
Esquema:
Art. 499, 468 §Ú, 469 §1º e 224 §2º CLT
Art. 499, 468 §Ú, 469 §1º e 62, II CLT
Gerente
“Gerentão”
Diretor de S.A
Observar Art. 468, §2º CLT Lei 13.467/17
GRUPO 1
-Poder de gestão, mando, fiscalização, admissão, demissão, etc. 
-Seus atos podem provocar prejuízos, mas jamais põe em risco a atividade fim do empregador.
GRUPO 2
Mesmas atribuições do grupo 1, mas com poderes mais amplos, sem fiscalização, confunde-se com o empregador.
Põe em risco a existência da empresa.
GRUPO 3
Empregados eleitos ao cargo de diretor de S.A
Inexiste subordinação.
O contrato de trabalho fica suspenso conforme a Súmula 269, TST
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Empregado doméstico
Legislação especial: 
Lei. 5.859/1972. (antiga)
Emenda Const. 72 de 2013. 
Lei Complementar 150 de junho de 2015.
Conceito antigo no artigo 1º da lei 5.859/72
Art.1º “aquele que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas”
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Lei Complementar 150/15 – PEC DAS DOMÉSTICAS
Novo conceito, mais detalhado: Art. 1º
§ Ú - É vedado trabalho doméstico ao menor de 18 anos.
Nesse sentido, com base na referida lei, entende-se, por empregado doméstico, que é todo o indivíduo que presta serviços de forma contínua, onerosa, subordinada, pessoal e que não tenha finalidade lucrativa à família ou determinada pessoa no âmbito residencial. Além do mais, para ser considerado um empregado doméstico, o indivíduo, além de preencher os requisitos expostos, deve exercer suas atividades por mais de dois dias por semana.
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Características 
A) natureza contínua: exige-se aqui a continuidade dos serviços, mais de 2 dias/semanais e mais de 4h diárias. 
B)serviços sem finalidade lucrativa: sem fim comercial ou industrial, para uso da família.
C)prestar serviços a pessoa ou à família: somente pessoa física podem empregar doméstico, pessoa jurídica jamais!
D) no âmbito residencial: lugar que a família está.
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Jornada de trabalho 
A referida lei complementar estabeleceu que a jornada do empregado doméstico não poderá exceder 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, respeitando-se o limite mensal de 220 (duzentas e vinte) horas.
Art. 2º A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. 
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Hora extra e Ad. noturno.
Horas extraordinárias, estabelecendo a possibilidade destas, desde que com o acréscimo de um percentual mínimo de 50% sobre a hora normal.
Empregados domésticos que laboram entre as 22h00min e 05h00min terão direito ao recebimento de adicional noturno de 20%, bem como direito à hora noturna reduzida. 
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Contrato por prazo determinado
A Lei Complementar 150/2015 permite a contratação de empregado doméstico por meio de contrato por prazo determinado.
Além do contrato de experiência (90 DIAS), poderá haver um contrato temporário, mas este contrato só será aceito nas hipóteses previstas no artigo4º, II, da Lei Complementar 150/2015, quais sejam: a) para atender as necessidades familiares de natureza transitórias; ou b) para substituição temporária de empregado doméstico com o contrato de trabalho suspenso ou interrompido.
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Outros benefícios
A partir da Lei Complementar 150/2015, o empregado doméstico terá direito: 
a) ao auxílio pré-escola; 
b) ao salário família; 
c) ao seguro contra acidentes de trabalho; 
d) ao seguro-desemprego; 
e) estabilidade à empregada gestante, entre outros benefícios.
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Instituição do simples doméstico
É um regime unificado para o pagamento de todos os impostos decorrentes da relação empregatícia. A saber:
de 8% a 11% a título de contribuição previdenciária;
b) 8% de contribuição patronal previdenciária; 
c) 0.8% de contribuição social, com o objetivo de financiar o seguro contra acidentes de trabalho;
 d) 8% a título de FGTS;
 e) 3,2% a título de multa rescisória, que será revertida a favor do empregador em caso de pedido de demissão ou dispensa por justa causa; e
 
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Empregado rural (rurícola)
Dispositivos Legais: 
Lei. nº 5.889/73;
Decreto Lei nº 73.626/1974
A CF de 1988 equiparou, em relação aos direitos trabalhistas, o empregado urbano e o rural – art. 7º, caput.
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Conceito
Conceito: Art. 2º da lei: “empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário.”
Propriedade rural é aquela localizada fora do perímetro urbano. E prédio rústico está localizado no perímetro urbano, mas exerce atividade agroeconômica.
EMPREGADOR RURAL = EXERCE ATIVIDADE AGROECONÔMICA.
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Trabalhadores rurais
A lei 5.889/73 aplica-se a todos os trabalhadores rurais, inclusive àqueles que não tem relação de emprego, como os:
 boias frias, 
os meeiros, 
arrendatários e 
Parceiros 
Safrista - Art. 14 e 19 da lei. 
ART. 17 DA LEI
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Boias frias
É aquele que aparece no meio rural nas épocas de safra;
É o trabalhador eventual que aceita qualquer serviço, a qualquer momento, em qualquer lugar, não tendo o vínculo com o empregador rural. Tema divergente!
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Meeiros
A meação agrária é estabelecida por meio de contrato de parceria, onde o proprietário tem direito a 50% do que o seu parceiro produzir.
Art. 195, §8º , CF
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.
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Parceria rural
O contrato pelo qual o indivíduo cede a outro determinado imóvel rural, com o objetivo de nele desenvolver atividade de exploração agropecuária, mediante participação nos lucros. 
Obs: Valor a ser estipulado entre as partes contratantes.
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Safrista 
Considera-se safrista o empregado rural contratado para trabalhar durante a safra a duração do seu contrato a termo ( prazo determinado) dependerá das variações estacionais da atividade agrária (art. 14 da lei). 
Entende-se como safra o período compreendido entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita (art. 19)
*
*
Distinções entre o rural e o urbano
A) Intervalos: 
	INTERJORNADA
 - Conforme a lei 5.889/73 no art. 5º o intervalo do rurícola é igual ao do urbano, de no mínimo 11 horas consecutivas de descanso entre uma jornada e outra.
INTRA JORNADA
 De acordo com o mesmo art. 5º, o intervalo dentro da jornada superior a 6 horas, será obrigatório de 1 hora para repouso e alimentação, obsevados os usos e costumes da região.*
* com base no art. 71 da CLT entendemos como limite máximo d 2 horas.
*
*
b) Trabalho Noturno 
Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.
*
*
c) Fornecimento de utilidades
Art. 9º Salvo as hipóteses de autorização legal ou decisão judiciária, só poderão ser descontadas do empregado rural as seguintes parcelas, calculadas sobre o salário mínimo:
a) até o limite de 20% (vinte por cento) pela ocupação da morada;
b)até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de alimentação sadia e farta, atendidos os preços vigentes na região;
c) adiantamentos em dinheiro.
*
*
d) Aviso Prévio
Nos termos do Art.15 da lei ele difere do urbano, porque aqui, durante o prazo do aviso-prévio, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, o empregado terá direito a um dia por semana, sem prejuízo do salário, para procurar outro emprego.
Idêntico ao urbano
FGTS e PIS;
Salário-Família;
Adicional de Insalubridade e periculosidade;
Prescrição ( de 5 anos, limitada a 2 anos após a extinção do contrato de trabalho)
*
*
Aprendiz
Aprendiz é empregado; porém por disposição legal, seu contrato de trabalho tem natureza especial. (presta serviço + aprendizado)
Fundamento legal: Art. 428 a 433 da CLT
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
*
*
Especificidades do contrato
O contrato exige forma solene, deve ser necessariamente escrito.
Contrato por prazo determinado, duração máxima de 2 anos. Portadores de necessidades especiais não  tem limite de duração. Art. 428, §3º, CLT
Idade é limitada, mínimo 14 e máximo 24. Portadores de necessidades especiais não  tem limite máximo de idade. 
*
*
Cota para contratação
 Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
Jornada de trabalho; Art. 432, CLT
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
 § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. 
*
*
Extinção do contrato de aprendizagem
 Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:
I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
II – falta disciplinar grave;
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
IV – a pedido do aprendiz.
*
*
Direito do Trabalho I – Aula IV
 Sujeitos do Contrato de Trabalho: Empregador 
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*
Art. 2º da CLT:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Empregador por equiparão - §1º:
  § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativasou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
*
*
Conceito de empresa
Empresa é “a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços.” – Art. 966, CC
Sendo assim, a doutrina moderna entende que empregador é a pessoa física ou jurídica, ou mesmo o ente despersonificado (ex. massa falida), que contrata pessoa física para prestar serviço.
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Poderes do empregador
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*
Características do empregador
1. Despersonalização: o empregado se vincula ao empreendimento, e não a pessoa do empregador, permitindo afirmar que qualquer mudança na empresa (mudança de sócios, por exemplo) não afetará os contratos de trabalho vigentes.
IMPESSOALIDADE - (empregador)
CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO – (empregado)
PRINCÍPIOS
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*
2. Assume o risco do negócio
O empregador deve dirigir a prestação do serviço, assumir integralmente o risco do negócio e também o risco do próprio contrato estabelecido com seus empregados. Ex. pagamento de salários em dia.
EXCEÇÕES
DESCONTOS POSSÍVEIS:
Art. 462, CLT descontos possíveis
 Art. 503, CLT - norma em conflito com o art. 7º , VI da CF
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*
Grupo Econômico
É o instituto trabalhista que prevê a solidariedade das empresas integrantes de um conglomerado empresarial.
Existe entre eles, laços de direção ou coordenação das atividades econômicas. Art. 2º, §2º, CLT
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” (NR) 
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Solidariedade passiva
Empresa A
Atividade Bancária
Empresa B
Adm. de Consórcios
Empresa C
Corretora de Seguros
Empregado
O empregado tem vínculo direto com empresa B, mas tratando-se de créditos trabalhistas poderá cobrá-los indistintamente de qualquer uma das empresas do grupo.
 Não é necessário que as empresas integrantes do grupo exerçam mesma atividade econômica.
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*
Solidariedade Ativa
Empresa A
Atividade Bancária
Empresa B
Adm. de consórcios
Empresa C
Corretora de Seguros
Empregado
Súmula 129 do TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
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Caracterização do Grupo econômico
Inicialmente vale ressaltar que o conceito de grupo econômico para o direito do trabalho é diferente do direito empresarial. Pois o §2º do Art. 2º da CLT destaca que as empresas devem estar coligadas “sob a direção, controle ou administração de outra.” Pressupondo a subordinação entre elas. Assim temos:
1. GRUPO VERTICAL 
OU POR SUBORDINAÇÃO
2. GRUPO HORIZONTAL
OU POR COORDENAÇÃO
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1. Grupo por subordinação
Neste grupo a estrutura é piramidal, sendo que uma empresa (principal) subordina as demais (subsidiárias).
Pressupõe uma empresa controladora e outras controladas, relação vertical.
§2º “ ...estiverem sob a direção, controle ou administração da outra...”
B C
A
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2. Grupo por coordenação
Se apresentam quando houver reunião de interesses para execução de determinado empreendimento, tendo ou não o controle e administração comum. As empresas são interligadas entre si, apesar de autônomas. relação horizontal.
§2º “...grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica...”
Porcão Rio’s - Flamengo
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Sucessão de empregadores
O instituto consiste na substituição de empregadores com a consequente transferência do passivo trabalhista ao sucessor.
> TRANSFERE-SE PARA O NOVO EMPREGADOR TODOS OS DÉBITOS TRABALHISTAS DO EMPREENDIMENTO!!
TEM-SE A ALTERAÇÃO SUBJETIVA DO CONTRATO
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Fundamento legal na CLT 
   Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Art. 10-A. 
O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
I - a empresa devedora; 
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
 Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
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Sucessão Trabalhista – Exceção
A sucessão trabalhista não se caracteriza quando há a venda dos bens da empresa falida, visto que o artigo 141, II, Lei 11.101/05 estabelece tal impossibilidade. 
II. o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidente de trabalho. 
 
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Requisitos para caracterização da sucessão trabalhista
1. Transferência da empresa;
2. Desde que o sucessor continue explorando a mesma atividade econômica;
3. O antigo dono não responde pelas dívidas trabalhistas após a sucessão.
A sucessão de empresas pode ocorrer através da transformação, incorporação, fusão ou cisão de uma empresa, sendo que, qualquer mudança na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa, não altera os direitos trabalhistas dos empregados.
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1. Transferência da empresa
Sucessão é a transferência da titularidade de toda ou parte da empresa. Com a alteração na estrutura jurídica da empresa que pode se dar a qualquer título. 
Exemplos:
Alteração da modalidade societária (de Soc. Anônima para Limitada). 
Pode haver incorporação, fusão ou cisão.
Substituição do antigo empregador por outra pessoa física ou jurídica.
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2. Continuidade da atividade empresarial
É necessário que o novo titular da empresa continue explorando a mesma atividade empresarial.
Todavia, há jurisprudência entendendo que essa exploração não precisa ser necessariamente de atividade idêntica, podendo ser de atividade similar ou conexa àquela desenvolvida. Tema divergente!
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3. Novo dono responde pelas dívidas
O novo empresário responderá pela totalidade da dívida trabalhista, desonerando o antigo desta responsabilidade. 
Exceção 
Poderá, haver solidariedade, excepcionalmente, por fraude, simulação, ou pacto de responsabilidade assumido pelo novo dono.
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Lei 11.101/05 – Recuperação Judicial
A sucessão trabalhista não se caracteriza quando há a venda dos bens da empresa falida, visto que o artigo 141, II, Lei 11.101/05 estabelece tal impossibilidade. 
II. o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidente de trabalho. 
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OJ 261 SDI1 TST - BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA. Inserida em 27.09.2002
 As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista.
OJ 261 da SDI - 1*
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